Deus é Fiel

Deus é Fiel

quinta-feira, 29 de março de 2012

Prosperando em tudo quanto fizer

Texto: Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará. Sl 1.1-3.

A prosperidade é bíblica. É um dos assuntos que mais é explanado pelos escritores da Escritura Sagrada. Porém, com tantos textos a respeito deste tema muitas são as heresias provindas de correntes contrárias a verdadeira exegese da palavra de Deus. Portanto, todo cristão deverá conhecer os fundamentos bíblicos para se defender dos erros teológicos. Dois são os erros básicos, quando o assunto é prosperidade. Primeiro erro está relacionado ao extremo da teologia da prosperidade, que induz o cristão a viver uma vida de total riqueza e saúde, sem vivenciar os princípios fundamentais da vida cristã moldada pela palavra do Senhor. O segundo erro está relacionado à teologia da miséria, ensino que associa a pobreza a elevado grau de espiritualidade, fato que o cristianismo vivenciou no período da idade média. São erros que muitos cristãos estão associados por falta de conhecimento e para não sermos mais um seguidor de tais heresias é necessário entender sobre a verdadeira prosperidade, os meios para alcançar a prosperidade e os propósitos da prosperidade financeira para o povo de Deus.

1- A verdadeira prosperidade

O indivíduo próspero é equilibrado, está de prontidão às necessidades de seu próximo e se envolve na proclamação do Reino de Deus. Pois, a prosperidade é promessa de Deus (Ml 3.10, Sl 1.3), não se trata de possuir o mundo inteiro, mas sim, de manter um equilíbrio entre a abundância e a escassez.

Já uma igreja verdadeiramente próspera é equilibrada, está de prontidão às necessidades de seus membros e está voltada e totalmente entregue a proclamação do evangelho transformador de Cristo Jesus.

A prosperidade é resultado de uma vida conforme o querer de Deus, como escreveu o salmista, bem- aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará. Pois, o não andar, nem o deter no caminho e assentar no meio dos contrários a fé torna o servo de Deus bem-aventurado. Porém, outros elementos são importantes e dentre eles está o meditar na palavra do Senhor de dia e de noite.

2- Meios para a verdadeira prosperidade

Sendo a prosperidade fruto da obediência torna se necessário entendermos a doutrina bíblica da mordomia cristã no que corresponde ao dízimo e a oferta. O dízimo foi instituído por Deus para que haja mantimento. Porém o dízimo não foi instituído no período da lei, mas sim anterior a dispensação da lei e o próprio Jesus ratificou a observância do dízimo (Mt 23.23). No texto áureo do tema dízimo haverá um mandamento, trazei todos os dízimos, haverá um desafio, fazei prova de mim e também haverá uma promessa se não abrir as janelas do céu (Ml 3.10). Além dos dízimos os ensinos bíblicos sobre mordomia cristã enfatizam também as ofertas. Sobre ofertas existem alguns princípios importantes, analisaremos quatro: o princípio da motivação, o que de fato nos leva a contribuir (II Co 9.7); o princípio da distribuição, ou seja, o que temos possuímos para distribuir; o princípio da proporção, colheremos pela proporção que plantarmos (II Co 9.6) e em quarto o princípio da provisão, Deus é fiel e proverá o necessário para as nossas vidas. Sendo obediente nos dízimos e nas ofertas colheremos de Deus o melhor para as nossas vidas em todas as áreas sejam elas; física, emocional, profissional, ministerial e principalmente espiritual.

Se o primeiro meio para alcançar a prosperidade é ser fiel o segundo é ser dedicado ao labor diário, ou seja, é trabalhar. Ninguém alcançará a verdadeira prosperidade sem trabalho, lembrando que o trabalho dignifica o ser humano.

Em terceiro, a prosperidade está relacionada aos cuidados com a obra missionária. Quando o servo de Deus se entrega a obra missionária colherá todos os frutos provindos da dedicação e entrega a proclamação do Reino de Deus.

Em quarto os cuidados com nossos líderes, Paulo assim escreveu aos tessalonicenses: e rogamos-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoesta; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós (II Ts 5. 12,13).

3- Propósitos da prosperidade

O objetivo de Deus prosperar a igreja e a cada um individualmente está associado à manutenção própria de cada pessoa e também o compromisso da igreja como organização, em segundo para que a obra evangelizadora seja exercida, cada cristão deverá ser um verdadeiro evangelista, e esta atividade é desenvolvida pela contribuição, pela oração e pela entrega ao serviço de evangelização, e por fim, Deus nos prospera para que auxiliemos os necessitados.

O apóstolo Paulo assim escreveu a Timóteo: porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores (I Tm 6.10). O texto é claro ao expor que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, pois por causa dele pessoas se casam e se divorciam, outros por causa dele mentem e matam. Por isso, Agur assim escreveu: Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e lance mão do nome de Deus (Pv 30. 7-9). Portanto, o dinheiro é excelente servo e péssimo patrão.
Por Andreson Côrte, estudo bíblico ministrado na Igreja Cruzada Cristã Pentecostal, congregação no Projeto Formoso, pastoreada pelo Presbítero Edmilson Antônio.

terça-feira, 20 de março de 2012

O ministério apostólico

Texto: Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos, mas, a seu tempo, manifestou a sua palavra pela pregação que foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador, a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.. Tt 1.1-4.

Apóstolo, termo originário do grego que quer dizer enviado. No Novo Testamento a palavra apóstolo, aparece 79 vezes e corresponde ao significado provindo do grego; enviado. Nos escritos do Novo Testamento Jesus chamou os doze e os enviou para propagarem a mensagem do Reino e de início estes foram os únicos que receberam o título, mas com a propagação do evangelho outros líderes como Paulo também receberam o ministério e o título de apóstolo. Nos dias atuais existem líderes que exercem o ministério apostólico sem possuírem o título. O ministério apostólico é superior ao título. Há alguns que são conhecidos pelo título, mas as suas obras não correspondem ao ministério apostólico.

1- O ministério apostólico de Paulo enfatizado na saudação da carta escrita a Tito

Era comum nas correspondências da antiguidade a apresentação pelo nome e credencias do remetente e também a saudação ao destinatário.

O remetente é Paulo, apóstolo conhecido pela igreja primitiva. Porém, o nome do mesmo antes da conversão era Saulo, que quer dizer pedido. Nome que corresponde ao primeiro rei de Israel e há também correspondência por ambos serem da mesma tribo a de Benjamin. O nome Paulo quer dizer pequeno. A mudança de nome foi realizada pelo próprio Deus. Se o primeiro Saul cometeu erros e não prevaleceu no ministério administrativo da nação israelita o segundo prevaleceria no ministério apostólico.

Como de costume Paulo se apresenta como servo e também como apóstolo. O que difere nesta carta é a utilização das duas credenciais sendo também citadas na carta aos Romanos. Já aos Coríntios nas duas cartas a credencial cita foi apóstolo, o mesmo acontece aos Gálatas, aos Efésios, aos Colossenses, a Timóteo; enquanto, aos Filipenses, somente a credencial de servo e na carta a Filemom a credencial de prisioneiro e nas cartas aos Tessalonicenses as apresentações foram realizadas sem a utilização de credencias.

Servo, primeira credencial de Paulo, por ele mesmo citada a Tito. Servo do grego é “doulos”, trata – se de quem não é livre, que presta serviço de criado e que não pertence a si mesmo.

Apóstolo, segunda credencial de Paulo, por ele mesmo citada a Tito. Nas demais epístolas quando Paulo fazia menção do termo apóstolo tinha como propósito defender o seu ministério e enfatizar a autoridade que o mesmo possuía igualando aos demais. Visto que a sua chamada apostólica não era da parte de homens, nem por intermédio de homem algum (Gálatas 1.1).

O exercício do apostolado Paulino contribuiu e muito para a proclamação da salvação aos pecadores, tendo em vista as três viagens missionárias e as igrejas abertas pelo mesmo. Em segundo, a edificação dos cristãos, daí o nível profundo das epístolas escrita por Paulo. E em terceiro, as mensagens eram cheias de esperança baseadas nas promessas de Deus.

E Paulo saúda Tito expondo os seguintes desejos:

Graça; no Novo Testamento é uma palavra caracteristicamente paulina. A idéia principal da palavra é a de um dom gratuito e imerecido. Também utilizada constantemente nos aniversários dos Imperadores, daí a sua importância no campo militar. Para o cristão tudo é de Deus, Deus o fez e Deus o deu.

Misericórdia; termo que está carregado de emoções ou a compaixão é aqui o amor profundo. No sentido bíblico é muito mais do que um aspecto do amor de Deus é a grandeza e a transcendência de Deus.

Paz; é a tradução da palavra hebraica shalom. Termo que significa tudo quanto contribui para o bem do homem, ou seja, tudo que faz com que a vida seja verdadeiramente vida. A paz provém da fé (Romanos 2.10), provém de Deus (Filipenses 4.7) e a paz é um dom de Cristo (João 20.19,21,26). A paz é o novo relacionamento entre os judeus e gentios (Efésios 2. 14-17).

2- O ministério apostólico

O ministério apostólico tem como objetivo o aperfeiçoamento dos santos e a edificação do corpo de Cristo (Efésios 4.12) com finalidade até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo (Efésios 4.13). O dom de apóstolo foi outorgado por Deus para o preparo da igreja e para o crescimento e desenvolvimento espiritual do corpo de Cristo.

O termo apóstolo é usado no Novo Testamento indicando duas maneiras. Uma refere se aos pregadores do evangelho sem importar com sua classe e a outra para a mais elevada ordem da igreja, correspondendo aos discípulos. E por isso, Paulo ao utilizar esta credencial se iguala a Pedro e aos demais discípulos.

Por fim, o termo apóstolo no Novo Testamento se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário que cuidavam do estabelecimento de igrejas, arriscavam suas vidas pela propagação do evangelho e acima de tudo eram cheios do Espírito Santo e agiam com unção e poder de Deus. Nos dias atuais a necessidade da igreja não é preencher seus púlpitos com pessoas que tenham o título de apóstolo, mas é fundamental que os servos de Cristo desenvolvam o dom ministerial apostólico. Não necessitamos de homens com títulos, mas sim de verdadeiros apóstolos.

terça-feira, 13 de março de 2012

Paracletologia: O batismo no Espírito Santo

Texto: Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência. I Tm 4.1,2.

O batismo no Espírito Santo é um revestimento e derramamento de poder do Alto, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o Espírito Santo concede.

Porém, o batismo no Espírito Santo não é salvação. Para alcançar a salvação o meio de apropriação é a fé em Cristo. Também o batismo no Espírito Santo não é santificação. A santificação ocorre de maneira progressiva.

Dentre os efeitos do Batismo no Espírito Santo destacamos a edificação espiritual do próprio crente, pois mediante o falar das línguas o cristão é edificado (I Co 14.4). Outro efeito é a obtenção de maior dinamismo espiritual, ocasionando maior disposição e maior coragem na prática da vida cristã. O batismo é também um meio para Deus outorgar os dons espirituais que são: dons que manifestam o saber de Deus, a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e dom de discernimento; dons que manifestam o poder de Deus, fé, dons de cura e operação de maravilhas e, dons que manifestam a mensagem de Deus; profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas (I Co 12.7-10).

A promessa do Batismo no Espírito Santo

Convertei-vos pela minha repreensão; eis que abundantemente derramarei sobre vós meu espírito e vos farei saber as minhas palavras (Pv 1.23). No Antigo Testamento, há várias promessas de Deus derramar o Espírito Santo. E a referencia de provérbios identifica que o derramar do Espírito Santo virá sobre a pessoa que aceitar a correção, ou seja, pessoa que busca a cada dia se aproximar mais e mais do Senhor.

Entretanto, no livro do profeta Joel encontra se a citação clara do derramamento do Espírito Santo: e há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

A profecia de Joel é abrangente, não se limita a títulos nem tão pouco a classe social. O texto é claro a toda carne. A profecia é também de abrangência ministerial, velhos e jovens serão renovados e qualificados para o serviço ao Senhor.

A palavra sonhos utilizada no texto de Joel se refere ao sonho que traz uma revelação de Deus sobre seu plano para o momento correspondendo a um indivíduo ou a um grupo. Em Números 12.6-8 estar escrito: ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? Enquanto, Deus falava boca a boca com Moisés com os outros profetas a mensagem seria utilizada por sonhos ou visões.

Além de sonhos a profecia de Joel trata se das visões que os jovens, não normais, pois seriam selecionados, totalmente preparados, com cerca de 20 anos e cheios de vigor teriam percepções. Visões que quer dizer perceber ou prever. A palavra corresponde a visões sobrenaturais e geralmente possuía um destino com o objetivo outorgar uma mensagem ao público.

O cumprimento da promessa

No livro de Atos capítulo dois é narrada a descida do Espírito Santo, em que o escritor Lucas, escreve: cumprindo se o dia de pentecoste. Seria mais um dia festivo para os israelitas, a festa de pentecoste, ou a festa das semanas, porque a realização acontecia sete semanas depois da páscoa. Era também denominada festa das primícias, pois toda a colheita era dedicada a Deus.

Aquele dia de pentecoste seria diferente por alguns fatos anteriores. Primeiro aquela festa era marcada pela antecedência da páscoa da ressurreição de Cristo. Segundo, as sete semanas da preparação foram marcadas pela manifestação de Cristo aos seus discípulos. E em terceiro, Jesus deu uma ordem aos seus discípulos: e eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder (Lc 24.49). O dia de pentecoste de Atos dois é antecedido pela ascensão de Jesus, e o mesmo faz questão de falar de dois assuntos fundamentais da fé cristã: o retorno de Jesus e a descida do Espírito Santo. Isto se cumpre dez dias após a ascensão.

Para o recebimento do batismo é necessário a unidade, pois além de estarem todos reunidos em um mesmo lugar, estavam antes de tudo unidos com um mesmo propósito.

Para que ocorra o batismo, três condições são fundamentais: um candidato, um ministro e um elemento em que o candidato será imerso. Quando o batismo em ênfase é no Espírito Santo, o candidato é o crente, o ministro do batismo é Jesus Cristo e o meio em que o candidato é imerso é o Espírito Santo.

A abrangência da promessa

Com base nas seguintes palavras: porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar (At 2.39), corresponde a abrangência da promessa que é para todos quantos Deus nosso Senhor chamar.

No Novo Testamento tanto os judeus como os gentios foram cheios do Espírito Santo, isto sem ocorrência de acepção de pessoas conforme a profecia de Joel.

Assim, como Deus uso o profeta Joel para profetizar o dia de pentecoste com a descida do Espírito Santo, em Atos capítulo dois, Deus usa o apóstolo Pedro para confortar e esclarecer aos crentes a respeito do batismo no Espírito Santo.

Portanto, para receber o Batismo no Espírito Santo é necessário convicção da promessa, pois o próprio Jesus descreve o batismo como promessa do Pai (Lc 24.49) e viver uma vida de oração, consagração, obediência e por fim, cuidando da espiritualidade. Em suma, o dia de pentecoste é bíblico e o batismo no Espírito Santo é para os dias de hoje.

sábado, 10 de março de 2012

Evangelho de João

É o quarto livro do Novo Testamento. O evangelho é de estilo literário reflexivo e cheio de imagens e figuras de linguagem. A autoria é direcionada para o evangelista João, o discípulo amado. E ao escrever o livro o evangelista João tinha como propósito: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome” João 20.31. O alcance do livro é universal, pois a relação direta para a abrangência da mensagem é tanto para judeus, assim também como para gentios, portanto a escrita deste livro é endereçada a igreja no geral, ou seja, ao conjunto de todos os salvos em Cristo.

O livro é divido em quatro partes: primeira, a introdução (Jo 1.1-18); segunda, ministério público de Jesus (Jo 1.19-12.50); terceira, ministério particular de Jesus (Jo 13.1-17.26) e a quarta, acontecimentos finais (João capítulos 18,19,20 e 21).

Na introdução Jesus é apresentado como o Verbo de Deus. Dois pontos são fundamentais para conhecer o verbo. Primeiro, a identidade do verbo. É necessário conhecer de fato quem é o verbo. E como resposta a tais perguntas o evangelista João no primeiro versículo do livro escreve: “No princípio era o verbo (o verbo é eterno), e o verbo estava com Deus (o verbo é distinto de Deus não em essência, mas em pessoa) e o verbo era Deus” (o verbo é Deus). Segundo, na introdução o evangelista cita as obras do verbo, que são: criar (todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. v.3), iluminar (ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo. v. 9), regenerar (os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas da vontade de Deus. v.13) e revelar (Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer. v. 18).

A partir do versículo dezenove do capítulo um ao capítulo doze, Jesus atende as necessidades dos homens. Duas são as divisões do ministério público apresentado no livro em análise. No início do ministério de Jesus em atender as necessidades dos homens, teremos os testemunhos, da parte dos homens a respeito de Jesus (Jo 1.19-54), o testemunho do sinal (Jo 2.1-12) e o testemunho da morte e da ressurreição prevista (Jo 2.13-25). Em continuação o evangelista cita os acontecimentos que compõem o evangelho anunciado (Capítulos 3 e 4). Já na segunda divisão teremos a partir do capítulo cinco a manifestação de fé e incredulidade. A partir daí os acontecimentos serão fundamentais, assim como os nomes de Jesus que serão apresentados, também como o assunto do capítulo e por fim, a manifestação de fé ou incredulidade.

Nos capítulos treze ao dezessete Jesus atende as necessidades dos discípulos. Jesus e seu exemplo (capitulo 13). Jesus e seu Pai (capítulo 14). Jesus e seus discípulos (capítulo 15). Jesus e o Espírito Santo (capítulo 16). E Jesus e sua oração (capítulo 17).

Já nos capítulos finais teremos o julgamento de Jesus, sacrifício de Jesus, a ressurreição de Jesus e o epílogo. Estes dados históricos compreende os acontecimentos finais do ministério de Jesus.

E sobre a autoria do evangelho pertencer ao apóstolo João é ratificada por provas históricas e provas do próprio livro. As provas históricas correspondem aos primeiros teólogos (Tertuliano, Irineu, Clemente de Alexandria e Justino), ao primeiro historiador (Eusébio) e a prova das testemunhas vivas (Policarpo e Papias). Já as provas do próprio livro são indiretas, porém são provas autênticas e por exegese bíblica o discípulo amado é o apostolo João o escritor do quarto evangelho.

terça-feira, 6 de março de 2012

Paracletologia: Conhecendo e defendendo a doutrina do Espírito Santo contra heresias.

Texto: Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência. I Tm 4.1,2.
E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. Jo 14.16,17.

Conforme escreveu o apóstolo Paulo nos últimos tempos apareceriam falsas doutrinas de ordem demoníaca. É fundamental compreender que um dos alvos de satanás é desviar os cristãos da verdade, por isso, os demônios são especializados em omitir e alterar a verdade Bíblica, um bom exemplo é quando Jesus foi tentado por satanás, porém, pela Palavra Jesus venceu o inimigo da mesma maneira nos dias atuais o cristão vencerá as falsas doutrinas pela Palavra de Deus. E nos últimos dias muitos ensinos contrários a doutrina do Espírito Santo tem sido enfocada. Os erros se repetem sobre a pessoa do Espírito Santo. Para muitos o Espírito Santo não é uma pessoa e sim uma força, erro cometido pelas Testemunhas de Jeová. E outro erro gravíssimo é sobre a manifestação do Espírito Santo, especificamente o batismo no Espírito Santo.

I – Conhecendo o Espírito Santo pelas ações.

O Espírito Santo é uma pessoa, esta verdade é possível por razões básicas, como: Ele age como uma pessoa, o Espírito Santo tem características de uma pessoa e Ele é tratado como uma pessoa.

As ações desenvolvidas pela pessoa do Espírito Santo são: Ele vive nos crentes (Jo 14.17), ensina os crentes (Jo 14.26), testifica de Cristo (Jo 15.26), fala com os crentes (At 8.29), intercede pelos crentes (Rm 8.26), santifica os crentes (Rm 1.4) e dentre tantas outras operações renova o crente (Sl 104.30, Tt 3.5).

A terceira pessoa da Trindade possui vontades próprias, pois na Bíblia estar escrito: mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer (I Cor 12.11). Se os dons são distribuídos pela pessoa do Espírito Santo conforme o seu querer é porque Ele tem vontade. Porém, o que mais caracteriza o Espírito Santo a uma pessoa para os seres humanos é a possibilidade dEle se entristecer: “e não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção” (Ef 4.30).

O Espírito Santo é entristecido pelas ações carnais como: mentira contra os irmãos, iras que provocam pecados, quando ao diabo é outorgado lugar, quando furtamos e quando proferimos aquilo que não edifica (Ef 4.25-29).

II – Conhecendo o Espírito Santo pelos nomes.

O Espírito Santo é Deus. Deus Pai é a plenitude da divindade invisível. Deus Filho é a plenitude da divindade manifesta. E o Espírito Santo é a plenitude da divindade operante na criação. Logo, para conhecer o Espírito Santo é necessário conhecer e entender os nomes a respeito do mesmo que é citado na Bíblia.

Em Atos 5.3,4 o Espírito Santo é chamado de Deus. O nome Deus mostra que Ele é poderoso. Tão poderoso que criou os céus e a terra, portanto, o Espírito Santo tem poder absoluto. São importantes também as descrições que se encontram na Bíblia relacionando o Espírito Santo com o nome Deus, ou seja, o Espírito de Deus: e o Espírito de Deus se movia (Gn 1.2), relaciona ao poder do Espírito Santo; e o Espírito de Deus apoderou dele (I Sm 10.10) relaciona a profecia e por fim, e todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), logo aqui a associação se refere a direção promovida pelo Espírito Santo.

O Espírito Santo guia o crente pela Escritura Sagrada e pela consciência transformada. Paulo escreve a Timóteo e classifica os falsos mestres por terem cauterizado a consciência, isto indica a perca da sensibilidade para com as coisas de Deus. Esta perca é definida por escolhas direcionadas pelo ego humano.

Portanto, quando na Bíblia o Espírito Santo é chamado de Espírito de Deus a Ele estar associado poder, profecia e direção.

Já na segunda carta aos Coríntios está escrito: e todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor (II Cor 3.18). Quando o Espírito Santo é chamado de Senhor, o mesmo é associado ao amor de Deus. Portanto, devemos a nossa salvação ao verdadeiro amor do Espírito Santo como do Pai e do Filho (Rm 15.30).

III – Conhecendo o Espírito Santo pelos símbolos

O símbolo torna concretas as coisas abstratas. O vento por ser uma força poderosa é um símbolo do Espírito Santo (Jo 3.8). E a água por ser necessária ao sustento da vida torna se um dos símbolos da terceira pessoa da trindade, com esta verdade, definimos: o Espírito é indispensável para a vida espiritual (Jo 7.39). Já o fogo representa uma força purificadora, por isso, o fogo como símbolo do Espírito Santo indica a atuação do mesmo em purificar (Is 6.6,7. At 2.3).

Além destes o Espírito Santo têm como símbolos o óleo (At 10.38), que indica consagração e também a pompa que indica mansidão e paz, virtudes provindas da pessoa do Espírito Santo.

Portanto, para conhecer uma pessoa é realizada uma análise ao que se trata a personalidade (o ser das pessoas), as características (o ser físico das pessoas) e as manifestações da pessoa (o ser social das pessoas). Por isso, o Espírito Santo é uma pessoa; Ele age como uma pessoa, Ele possui características de uma pessoa e Ele tratado como uma pessoa.