Deus é Fiel

Deus é Fiel

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Evangelização dos Grupos Desafiadores

Subsídio para aula da E.B.D: A Evangelização dos Grupos Desafiadores
E o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora (Jo 6.37).
A evangelização dos grupos desafiadores demonstra claramente que Deus não faz acepção de pessoas. A Palavra do Senhor deverá ser pregada a todos e, pelo conhecimento da verdade haverá libertação (Jo 8.32). Os grupos desafiadores são compostos por prostitutas, homossexuais, criminosos e viciados. Indivíduos muitas das vezes discriminados e não amados. Portanto, é missão do cristão transformado em Cristo pregar o Evangelho para toda criatura e quem crer e for batizado será salvo (Mc 16.15,16).
I – JESUS ANUNCIA O EVANGELHO DE INCLUSÃO
Conforme a revista:
Não podemos excluir os que Deus quer incluir.
É próprio do ser humano excluir, porém não é cabível que os crentes excluam aqueles que Deus tem chamado para a salvação.
Quando alguém atende a um chamado percebe-se na mudança de atitudes e, principalmente nas ações que são desenvolvidas pela pessoa arrependida. As primeiras ações podem ser demonstradas no derramar de lágrimas, isto é, o indivíduo sente uma tristeza segundo Deus. Já as atitudes são nítidas na mudança do comportamento.
Luca 7.36-50 relata um fato que possui três personagens principais: Simão, uma pegadora e Jesus.
Simão representa os cristãos dos dias atuais que exclui pessoas por causa de seu passado. Portanto, Simão automaticamente inferiu que, como a mulher era uma pecadora, a única maneira apropriada de se relacionar com tal pessoa era rejeitá-la e se afastar, ou então ser contaminado (RICHARDS, p.159).
A pecadora reconheceu a Cristo e se entregou a Ele em demonstração de pedido de perdão. Ao contrário de Simão, esta mulher a quem ele havia despedido como uma pecadora havia desde o momento da sua entrada exibido extraordinário amor e gratidão. Portanto, era vista por Jesus sob uma perspectiva totalmente diferente daquela do fariseu (RICHARDS, p.159).
Já Jesus conhecendo o coração humano, instruiu a todos os presentes com palavras verdadeiras e objetivas, ensinando que Ele é Deus, pois assim disse Ele à pecadora: os teus pecados te são perdoados (Lc 7.48).
II – O EVANGELHO ÀS PROSTITUTAS
A prostituição é desenvolvida por pessoas que vendem o seu corpo para suprir suas necessidades, podem ser estas diversas. A venda do próprio corpo por mulheres tem sido desenvolvida desde os primórdios, pois para muitos a primeira prostituta da terra foi Naamá (Gn 4.22) descendente de Caim.
Portanto, há um grande desafio para alcançar as prostitutas, logo, é necessário que a palavra seja pregada e pregada com sabedoria, pois a evangelização das pessoas que compõe este grupo deverá ser feita com o acompanhamento de outras pessoas.
Deus em sua bondade perdoa o pecado daqueles que se aproximam dEle. Não importa que no passado agia e viva no mundo da prostituição, o importante é que a Palavra da verdade alcance e salve os que estão vivendo sobre a escravidão do pecado.
III – O EVANGELHO AOS HOMOSSEXUAIS
Homossexualismo corresponde com a prática sexual entre indivíduos do mesmo sexo. Nas Sagradas Escrituras, o homossexualismo é enérgica e explicitamente condenado, por constituir-se na violação do ideal monogâmico e heterossexual estabelecido por Deus quando da criação do ser humano (ANDRADE, p. 149).
Há três divisões na explicação do aumento do pecado. O apóstolo Paulo na Nova Aliança lista as seguintes situações: Deus os entregou às concupiscências, Deus os abandonou às paixões infames e Deus os entregou a um sentimento perverso (Rm 1. 24,26,28).
A primeira explicação vem após a seguinte frase: Deus os entregou às concupiscências do coração, e o pecado a ser citado é a idolatria. Que conforme a passagem é a tentativa da mudança da verdade de Deus em mentira e, o honrar e servir mais a criatura do que o Criador (Rm 1. 24,25).
Já a segunda, vem após a frase: Deus os abandonou às paixões infames, e o pecado a ser citado é a prática homossexual. Portanto, nem o AT, nem o NT, reconhecem a homossexualidade como estilo de vida alternativo (RICHARDS, p. 291).
Por fim, Deus os entregou a um sentimento perverso (Rm 1. 29-32), estes tais são dignos de morte, pois conhecem a justiça de Deus, mas praticam o que desagrada a Deus.
IV – O EVANGELHO AOS CRIMINOSOS
O criminoso é aquele que pratica ato contrário aos princípios legais de uma determinada comunidade. Porém, mesmo assim, aquele que pratica o crime  também é merecedor de oportunidade. Seja nos presídios ou não, o certo é que os cristãos deverão pregar o Evangelho para aqueles que são cativos do pecado.
Quem liberta é a Palavra, portanto cada crente tem que pregar a Palavra e a transformação se concretizará por intermédio de Jesus Cristo.
V – O EVANGELHO AOS VICIADOS
Da mesma forma que o Evangelho deverá ser pregado para prostitutas, homossexuais, criminosos, o Evangelho deverá ser também pregado para os que são viciados e já vivem diretamente dependentes do pecado que o escraviza.
Por causa do vicio muitos começam a roubar e até mesmo a matar. O vício transforma as pessoas em escravas, escravas do pecado, porém, quem liberta o homem do pecado é a Palavra de Deus, portanto é necessário que nestes dias tão difíceis, cada crente alcance pelo menos uma alma para Deus. Deus ama a todos, porém Deus não aprova o pecado e nem a permanecia no pecado.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Carta aos Hebreus – Fé, firme fundamento das coisas que se esperam

Carta aos Hebreus – Fé, firme fundamento das coisas que se esperam
1- Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.
2- Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho.
3- Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. (Hb 11.1-3).
O capítulo 11 é conhecido no mundo cristão por citar a galeria dos heróis da fé. A citação de homens e mulheres que pela fé conseguiram agradar a Deus e que de fato tornaram exemplos de fidelidade, adoração e confiança no Senhor, logo, estes alcançaram o testemunho.
Há três pontuações no capítulo que merece bastante atenção: definição prática da fé, o testemunho alcançado pela fé e a essencialidade da fé.
Panorama Bíblico no que corresponde a fé
1- Definição. O termo fé (gr. πίστις) significa convicção e confiança.
Porém, tendo como base o capítulo percebem-se duas definições, sendo que estas definições correspondem com o sentido prático da fé.
Em primeiro, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam (v.1). Fundamento significa essência ou realidade. A fé trata as coisas que se esperam como realidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
Por segundo, a fé é a prova das coisas que se não veem (v.1). Prova significa evidencia ou convicção. A própria fé prova que o que é invisível é real, como serão, por exemplo, as recompensas do crente na volta de Cristo, 2Co 4.18 (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
2- Os tipos de Fé. Pelo menos quatro tipos de fé são esboçados no cenário cristão: fé natural, fé salvadora, fé como virtude e fé como dom.
A fé como dom não corresponde com a fé natural, pois a fé natural é o resultado das observações da natureza.
A fé como dom não corresponde com a fé salvadora, pois a fé salvadora é o resultado da pregação do Evangelho.
A fé com dom não corresponde com a fé como fruto do espírito, pois a fé como fruto do Espírito está relacionada com a fidelidade. Ser fiel a alguém corresponde a estar bem consigo e faz com que o indivíduo compreenda o valor e os efeitos da fidelidade.
A ausência da fidelidade no mundo estar associada com a multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se manifesta não há lugar para insegurança.
Para que haja uma ação extraordinária por parte da igreja, a fé como dom é a capacidade outorgada pelo Espírito Santo ao cristão para que coisas sobrenaturais ocorram. A fé como dom sobrenatural ultrapassa a esfera natural das coisas.
Os antigos alcançaram o testemunho por meio da fé
Os antigos são os fiéis do tempo do Antigo Testamento. Testemunho se refere à aprovação de Deus. Ele os considerou justos por causa de Deus. Ele os considerou justos por causa da fé que manifestaram (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
1- Abel alcançou o testemunho de adorador (v.4). O sacrifício realizado por Abel foi aceitável por Deus por causa de sua fé.
2- Enoque alcançou o testemunho daquele que não viu a morte (v.5). Portanto, alcançou o testemunho de que agradara a Deus.
3- Noé alcançou o testemunho daquele que obedeceu (v.7). Sua fé não só o salvou da inundação, mas também do juízo de Deus, pois se tornou herdeiro da justiça (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 660).
4- Abraão alcançou o testemunho de amigo de Deus (Is 41.8).
5- Sara alcançou o testemunho de que tudo é possível ao que crer (v.11).
6- Isaque e Jacó alcançaram o testemunho de que é possível abençoar até mesmo próximo da morte (v.20). Isaque, Jacó e José acreditaram até o final de sua vida no futuro invisível que Deus lhes havia prometido com relação a Seu povo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 661).
7- Moisés alcançou o testemunho da certeza do chamado (vv. 23-29).
8- Raabe alcançou o testemunho do acolhimento pacífico (v.31).
A fé é essencial para desfrutar uma vida vitoriosa
Após descrever sobre alguns de muitos heróis da fé que viveram no período da Antiga Aliança, o escritor da carta relata a respeito do valor da fé para alcançar as benevolências do Senhor.
Em quatro situações básicas a fé torna-se decisiva em determinar uma vida vitoriosa:
1- Perante as perseguições. Tanto perseguições provenientes de ordens espirituais como humanas, pois, os quais, pela fé venceram reinos (v.33).
2- Perante o tempo. Ou seja, perante o tempo no que corresponde ao alcançar as promessas, pois os quais, pela fé, alcançaram a promessas (v.33).
3- Perante a chegada da morte. As mulheres receberam, pela ressurreição os seus mortos (v. 35).
4- Perante a certeza. Isto é, a certeza de vivenciar uma melhor ressurreição (v. 35).
A fé em si é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Logo, a fé é o firme fundamento da esperança e a certeza do cristão.
Referência:

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 24 de julho de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: A Evangelização Urbana e suas Estratégias

A Evangelização Urbana e suas Estratégias
E acontecendo que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles (Mt 11.1).
O Evangelho deve ser pregado em todos os lugares principalmente nas cidades em que há discípulos do Senhor Jesus, pois os discípulos foram instruídos na Palavra e em seguida o próprio Cristo saiu a pregar na cidade dos mesmos.
O presente versículo demonstra a seguinte verdade: todo discípulo precisa ser instruído e em seguida deverá ser testado no trabalho.
A pregação deverá alcançar vidas, que ao serem alcançadas, deverão ser discipuladas, para que em seguida novos templos sejam abertos. E como igreja aberta na cidade um novo trabalho deverá surgir desde, ou seja, esta igreja torna-se uma igreja mãe, isto é, uma igreja missionária.
I – ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO
Com o profeta Jonas se aprende que para alcançar um grande centro urbano é necessário utilizar as principais vias, por exemplo: avenidas movimentadas, praças, terminais de ônibus, dentre outros.
Já com o evento pentecoste se aprende que grandes eventos devem ser um meio necessário e eficaz para a pregação do Evangelho. Pentecoste era uma festa judaica celebrada no fim da colheita do trigo, cinquenta dias após a festa das primícias.
Portanto, é necessário que cada crente conheça geograficamente a sua cidade e sua região para alcançá-la para Jesus Cristo.
Para a evangelização urbana é necessário que o cristão utilize o método correto.
Método direto: através de perguntas (At 8.30-35).
Método indireto: aproveitando circunstancias ocasionais como: situação mundial à luz das profecias, comunismo, guerra atômica, terremotos, acidentes, catástrofes, doenças, epidemias, progresso da ciência, mortes, política, crises pessoais, crimes, dificuldades, etc.
Método da literatura: ...podemos utilizar folhetos, cartas, prospectos e jornais evangélicos, principalmente em ocasiões oportunas como Natal, Finados, semana santa, semana da pátria, corpus christi, carnaval, etc. (BÍCEGO, p.29,30).
II – DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA
Os desafios urbanos deverão ser transformados em oportunidades.
Conforme a revista:
“Diante das perseguições, não podemos desistir ou nos calar. Jesus também foi perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc 4.28-30)”.
“A igreja deve desenvolver capelanias hospitais, e visitar os enfermos e moribundos”.
“A igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um espetáculo. Mas, deve, no poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de satanás”.
Ambas as frases descrevem que a igreja deve da melhor maneira utilizar as oportunidades outorgadas por Deus, pois Deus permite perseguições e por meio delas Deus faz milagres.
Há um crescimento populacional e este aumento deve motivar os cristãos a evangelizar as almas que precisam do Senhor Jesus, não importa a dificuldade, cada crente deve cumprir o seu chamado.
III – COMO FAZER EVANGELISMO URBANO
A evangelização só é desenvolvida por pessoas que estão comprometidas com o Reino de Deus. Uma das missões da igreja é ensinar, logo, se há um ensino eficiente é necessária que a ciência, evangelismo, seja estuda e desenvolvida na prática da evangelização.
Primeiramente um grupo de pessoas deverá ser trenado para que depois as mesmas venham a efetuar a propagação da palavra de Deus.
Em segundo, o posto-chave deverá ser estabelecido, pois as bases são muito importantes.
Por fim, alguém deverá ser designado para continuar o trabalho. Muitos pontos de pregação são abertos, porém inúmeros são abandonados antes que os frutos possam se manifestar.
Levar uma pessoa a Cristo é um importante trabalho, mas também é de grande importância ajudar os novos na fé. Eles precisam de um conselho amigo, de uma forte mão que os sustente. A experiência tem demonstrado que, em regra, a pessoa mais indicada para ajudar o novo convertido é aquele que o levou a Cristo. Outros conselhos, além dos assinalados, poderão ser úteis. É claro que o ganhador de almas gozará da direção do Espírito Santo para dar o conselho certo, na hora certa, para a pessoa certa, no lugar certo, da maneira certa e para um resultado certo (BÍCEGO, p. 77,78).
Se há novo convertido há uma igreja. Igrejas devem ser abertas.
Simplesmente entenda: a grande comissão é o evangelismo acompanhado da plantação de igrejas. As igrejas são os ajuntamentos, e a Palavra é então ensinada para esses ajuntamentos de pessoas (HEWARD-MILLS, p.13).
A igreja local é agência da evangelização para a cidade na qual a igreja está situada. Portanto, cada crente tem que ganhar para Cristo seus amigos, vizinhos, parentes, em suma, ganhar sua cidade para Jesus.
Referência:
BÍCEGO, Valdir. Manual de Evangelismo, aprendendo a ganhar almas para Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

HEWARD-MILLS, Dag. Plantar Igrejas. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2014.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Carta aos Hebreus – O Verdadeiro Tabernáculo

O Verdadeiro Tabernáculo
1- Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade,
2- ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
3- os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou (Hb 8.1,2,5).
As ações dos sacerdotes eram desenvolvidas em torno das atividades realizadas no tabernáculo, que posteriormente passaram a serem conduzidas no templo. O tabernáculo era o templo móvel.
O Tabernáculo
Tabernáculo (gr. Σκηνης) cabana ou tenda. Tenda portátil onde os hebreus, durante a peregrinação pelo deserto, prestavam culto a Deus. Era o símbolo da presença de Deus entre o povo (ANDRADE, p.231).
1- O tabernáculo para os israelitas. Para a nação eleita por Deus o tabernáculo teria três descrições básicas.
a) O tabernáculo seria um santuário. E me farão um santuário, e habitarei no meio deles (Êx 25.8). Como santuário o tabernáculo proporcionava aos israelitas a presença de Deus.
b) Era chamado de Tabernáculo do Testemunho (Êx 38.21).  No Santo do Santo havia dentro da Arca da Aliança as pedras com os dez mandamentos, logo daí vem à descrição, tabernáculo do testemunho.
c) O tabernáculo era o lugar do perdão. Os israelitas presenciavam os sacrifícios dos cordeiros. Ação litúrgica desenvolvida para o perdão dos pecados dos descendentes de Abraão.
2- O significado espiritual do tabernáculo. O tabernáculo possuía 45,72m de comprimento e 22,86m de largura, e era dividido em três partes: átrio, lugar santo e lugar santíssimo. Porém, a parte interna que abrangia o lugar santo e lugar santíssimo possuía 13,71m de comprimento e 4,57m de largura.
a) O átrio. O acesso para o átrio era conhecido pelos os judeus por caminho. Este era o lugar de sacrifício onde havia dois objetos: o altar do holocausto e a pia.
No altar do holocausto três elementos eram presenciados constantemente: o fogo, a fumaça e o sangue. Fogo e fumaça correspondem com a ira de Deus manifestada pela corrupção humana. Enquanto, o sangue significava vida santificada.
Quando o sacerdote era consagrado lavava o corpo e depois os pés e as mãos, isto é, santificado para andar com Deus (os pés) e santificado para servir a Deus (as mãos).
b) Lugar Santo. A porta de acesso ao Santo era conhecida por verdade e era sustentada por cinco colunas conhecidas como os cincos dedos de Deus. Nesta repartição havia três objetos: o candelabro de ouro, a mesa dos pães e o altar do incenso.
c) Lugar Santíssimo. O véu que separava o lugar santo do santíssimo era chamado de vida. Havia nesta repartição apenas uma peça, a arca da aliança. Lugar que significava a presença de Deus. Sendo que dentro da arca havia três objetos: o maná, a vara de Arão e as tábuas da aliança.  
O maná era o alimento outorgado por Deus (Jeová Jiré, Deus da providência), a vara indicava a soberania de Deus e as tábuas salientavam a justiça de Deus.
Portanto, o átrio é o lugar da reconciliação, o santo é o lugar da santificação, e o santíssimo é o lugar da glorificação com e em Cristo.
3- A oferta para a confecção do tabernáculo. E esta é a oferta que tomareis deles: ouro, e prata, e cobre, e pano azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pelos de cabras, e peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de acácia (Êx 25.3-5).
O ouro fala da divindade, a prata da redenção e o bronze do juízo de Deus.
Já os panos se destacavam pelas seguintes cores: azul (céu), púrpura (realeza), carmesim (sacrifício) e linho fino (pureza).
As estatísticas enfatizam os argumentos. Ao avaliar aquilo que é dito no relato, estima-se que Israel precisaria ter disposto de 1.000 quilos de ouro; 3.000 quilos de prata e 2.500 quilos de bronze (CHAMPLIN, p. 310).
Os elementos do átrio foram confeccionados em bronze. Como significado, o juízo de Deus para com os homens, que não corresponde apenas com a condenação, mas também descreve a justificação em Cristo. Já os elementos do lugar santo eram confeccionados com acácia e banhados a ouro. Elementos que indicam a divindade e nobreza de Jesus Cristo.
A madeira de acácia era durável e resistente ao desgaste e dos insetos, o que tornava o material apropriado para a construção da arca (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 176).
O tabernáculo e Jesus Cristo
As três entradas que possibilitavam o acesso no átrio (caminho), no lugar santo (verdade) e no santíssimo (vida) conduz aos cristãos a entenderem João 14.6; Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Portanto, cada parte do tabernáculo revelava aos israelitas a pessoa de Cristo.
1- O altar do holocausto. Cristo, oferecendo-se uma vez (Hb 9.28), utensílio que apresenta Jesus como redentor.
2- A pia. O coração purificado (Hb 10.19,22), utensílio que apresenta Jesus como o purificador.
3- O candelabro. Eu sou a luz do mundo (Jo 9.5), utensílio que apresenta Jesus como o guia.
4- A mesa dos pães. Eu sou o pão da vida (Jo 6.35), utensílio que apresenta Jesus como o sustento.
5- O altar do incenso. Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1 Tm 2.5), utensílio que apresenta Jesus como o mediador.
6- A arca da aliança. Eu e o Pai somos um (Jo 10.30), utensílio que apresenta Jesus como o propiciatório, sendo Ele o próprio Deus.
Para chegar-se a presença de Deus é necessário passar pelo altar do holocausto (remissão dos pecados, isto é, conversão), pela pia (santificação pretérita), pela mesa dos pães (santificação progressiva), pelo o castiçal (testemunho do Senhor), pelo o altar do incenso (oração), para por fim, chegar à presença do Senhor, a arca da aliança (a presença de Deus).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2014.

sábado, 16 de julho de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas

Subsídio para aula da E.B.D: O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas
Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério (2 Tm 4.5).
Muitas pessoas tem sido vocacionadas por Deus para o ministério de evangelista. O evangelista é o obreiro que tem como missão específica proclamar o Evangelho de forma concentrada, metódica e com objetivos bem definidos. Porém, a função de ganhar almas para o Reino de Deus não se limita ao trabalho do evangelista, pois cada crente tem como função proclamar a Palavra de salvação em Jesus.
I – EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS
O terceiro dom ministerial citado em Efésio (4.11) é o de evangelista. O evangelista é o obreiro que especialmente tem como vocação a proclamação do Evangelho de Jesus. O termo evangelista tem como significado o proclamador de boas novas. O vocábulo é encontrado três vezes no Novo Testamento (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). A vida do evangelista se baseia em três palavras: um homem (At 21.8), um dom (Ef 4.11) e um trabalho (2 Tm 4.5).
Um homem, por que não pode esquecer que o evangelista é um homem chamado, capacitado e enviado por Deus.
Um dom, o dom em ação é a definição de ministério, logo o evangelista é um ser capacitado por Deus para realizar a proclamação das boas novas.
O evangelista tem como missão um trabalho glorioso que é almejado pelos anjos: o de proclamar o evangelho (1 Pe 1.12).
Diante do ministério eclesiástico o evangelista possui três obrigações básicas: honrar o bom nome da igreja de Jesus, crer e ser fiel a Cristo.
Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao ministério do evangelista (1 Tm 3.2-7).
a) Homem irrepreensível (v.2): que ninguém o reprenda por falhas ou erros cometidos.
b) Marido de uma só mulher (v. 2): tal qualificação não corresponde à afirmação da monogamia, mas se trata da importância do evangelista ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma só mulher indica que o evangelista deverá ser sempre fiel a sua esposa.
c) Não dado a muito vinho (v.3): o evangelista não poderá ser inclinado ao vinho.
d) Ser bom chefe de família (v.4): dirigir bem a família.
II – ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
O presente tópico apresenta os seguintes atributos do evangelista: amor às almas, conhecimento da Palavra de Deus, espiritualidade plena e disponibilidade.
O amor para com as almas é necessário, pois sem sentir o amor para com as vidas perdidas nenhuma ação será desenvolvida pelo crente para conduzir os perdidos à presença de Deus.
Estudo recente, por entidade de pesquisa ministerial, dá conta de que 57% dos pastores nunca leram a Bíblia toda. É algo preocupante. Se não ler, como pode estimular os crentes a lerem a Palavra de Deus? É por causa dessa negligência na leitura bíblica que o ensino que parte de muitos púlpitos é fraco, superficial e inconsciente (LIMA, p.66).
A igreja necessita de líderes que conheçam a Palavra, assim também as almas precisam ouvir a Palavra da parte daqueles que conhecem a Deus.
Já espiritualidade corresponde com a vida consagrada ao Senhor. A santificação progressiva deverá ser diária com oração, leitura bíblica e a presença do crente na igreja para ouvir a Palavra do Senhor.
Já ouvimos alguns pregadores dizer: eu vou dizer o que sinto, doa em quem doer. Ainda que seja a última vez que venha aqui, que nunca mais seja convidado, vou dar a mensagem. E passa a vociferar mensagens humanas e carnais contra a igreja. É sinal de falta de maturidade, de respeito e de humildade.
O papel do evangelista envolve a demonstração do poder de Deus na mensagem. O evangelista Filipe foi a Samaria e fez um trabalho digno de ter seu registro no Novo Testamento (At 8.5-8) – (LIMA, p.102).
Por último, o evangelista tem que está à disposição de Deus.
III – O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
Cabe ao evangelista proclamar a Palavra de Deus, assim como defender a Palavra e assegurar a integração do novo convertido na igreja.
O relacionamento com a Bíblia Sagrada possui um custo. Quando o indivíduo decide seguir o caminho que é definido pela Escritura, o mesmo torna-se alvo de perseguições e aflições (2 Tm 3.11).
O relacionamento com a Bíblia provoca conflito. Entre a antiga maneira de viver e ao permanecer naquilo que aprendeu e de que foi inteirado (2 Tm 3.14).
Na carta do apóstolo Paulo aos romanos a citações no que corresponde a características do velho homem: murmuradores, aborrecedores, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe, infiéis aos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis e sem misericórdia (Rm 1. 30,31).
Porém, a nova vida em Cristo é movida pelo fruto do Espírito que são: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5. 22)
Porém, há valores proporcionados pela Escritura Sagrada. A Escritura é proveitosa para ensinar, ou seja, proporciona o conhecimento que outorga libertação e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32).
Há também proveito na Bíblia para redarguir. Aqui tem como missão central condenar atos que desagradam a Deus. Ao ser redarguido o indivíduo poderá ser corrigido, isto é ser restaurado ao estado correto. Por isso, que Jesus na oração sacerdotal pediu ao pai para santificar os discípulos na verdade, pois a tua Palavra é a verdade (Jo 17.17).
Palavra Final:
O mundo se encontra dividido em dois grandes grupos: os que creem em Jesus e os que não creem.
Como evangelizar? A evangelização deverá ser realizada por meio de folhetos, de pergunta com respostas, de literatura, de cartas, da mídia...         
Onde evangelizar? A resposta abrange: casas, escolas, praças, prisões, hospitais...
Quando evangelizar? Em tempos difíceis o evangelho deverá ser anunciado e também em tempo oportuno.
Em suma o evangelismo pessoal possui quatro dimensões:
Altura: conformidade com Deus, ou seja, retidão, justiça e conhecimento de Deus.
Profundidade: santidade, ou seja, todos que se aproximam de Jesus devem ter uma vida separada do mundo, com o objetivo único ser usado por Deus.
Largura: testemunho, pois as obras possuem mais peso do que as palavras.
Comprimento: estratégia na evangelização, as estratégias é o meio para atingir alvos.
Referência:
LIMA. Elinaldo Renovato de. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

LIMA. Elinaldo Renovato de. Dons espirituais e ministeriais. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Carta aos Hebreus – Jesus é superior ao Sacerdócio Levítico

Jesus é superior ao Sacerdócio Levítico
14- Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15- Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16- Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hb 4.14-16).
A missão do sacerdote era mediar a relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos que os creem.
O Sacerdócio Levítico
Na historiografia Bíblica percebe-se que no AT existiam divisões concernentes às funções sacerdotais, que eram distribuídas entre, o sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas. Outro fator também determinante para compreender as distribuições das funções dos descentes de Levi é necessário citar os nomes dos filhos deste patriarca: Gérson, Coate e Merari (Êx 6.16).
Os da família de Gérson ficaram com a responsabilidade de cuidarem e trabalharem com os elementos do tabernáculo (Nm 3.22-26). Já os descendentes de Merari com os elementos estruturais como, tábuas, varais, colunas, bases, estacas, cordas, ou seja, com os utensílios do Tabernáculo (Nm 3.38-39). Enquanto, os descendentes de Coate ficaram com as tarefas mais importantes que diretamente estavam associadas com a liderança.
Aos 30 anos de idade os levitas davam início às suas obrigações que eram manuais e as encerravam aos 50 anos (Nm 4.3). Portanto, todos os sacerdotes eram levitas. Porém, nem todos os levitas eram sacerdotes. As obrigações menores, algumas vezes até manuais, como limpeza, arranjo e arrumação no templo, cabiam aos levitas não-sacerdotais (CHAMPLIN, p.17).
Enquanto, os sacerdotes eram responsáveis por desenvolverem as seguintes atividades, sacrifícios (Lv 1-6), e cuidarem das questões concernentes aos alimentos próprios e impróprios (Lv 13-14).
o sumo sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais, que só ele podia cumprir, como oficiar no dia da expiação, entrando no Santo dos Santos com esse propósito, e servir de principal oráculo do sacerdócio (CHAMPLIN, p.18).
A veste oficial do sumo sacerdote era composta (Êx 28.4):
a) Por um peitoral, havia doze pedras gravadas os nomes das doze tribos que tem como significado, o sumo sacerdote era uma liderança vocacionada por Deus para conduzir os israelitas.
b) Por um éfode, peça do vestuário que descia até os joelhos do sumo sacerdote, feita de linho bordada de azul, púrpura, escarlate e figuras douradas.
c) Por um manto azul onde estavam os sinos.
d) Por uma túnica bordada, significado integridade moral e espiritual, isto é, conformidade com Deus.
e) Por um turbante, que significava a vida, o crescimento e o vigor. E na frente havia um diadema em que estava escrito: Santidade ao Senhor.
f) Por um cinto, que simbolizava o serviço.
No NT há destaque para dois grupos de sacerdotes: a aristocracia sacerdotal e os sacerdotes da ordem.
A aristocracia era limitada a várias famílias sacerdotais, que dominavam os ofícios na hierarquia que controlavam as finanças e rituais do templo... Por outro lado, os sacerdotes da ordem moravam fora de Jerusalém, na Judéia, ou na Galileia. Era tarefa deles oficiar nos sacrifícios e nas cerimônias que ocorriam diariamente no templo (RICHARDS, p. 134).
Jesus o Sumo Sacerdote
1- Jesus o Sumo Sacerdote. Com base nos escritos da Carta aos Hebreus nota-se a superioridade do sacerdócio de Cristo pelos seguintes pontos:
a) Os sacerdotes da Antiga Aliança entravam no tabernáculo terreno, sombra do tabernáculo celestial, enquanto Jesus entrou nos céus, no verdadeiro Santo dos Santos (Hb 4.14).
b) Os sacerdotes da Antiga Aliança ofereciam um sacrifício que se repetia a cada ano, isto é, sacrifício que não era eficaz. Já Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício, sendo este verdadeiro e eficaz (Hb 7.27; 9.23,28).
c) Logo, o sacrifício de Jesus tornou-se o melhor de todos, por finalizar os sacrifícios (Hb 9.13-10.18). Por fim, Jesus torna mediador de um pacto novo e maior que o antigo (Hb 8.6).
2- Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6). Ordem que poderá ser entendida pelas seguintes descrições:
Melquisedeque era sacerdote e rei (Gn 14.18).
Na há registro sobre a origem de Melquisedeque.
Portanto, Jesus é sacerdote e rei de Jerusalém (Is 11,5) e não tem origem e nem fim, pois Ele é eterno (Jo 1.1).
Os sacerdotes eram líderes, portanto os líderes na atualidade deverão se espelhar em Jesus como o Sumo Sacerdote, maior líder de todos os tempos, pois o sumo sacerdote concentrava nas pessoas (é constituído em favor dos homens nas coisas concernentes a Deus – Hb 5.1), eram compassivo com os fracos e ignorantes (Hb 5.2), estavam em prontidão para enfrentar o pecado (Hb 5.3), e não autonomeava, mas eram vocacionado por Deus (Hb 5.4). Portanto, sendo Jesus o Sumo Sacerdote é necessário que os cristãos mantenham firme a confissão, porque Jesus pode compadecer das fraquezas dos homens e outorgar satisfação espiritual.
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2014.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

domingo, 10 de julho de 2016

Subsídio para aula da E.B.D: Igreja, agência evangelizadora

Igreja, agência evangelizadora
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (At 1.8).
O presente versículo didaticamente se divide em duas partes: recebereis a virtude do Espírito Santo e, ser-me-eis testemunhas. Primeiramente os apóstolos receberiam o poder necessário para executarem a tarefa. E em segundo, os apóstolos seriam testemunhas até os confins da terra, ou seja, fica nítida a ordem de Jesus para que o evangelho fosse pregado.
Deus capacitou seus discípulos para serem testemunhas fiéis e fervorosas, ainda que enfrentando a mais veemente oposição. Essa mesma virtude para testemunhar é acessível a nós hoje. Nossa tarefa não é convencer pessoas, mas testemunhar a verdade do evangelho (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 290).
Portanto, a existência da igreja está diretamente associada com a sua missão, pregar o evangelho a toda criatura. Mas, a missão da igreja é abrangente, isto é, fazer discípulos. A igreja é um organismo vivo, fato que explica o motivo de seu forte crescimento, e para que haja crescimento cada crente tem que testemunhar de Jesus Cristo.
Se não evangeliza, deixa de ser um organismo divino para apequenar-se numa organização humana falida e já em vias de apagar-se (ANDRADE, p 29).
I – A FUNDAÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA
O termo igreja (gr. Εκκλησία) significa os que foram tirados para fora, também pode se definir como os que foram vocacionados para obedecerem a Palavra de Deus. No NT o termo igreja pode ser usado de três maneiras diferentes: igreja universal, igreja local e reunião dos crentes em qualquer lugar (1 Co 10.32; 1.2; 11.18).
O homem deve ser membro de uma congregação local, dentro de determinada comunhão; mas se seu pensamento parar aí, está muito longe do verdadeiro conceito da Igreja.
A Igreja é o todo universal da qual sua pequena congregação faz parte, e o que importa não é ser membro de determinada congregação, nem sequer de determinada comunhão, mas ser membro da Igreja de Deus (BARCLAY, p. 46).
Os fatos que antecedem a fundação da igreja no NT estão relacionados ao ministério de Jesus Cristo. O ministério abrangeu três anos e seis meses, período em que os doze apóstolos foram separados. O evangelista João em seus escritos relata de maneira bem clara a dedicação de Jesus ao preparar os doze apóstolos. Torna-se notório que este evangelista achou por bem relatar os discursos e os sinais realizados por Jesus com o objetivo preparar os discípulos para darem continuidade da obra do Pai.
Mateus 16.18 assim está escrito: pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E em Atos dos Apóstolos o evangelista Lucas relata como ocorreu a inauguração da Igreja, havia 120 crentes que se reuniam em um salão superior para orar, como Ele lhes havia ordenado. No décimo dia os crentes ali presentes vivenciaram o cumprimento da profecia de Joel, sobre o derramamento do Espírito Santo. Com este acontecimento a igreja surgia com toda força no contexto histórico para o cumprimento das profecias presentes na Antiga Aliança.
II – A MISSÃO PRIORITÁRIA DA IGREJA
No subtópico: evangelização, o comentarista escreve as seguintes palavras que merecem atenção:
Quanto mais evangelizava, mais o Senhor operava sinais, prodígios e maravilhas. Portanto, a ação da igreja primitiva estava voltada para o cumprimento da pregação do Evangelho.
A oração daqueles crentes pela evangelização do mundo era tão poderosa, que, certa vez, fez tremer o lugar onde estavam reunidos. A oração é também um dos meios pela qual os crentes tem a oportunidade de pregar o Evangelho. Em suma, há três meios em que a evangelização poderá ser desenvolvida pelos crentes: pregando pessoalmente, contribuindo financeiramente para a pregação de outros e por terceiro, por meio da evangelização. 
A igreja precisa manter o pentecostes genuíno: sem misticismos, sincretismos e sem alvos mercadológicos.
Misticismo é o conjunto de normas e práticas que tem por objetivo alcançar uma comunhão direta com Deus. Nesta busca, não raro, os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia para ficar apenas com as suas experiências (ANDRADE, p. 182).
Já o sincretismo se define em ser a junção de doutrinas diferentes, enquanto os alvos mercadológicos correspondem com ações comerciais desenvolvidas por algumas denominações para atraírem novos adeptos.
Nenhum evento eclesiástico é tão importante quanto a evangelização. Não há proibição no que correspondem as ações sociais da igreja, porém, esta não deverá ser o motivo da existência da igreja como agência de Deus na terra, pois o maior evento eclesiástico deverá ser a propagação do Evangelho.
III – ANTIOQUIA, IGREJA MISSIONÁRIA
A igreja em Antioquia era uma igreja completa, pois havia ali profetas e doutores, se destaca também em ser uma igreja missionária. Os cristãos em Antioquia tinham como prioridade a obra missionária. Sendo este o impulso que permitiu que o Evangelho chegasse até os confins da terra.
Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13.2).
Barnabé e Paulo foram vocacionados por Deus para uma grande obra. No versículo três os membros daquela comunidade impuseram as mãos sobre eles, pois na imposição de mãos era a forma pela qual a Igreja primitiva reconhecia e confirmava a missão de alguém chamada por Deus (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 327).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. O desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

BARCLAY. William. Palavras Chaves do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2010.