Deus é Fiel

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terça-feira, 28 de abril de 2015

A Doutrina das últimas Coisas – A Nova Jerusalém


A Doutrina das últimas Coisas – A Nova Jerusalém
Texto: 1- E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2- E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido (Apocalipse 21.1,2).
Conforme Ap 21.2, do céu descerá a nova Jerusalém. A primeira palavra, nova, corresponde a uma das características desta cidade que será uma cidade “Santa” (Ap 21.10). Nova, cidade desconhecida, guardada para os salvos de todas as épocas (Jo 14. 1-3).  Já a segunda palavra Jerusalém, tem por significado, habitação de paz.
A cidade de Jerusalém também é conhecida como: Jebus (Jz 19.10), Sião (Sl 87.2), Ariel (Is 29.1), Cidade de Justiça (Is 1.26), Santa Cidade (Is 48.2), a cidade do grande Rei (Mt 5.35), a cidade de Davi (2 Sm 5.7).
Definindo a nova Jerusalém
As descrições, novo céu, nova terra e nova Jerusalém, se associam a três dimensões: a dimensão celestial, novo céu; a dimensão terrestre, nova terra; e, a dimensão urbana, nova cidade.
Já no que corresponde à nova Jerusalém, três são os indicadores que define a nova Jerusalém ao patamar de uma cidade sublime:
Primeiro, a grande cidade (Ap 21.10), logo a grandeza da cidade corresponde ao suprimento da necessidade dos seus habitantes.
 Em segundo, a santa cidade (Ap 21.10),   isto é, a cidade é perfeita e livre de todo mal.
Por fim, em terceiro a cidade descerá do céu, por isso, haverá nela a glória de Deus (Ap 21.10).
Há muitas moradas
A frase “na casa de meu Pai há muitas moradas” transmite dois ensinamentos básicos: primeiro ensino, a casa pertence ao Criador e segundo nesta casa há muitas moradas. Na tradução NVI a expressão muitas moradas corresponde a uma casa pequena com muitos cômodos envolta de um pátio que é o pondo de encontro para o lazer dos filhos que mora envolta do seu pai. Na Nova Jerusalém os filhos de Deus estarão envoltos do Pai celestial.
As características da nova Jerusalém
Os detalhes inseridos no texto sagrado da nova Jerusalém indica que ela é uma cidade real. Cidade cujo construtor também é real (Hb 11.10). Se o mundo atual afetado pelo pecado possui as suas maravilhas o que será dito da nova cidade em que nela não haverá maldição (Ap 22.3), não haverá necessidade dos governos naturais que governam os dias e as noites - sol, lua e estrelas – (Ap 22.5), não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap 21.4).
Perfeição e eternidade da nova Jerusalém
Para um mundo perfeito é necessário que exista uma composição com elementos essenciais como a de um governo capaz somada com habitante consciente, que desfrute de conhecimentos, comunhão e vivam em amor. Por muitos anos esta tem sido à busca de homens para uma sociedade melhor, porém, estas teorias ao serem executadas pelo o homem eliminou o essencial que é a presença de Deus. Ou seja, não haverá uma sociedade justa com a ausência de Deus. Na nova Jerusalém a perfeição será real porque o próprio Deus a governará com isto os habitantes serão os salvos de todas as épocas que possuirão conhecimento perfeito e desfrutarão da perfeita comunhão e do perfeito amor.
Na Nova Jerusalém o amor de fato será sincero, generoso e longânimo. A perfeição do amor de Deus na nova Jerusalém se manifestará no amor que galardoa os salvos (Tg 1.12).
O primeiro livro da Bíblia é o de Gênesis, o livro do princípio, enquanto o último livro é o de Apocalipse que corresponde a revelações. Todavia, o primeiro como o último livro da Bíblia possui relações diretas no que trata a ordem da história da humanidade, se em Gênesis encontra-se as origens das coisas, em Apocalipse o conhecimento do desfecho de todas as coisas torna-se notável. Mas, os últimos capítulos de Apocalipse são conhecidos como o gênesis do apocalipse, portanto as origens de uma nova época encontram se nos capítulos finais de Apocalipse.
No demais, irmãos, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10) porque a nova cidade está nos céus, donde também se espera o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp 3.20).

domingo, 26 de abril de 2015

Subsídio para a E.B.D: Jesus Escolhe seus discípulos


Subsídio para a E.B.D: Jesus Escolhe seus discípulos
Deus tem chamado seus oficiais para exercerem com autoridade os ensinos bíblicos. Conforme Ef 4.11:
E deus uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores.
Logo, conforme os ministérios instituídos por Deus na sua obra percebe-se que a pregação e o ensino da palavra são essenciais para a construção ética do Reino de Deus.
I – O MESTRE
1- Seu ensino.
2- Seu exemplo.
Comentário:
Jesus usou como didática: o discurso, o método de perguntas e respostas, debates e parábolas. Mas, em todo tempo o ministério de ensino de Jesus foi firmado nas clarezas das palavras e no modelo exemplar de humildade.
Com o nascimento de Jesus, o Verbo revelava a si mesmo para a humanidade. Além de compreender Jesus como Deus, que se encontra no evangelho de João capítulo primeiro.
A vida de Jesus é entendida pelos seus ensinos e divide se em quatro etapas, que são:
1ª Etapa: Ensinando sobre o Reino; os ensinamentos sobre o Reino de Deus através de Jesus podem ser encontrados nas parábolas e nos sermões. (Mt 5 -7; Lc 8. 4-15).
2ª Etapa: Ensinando ou discipulando; Cristo preparou para si discípulos, que deu continuidade a sua obra. Quando Ele escolheu os discípulos, Ele queria ensiná-los para que eles continuassem a obra do Pai em proclamar a mensagem da salvação.
3ª Etapa: Ensinando para enviar; Jesus ensinou a seus discípulos para enviá-los, ou seja, o que Jesus ensinou requeria que fosse ensinado (Mt 28. 19-20; Mc 16.15).
4ª Etapa: Ensinando sobre escatologia; Jesus também falou sobre a doutrina das ultima coisas, (Mt 25).
No segundo subtópico algumas frases merecem atenção:
Os discípulos sentiram motivados a orarem quando viram seu MESTRE orando.
As palavras de Jesus eram acompanhadas de atitudes.
De nada adianta a beleza das palavras se elas não vêm acompanhadas pelas ações.
O povo convence mais rápido pelo que vê do que pelo que ouve.
II – O CHAMADO
1- O método.
2- O custo.
Comentário:
A bíblia registra o chamado de vários servos de Deus, sendo que o chamado de cada um deles foi direto ou indireto. Portanto, os dois métodos do chamado são: método direto ou indireto.
1- Método Direto. É o método em que Deus chama o ser humano de forma direta sem a utilização de circunstancias e nem tão pouco pelas habilidades naturais do próprio individuo. O chamado segundo este aspecto ocorreu no Antigo Testamento e no Novo Testamento.
a) O chamado de Noé (Gn 6.8,9). No convívio social Noé se destacava por ser justo e íntegro. Sendo que a Escritura Sagrada ainda narra que Noé andava com Deus. Noé foi chamado por Deus para ser elo de reconciliação entre o Senhor e a humanidade, porém, os contemporâneos de Noé não deram crédito na mensagem de justiça, e por isso, sofreram as consequências.
Mas, a justiça não é apenas punitiva é também graciosa, pois Noé e sua família foram beneficiados pela obediência ao Senhor.
b) O chamado de Isaias (Is 6.8). Isaias provou da justiça de Deus e por Deus foi vocacionado a exercer o ministério profético. O profeta Isaias respondeu a interrogação Divina: a quem enviarei, e quem há de ir por nós? Da seguinte maneira: eis - me aqui, envia-me a mim. O profeta viu o Senhor no ano em que morreu o Rei Uzias (Is 6.1). A visão por ser no ano da morte do rei Uzias tem como possível explicação o envolvimento do profeta com aquilo que não correspondia a sua chamada, isto é, o cenário político.
c) O chamado dos dozes (Lc 6.12-19). Por mais de três anos Jesus ensinou doze homens para que os mesmos viessem a proclamar o evangelho. Porém, antes de ensiná-los, Jesus chamou cada um deles pelo próprio nome, e isto, para que os doze se transformassem em pescadores de homens (Mc 1.17). Notemos que onze dos doze que foram chamados mudaram o curso da história da humanidade. A prova concreta do valor do ministério dos onze apóstolos é a existência da Igreja, pois pelo intermédio destes Jesus outorgou uma nova direção ao mundo.
2- Método Indireto. O método indireto passa a ser o método em que há o envolvimento de pessoas e de circunstancias para o chamado de outrem.
a) O chamado de José. A narrativa biográfica mais longa no livro de Gênesis corresponde à história de José (Gênesis capítulos 37-50). José é considerado um dos personagens de maior sabedoria no Antigo Testamento e, por isso, é aceito na tríade da sabedoria, juntamente com Daniel e Salomão. José foi chamado por meio da circunstancia econômica que sobrevinha sobre a Terra, tornando de fato o salvador do Egito. E no seu chamado José tornou-se o cumprimento da profecia a Abraão (Gn 15.13).
b) O chamado de Josué. Josué só tornou – se um grande líder porque o mesmo soube ser servo. Desde o inicio da jornada no deserto Josué esteve ao lado de Moisés. Um fato marcante no mundo espiritual e empresarial é que um líder de sucesso nasce de outro líder, logo isto quer dizer que um futuro líder será trenado por um líder em exercício. Por isso, é necessário que aos que tem o chamado de Deus espere, obedeça e sejam submissos, pois o discipulado requer tempo, obediência e submissão.
A renúncia é de fato o maior preço a ser pago. Há momentos que a renúncia trata-se de escolher o que nos proporcionará maior intimidade com Deus. Note que João poderia fazer outras atividades no dia a dia, mas o mesmo preferiu ter intimidade com seu mestre, o Senhor Jesus.  Por escolha o apóstolo Judas era tesoureiro do ministério de Jesus, mas não tinha intimidade com o mestre do ministério. Possuir cargos ou ter credenciais não corresponde a ser íntimo de Deus. A intimidade com Deus se faz com escolhas e renúncias.
Já João Batista era filho único e de pais idosos, imagine como era a vida de João Batista, os gostos do profeta era pela ótica humana correspondidos da maneira mais fácil possível. Porém, João abandona o conforto da casa paterna para habitar no deserto (Mt 3.1).
Portanto, quando renunciamos desejos próprios para a concretização da vontade de Deus receberemos o suporte Divino para a nossa vida. Pois, todo aquele que tiver deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna (Mt 19.29).
Quando Deus chama, Deus capacita, Deus envia e Deus supre a palmilhação ministerial.
Ao chamar o indivíduo Deus nos leva a entender que Ele nos escolheu e nos nomeou para irmos e darmos fruto (Jo 15.16). Já na capacitação Deus nos muda em natureza e em atitudes para sermos fiéis na caminhada. Ao sermos enviados por Deus indica que seremos embaixadores dEle na terra (2 Cor 5.20). E por fim, Deus supre em abrir e em fechar portas.
O próprio Jesus renunciou trono, glória e poder para exercer o seu chamado, entretanto foi obediente até à morte de cruz. Pelo que Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome (Fp 2.6-11).
III – O TREINAMENTO
1- Mudança de destino.
2- Mudança de valores.
Comentário:
O treinamento desenvolvido por Jesus mudou o destino e os valores dos discípulos e teve como objetivos:
a) Preparo intelectual. E estai preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós (1 Pe 3.15).
b) Preparo espiritual. O discípulo não poderá esquecer-se de sua aliança com Deus. Antes de exercer o ministério o mesmo deverá compreender que é servo de Deus e tem um céu de glória que o espera. O cuidado espiritual é visível na vida daqueles que tem comunhão com Deus. Pois, sem comunhão com Deus o ministério dos discípulos não seria marcado pela operação divina. O preparo espiritual está associado à oração, a leitura da Sagrada Escritura, ao jejum, em suma, a uma vida de santidade diante de Deus (1 Ts 5.23).
IV – A MISSÃO
1- Pregar e ensinar.
2- Libertar e curar.
Comentário:
Charles Spurgeon dizia que nem todos são chamados para trabalhar no ensino da palavra, nem para serem presbíteros e nem bispos. Sendo que na prática é desenvolvida desta maneira, cabe a cada um reconhecer o propósito de Deus em sua vida e desenvolvê-la da melhor maneira possível.
Note-se nos exemplos abaixo que o chamado é pessoal.
Moisés teve como missão guiar, proteger e amar. Ou seja, Moisés liderou um povo numeroso no deserto.
Davi teve como missão firmar o reino israelita.
Elias teve como missão dentre tantas, ungir a Eliseu como sucessor.
Os doze tiveram como missão pregar o evangelho, primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel, a curar os enfermos, a limpar os leprosos, a ressuscitar os mortos e a expulsar os demônios (Mt 10. 6-8).

terça-feira, 21 de abril de 2015

A Doutrina das últimas Coisas – As duas testemunhas


A Doutrina das últimas Coisas – As duas testemunhas
Texto: 3- E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.
4- Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.
7- E quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e as matará.
 10- E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra (Apocalipse 11.3,4,7,10).
As duas testemunhas serão personagens importantes na grande tribulação. E terão como missão testificar de Deus na terra em pleno período sombrio.
 Há interrogações e dúvidas no que correspondem quem serão as duas testemunhas?
Porém, o que se deve buscar como compreensão é a missão destas testemunhas e como elas serão usadas pela pessoa de Deus, para proferir unicamente a verdade em um momento de escuridão espiritual.
Conhecendo as duas testemunhas
Toda testemunha tem como responsabilidade testificar de algo ou de alguém. Logo as duas testemunhas terão que testificar de Cristo e do Reino de Cristo.
1- Serão duas. Do versículo 3 ao 10, o numeral dois de repete com as seguintes descrições:
Duas testemunhas (v.3).
Duas oliveiras, dois castiçais (v.4).
E dois profetas (v.10).  
As quatro nomeações pertencem às duas testemunhas, portanto, as nomenclaturas diferentes indicam a autoridade e a missão destas testemunhas nos 1.260 dias.
A palavra testemunha corresponde com aquele que testifica de alguém ou de algo. Tendo o poder de desequilibrar uma demanda judicial.
As duas oliveiras e os dois castiçais estão associados à origem do óleo e a quem é ungida. Da oliveira o óleo é retirado para ungir aqueles que por Deus forem chamados. Logo, as duas testemunhas serão personagens ungidos por Deus para agirem com poder.
Os dois profetas. A missão principal do profeta era possibilitar a relação entre Deus e o homem. O profeta transmitia aos homens a vontade de Deus que se manifesta pelos decretos.
Serão duas testemunhas porque o número dois indica duplicação e força. E duas testemunhas possuem poder para confirmar a veracidade de um fato.
2- Paralelo ao ministério de Elias e de Moisés. Há um paralelo entre as ações das duas testemunhas com o que foi notável no ministério de Elias e de Moisés.
As duas testemunhas lançarão fogo de suas bocas e terão poder em fechar o céu (vv.5,6). Estas duas atitudes foram desenvolvidas por Elias em seu ministério (2 Re 2.9,15).
Terão poder para converter água em sangue e ferir a terra com toda sorte de pragas (v.6). Estas duas atitudes foram desenvolvidas por Moisés em seu ministério (Êx 7.19-25).
Quando acabarem o seu testemunho
O ministério de todos os que servem a Deus em um determinado dia terá o seu fim. Portanto, enquanto Deus tem plano na vida de alguém, não há nada que possa impedir este a desenvolver a obra de Deus. Enfim, assim será no período da grande tribulação com as duas testemunhas.
1- Deus está no controle de todas as coisas. A besta só terá poder sobre as duas testemunhas quando elas concluírem o seu ministério, ou seja, se cumprirem os 1.260 dias.
2- As testemunhas serão mortas. As duas testemunhas sofrerão a morte e os corpos de ambas ficarão na praça da cidade de Jerusalém por três dias e meio.
Porém, Jerusalém espiritualmente aqui é chamada de Sodoma e Egito. Sodoma por causa da iniquidade e o Egito por representar o mundanismo e a opressão.
3- A morte das testemunhas será comemorada. E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra (Ap 11.10).
4- As testemunhas ressuscitarão. As duas testemunhas também serão participantes dos que fazem parte da primeira ressurreição (Ap 20.6).
No que corresponde à pergunta, quem serão as duas testemunhas? Cabe entender que serão dois importantes personagens levantados por Deus para testificarem das coisas sagradas e da vontade de Deus para com os homens.

domingo, 19 de abril de 2015

Subsídio para a E.B.D: A Tentação de Jesus


Subsídio para a E.B.D: A Tentação de Jesus

O ato pecaminoso de Adão outorgou à humanidade três heranças: a morte, a culpa e a corrupção. A morte para ser consumada ocorre posteriormente à enfermidade ou a um desastre. As doenças são descrições informativas da existência do pecado original. O pecado original corresponde com a transgressão de Adão à Palavra do Senhor (Gn 3.16-19).
A presente lição apresenta a seguinte palavra como chave para a compreensão sistemática do tema: tentação.
Para Tiago nenhuma tentação é proveniente de Deus (Tg 1.13). Tentação tem como significado (do grego, peirasmos), prova, provação ou teste. Daniel afirma que “ser tentado não é pecado; pecado é ceder à tentação”. Logo, pecado é errar o alvo. O pecado poderá ser cometido por palavras, por ações ou por pensamentos. José foi tentado, porém, não pecou (Gn 39.12). Jó foi tentado, porém, não pecou (Jó 3.9).
Um dos objetivos da tentação para o cristão é o fortalecimento.  Pois, ninguém cresce na fé, sem passar por tentação. Isto porque as provas exercitam a fé do cristão. Logo, a tentação passa a ser uma disciplina que educa o cristão a ser forte, porém, quando este não é vencido pela tentação.
Se associar a tentação com a tribulação perceberá que após tribulação surgirá à paciência, a experiência e a esperança (Rm 5.3-5). Isto é, a tentação quando vencida proporciona fortalecimento, aumenta a paciência, desenvolve a experiência e como resultado proporciona a esperança.
Por fim, a tentação não é motivo para o isolamento do cristão, mas torna-se motivo de alegria, pois ao vencer a tentação o prêmio será a coroa da vida (Tg 1.12).
Para a maioria dos cristãos a tentação é apenas diabólica, porém, é notório que Tiago não enfatiza a origem da tentação à Satanás, mas expõe com clareza o indivíduo como fonte, isto é, pela própria concupiscência.
Os servos de Deus deverão fugir de três terríveis inimigos que tem levado muitos a serem vencidos pela tentação.
Eles são: o dinheiro, o orgulho e as questões sexuais.
O dinheiro é um bom servo, porém, é um péssimo patrão (1 Tm 6.10). Já o orgulho corresponde com o sentimento de superioridade e de independência. Enquanto, que o sexo tem se tornado um problema enorme no seio da sociedade. O sexo após o casamento e entre o casal não é uma maldição, mas uma benção do Senhor, porém quando ocorrido fora da instituição acima citada transforma se em um terrível mal.
Para vencer a tentação o cristão deverá ser dependente de Deus, desenvolver uma vida de oração, prática constante da fé e conhecer a Palavra do Senhor (Jo 17.17).
I – A REALIDADE DA TENTAÇÃO
1- Uma realidade humana.
2- Vencendo a tentação.
Comentário:
Dois versículos merecem atenção no que corresponde a natureza humana de Jesus:
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4.15).
O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano (1 Pe 2.22).
O mestre passou por todos os graus da tentação para socorrer aos que são tentados (Hb 2.18). Jesus foi tentado, porém sem pecado. Somente quem não se rendeu ao pecado pode conhecer a intensidade total da tentação. Jesus não se rendeu à tentação (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.645).
Allen, Radmacher & House assim afirmam: Jesus foi perfeito em tudo que fez, até mesmo quando foi condenado à morte injustamente pelo mundo. Nem na sua boca se achou engano. Jesus sempre foi perfeito em seus atos e pensamentos (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.697).
II – A TENTAÇÃO DE SER SACIADO
1- A sutileza da tentação.
2- Gratificação pessoal.
Comentário:
A primeira tentativa de satanás em levar Jesus a pegar foi por meio da necessidade física, pois havia 40 dias de consagração, logo o mestre estaria com fome.
As necessidades físicas são sempre utilizadas pelo inimigo para levar pessoas a se corromperem, como por exemplo: há políticos corruptos, porque a pobreza corrompe. Ou seja, políticos que comprovam votos por intermédio de cestas básicas.
Portanto, o inimigo em suas ciladas desperta a ganância no íntimo do ser humano para que este venha a desejar a posse de bem matérias ao ponto de passar por cima de tudo e de todos.
III – A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1- O princípio deste mundo.
2- A busca pelo poder terreno.
Comentário:
Por segundo, satanás tenta a Jesus no que corresponde ao possuir poder. A busca do poder passou a ser notório nas repartições públicas e até nas repartições religiosas em que pessoas fazem de tudo para possuírem o lugar do outro.
Uma palavra sobre o cristão e a política
Política é a arte de governar. Política é a ciência da administração dos bens públicos e para benefícios da população. O cenário político tem perdido sua configuração original e pelo aumento da corrupção houve percas incalculáveis das virtudes que outrora eram presentes na política.
1- O cristão e a política. Alguns foram por Deus chamados para o ministério da palavra, já outros foram chamados para o ministerial sacerdotal. No Antigo Testamento os oficiais de Deus foram: profetas, sacerdotes, sábios, juízes e reis.
Profetas, para passarem a mensagem de Deus ao povo. Sacerdotes, para levarem a necessidades do povo a Deus. Sábios para transmitirem a sabedoria do alto ao povo. Juízes para governarem com precisão militar. E reis para liderar em submissão a Deus.
Assim, como no Antigo Testamento Deus usou profetas, sacerdotes, sábios, juízes e reis; Deus quer usar nos dias atuais pessoas compromissada com Ele em todos os âmbitos da sociedade garantindo que as instituições: igreja, estado, família, empresa e até a escola sejam abençoados pela dimensão da graça divina.
Como carreira o cenário político é igual a qualquer outra atividade secular. Que requer desenvoltura e compromisso. Assim sendo o cristão interessado com a vida pública deverá vigiar e orar para não cair em tentação. Já se houver obreiro interessado é fundamental deixar o exercício ministerial, pois “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida” (2 Tm 2.4).
2- Deveres do cristão. O cristão tem como obrigação pagar seus impostos e no tempo das eleições participarem ativamente da votação. Porém, as obrigações não estão limitas as descrições acima, também é dever dos cristãos a submissão ao governo (Lc 20.25; Rm 23.1; 2 Pe 2.17), entretanto tal submissão só enquanto que o Estado não for contrário aos princípios bíblicos, pois se o Estado mostrar contrário aos princípios da Bíblia Sagrada nós deveremos Temer a Deus e confiar no seu agir em prol da sua Igreja.
Como igreja é de responsabilidade de cada cristão orar pelas autoridades que estão em eminência (1 Tm 2.1,2).
IV – A TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1- A artimanha do inimigo.
2- A busca pelo prestígio.
Comentário:
A terceira ação do inimigo foi em tentar Jesus a ser notado pelos anjos. Quantos são tentados a serem notados? Quantos são ativos em suas ações para serem notados?
Tudo que o cristão desenvolve na obra de Deus deverá ser para honra e glória de Deus.
Para concluir, percebe-se que satanás utilizou a Palavra de Deus para tentar a Jesus, logo a mera utilização da Bíblia nem sempre indica a vontade de Deus.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

terça-feira, 14 de abril de 2015

A Doutrina das últimas Coisas – O Juízo Final


A Doutrina das últimas Coisas – O Juízo Final
Texto: 11- E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12- E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13- E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles haviam; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
14- E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15- E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. (Apocalipse 20.11-15).
O juízo final será diferente de todos os juízos que já fora realizados e que ainda serão realizados, por três questões básicas:
Primeira questão, quem julgará será Jesus Cristo (Jo 5.22);
Segunda questão, o lugar do julgamento não será em uma corte, mas sim no espaço, pois fugirá a terra e o céu (Ap 20.11).
 E por terceira, o juízo final se difere dos demais juízos anteriores por conter a seguinte verdade, não haverá como fugir deste julgamento. Hitler preferiu o suicídio a ser julgado pelas leis naturais, em suma Hitler conseguiu fugir do juízo humano, mas não conseguirá fugir do Juízo Final.
Juízos citados na Escritura Sagrada
Dentre tantos tipos de juízos tratados na Bíblia, cinco são de suma importância para análise nesta temática:
Primeiro: o julgamento dos pecados dos homens na cruz de Cristo (Jo 13.31).
Segundo: o julgamento das obras dos crentes diante do Tribunal de Cristo (Rm 14.10).
Terceiro: o julgamento das nações vivas, na parousia de Cristo (Mt 25.32).
Quarto: o julgamento de Israel, na volta de Cristo (Ez 20.33, Mt 19.28).
Quinto: o julgamento do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
O Juízo Final não é uma hipótese é um acontecimento que está determinado por Deus para julgar e condenar os ímpios sem nenhuma apelação.
O que é o Juízo Final.
É necessário simplificar a temática em três interrogações:

Que hora será o Juízo Final?

Qual local será o julgamento?

Quais serão as bases para o julgamento?

Sobre a hora ou o tempo do Juízo Final cabe entender a sequência dos fatos registrados no Apocalipse, que indica, o Juízo será após o reino milenar de Cristo e após a última apostasia.

 O julgamento será entre as duas esferas o céu e a terra, pois pela presença de quem julgará fugirá o céu e a terra (Ap 20.11).

A base do Juízo Final é a justiça perfeita de Deus. Deus é justo, perfeito e santo.
O julgamento da Besta, do Falso Profeta e do Dragão.
Os três personagens citados serão julgados, anterior à instauração do Juízo Final. A Besta como representante da política suja deste mundo sofrerá a condenação sem direito ao último julgamento. Já no caso do falso profeta que é a representação de toda religiosidade suja surgida desde as narrativas de Gênesis aos dias da ocorrência do Juízo Final, entre a maldade, violência, corrupção e em destaque a idolatria, também será condenado sem direito ao último julgamento. É importante notar que estes inaugurarão o lago de fogo e enxofre.
Já o diabo será lançado no abismo por mil anos (Ap 20.3) e acabando-se os mil anos, satanás será solto (Ap 20.7) e porá a prova a geração da era milenar assim como foi provado Adão. Sendo assim ocorrerá o Gogue e Magogue, ou seja, peleja final e o fim será o diabo lançado no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10)
A instalação do trono branco.
Duas são as características do trono: grande, pois relata da sua grandeza na ótica da importância do fechamento histórico como da sua abrangência aos fatos históricos assim como a abrangência do Supremo Juiz.

Haverá também a presença dos tronos dos justos, ou seja, todos os remidos estarão presente (Ap 20.4) para julgar até mesmo os anjos caídos (1 Co 6.3).

Cristo é o Juiz dos vivos e dos mortos, como Ele Juiz não há.

Serão abertos os seguintes livros:

1.      Livro da consciência (Rm 2.15).

2.      Livro da natureza (Sl 19.1-4).

3.      Livro da lei (Rm 2.12).

4.      Livro da memória (Lc 16. 25).

5.      Livro das obras (Ap 20.12).

Porém, há ênfase ao livro da vida. Pois neste encontra os nomes daqueles que confiaram e entregaram as suas próprias vidas a Cristo.
O julgamento dos mortos, da morte e do inferno
A segunda ressurreição é também conhecida como ressurreição dos mortos, pois trata – se de todos os mortos que morreram em seus delitos e pecados.
Segunda morte trata – se da separação eterna de Deus.
A morte e o inferno não são pessoas, entretanto simbolizam os dois grandes castigos que recaíram sobre a humanidade: experiência física terminal e penalidade eterna. Portanto, eles também serão lançados no lago de fogo.
Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda (Ap 22.11).

domingo, 12 de abril de 2015

Subsídio para a E.B.D: O Crescimento de Jesus


Subsídio para a E.B.D: O Crescimento de Jesus
Relatar sobre a infância de Jesus é citar e compreender o que escreveu o evangelista Lucas: “e o menino crescia e se fortalecia em Espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele...e crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc 2.4052).
Soares assim afirma sobre a infância de Jesus:
São poucos os relatos inspirados da infância de Jesus, por isso devemos extrai deles tudo o que pudermos para uma melhor compreensão da mais bela história da humanidade. Nada se sabe da vida de Jesus depois do relato de seu nascimento até a sua manifestação pública a Israel, exceto o que Lucas escreveu (p.73).
Surge então a seguinte pergunta: por que há um silêncio bíblico no que corresponde, mais ou menos, dezoito anos da vida de Cristo?
Como resposta se percebe que o plano de Deus na Bíblia é a salvação de todos aqueles que se aproximarem de Deus. Portanto, os evangelistas se dedicaram em registrar o cumprimento do propósito de Deus no que corresponde à salvação da humanidade.
O silêncio que precedeu o início da apresentação pública de Jesus é natural e não deve surpreender os cristãos, porque os evangelhos se concentram no seu ministério, mesmo assim, dá atenção especial à última semana da vida terrena de Cristo, semana da páscoa, em que foi realizada a redenção (SOARES, p.76).
Sete capítulos do evangelho de Mateus se dedicam na citação da semana que ocorre a morte do Messias. Portanto, em média 28% dos evangelhos tratam da última semana de Jesus.
I – JESUS CRESCEU FISICAMENTE
1- A dimensão corpórea de Jesus.
2- O cuidado com o corpo.
Comentário:
Assim como todo ser humano, Jesus também passou pelo desenvolvimento físico, teve a sua infância, cresceu no meio de pessoas que faziam parte do seu dia a dia, foi ensinado conforme os princípios dos judeus. Portanto, como homem Jesus  teve um físico limitado, tanto pelo tempo como pelo espaço.
Pelo tempo, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um período de vida na terra limitado.
Pelo espaço, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um limite no desenvolvimento corporal.
Jesus cuidou do seu corpo, pois quando estava cansado, Ele descansou.
A palavra carne na Bíblia se apresenta de vários sentidos: por exemplo, nascimento segundo a carne (Rm 1.3), os que estão na carne não podem agradar a Deus (Rm 8.8) e fraqueza da carne (Gl 4.13). As palavras que definem o termo carne “sarx” seriam: ordem natural e ações que não agradam a Deus. 
Com a queda de Adão três heranças foram outorgadas a humanidade que foram; a culpa, a corrupção e a morte. A segunda delas “corrupção” relaciona com a interpretação de muitos na frase em questão, porém, o que Paulo trata não é o termo “sarx”, carne, mas a palavra “soma” vida no corpo – a vida que agora vivo na carne.
II – JESUS CRESCEU SOCIALMENTE
1- Jesus e a família.
2- Jesus e a cultura local.
Comentário:
Três verdades básicas definem a família e a cultura desenvolvida por Jesus.
Filho primogênito de Maria (Mt 1.25).
Tinha os seguintes irmãos: Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.55; Gl 19; Jd 1) e irmãs (Mt 13.56).
Teve uma profissão (Mc 6.3).
III – JESUS CRESCEU PSICOLOGICAMENTE
1- A dimensão psicológica de Jesus.
2- Jesus e as emoções.
Comentário:
Jesus crescia em conhecimento. Há três tipos de sabedoria: a humana, a diabólica e a divina.
A sabedoria humana é tendenciosa e orgulhosa, pois busca a satisfação dos desejos carnais.
Já a sabedoria de origem em Satanás é pretenciosa ao pecado.
Por fim, a sabedoria que tem a sua origem em Deus é libertadora, pois outorga ao ser humano o conhecimento do bem e conduz o mesmo a tomar decisões que agrade a Deus.
Todos que desejam a sabedoria deverão pedir a Deus e a busca-la. Salomão assim escreveu: “eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8.17). Os que buscarem a sabedoria a encontrarão. Buscar significa desejar e correr atrás para obtê-la.
Salomão no início do seu reinado pediu a Deus sabedoria para governar um povo grande e numeroso.  
Por fim, a sabedoria é fundamental para uma liderança eficiente e eficaz (Gn 41.39), e também muito importante para a tomada de decisões (At 15.13-34).
A sabedoria humilde não apresenta o eu, mas outorga honra e glória a Jesus. A humildade foi a virtude que Jesus enfatizou na noite da santa ceia aos seus discípulos. Jesus lavou os pés dos seus discípulos para ensinar que Ele não veio para ser servido, mas para servir (Jo 13).
A sabedoria proporciona ao cristão a mentalidade de que o mesmo foi chamado para servir e não para ser servido. É triste, porém, é uma realidade, nos dias atuais há líderes que querem sugar a lã das ovelhas e para isto apresentam-se superiores aos demais e por status brigam entre si.
IV – JESUS CRESCEU ESPIRITUALMENTE
1- Crescendo na graça e fortalecendo o espírito.
2- Jesus e sua maioridade.
Comentário:
O crescimento na graça é notório no ministério do Senhor Jesus, pois sempre Ele estava fazendo menção das Escrituras Sagradas e sempre estava em oração.
Neste tópico outro ponto fundamental é entender que ao estar sentado e conversando com autoridades religiosas, o menino Jesus já compreendia a sua missão.
Referência:
SOARES, Esequias. Cristologia, a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: hagnos, 2008.