Deus é Fiel

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terça-feira, 8 de maio de 2018

Culto de Doutrina: Do deixar ao desejar para alcançar o pleno crescimento


Do deixar ao desejar para alcançar o pleno crescimento
Texto: Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; (1Pe 2.1,2).
O crescimento do cristão se dá por meio de uma vida santificada, sendo que a santidade se concretiza na vida daqueles que buscam a Deus em oração, leitura da Bíblia e permanência na assembleia dos santos, ambiente onde a Palavra é pregada e ensinada.
Entretanto, todo cristão autenticamente convertido deseja crescer, porém para a ratificação deste, é necessário abandonar alguns elementos que são nítidos na vida daquele que não teme ao Senhor.
O que se deve abandonar?
Conforme o apóstolo Pedro cinco elementos deverão ser abandonados: toda malícia (mau), todo engano (mentira), fingimento, inveja e todas as murmurações (críticas injustas).
1- Abandonar toda a malícia. Malícia corresponde a todo desejo em praticar o mal para com os outros. Portanto, é um vício que se associa com pessoas de mau caráter em que a perversidade e a depravação são reinantes em suas atitudes (Rm 1.29). Denota o desejo para a maldade assim como ações que propaguem a maldade.
2- Abandonar todo o engano. Engano corresponde com atitudes mentirosas, isto é, a prática do forjar a verdade. O nono mandamento do Decálogo diz que não é permitido dar falso testemunho (Êx 20.16). Mentira tem como significado, palavra de negação da verdade, de fato são negações falsas ditas a alguém ou sobre alguém. O falso testemunho está no mesmo nível dos pecados de assassinato, adultério e de furto.
Engano condiz com truques e artimanhas desenvolvidas para enganar o próximo.
3- Abandonar todo fingimento. Fingir ser o que não é, e fingir viver o que não vive, são atitudes que proporcionam e revelam a morte espiritual, o grande exemplo para os cristãos na atualidade no que corresponde ao fingimento são os casos de vida mentirosa de Ananias e Safira (At 5.3).
Pedro usa essa palavra no plural para expressar que toda atitude para esconder as más intenções contra alguém atrás de uma máscara de santidade é errada e tem de ser evitada (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 692).
4- Abandonar a inveja. Inveja é o mesmo que cobiça, e é regularmente traduzida em algumas versões pelas seguintes expressões: avareza, avidez, intuito ganancioso e principalmente pela palavra concupiscência. Entretanto, inveja poderá ser definida como a disposição que sempre estar pronta a sacrificar o próximo em lugar de si mesmo em todas as coisas, não meramente em negócios de dinheiro.
A cobiça nasceu no momento em que Lúcifer desejou ser maior que Deus (Is 14. 12-20). Adão e Eva desobedeceram a Deus por causa da concupiscência (Gn 3. 1-5). E por causa da inveja Abel foi assassinado pelo seu irmão Caim (Gn 4.5).
5- Abandonar todas as murmurações. Em algumas versões o termo “murmurações” é substituído por “críticas injustas”, que pode ser categoricamente definido por: persistir em reclamar, falar mal de outrem em voz baixa ou em segredo e também em questionar de maneira maliciosa. Murmurações são palavras ditas para denegrir ou acabar com a reputação de alguém (ou seja, calúnias) (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 693).
O que se deve desejar?
O cristão deve desejar o conhecimento proveniente da Palavra de Deus. Pois, este conhecimento proporciona crescimento espiritual. Porém, a palavra, desejai, no presente escrito de Pedro corresponde a ansiar com todo o ser pela Palavra, não apenas para aprendê-la, mas principalmente para amadurecer na fé.
Por fim, o desejo de Deus presente nos escritos da Primeira Epístola de Pedro 2.1-10, corresponde com o abandono dos cristãos das coisas deste mundo e com o despertar do desejo de está totalmente com Deus. Também convém com o vivenciar dos cristãos como filhos de Deus e não no viver como pessoas comuns a este mundo que corrobora com a maldade, a mentira, a inveja, o fingimento e com a murmuração.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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