Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A EXISTÊNCIA DA LEI.


A EXISTÊNCIA DA LEI.
Texto: 19- Qual era então o propósito da lei? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente a quem se referia a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.
20- Contudo, o mediador representa mais de um; Deus, porém, é um.
21- Então, a lei opõe-se às promessas de Deus? De maneira nenhuma! Pois, se tivesse sido dada uma lei que pudesse conceder vida, certamente a justiça viria da lei.
22- Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, a fim de que a promessa, que é pela fé em Jesus Cristo, fosse dada aos que cerem. (Gálatas 3.19-22).

INTRODUÇÃO
A existência da Lei está associada com a existência do pecado, isto porque a Lei cujo significado indica ensino ou instrução foi dada a fim de demonstrar que o pecado é uma violação à vontade divina e com isto despertar os seres humanos a entenderem a misericórdia proveniente da graça manifestada em Jesus Cristo.
Porém, o limite da Lei estava na impossibilidade de outorgar vida espiritual e atitude moral.
I – RAZÃO DA EXISTÊNCIA DA LEI.
1- Por causa da transgressão. Paulo demonstra aos gálatas que a existência da Lei está associada com a presença da transgressão. Logo, a transgressão é tudo aquilo que impede o ser humano de se chegar a Deus.
Até existe um provérbio que enfatiza que “boas leis são provenientes de más condutas”. Por isso, sabe que as Leis foram mediadas para que os hábitos maus fossem refreados. Para Paulo a existência da Lei era disciplinar e educativa, pois pelo meio educativo os israelitas conheciam suas culpas.
A morte, a culpa e a corrupção foram às consequências do pecado cometido por Adão. A Lei foi promulgada não por causa da obediência de alguns, mas por causa da desobediência de muitos. Porque a Lei na sua instrução aplica se à corrupção humana.
2- Valores proporcionados pela Escritura Sagrada. A Escritura é proveitosa para ensinar, ou seja, para proporcionar conhecimento. Sendo que o conhecimento adquirido outorgue libertação (Jo 8.32). Há proveito na Bíblia para redarguir. Aqui tem como missão central condenar atos que desagrada a Deus. Ao ser redarguido o indivíduo poderá ser corrigido, isto é, ser restaurado ao estado correto. Por isso, que Jesus na oração sacerdotal pediu ao pai para santificar os discípulos na verdade (Jo 17.17). E por fim, ser instruído em justiça é além de tudo viver para Deus.
II – DEUS É ÚNICO.
Gálatas 3.20 foi considerado um dos versículos mais obscuro da Escritura Sagrada e é apresentado a este texto entre 250 a 300 interpretações diferentes.
Entretanto, em duas partes se divide o texto: o medianeiro não é de um e Deus é um.
1- O medianeiro não é de um. Uma das regras da hermenêutica afirma que “texto sem contexto é pretexto para heresias”. Nos versículos anteriores o apóstolo Paulo faz menção de Abraão e foi com este que Deus fez promessa de abençoar todas as famílias da terra (Gn 12.3). Logo, o medianeiro não é limitado a um povo, mas a sua existência é para o cumprimento da promessa.
Jesus é o mediador de uma nova aliança. Aliança esta que tem como propósito aproximar o ser humano do criador outorgando aos homens a condição de filhos de Deus.
João Calvino enfatiza que Jesus é o mediador da reconciliação (por Ele os seres humanos são aceitos por Deus), Jesus é o mediador da intercessão (por Ele as orações dos santos são ouvidas) e também apresenta Jesus como mediador de todas as doutrinas, isto é, é o centro de toda obra proposta por Deus (1 Tm 2.5).
Porém, ao contrário de Calvino há estudiosos que não concordam que Cristo seja o mediador da Lei, mas sim a pessoa de Moisés. Entretanto, o que se pode afirmar é que tudo está no controle de Deus e tudo acontece conforme seu decreto. E os decretos de Deus são: criação, providência, redenção e consumação (Rm 8.28).
2- Deus é único. Ao afirmar que Deus é um Paulo transmitia o real propósito de Deus em salvar a humanidade. É evidente que a doutrina da trindade é uma realidade sem contradição, porém, o que Paulo enfatiza é a real ação divina mediante a graça revelada para conduzir o homem à salvação (Jo 3.16).
Em suma, a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, ou seja, o que a Lei outorgou aos homens foi à condenação isto não omite a ação pedagógica da Lei em instruir o homem, sendo que a instrução é forçada e elevada à condenação, já a graça em Cristo salva o pior dos homens.

 

domingo, 25 de agosto de 2013

Subsídio da lição – Confrontando os Inimigos da Cruz de Cristo.


Subsídio da lição – Confrontando os Inimigos da Cruz de Cristo.

A palavra-chave para a 9ª lição deste 3º trimestre é “INIMIGOS”. A palavra-chave, inimigos, corresponde a aqueles que não possuem comunhão com os outros. Na presente lição os inimigos apresentados são os judaizantes e todos aqueles que não tinham comunhão com a mensagem da cruz.
Anteriormente Paulo descreveu sobre a importância de manter cuidado com os falsos obreiros, já na lição em apreço o cuidado deveria ser com os falsos cristãos. E sendo assim em tudo os filipenses deveriam permanecer firmes na fé e em constante alegria.
A integridade cristã é ameaçada por parte de três inimigos: carne, orgulho e o dinheiro.
Torna se evidente que os três principais inimigos da igreja são; satanás, a carne e o mundo, porém quando o assunto corresponde com a integridade cristã à coisa muda, pois satanás e o mundo provocam nos cristãos sentimentos de superioridade e de a proximidade com atividades ilícitas.
I – EXORTAÇÃO À FIRMEZA EM CRISTO.
1- Imitando o exemplo de Paulo.
2- O exemplo de outros obreiros fiéis.
3- Tendo outro estilo de vida.
Comentário:
Dois motivos tinha a igreja em Filipos de imitar o apóstolo Paulo. Primeiro motivo o compromisso de Paulo com o Reino de Deus. O apóstolo não estava preso às coisas desta vida, o alvo dele era o prêmio da soberana vocação de Deus (Fl 3.14). Já como segundo motivo o apóstolo era dotado de um caráter humilde. A humildade de Paulo é notória quando o mesmo se apresenta como modelo a ser imitado.
Porém, o apóstolo não se coloca como uma única referência ele mostra outros obreiros a serem imitados. O grande problema nos dias atuais é que os referenciais da nossa sociedade são heróis corruptos e descompromissados com o Reino de Deus, mas cabe a nós cristãos termos como referencial os amados obreiros que pelejaram e pelejam por nossas vidas (Hb 13.7).
A sociedade estamental da idade média se dividia entre os nobres, o clero e os servos. Os nobres mandavam, o clero rezava e os servos trabalhavam. Ou seja, havia um limite a quem deveria rezar. Entretanto, o verdadeiro evangelho ensina que todos, sejam estes obreiros ou não, têm a oportunidade se chegarem a Deus. A oportunidade de se chegar a Deus é um privilegio dos cristãos.
II – OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO.
1- Os inimigos da cruz,
2- O deus deles é o ventre.
3- A glória deles.
Comentário:
Os inimigos do evangelho aqui são os judeus convertidos que somavam à condição de salvos a obediência aos princípios da lei. Paulo ao fazer menção dos inimigos mostra que o ministério pastoral não é fácil, tem seu preço e é realizado com muitas lágrimas.
Duas coisas narradas por Paulo chama atenção sobre os inimigos do evangelho. Primeiro o deus deles é o ventre “materialismo”, ou seja, estavam dispostos a agradarem ao ventre. E em segundo a glória deles seria perdição.
III – O FUTURO GLORIOSO DOS QUE AMAM A CRUZ DE CRISTO.
1- Mas a nossa cidade está nos céus.
2- Que transformará o nosso corpo abatido.
3- Vivendo em esperança.
Comentário:
Para um mundo perfeito é necessário que exista uma composição com elementos essenciais como a de um governo capaz somada a habitantes conscientes, que desfrute de conhecimentos, comunhão e vivam em amor. Por muitos anos esta tem sido à busca de homens para uma sociedade melhor, porém, estas teorias ao serem executadas pelo o homem eliminou o essencial que é a presença de Deus. Ou seja, não haverá uma sociedade justa com a ausência de Deus. Na Nova Jerusalém a perfeição será real porque o próprio Deus a governará com isto os habitantes serão os salvos de todas as épocas que possuirão conhecimento perfeito e desfrutarão da perfeita comunhão e do perfeito amor.
Na Nova Jerusalém o amor de fato será sincero, generoso e longânimo. A perfeição do amor de Deus na Nova Jerusalém se manifestará no amor que galardoa os salvos (Tg 1.12).
O primeiro livro da Bíblia é o de Gênesis, o livro do princípio, enquanto o último livro é o de Apocalipse que corresponde a revelações. Todavia, o primeiro como o último livro da Bíblia possui relações diretas a ordem da história da humanidade, se em Gênesis encontramos as origens das coisas, em Apocalipse conheceremos o desfecho de todas as coisas. Mas, os últimos capítulos de Apocalipse são conhecidos como o gênesis do apocalipse, portanto as origens de uma nova época encontram se nos capítulos finais de Apocalipse.
No demais, professores, alunos e irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10), porque a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp 3.20).

terça-feira, 20 de agosto de 2013

HERANÇA PROVENIENTE DA PROMESSA.


HERANÇA PROVENIENTE DA PROMESSA. 

Texto: 15- Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta.
16- Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.
17- Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.
18- Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão. (Gálatas 3.15-18).
INTRODUÇÃO
Na narrativa bíblica encontramos diversas alianças feitas por Deus com um representante. Há duas questões básicas para serem analisadas em todas as alianças, são elas: se a aliança é condicional ou incondicional.
A aliança condicional corresponde com a presença de uma pena se a condição presente na aliança não for cumprida. Já na aliança incondicional não há penalização, pois Deus já definiu a abrangência do pacto.
 A aliança de Deus com Abraão é incondicional, porém a de Deus com Moisés é condicional, pois com a morte de Jesus a humanidade tornou-se livre da lei.
I – DEFINIÇÕES.
1- Herança. O que é transmitido por hereditariedade. Também é definida como patrimônio deixado por alguém a outrem. Conforme o texto (Gl 3.15) “se o testamento de um homem for confirmado, ninguém o anula nem lhe acrescenta alguma coisa”, logo a herança deixada para alguém não poderá ser desfeita se foi confirmada. Porém, o texto apresenta a promessa de Deus a Abraão e a sua posteridade. Quando a promessa extende á posteridade isto quer dizer que há uma herança espiritual. Sendo que a presente herança não se limita a corrente sanguínea, mas é outorgada a todos que sinceramente entregarem suas vidas ao Senhor Jesus.
2- Promessa.
Ato de prometer algo. No texto a promessa foi feita a Abraão e à sua posteridade que é o Senhor Jesus (Gl 3.16). A promessa seria fazer com que todas as famílias da terra viessem a ser bendidas na pessoa do patriarca. O cumprimento da promessa só tornou se possível pela morte e ressurreição do Senhor Jesus.
II – ALIANÇA À ABRAÃO.
1- Revela a soberania divina. A promessa de Deus a Abraão é compreendida na aliança em que Deus faz com o patriarca, sendo esta aliança incondicional e perpétua (Gn 17.19). A aliança com Abraão revela a soberania de Deus, pois o patriarca sendo velho foi agraciado com a unção divina e viu o cumprimento da promessa.
A promessa a Abraão abrange três posteridades: a de Ismael, a de Israel e a da Igreja. A de Ismael é puramente carnal, a de Israel é carnal e espiritual, e a abrangência para com a Igreja é puramente espiritual (Gn 17.20; Rm 4.11; Gl 3.14).
A promessa a Abraão foi feita quatrocentos e trinta anos antes da instauração da lei. A lei condena o melhor dos homens, já a graça salva o pior dos homens.
Portanto, a aliança de Deus para com Abraão é abrangente e graciosa, tornando-se eficiente e eficaz pela obra redentora de Jesus.
III – ALIANÇA AO DESCENDENTE.
1- Jesus é este descendente. “E a tua posteridade, que é Cristo” (Gl 3.16). Jesus como bom judeu observou as práticas da lei.  A lei apresentava três propósitos: revelar o carater do pecado, revelar a santidade de Deus e mostrar a impossibilidade do homem em si mesmo de se salvar. Daí surge a seguinte pergunta: Como os fiéis do Antigo Testamento alcançaram a salvação? Simplismente pela graça de Deus.
Por fim, Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz. Portanto, Jesus é a posteridade para o cumprimento geral da promessa em tornar bendita todas as famílias da terra (Gn 12.3).
2- A abrangência da aliança. Jesus é o representante da nova aliança. Se Adão falhou perante Deus como representante da aliança das obras Jesus triunfou como o representante da humanidade na nova aliança, a da graça, outorgando salvação a todos aqueles creem no seu nome (Jo 3.16;20.30,31).

domingo, 18 de agosto de 2013

Subsídio da lição – A Suprema Aspiração do Crente.


Subsídio da lição – A Suprema Aspiração do Crente.

A palavra-chave para a 8ª lição deste 3º trimestre é “ASPIRAÇÃO”. A palavra-chave, aspiração, corresponde ao desejo profundo de atingir uma meta e na presente lição esta meta é espiritual.
É natural encontrar nos escritos paulinos comparações entre a vida cristã e o atleta. O atleta corria em busca de uma coroa, porém, corruptível. Mesmo sendo uma coroa corruptível o atleta abstinha de coisas que pudesse atrapalhar a sua carreira (1 Co 9.25). Da mesma forma hoje os cristãos deverão abster de tudo que os impossibilita de conquistar a excelência do conhecimento de Jesus Cristo.
Em sua última carta Paulo escreveu: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé” (2 Tm 4.7). Quem combate é o soldado, quem tem carreira é o atleta e quem guarda alguma coisa é o mordomo. Paulo compara o seu ministério ao trabalho de um soldado, de um atleta e a de um mordomo. Ambos eram atividades desenvolvidas com propósitos e assim é a caminhada cristã.
Tome Nota:
Cinco passos para ser bem sucedido
O primeiro passo para uma pessoa ser bem sucedida é viver com propósito. Um bom exemplo de pessoa que sabia o que era viver sobre propósito é o Evangelista João, cujos escritos eram categóricos em expor o propósito da obra (Jo 20.30,31; 1 Jo 5.13).
Já o segundo é trabalhar bastante.
O terceiro é administrar o tempo.
O quarto é falar a coisa certa na hora certa.
E por fim, o quinto é não ser extremista. Isto é, o cristão deverá ter equilíbrio próprio.
I – A ASPIRAÇÃO PAULINA.
1- “Prossigo para o alvo”.
2- O sentimento de incompletude de Paulo.
3- O engano da presunção espiritual.
Comentário:
Para conquistar o alvo é necessário esforço, dedicação e trabalho. Estas ações em desenvolvimento se simplificam na palavra abstenção, ou seja, deixar de fazer algo para conquistar um bem maior e melhor.
Viver com meta não indica que haverá ausência de empecilhos. Porém, mesmo com os empecilhos o cristão corre com o olhar voltado para o alvo. Os empecilhos existem porque o individuo possui uma meta, mas a meta se torna a força motriz para que a vitória seja real.
A boa largada de um atleta na competição não define que o mesmo já venceu. O resultado está na chegada. Logo, Paulo assim define que “não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim”, isto é, o início de Paulo foi fenomenal e assim deveria ser também o fim.
II – A MATURIDADE ESPIRITAUL DOS FILIPENSES.
1- Somos perfeitos?
2- O cristão deve andar conforme a maturidade alcançada.
3- Exemplo a ser imitado.
Comentário:
A perfeição do cristão é analisada em dois prismas. O primeiro trata-se da obra de Jesus realizada no calvário. Já o segundo corresponde à glorificação do crente fiel.
Paulo escreve que é necessário o cristão andar segundo a regra (Fp 3.16). Esta regra não trata da lei mosaica, mas corresponde ao estilo de vida proposto pelo Senhor Jesus. Jesus no sermão da montanha descreve atitudes fundamentais para que o cristão seja referência de maturidade alcançada.
III – A ASPIRAÇÃO CRISTÃ HOJE.
1- A atualidade do desejo paulino.
2- O cristão deve almejar a maturidade espiritual.
3- Rejeitando a fantasia da falsa vida cristã.
Comentário:
A vida do cristão deverá ser baseada no propósito de viver em íntima comunhão com Deus. De fato há obstáculos para que o cristão não tenha íntima comunhão, porém o crente quando quer não há empecilho para atrapalhá-lo.
O cristão deverá perseguir três tipos de maturidade. A maturidade moral, financeira e espiritual. A maturidade moral corresponde com as atitudes concernentes à sociedade no geral. Já a financeira em não ser de maneira alguma devedor. E por fim, a espiritual corresponde a viver conforme os padrões bíblicos. A maturidade espiritual do cristão está relacionada com a conformidade com Deus. Ter conformidade com Deus é ser fiel, ser justo e conhecer a Deus.
A vida cristã não poderá ser baseada em fantasias, ou seja, em princípios falsos. Há crentes que não são cristãos. Com assim? Estão no meio cristão vivem como crentes, porém não desenvolve as atitudes e princípios que são concertes aos cristãos.
 Nestes dias difíceis busquemos conhecer mais e mais o Senhor Jesus. Assim fez Paulo. A cada dia buscava conhecer o Senhor. Tal conhecimento torna-se possível por meio de uma vida de oração e de leitura bíblica.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Abraão Exemplo de Fé.

Abraão Exemplo de Fé.
Texto: 6- É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isto lhe foi imputado como justiça.
7- Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
8- Ora, tendo a Escritura prevista que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
9- De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão. (Gálatas 3.6-9).
INTRODUÇÃO
Abraão é um dos maiores vultos da história. Dele descendem os judeus e os árabes. Estes últimos por parte de Ismael. De Abrão, pai da altura, passou a ser chamado de Abraão que tem por significado pai de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado aos 75 anos de idade (Gn 12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn 17.1) e teve o seu filho aos 100 anos de idade (Gn 21.5).
 
Dentre as características de Abraão três nos chama atenção: primeira, foi chamado de amigo de Deus (Is 41.8); segunda característica, é chamado de o fiel Abraão (Gl 3.9) e por fim, como terceira característica, é considerado como o pai de todos nós (Rm 4.16).
I – O CRENTE ABRAÃO.
1- Característica do chamado de Abraão. O chamado de Abraão teve características que o diferencia de outros personagens bíblicos.
a) O chamado de Abraão foi pela fé (Hb 11.8). Isto indica que o patriarca não andava por vista (2 Co 5.7), mas por ser justo viveu pela fé, pois o justo viverá pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
b) O chamado de Abraão exigiu a mudança de localidade. A mudança foi de Ur dos caldeus para ir a Canaã (Gn 11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser humano ao chamá-lo é que o mesmo mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma pessoa de julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis. Portanto, há atitudes que menosprezam o próprio ser das pessoas, tais como atitudes egoístas, que não visualizam a vontade de Deus para si.
c) teve um preço a ser pago. A renúncia da terra, da parentela e da casa são demonstrações do preço elevado pago por Abraão (Gn 12. 1). Abraão renunciou a terra natal, o conforto do lar, os amigos, o tradicional estilo de vida, o direito de habitar entre os teus, o direito de ter uma velhice tranquila e o direito de dirigir a sua própria vida. Será que você esta pronto para pagar tal preço?
Renunciar é abrir mão de bens pessoais para servir a outros conforme a vontade de Deus.
2- Os ganhos de Abraão. Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era incompleto em se tratando da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado o nascimento do filho da promessa.
Porém, antes que a promessa do filho se concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Quando o ser humano obedece ao chamado primeiramente Deus muda o nome do mesmo, retirando todo o significado de dor, sofrimento, angústia e de exaltação para o nome de bênção.
Abraão não ficou preso em um passado esquecido. Todavia, a experiência de vida de Abraão em conhecer e obedecer ao chamado de Deus para a sua vida fez do mesmo um dos personagens mais ilustre da história da humanidade. A importância do patriarca não estar limita na escrita bíblica. Ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal dimensão foi conquistada pela obediência ao chamado.
Fico a pensar em tantos homens que possuem um ministério reconhecido e respeitado no cenário mundial e chego a imaginar o que eles renunciaram para conquistarem tais dimensões. Portanto, exerça com sabedoria e obediência o chamado de Deus na sua vida.
II – VIDA ETERNA MAIOR HERANÇA.
1- Benditos com o crente Abraão. A palavra “benditos” corresponde a abençoados. Neste contexto tal palavra tem como significado “adoção à herança da vida eterna”. Porém, Paulo chama os da fé de filhos de Abraão. A fé de Abraão corresponde a olhar para frente e não em crer com base naquilo que se cumpriu, mas na esperança daquilo que é promessa que se tornará uma realidade.
O homem não é eterno, pois o mesmo tem origem. Deus é eterno pois Deus não tem origem e nem fim. Deus em seu infinito amor outorgou aos seres humanos a oportunidade de se salvarem e obterem a vida eterna. Logo, o crente tem a promessa de vida eterna, porém para cumprimento da mesma, o cristão precisa ser obediente a Deus e andar segundo a fé.
2-  O justo vive pela fé. A citação realizada pelo apóstolo Paulo foi empregada nos escritos do profeta Habacuque. No contexto bíblico viver pela fé é assumir a forma de bendito, ou seja, de bênção para os outros. Ser uma bênção é ser transmissor das dádivas divina. O que Deus outorga para uns é para que por meio destes outros tantos sejam abençoados. Por fim, só vive pela fé quem é bendito no Senhor.
Viver pela fé também indica que o cristão venceu a maldição da lei. Porém, que maldição é está? Conforme o contexto (v.13) “maldito todo que for pendurado no madeiro”, isto é, a maldição corresponde à condenação.
A lei condena. Portanto, por mais que pessoas sejam livres por intermédio de uma ação jurídica a lei existe para condenar. Por isso, Jesus Cristo se fez maldito para nos justificar pela fé.

Conforme João Calvino: “Jesus é a nossa justiça. A misericórdia de Deus é a causa de nossa justiça. A morte e a ressurreição de Cristo obtiveram a justiça por nós. A justiça é outorgada por meio do evangelho. Obtemos a justiça pela instrumentalidade da fé”.
Tal citação permite enfatizar que a justiça possui um autor, Jesus. A justiça tem a misericórdia divina como causa. Os elementos para a obtenção da justiça são a morte e a ressurreição de Jesus. A justiça chega ao indivíduo por meio do evangelho e o terceiro elemento para a obtenção da justiça é a fé do indivíduo em Deus.

 

sábado, 10 de agosto de 2013

Subsídio da lição – A Atualidade dos Conselhos Paulinos.


Subsídio da lição – A Atualidade dos Conselhos Paulinos.

A palavra-chave para a 7ª lição deste 3º trimestre é “CONSELHO”. A palavra-chave, conselho, corresponde à advertência que outorga admoestação, aviso, parecer ou opinião.
O versículo dois é chave para iniciar os comentários da lição, pois por três vezes é citada a palavra “guardai-vos”, que transmite um aviso.
Aviso este que requer atenção para com as pessoas que estão inclusas no meio cristão, mas que não foram transformadas pelo Senhor.
Nota: Os conselhos de Paulo são atuais, porém que conselhos você daria à igreja hodierna para que se mantenha firme no plano de Deus?
I – A ALEGRIA DO SENHOR.
1- Regozijo espiritual.
2- Exortação ao regozijo.
3- Alegria em meio às preocupações e aflição.
Comentário:
Na lição de número cinco foi enfatizado que a salvação proporciona contentamento e alegria. Paulo ao escrever a carta em apreço estava preso, porém esta como as demais cartas que foram escritas na mesma circunstancia transmite alegria por parte do escritor.
Isto só é possível por Paulo entender que a alegrai espiritual é proveniente de Deus e a alegria do Senhor é a nossa força, sendo assim, o cristão é capacitado a superar toda e qualquer adversidade. Além disso, a alegria do Senhor é consolo, ou seja, é fonte de vida.
Há uma demonstração impactante na mensagem paulina. Paulo expõe que somente os cristãos são capazes de se alegrarem nas dificuldades, isto só é possível porque o crente conhece a Palavra do Senhor e confia no Senhor.
Entre aspas:
 A Bíblia é comida (Jr 15.16), ou seja, a Escrituras Sagrada é alimento para o fortalecimento e para a manutenção da vida espiritual do crente.
A Bíblia é fogo (Jr 23.29). Como fogo a Bíblia é apresentada como elemento fundamental para a purificação.
 Por fim, a Bíblia é água. Como água a Bíblia tem como função lavar, purificar e limpar o ser humano.
II – A TRÍPLICE ADVERTENCIA CONTRA OS INIMIGOS.
1- Guardai-vos dos cães.
2- Guardai-vos dos maus obreiros.
3- Guardai-vos da circuncisão.
Comentário:
  O versículo dois apresenta de maneira indireta quem são de fato os obreiros maus. Quando Paulo utiliza o termo circuncisão, ele trata diretamente dos judeus convertidos, porém tais judeus estavam ainda presos nos costumes do judaísmo.
Quando Paulo chama os obreiros de cães ele estar indicando a maneira que os judeus convertidos se manifestavam. Eles buscavam os mais fragosos na fé e isto sé era feito quando Paulo não estava presente.

O bom obreiro
O mau obreiro
É Testemunha (Is 43.10).
Não testifica a respeito de Cristo.
É sal (Mt 5.13).
Não preserva.
É luz (Mt 5.13).
Não ilumina.
É carta (2 Co 3.12)
Não instrui.
É vara que estar ligada a Cristo (Jo 15. 5)
Não frutifica.
É embaixador de Cristo
 (Co 5.20)
Não representa a pessoa de Cristo.

III – A VERDADEIRA CIRCUNCISÃO.
1- A circuncisão no Antigo Testamento.
2- A verdadeira circuncisão não deixa marcas físicas.
3- A verdadeira circuncisão não confia na carne.
Comentário:
A circuncisão no Antigo Testamento tinha três funções: medicinal, ética e moral. A função medicinal correspondia com a ação de Deus em possibilitar aos homens e mulheres de Israel a ausência de doenças sexuais. Nos dias modernos torna se notório que, as mulheres judias são as que menos apresentam o câncer de útero.
Porém, na Nova Aliança a circuncisão não se agrega com marcas físicas. Logo, o verdadeiro cristão é aquele que adora a Deus, também é aquele que gloria em Jesus e por fim, é aquele que não confia na carne.
 O conselho de Paulo era que a confiança no Senhor Jesus garantia a verdadeira alegria. Deixo como conselho a todos os professores que estão lendo este subsídio a compreenderem que três são os inimigos que estão diretamente ligados com a queda de muitos cristãos. São eles: pessoa do outro sexo, o orgulho e o dinheiro.
Enfatize aos seus discentes que é necessário que nos desapeguemos de todas as coisas que nos separam de Deus para que possamos nos apresentar diante dEle firmes e alegres.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O Poder da Pregação da Fé.


O Poder da Pregação da Fé.  

Texto: Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé? (Gálatas 3.5).
INTRODUÇÃO
Paulo ao dá ênfase ao segundo assunto da epístola aos gálatas inicia chamando os membros da referida localidade de insensatos, ou seja, indivíduos que não pensavam antes de agirem.
Ao continuar Paulo faz interrogações reflexivas tendo como objetivo o retorno dos gálatas ao autêntico ensino da Palavra de Deus. Porém, somando ao crédito outorgado a Palavra era necessário que também viesse a valorizar aqueles que padeceram em prol da pregação do evangelho.

I – FASCINADOS A OBEDECER À VERDADE.
1- Ensino autêntico da Palavra. A Palavra de Deus deverá ser ensinada e pregada a tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2), para que haja progresso espiritual e intelectual da igreja que pertence ao Senhor Jesus (2 Pe 3.18).
Os frutos do autêntico ensino da Palavra são; salvação dos perdidos, edificação dos salvos e consolação para com os chamados. Nenhuma Palavra enviada por Deus retorna sem seus efeitos (Is 55.11), isto indica que a Palavra de Deus é poderosa e proveitosa para ensinar, redarguir, corrigir e para instruir em justiça (2 Tm 3.16).
2- Consequências pela ausência do ensino bíblico. Paulo quando escreveu aos coríntios enfatizou que muitos membros da presente igreja estavam fracos, doentes e muitos que dormiam (1 Co11.30). É evidente que o assunto do capítulo trata se da Santa Ceia, porém, para que os membros participassem adequadamente do trabalho espiritual, os mesmos, deveriam ter contato direto com a Palavra de Deus, isto é, sem vivenciar o ensino bíblico não tem como desenvolver uma vida frutífera na presença do Senhor.
As igrejas na Galácia deixavam de observar o ensino da Palavra de Deus. Ensino que era provindo dos pastores e dava créditos a mensagens contrárias a fé cristã.

II – A INSENSATEZ DOS GÁLATAS.
1- A insensatez dos gálatas. Insensatez é proveniente de pessoas que não pensam antes de agirem. Isto indica que os gálatas não pensaram nas consequências de suas escolhas e, por isso, Paulo chama-os de insensatos por duas vezes em um único parágrafo.
Primeiramente, Paulo ao indicar os gálatas como insensatos associa com a não obediência da verdade (Gl 3.1), onde ocorre uma interrogação: quem vos fascinou para não obedecer (Gl 3.1). Logo, se percebe que atitudes desenvolvidas por cada indivíduo há de certa maneira a influencia de outros.
Já em segundo, Paulo expõe o retrocesso dos gálatas (Gl 3.3), pois começaram no Espírito e tudo indicava que acabariam na carne.
2- Reflexões provenientes das interrogações. Em um único parágrafo o apóstolo Paulo faz cinco interrogações, sendo que estas interrogações são corretivas e reflexivas.
A correção torna se presente quando Paulo enfatiza que houve desobediência à verdade e também quando os gálatas deixaram de observar as origens no que corresponde a salvação.
Mas, as interrogações são também reflexivas, ou seja, tinha por propósito fazer com que a igreja viesse a compreender o valor da pregação da fé.

III – O PODER DA PREGAÇÃO.
Jesus ao falar com os discípulos na grande comissão deixou claro que os sinais seguiriam aos crer (Mc 16.16). Porém, também ficou claro que os sinais seguiriam aos cristãos de acordo com a obediência a missão.
Quando o evangelho é pregado Deus realiza por sua infinita misericórdia prodígios e milagres no meio do povo. Milagres da prosperidade, da restituição, da restauração e do julgamento são por Deus, concretizados no meio do povo, para que ocorra: libertação do oprimido, alegria para a pessoa curada, e glorificação ao Senhor.
Por outro lado, percebe se que, Deus por meio dos milagres é louvado e o evangelho é pregado. E é pregado com poder.

Em suma, a mensagem do evangelho é poderosa em Deus, pois a origem da mensagem pertence ao Senhor. O homem é o instrumento para a pregação, porém a ação que outorgar vida à mensagem fazendo com que haja milagres em todas as ordens é pertencente à pessoa de Deus.
Sendo assim fica notório que o evangelho pregado é poderoso, porém, na ausência da pregação não há edificação e nem tão pouco há salvação.