Deus é Fiel

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domingo, 13 de março de 2022

EBD - Subsídio da Lição: AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM OS CRISTÃOS

 AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM OS CRISTÃOS

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

As epístolas apresentam instruções vitais para a compreensão da doutrina cristã, bem como para a formação dos cristãos.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Apresentar a instrução doutrinária de Paulo às igrejas no que diz respeito a pessoa de Jesus Cristo e acerca das últimas coisas; Expor a natureza das epístolas gerais a respeito da fé, santificação, combate aos falsos ensinos e esperança da vida eterna; e, Ressaltar a atualidade das epístolas do Novo Testamento no tocante às doutrinas da justificação, santificação e glorificação do crente.

Portanto, vinte e uma cartas de forma sistemática serão analisadas na presente lição. Sendo que o estudo sistemático das cartas na presente lição apresenta as doutrinas que pelos os apóstolos foram base para a instrução e formação dos cristãos da Igreja primitiva e que para os dias atuais ainda são obras para o fortalecimento espiritual do corpo de Cristo.

I – COMO AS EPÍSTOLAS PAULINAS NOS INSTRUEM

O primeiro tópico tem como objetivo analisar as doutrinas bíblicas presentes nas cartas escritas por Paulo, e as doutrinas que se destacam são: a doutrina da salvação e seus elos, assim como a doutrina de Cristo, também há forte instrução para com a Igreja primitiva a respeito dos assuntos escatológicos, e por fim, instruções referente a vida ministerial e pessoal do cristão.

Tendo como foco a soteriologia o apóstolo Paulo de forma rica apresenta alguns versículos chaves:

O justo viverá pela fé (Rm 1.17). A frase de fé em fé (Rm 1.17), significa fé do começo ao fim. Portanto, através da escrita da carta Paulo queria consolar os cristãos a permanecerem firmes na fé em meio às perseguições contra o Evangelho, sabendo que o cristão autêntico não envergonha do Evangelho porque este é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.

Sabemos que um homem não é justificado pelas obras da lei (Gl 2.16). [...] A condição de ser declarado “não culpado” diante de Deus vem por meio da fé na obra redentora de Cristo. O apóstolo reitera que somente a fé em Cristo nos liberta do jugo da Lei (BAPTISTA, 2021, p. 136).

Mas nós pregamos a Cristo crucificado (1 Co 1.23). [...] Portanto, a mensagem de salvação por meio da cruz de Cristo era escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Não obstante, Paulo lhes assevera que Cristo é o “poder de Deus” e a “sabedoria de Deus” (BAPTISTA, 2021, p. 136).

O ministério da reconciliação (2 Co 5.18). [...] Por causa do pecado, o homem vivia em inimizade com Deus. No entanto, Deus estava disposto a perdoar as ofensas e enviou um Mediador. Assim, Cristo levou os nossos pecados na cruz e nos reconciliou com Deus (BAPTISTA, 2021, p. 136).

No que tange a cristologia o apóstolo Paulo escreve aos Efésios afirmando que Jesus Cristo é a cabeça da Igreja, e a Igreja é o corpo de Cristo. Enquanto que para a Igreja em Filipos o apóstolo relata a respeito de ser Jesus o verdadeiro sentido do viver do cristão (Fp 1.21). E para a Igreja em Colosso a escrita paulina é sintetizada na seguinte prisma: Jesus é a suficiência para todo o cristão.

Paulo também instrui a respeito da vinda de Jesus para a Igreja em Tessalônica e tem como versículo chave: Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts. 4.16). Descreve também a respeito da grande tribulação ao afirmar que o ministério da injustiça já opera, porém há um que impede esta operação e este é o Espírito Santo da verdade: Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado (2 Ts 2.7).

Por fim, referente a instrução pessoal o apóstolo é usado por Deus para edificar a Igreja a respeito do perdão.

II – COMO AS EPÍSTOLAS GERAIS NOS FORMAM

A escrita de Pedro edifica a Igreja na tangência da santificação e firmeza em meio às perseguições – [...] os escritos de Pedro estimulam as virtudes do discernimento, santidade e perseverança (BAPTISTA, 2021, p. 141). O apóstolo João se caracteriza em escrever de forma apologética, tendo como objetivo defender a fé cristã – [...] somos exortados a seguir o bom exemplo dos servos que são fiéis a Deus, a sua obra e a seus líderes (BAPTISTA, 2021, p. 1141). Já Judas instrui os cristãos a batalhar pela fé – [...] o crente é instruído a se firmar na fé, orar e a preservar a esperança da vida eterna (BAPTISTA, 2021, p. 142).

Tiago em sua epístola mostra a importância das obras para a elevação da fé do crente em Cristo. Enquanto que o escritor da carta aos Hebreus apresenta Jesus e sua superioridade a todos e a tudo.

III – AS EPÍSTOLAS CONTINUAM A FALAR

O presente tópico apresenta três elos da santificação que são a justificação, a santificação e a glorificação (corresponde ao terceiro tempo da santificação, isto é, a santificação futura).

A justificação é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação pode ser entendida em ser:

Salvação dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo.

Entretanto, sem a ressurreição de Jesus não haveria a justificação.

Já a santificação é estudada nos três tempos: passado, presente e futuro.

No aspecto do tempo, o passado, a santificação também é chamada de posicional ou pretérita. Corresponde com o passado ou momento em que o cristão se decidiu a andar debaixo da graça renovadora de Cristo. Descreve o valor da obra expiadora de Jesus na cruz que por meio da graça divina é eficaz para salvar o mais indigno dos homens, caso este se entregue ao Senhor como único e suficiente Salvador. Santificação pretérita corresponde em vitória sobre a penalidade do pecado.

Já no aspecto do presente a santificação é também conhecida como progressiva, fato que indica que é desenvolvida dia-a-dia por meio de escolhas e decisões. Todo cristão que priorize a santificação deverá consagrar sua vida por meio da leitura da Bíblia Sagrada, da ida à igreja e de uma vida de oração (Jo 17.17). Santificação progressiva corresponde com a vitória sobre o poder do pecado.

Sobre a santificação futura percebe-se que esta só ocorrerá na glorificação dos cristãos. Logo, santificação futura corresponde com a vitória definitiva sobre o pecado, neste caso sobre a presença do pecado.

Por fim, a justificação retira a penalidade do pecado, enquanto a santificação retira o poder do pecado e a glorificação invalida a presença do pecado.

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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