Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 30 de julho de 2013

Viver para Deus


Viver para Deus
Texto: Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. (Gálatas 2.19).
INTRODUÇÃO
O último parágrafo do capítulo dois da Epístola em estudo apresenta algumas palavras em destaque. As palavras que apresentam elevado grau de importância para a compreensão do texto são: lei, justificação e fé (Gl 2.17-21).
O termo lei no presente texto corresponde a Lei de Moisés e sua interpretação realizada pelos israelitas. Segundo os expositores da Lei de Moisés a observação da mesma outorgava a justificação do pecado.
Já o termo justificação corresponde ao ato de declarar alguém culpado ou inocente.
 E por fim, a palavra fé que é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem (Hb11.1).
Em suma, quando se trata da fé, podem ser citadas três dimensões que se relacionam com o elo da fé, são elas:
Fé Natural - todas as pessoas dizem possuir uma fé e é claro que a possuem, porém tal fé é nomeada de fé natural ou comum.
Fé Salvífica - É a fé da entrega total, quem possui este tipo fé não consegue viver sem Jesus.
Fé Sobrenatural – é a fé que remove montanhas.
I – VIVER PARA DEUS.
1- Indica que ocorreu regeneração. Regeneração é o ato em que Deus outorga uma nova vida a pessoa que aceitou Jesus como Salvador. De fato a regeneração é o nascimento espiritual em que uma pessoa recebe o Espírito Santo, pois a efetuação do novo nascimento é realizada pelo Espírito Santo.
Jesus (Jo 3.3-5) afirma que ninguém pode entrar no céu sem a regeneração.
A regeneração é inseparável do arrependimento, pois o arrependimento é um ato de contrição profunda do coração, pela culpa de uma ação cometida com desejo de deixar o erro e praticar o bem.
Viver para Deus indica que houve a transformação do ser humano e a palavra chave para resumir tal verdade bíblica é “salvação”.
E a relação entre regeneração, santificação e glorificação no que corresponde a salvação é definida da seguinte maneira: “regeneração é a salvação do espírito; santificação é a salvação da alma, e glorificação é a salvação do corpo”.
2- Indica que houve justificação. O salário do pecado é a morte (Rm 6.23), sendo assim Deus não poderia justificar o ímpio comprometendo a lei, por isso, o ser humano é justificado por causa dos méritos de Jesus e não pelas obras da lei (Gl 2.16).
Para Paulo a doutrina da justificação pela fé foi motivo para a escrita de duas epístolas, Romanos e Gálatas, pois havia membros da igreja que defendia a justificação pelas obras da lei (Gl 2.16). Já para Martinho a justificação pela fé era artigo importante para a igreja se conservar de pé ou chegar a cair.
Portanto, todos os que confiam em Jesus são declarados justificados, ou seja, justos. Porém, o método da justificação é divino, porque a justificação realizada pelos seres humanos só pode justificar um (o inocente) e condenar o outro (culpado), já a justificação divina justifica o culpado e não é baseada nos méritos e sim na misericórdia.
II – CRISTO VIVE EM MIM.
Para João Calvino a frase “Cristo vive em mim” escrita por Paulo tem significado duplo. Sendo que o primeiro significado corresponde ao apóstolo Paulo ser governado pelo Espírito Santo, e o segundo, indica que Paulo era participante da justiça de Deus, isto é, Paulo era aceito aos olhos de Deus.
1- Os cristãos são guiados pelo Espírito Santo. Conforme as narrativas das cartas paulinas percebe-se que os que nasceram em Jesus Cristo são guiados pelo Espírito Santo (Rm 8.14). Porém, Paulo apresenta uma condição indispensável para a compreensão do texto (Rm 8.14) é não estar vivo para a carne. A palavra carne na Bíblia se apresenta de vários sentidos: por exemplo, nascimento segundo a carne (Rm 1.3), os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8.8) e fraqueza da carne (Gl 4.13). As palavras que definem o termo carne “sarx” seriam: ordem natural e ações que não agradam a Deus.  
2- Vida que agora vivo na carne. Paulo não estava descrevendo uma ação pecaminosa. O que o apóstolo estava descrevendo era a respeito da nova vida que o mesmo agora estava desfrutando em Cristo Jesus.
Com a queda de Adão três heranças foram outorgadas a humanidade que foram; a culpa, a corrupção e a morte. A segunda delas “corrupção” relaciona com a interpretação de muitos na frase em questão, porém, o que Paulo trata não é o termo “sarx”, carne, mas a palavra “soma” vida no corpo.
CONCLUSÃO
Só há salvação pelos méritos de Jesus, porque se a morte dEle é a redenção, então a humanidade estava cativa. Se a morte é a expiação porque a humanidade era culpada. E por fim, se a morte dEle é purificação é porque a humanidade estava impura.
Logo, o pecado cometido por Adão proporcionou prisão, isto é, o cativeiro, proporcionou também culpa e impureza. Mas, graça a Deus que salva o indivíduo do domínio do pecado, basta que o mesmo, aceite a Jesus como único e suficiente Salvador.

domingo, 28 de julho de 2013

Subsídio da lição – As Virtudes dos Salvos em Cristo.


Subsídio da lição – As Virtudes dos Salvos em Cristo.

A palavra-chave para a 5ª lição deste 3º trimestre é “VIRTUDE”. A palavra-chave, virtude, é a disposição firme e constante para a prática do bem.
A Palavra salvação deriva do grego, soteria, tendo por significado, liberdade ou ser livre de um perigo iminente. A bíblia quando utiliza o termo salvação, principalmente no Novo Testamento, está inserindo o propósito de Deus, que é a salvação da humanidade.
Para que o homem possa ter plena comunhão com o Criador é necessário que seja livre do pecado, pois o pecado é toda transgressão contra Deus.
A salvação tornou-se possível, por que Jesus Cristo deixou o seu trono de glória, tomou a forma de servo, se fez semelhante aos homens, foi obediente até a morte e morte de Cruz ( Fp 2.5-11), para purificação dos nossos pecados (Hb 1.3).
I – DINÂMICA DA SALVAÇÃO.
1- O caráter dinâmico da salvação.
2- Deus é a fonte da vida.
3- A bondade divina.

Comentário:
Salvação Figurada
Quando o homem pecou, logo percebeu que estava nu, em seguida fez para se e para a sua esposa aventais de folhas de figueira (Gn 3.7); Deus não aprovou as vestes feitas pelo primeiro Casal, segundo o texto de Gênesis 3.21, Deus fez túnicas de peles e os vestiu.
Entenda que foi o próprio Deus que fez as túnicas, isto figura as vestes espirituais que recebemos de Cristo. Outra notoriedade é a descrição “peles” logo se entende que um animal foi imolado para vestir o primeiro Casal, que por causa do pecado perceberam que estavam nus e como consequência a vergonha.
Este animal torna-se uma figura de Cristo, pois só pela morte de Jesus somos salvos e o seu sangue nos purifica de todo o pecado (1Jo 1.7).
Salvação Prometida
A primeira promessa a respeito de um salvador na bíblia encontra-se em Gênesis 3.15.
E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e sua semente, este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.
Jesus sendo a semente da mulher feriu a cabeça de satanás na Cruz, e teve o seu calcanhar ferido. O sofrimento que Jesus passou e a humilhação são correspondentes ao calcanhar ferido.
            Analisando ainda o antigo testamento são inúmeras profecias a respeito de Jesus, citaremos algumas delas:
Ø    Profeta semelhante a Moisés (Dt 18.15)
Ø    É crucificado (Sl 22)
Ø    É Deus e terá um reino eterno (Is 9.)
Ø    É ungido e morto depois de 483 anos (Dn 9. 24-27)
Ø    É eterno e nascerá em Belém (Mq 5.2)
A salvação no Novo Testamento
Os evangelhos relatam episódios fundamentais e marcantes da vida de Jesus, principalmente o objetivo da sua vinda. Deus amou o mundo, o termo utilizado aqui para amor é ágape que não é amor entre amigos (philis) e nem amor conjugal (Eros), mas sim um amor divino, ou seja, Deus expressando o seu sentimento para com a criatura.
Confirmada em Jesus Cristo.
Todas as narrativas dos evangelistas a respeito de Jesus são categóricas em afirmar a natureza e o propósito da sua manifestação.
II – OPERANDO A SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR.
1- “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas”.
2- “Sejais irrepreensíveis e sinceros”.
3- “Retendo a palavra da vida”.
Comentário:
Definições
Murmuração significa sussurro, isto é, conversação ofensiva e maledicente.
Contenda é a presença de conflitos.
Já sinceridade é a ausência de cera. Como assim? Conforme a tradição romana as esculturas eram preenchidas com cera após o desgaste do tempo ou por falha na produção, porém, com o forte calor as falhas eram reveladas, por isso, as obras “sem cera” outorgou a origem do termo sincero, ou seja, sem cera.
Retendo a Palavra
Praticando a palavra. É importante aqui compreender os elos da salvação que são:
Que é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem (Hb11.1).
Em suma, quando se trata da fé, podemos citar três dimensões que se relacionam com o elo da fé, são elas:
Fé Natural - todas as pessoas dizem possuir uma fé e é claro que possuem, porém a nomeamos de fé natural ou comum.
Fé Salvífica - É a fé da entrega total, quem possui esta fé não consegue viver sem Jesus.
Fé Sobrenatural – é a fé que remove montanhas.
Arrependimento
É um ato de contrição profunda do coração, pela culpa de uma ação cometida com desejo de deixar o erro e praticar o bem.
Conversão
 É a entrega total ao Senhor Jesus Cristo e como resultado a mudança é completa; espírito, alma e corpo transformados para a ação do Espírito de Deus.
Santificação
É a ação em que se abandona o pecado e passa ter uma vida pura em toda maneira de viver.
Santificação pretérita – estar relacionada ao momento da conversão.
Santificação presente – santificamos mediante a palavra de Deus, a oração e a dedicação na casa do Senhor.
Santificação futura ou total – quando deixarmos este corpo corruptível e tomar posse de um corpo incorruptível.
Glorificação
É a razão da nossa vida espiritual, quando termos o nosso corpo transformado conforme a imagem celestial (ICor 15.49).
III – A SALVAÇÃO OPERA O CONTENTAMENTO E A ALEGRIA.
1- O contentamento da salvação.
2- A alegria do povo de Deus.
Comentário:
A salvação proporciona
A operação da salvação no presente texto corresponde aos benefícios da salvação ao indivíduo e a comunidade. Paulo enfatiza dois benefícios proporcionados pela salvação que são o contentamento e alegria.
Concluo com um testemunho de um membro da Igreja Cruzada Cristã Pentecostal em Santa Maria da Vitória – Bahia, congregação no Alto do Cruzeiro, pastoreada pela minha pessoa. “Irmãos Deus tem abençoado a minha vida de tal maneira que tenho hoje uma esposa, um carro, uma moto, uma casa e um emprego, porém o melhor dia da minha vida não foi à conquista de tais coisas e status, mas o dia em que entreguei a minha vida a Jesus, e a partir deste dia conquistei todas as demais”.
Com este testemunho concluímos que a salvação proporciona inúmeras conquistas e dentre elas a alegria.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Eficácia do Apostolado


Eficácia do Apostolado

Texto: 6- E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;
7- Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão
8- (Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios)
9- E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;
10- Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também procurei fazer com diligência. (Gálatas 2.6-10).

INTRODUÇÃO
O presente texto cita três personagens considerados como colunas da igreja primitiva e soma a estes o nome do apóstolo Paulo, escritor da epístola em apreço, que de fato é considerado o apóstolo dos gentios.
Nos cinco versículos há requisitos básicos para a eficácia ministerial que são: comunicação, obediência, preocupação para com os outros e diligência.
I – MODELO DE EFICÁCIA.
Quatro personagens centrais do cristianismo estão presentes nos versículos acima citados. Foram eles decisivos para a igreja primitiva e são hoje os seus escritos importantes para a organização da igreja do Senhor Jesus.
1- Paulo apóstolo dos gentios. Paulo tornou-se modelo para todos aqueles que querem desenvolver eficazmente o ministério no qual foram chamados. Porém, a prática de um chamado eficaz só poderá ser confirmada no fim da carreira ministerial. Paulo encerra suas atividades ministeriais se apresentado como soldado (combati o bom combate), como atleta (acabei a carreira) e como mordomo (guardei a fé). Como soldado Paulo foi valoroso e estratégico em sua missão, como atleta o apóstolo foi incansável e submisso e como mordomo Paulo concretiza o valor da paciência e da esperança para ser bem sucedido ministerialmente (2 Tm 4.7).
2- Pedro apóstolo dos judeus. Enquanto, Paulo tornou-se referência nos escritos de Lucas nos capítulos 13 ao 28 do livro de Atos, Pedro foi protagonista dos 12 primeiros capítulos. O marcante é que Pedro é por Paulo citado e considerado o apóstolo dos judeus. Pedro foi decisivo na propagação do evangelho do Senhor Jesus e na organização da igreja no primeiro século. Sendo considerado uma coluna da igreja (Gl 2.9), isto é, uma das autoridades que exercia aos outros em talentos e em sabedoria.
3- João discípulo amado do Senhor Jesus. João é também considerado uma coluna da igreja pelo apóstolo Paulo. Os talentos de João são visíveis em seus escritos. As obras de João tornaram importantes para a igreja moderna, pois defende a natureza divina do Senhor Jesus. Sendo assim uma defesa eficaz contra as heresias.
Outra contribuição magnífica de João é o fato do mesmo enfatizar a importância do amor ao próximo (1 Jo 3.16). Verdade presente nas cartas escritas pelo apóstolo.
4- Tiago exemplo de dedicação. Concluindo os três nomes tidos como colunas da igreja primitiva têm o nome de Tiago, irmão do Senhor Jesus, como o primeiro a ser citado por Paulo, o que indica que Tiago chegou a ser o líder da igreja em Jerusalém.
Tiago escreveu uma epístola que se encontra entre as cartas universais, obra tida como o Livro de Provérbios do Novo Testamento. Porém, o que mais marca a geração dos dias hodiernos no que corresponde a influencia de Tiago foi à dedicação do mesmo ao Senhor. Conta-se que Tiago tinha os joelhos com formato de joelhos de camelo por passar muito tempo em oração. Quando Tiago estava sendo apedrejado dobrou os joelhos e citou as frases do Mestre “perdoa os pecados porque eles não sabem o que fazem”.
II – REQUISITOS BÁSICOS PARA A EFICÁCIA MINISTERIAL.
1- Comunicação. A ausência de comunicação (v.6) presente no texto corresponde por não haver necessidade de alterar o que Paulo descreveu por meio de suas experiências com os gentios. Porém, para que o dom em ação seja eficazmente desenrolado é necessário que haja comunicação para que o trabalho seja feito de maneira organizada.
Na carta aos Coríntios o apóstolo Paulo enfatiza três elementos fundamentais para o crescimento da igreja que são: poder (1 Co 12.11), amor (1 Co 13.13) e ordem (1 Co 14.40). Logo, se não houver ordem não haverá crescimento. E um dos elementos importantíssimo para que haja ordem em qualquer recinto é a comunicação.
2- Obediência. Paulo foi obediente aos apóstolos quando os mesmo definiram que cuidados fossem dados aos pobres. Obediência é uma característica indispensável para todos aqueles que aproximam de Deus. No Antigo Testamento há um bom exemplo de que Deus não se agrada dos desobedientes, tal fato é notório quando Saul desobedece a Deus. Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros (1 Sm 15.22b), assim Deus falou a Saul por ser o monarca desobediente a uma ordenança divina.
A desobediência de Saul não outorgou ao mesmo um ministério eficaz, mesmo que ele tenha governado a Israel por quarenta anos.
Portanto, um dos requisitos básicos para que um ministério seja eficazmente desenvolvido é a obediência.
3- Preocupação para com os outros. A ótica do cristão não poderá ser no indivíduo, mas sim na comunidade. Isto é, o foco deverá ser no outro. Aqui se encaixa a parábola do Bom Samaritano onde é apresentado três filosofias de vida.
A primeira filosofia de vida é a do egoísta (sacerdote e levita) o que é meu é meu.
Já a segunda filosofia de vida é a do bandido (os malfeitores) o que é seu é meu.
E por fim, a terceira filosofia de vida corresponde ao amor cristão (bom samaritano) o que é meu poderá ser seu.
4- Diligência. É a mesma coisa que zelo. Paulo buscou obedecer com zelo à ordenança dos apóstolos que eram as colunas da igreja. Não há ministério eficaz se não houver zelo para aquilo no qual foi chamado.

Em suma, fica notório que os bons exemplos são fundamentais para que nos dias hodiernos a igreja seja firme na sua vocação e ministre com ousadia a Palavra da salvação a todos aqueles que necessitam da transformação que é proveniente do evangelho do Senhor Jesus. Porém, fazendo tudo decentemente e com ordem (1 Co 14.40).

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Subsídio da lição – Jesus, o modelo ideal de humildade.


Subsídio da lição – Jesus, o modelo ideal de humildade.

A palavra-chave para a 4ª lição deste 3º trimestre é “HUMILDADE”. A palavra-chave, humildade, é uma virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza. Em alguns relatos a humildade é associada à pobreza. Porém, quando se trata de uma virtude a humildade é definida por duas atitudes nobres, submissão e serviço.
A verdade prática dá ênfase à humildade de Jesus ao associar a submissão e a servidão com a humildade no longo do seu ministério tornando assim um modelo ideal de humildade.
Na introdução encontra se a declaração bíblica a respeito da divindade de Jesus e também da sua natureza humana.
Dica: faça distinção entre a natureza divina e humana de Jesus.

I – O FILHO DIVINO: O ESTADO ETERNO DA PRÉ-ENCARNAÇÃO.
1- Ele deu o maior exemplo de humildade.
2- Ele era igual a Deus.
3- Mas “não teve por usurpação ser igual a Deus” (v.6).
Comentário: O primeiro tópico baseia nos versículos 5 e 6  que apresenta duas palavras que merecem atenção e análise em especial. As duas palavras são sentimento e forma.
Em grego “phroneo” corresponde a sentimento no que representa pensamento. O pensamento de Cristo não outorgava valores ao sentimento individualista, mas há demonstração de amor ao próximo. Já a segunda palavra é a palavra forma que corresponde a semelhança de Deus, ou seja, sendo Ele Deus.
Portanto, Cristo, ao fazer-se homem, esvaziou-se não de sua divindade, mas de sua glória. A presente frase é explicativa e identifica que Jesus continuou sendo Deus, porém, sem a glória divina, pois o mesmo tornou se limitado no que corresponde ao tempo e o espaço.
II – O FILHO DO HOMEM: O ESTADO TEMPORAL DE CRISTO (2.7,8).
1- “Aniquilo-se a si mesmo”.
2- Ele “humilhou-se a si mesmo”.
3- Ele foi “obediente até a morte e morte de cruz”.
Comentário: três palavras são destaque no tempo em que Jesus viveu neste mundo como verdadeiro homem, são elas: esvaziar, humilhação e obediência. Jesus esvaziou se de sua glória e de seus atributos como Deus, porém continuou sendo Deus, porque Ele não esvaziou se da sua essência divina.
A humilhação de Jesus teve como objetivo primordial o tríplice ministério do Messias: profético, sacerdotal e o de rei.
Como profeta foi Ele o porta voz entre Deus e os homens, pois o profeta fazia a ponte entre Deus e os homens.
Como sacerdote foi Ele o representante entre os homens e Deus, pois o sacerdote fazia a ligação entre os homens a Deus.
E como rei Jesus desenvolveu o ministério de cura.
Por fim, Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz.

III – A EXALTAÇÃO DE CRISTO.
1- “Deus o exaltou soberanamente”.
2- Dobre-se todo joelho.
3- “Toda língua confesse”.
Comentário: o presente comentário apresenta a exaltação de Cristo em três momentos importantes. Primeiro momento, um nome que é sobre todo o nome, o que a maioria dos especialistas defende que seja o nome “Senhor”. Já no segundo momento “que ao nome de Jesus se dobre todo joelho” e o que marca esta verdade é que serão os joelhos de todos até mesmo os que estão debaixo da terra. E por terceiro, toda língua confessará que Jesus é o Senhor.

A humilhação de Jesus (v.7,8)
A exaltação de Jesus (v.9 a 11)
Esvaziou se da sua glória
O Pai o exaltou soberanamente
Tomou a forma de servo
Recebeu um nome acima de todos os nomes
Humilhou a si mesmo
Todo joelho se dobrará perante Ele
Foi obediente até a morte e morte de cruz
Toda língua confessará que Ele é o Senhor.

Tome Nota: A exaltação é precedida pela humildade. E assim foi com Cristo Jesus que humilhou a si mesmo para ser exaltado soberanamente pelo Pai.

domingo, 21 de julho de 2013

O Mestre está aqui e chama-te


O Mestre está aqui e chama-te

E, dito isso, partiu e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está aqui e chama-te (João 11.28).
Introdução                                
Jesus era amigo de Lázaro e o amava muito (Jo 11.3). Mas, a aproximação entre eles não impediu que Lázaro passasse por momentos difíceis, onde que a enfermidade piorava cada veze mais. Ao saber que seu amigo estava doente Jesus disse que a enfermidade não era para a morte, mas para glória de Deus (Jo 11.4), porém foi necessário que Lázaro morresse para que a glória se manifestasse.
No presente tema três coisas são importantes a serem observadas. A primeira delas é o termo “Mestre” que indica conhecimento de Marta sobre a pessoa de Jesus. Já a segunda é a expressão “está aqui”, que corresponde a presença de Jesus. E a terceira é “chama-te” expressão que indica a relação entre o individuo e o chamado de Deus para o mesmo.
I – CONHECENDO A JESUS.
1- Para a Igreja. No contexto eclesiástico a melhor definição a respeito de Jesus é a de que Ele é o Salvador. Pois, no que concerne a exposição bíblica a igreja é adotada por Deus pelo intermédio de Jesus Cristo. Todos pecaram (Rm 5.12) e distanciaram da glória de Deus, logo por ser transformado pelo poder do evangelho cada cristão torna-se coerdeiro de Jesus (Rm 8.17). Jesus é Senhor. Jesus é Deus. Porém, para a igreja a definição que mais se apropria ao antigo com o atual estado de vida dos indivíduos é a convicção que Jesus é Salvador, isto é, Ele nos livrou da condenação.
2- Para nomes ilustres do cristianismo. Na bíblia encontramos as seguintes declarações a respeito de Jesus; sobrenaturais (Mt 3.16,17), angelicais (Lc 2.10-14), humanas (Jo 1.29,41,45 e 49) e naturais (Mt 27.45,51).
Nas declarações humanas a respeito de Jesus descobre que para João Batista, Jesus era o cordeiro de Deus que tira o pecado da humanidade (Jo 1.29). Já para André André, Jesus era o Messias (Jo 1.41). Para Felipe, Jesus era o prometido (Jo 1.445). Para Natanael, Jesus era o Filho de Deus e o Rei de Israel (Jo 1.49). Porém, a definição que mais ecoa com demonstrações magníficas sobre a pessoa de Jesus é a de Tomé: Senhor meu e Deus meu (Jo 20.28).
3- Para Marta. Marta sentia se saciada pelos ensinamentos de Jesus, pois Jesus ensinava com autoridade (Mt 7.29). Por isso, a declaração de Marta a respeito de Jesus foi à de que Ele era Mestre. Expressão que identifica Jesus com a de conhecedor de todas as coisas. Tudo sabe corresponde ao atributo da Onisciência.
II – A PRESENÇA DE JESUS.
1- A presença de Deus. No Antigo Testamento Deus fez com que a glória fosse sentida e desfrutada pelos israelitas, porém, Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer (Jo 1.14), tal verdade Bíblica descreve que Jesus tornou-se possível a notoriedade da presença de Deus.
2- A presença de Jesus proporcionam milagres. A presença de Jesus proporciona milagres e quatro são os milagres descritos na Bíblia: o da provisão, o da restituição, o da restauração e o do julgamento.
O importante é lembrar que a providência é a ação de Deus em governar o planeta terra suprindo a necessidade de todos, principalmente dos que são fiéis a Ele.
O milagre não se explica é aceito pela fé. Pois, o milagre tem como fonte a direção divina, porém, Deus usa instrumentos para que o milagre ocorra. O termo restaurar corresponde a mudar, outorgando formas novas ou diferentes das anteriores. É de fato por em novo estado, assim ocorreu com Naamã que foi curado da lepra e também no momento que as águas amargas tornaram saudáveis.
III – SENDO CHAMADOS POR JESUS.
1- Tipos de chamados. No contexto bíblico três são os chamados de Deus para com o ser humano. O primeiro chamado que Deus trata com o ser humano é o chamado para a salvação. Já o segundo corresponde ao chamado para o serviço. E por fim, o terceiro tipo de chamado é o da glorificação.
Após o pecado de Adão todos os homens tornaram pecadores, por isso, o primeiro chamado feito ao ser humano da parte de Deus é o chamado para que o mesmo volte a ter comunhão com o criador. Porém, não há um limite aqui, pois quando o indivíduo é chamado para ser salvo é lhe inserido por natureza o dever de propagar o evangelho, logo se concretiza o chamado para o serviço. Todavia, um dia o céu se abrirá e todos os que entregaram as suas vidas ao Senhor Jesus terão os seus corpos revestidos de glória e serão semelhantes ao corpo de Cristo (Hb 12.23, Rm 8.17,18).
2- Homens com nobres missões. Noé teve como missão executar a tarefa de construir uma arca e apregoar a mensagem de arrependimento.
Jonas teve como missão executar a tarefa de pregar a mensagem de arrependimento em Nínive.
Moisés teve como missão guiar, proteger, amar, em suma, liderar um povo numeroso no deserto.
Davi teve como missão firmar o reino israelita.
Elias teve como missão dentre tantas, ungir a Eliseu como sucessor.
Os doze tiveram como missão pregar o evangelho, primeiro às ovelhas perdidas da casa de Israel, a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar os demônios (Mt 10. 6-8).
O milagre é nosso, mas a glória é de Deus. Nestes últimos dias Deus quer prover o que necessitamos para a glória do seu nome. Que Deus seja louvado.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Paulo de separado a chamado para que o Evangelho fosse anunciado aos gentios

Paulo de separado a chamado para que o Evangelho fosse anunciado aos gentios 
Texto: 15- Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça,
16- Revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue,
2.1- Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
2- E subi por uma revelação, e lhes expus o evangelho, que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.
3- Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se;
4- E isto por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão;
5- Aos quais nem ainda por uma hora cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós. (Gálatas 1.15,16;2.1-5).

INTRODUÇÃO
O capítulo dois da carta do apóstolo Paulo aos Gálatas é utilizado pelo apóstolo para defender a autoridade do seu ministério. Isto é, o ministério apostólico. Pois, ministério é um dom em ação. Paulo recebeu de Deus o chamado para ser o apóstolo dos incircuncisos (Gl 2.7).
I – CONSAGRAÇÃO DO APÓSTOLO.
1- Definição de santificação. O termo santificar tem como significado separar ou consagrar para o uso de alguém e com propósito certo. De fato Paulo foi separado para o uso de Deus e com o propósito de glorificar o nome do Senhor em meio à história do cristianismo. O apóstolo dos gentios é considerado o maior nome teológico da história. Conforme o próprio apóstolo as marcas de Cristo em sua vida (Gl 6.17) fez do mesmo um diferencial no contexto histórico da humanidade. E isto por ter sido o apóstolo separado por Deus.
2- Processo da santificação. Deus separa o homem conforme o chamado do mesmo, ou seja, conforme a vocação do indivíduo. Porém, cabe ao ser humano salvo se santificar a cada dia. Sendo que a santificação como processo diário ocorre por meio de esforços e dedicação.
Três atitudes são fundamentais para a santificação. São elas: a atitude de ir á igreja, a atitude de ler a bíblia e a atitude de orar constantemente. Santifica os na verdade, pois a tua palavra é a verdade (Jo 17.17).
3- Desde o ventre da minha mãe. Na presente frase o apóstolo Paulo faz um paralelo entre o seu ministério apostólico e o ministério profético de Jeremias (Jr 1.5). Assim como Jeremias foi santificado às nações antes de nascer, o apóstolo Paulo também o foi.  
Há uma demonstração biológica incrível presente no texto, ou seja, o feto é independente do corpo da mãe. Deus mostra que o individuo é valorizado mesmo ainda presente no corpo da mãe, onde que o mesmo terá que passar por desenvolvimento e receber suprimento, porém o feto é diante de Deus um ser único e por isso é por Deus escolhido.
Paulo reconhece que o seu ministério veio diretamente da parte de Deus, assim como o evangelho que o mesmo pregava.
II – OS DESIGNIOS DE DEUS.
1- Os decretos de Deus são. Quando se fala sobre decreto de Deus não pode se associar com destino, pois destino corresponde a algo limitado enquanto que os decretos de Deus estão associados à santidade do Senhor. Por isso, os decretos são expressões da vontade de Deus.  Uma segunda verdade sobre os decretos de Deus é que os mesmos são eternos. E por terceiro os decretos de Deus são para a glória de Deus. Logo, “sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).
2- Os tipos de decretos. Quatro são os tipos de decretos de Deus. Estes decretos incluem tudo que ocorre no contexto histórico da humanidade; da salvação ao juízo final. Os decretos são: criação, providência, redenção e consumação. Sobre o decreto da criação sabe se que Deus criou tudo para a sua glória e este decreto se completa com a providência, que é o segundo decreto de Deus para a humanidade, que se caracteriza por dois aspectos: governo e sustento. O terceiro que é a redenção é o tipo de decreto que demonstra a superioridade da luz sobre as trevas. E por fim, a consumação que será a demonstração da glória de Deus para todos, até mesmo para os ímpios.
III – A VONTADE DE DEUS PARA O HOMEM.
Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Porque ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto” (Jr 17.7,8).  No presente texto se percebe que a vontade de Deus para o homem é que o mesmo se frutifique até mesmo em época de crise. Logo, o homem não foi criado para vegetar e também não é um acidente ou um por acaso.
O propósito de Deus para o homem é que o mesmo venha a arrepender se (2 Pe 3.9) e passar a ser guiado pelo Espírito Santo (Rm 8.14).
Deus está no controle de todas as coisas, por isso, nada acontece por acidente ou pelo destino. Tudo acontece conforme os decretos de Deus, que são as expressões da vontade divina e de fato são eternos e para a glória de Deus. Logo, não é o indivíduo o foco.
Paulo foi separado com uma nobre missão a de propagar o evangelho entre os gentios. Deus continua a separar pessoas para que o evangelho nos dias hodiernos seja pregado em tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2).