Deus é Fiel

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

EBD - Subsídio da Lição: COMO LER AS ESCRITURAS

 COMO LER AS ESCRITURAS

Torna-se necessário introduzir o presente subsídio citando a seguinte frase:

Ler e estudar as Escrituras são um dever e um privilégio (BAPTISTA, 2022, p. 57).

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

As técnicas de interpretação auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem ser colocadas acima da autoridade da Palavra de Deus.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Expor que a Bíblia precisa ser interpretada; Pontuar os pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia; e, Apresentar os princípios básicos de interpretação bíblica.

I – A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA

A exegese e a hermenêutica fazem parte da Teologia Exegética. Campo de estudo teológico que tem como objetivo compreender o texto Sagrado. A compreensão torna-se possível quando o estudante da Bíblia procura responder as seguintes perguntas: O que o texto disse? E o que o texto quer dizer?

A exegese e a hermenêutica podem ser diferenciadas com a seguinte descrição: a hermenêutica é o método, enquanto a exegese é a prática do método para interpretar os significados conforme o contexto histórico e cultural da época.

[...] Por exemplo, o estudo das línguas bíblicas, dos fatos da história, das questões sociopolíticas das particularidades da cultura e dos recursos literários usados no texto sagrado coopera para a compreensão do real significado das palavras inspiradas (Ef 3.10-18). Portanto, a exegese não deve e não pode ser menosprezada durante a leitura e o estudo da Bíblia (BAPTISTA, 2022, p. 57).

Em virtude da necessidade de interpretar a Bíblia é necessário que o cristão compreenda que a primeira regra para o uso coerente da analise interpretativa das Escrituras Sagradas é que a Bíblia interpreta a própria Bíblia. Assim sendo, o conhecimento inicial das línguas utilizadas na escrita dos originais é necessária para que haja coerência na interpretação. As línguas utilizadas de maneira majoritária foram o hebraico e o grego.

II – PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA

A autoridade da Bíblia é a primeira justificativa para o cristão por em prática a leitura das Escrituras. O Senhor Jesus em seus ensinos ratificou a autoridade do Antigo Testamento, assim também, os apóstolos confirmaram a autoridade divina nos escritos narrados na Antiga Aliança.

Na tangência do Novo Testamento percebe-se que os primeiros cristãos aprovaram e vivenciaram a autoridade dos escritos dos apóstolos e demais escritores do Novo Testamento. Portanto, a autoridade da Bíblia é o primeiro pressuposto para os cristãos lerem, praticarem e crerem nas Escrituras Sagradas.

Ao ler a Bíblia o Espírito Santo outorga por meio da iluminação a compreensão prática dos textos. Logo, a compreensão prática permite compreender que por meio do conhecimento da Palavra de Deus o crente desfrutará de maior comunhão por meio da oração, presença na igreja e na prática do jejum. Em suma, o conhecimento da Bíblia produz a santificação.

[...] A iluminação não aumenta e nem altera a Bíblia; apenas elucida o que já foi revelado pelo Espírito. Assim, o conhecimento da Palavra produz comunhão com Deus, vida de oração, obediência e santificação (2 Pe 1.3-10) (BAPTISTA, 2022, p. 63).

Por fim, a leitura da Bíblia proporciona uma vida abençoada em todas as esferas das relações do ser humano.

III – REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

A Bíblia é a sua própria interprete. Esta é a primeira regra para a interpretação eficaz dos textos Sagrados.

A Bíblia interpreta a si mesma, pois há coesão na objetividade de seus relatos, lembrando que o tema central da Bíblia é Jesus, logo, os pentateucos, os profetas, os escritos e os livros históricos do Antigo Testamento têm como foco mostrar para o Caminho.

Enquanto que o Novo Testamento mostra que os biográficos, o histórico, as cartas e o profético demonstram como Cristo viveu, morreu e ressuscitou, assim como a igreja primitiva seguiu no Caminho, como instruiu no Caminho e como será a consumação de todas as coisas sob a liderança de Jesus Cristo.

É importante na interpretação da Bíblia a compreensão que há abundância de linguagens na narrativa, sendo as principais linguagens presentes: o tipo, os símbolos, as metáforas e as parábolas.

No que corresponde ao sentido do texto é importante registrar que:

A mensagem da Bíblia encerra dois grandes sentidos.

1. O literal. É o sentido natural das palavras como em Atos caps. 27 e 28. A acidentada viagem de Paulo a Roma.

2. O figurado. A Bíblia é rica em linguagens figurada. O sentido figurado é expresso através de várias categorias de figuras de linguagens. As principais são os tipos, os símbolos, as metáforas e parábolas (SILVA, 1999, p. 58).

Entretanto, um cuidado é necessário e essencial para a igreja nos dias hodiernos, usar o texto Sagrado para justificar correntes ideológicas, pois é o texto Sagrado que define o que é certo e o que é errado e não a corrente filosófica e o comportamento dos indivíduos que deverão conduzir se a Escritura é coerente ou não as suas práticas e ideologias.

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

SILVA, Antônio Gilberto da. Manual da Escola Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

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