Deus é Fiel

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – O PRIMEIRO SINAL: ÁGUA EM VINHO

 O PRIMEIRO SINAL: ÁGUA EM VINHO

Conforme a Síntese:

Os sinais que Jesus realizou visavam fazer com que o reconhecessem como o Redentor anunciado pelos profetas, sendo a manifestação plena do Deus Filho encarnado.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    Os sinais operados por Jesus tinham como propósito tornar conhecida a manifestação de Sua divindade.

A presente lição tem como objetivos:

Explicar a importância do primeiro sinal realizado por Jesus Cristo;

Apontar a narrativa e o contexto do primeiro sinal realizado por Jesus;

E, Conhecer a respeito do significado do ‘bom vinho’.

I – MAIS QUE UM MILAGRE

No versículo 11 a palavra sinal é derivada do grego “semeion”, ou seja, termo que tem como significado marca, prova ou indicação, que apresenta ou distingue uma pessoa. Logo, compreende-se que o sinal tem como marca provar a divindade de Jesus, o Verbo encarnado.

O evangelista João é o único escritor a registrar o que é conhecido como o primeiro sinal operado por Jesus. Semeion que indica não apenas aos discípulos (neste momento apenas 5 que estavam com Ele), mas indica para a igreja no longo da história que Ele é Deus e faz as obra de Deus.

[...] O fato de Cristo estar principiando ali os seus sinais tinha justamente a intenção de revelar a sua natureza divina aos homens que iriam segui-lo durante todo o seu ministério, embora não tenham alcançado esse entendimento de forma perfeita naquele momento. De qualquer sorte, o sinal serviu para que vissem não apenas um mestre dos judeus, mas alguém com extraordinário poder, muito diferente da classe religiosa do seu tempo. A fé estava sendo gerada neles (QUEIROZ, 2022, p. 47).

Os sinais operados por Jesus trazem consigo o júbilo, porém a transformação da água em vinho não tinha apenas o propósito de proporcionar alegria ao noivo, mas, em contra partida o grande propósito estava em descrever a divindade do Messias, Jesus Cristo o Filho de Deus.

II – A NARRATIVA E SEU CONTEXTO

O presente tópico apresenta três elementos essências:

Uma cidade;

Um diálogo;

E, um elemento nutritivo (vinho).

Sobre a cidade percebe que se trata de Caná da Galileia, pequena vila que foi escolhida por Jesus para ser palco do primeiro milagre. Também em Caná, lugar de juncos, Jesus curou o filho de um oficial (Jo 4.46-54).

Sobre o diálogo, este ocorreu entre Maria e Jesus. Maria percebeu o problema, a falta de vinho, logo apresentou o problema a Jesus. Tendo conhecimento do problema o Senhor Jesus apresentou a solução. A síntese do diálogo na ação de Maria em apontar [...] para Jesus e diz aos empregados: “Fazei tudo quanto ele vos disser” (Jo 2.5). Esta é a mensagem de todo anunciador do Messias: indicar a Cristo e ressaltar a necessidade de ouvi-lo e obedecê-lo. Observamos que Maria não se apresentou como uma medianeira. Os empregados ouviram diretamente de Jesus o que precisariam fazer (2.7) (QUEIROZ, 2022, p. 49).

O vinho representava a alegria no relacionamento. A falta de vinho na celebração do casamento poderia ser sinal de tristeza para os judeus. No costume dos judeus o melhor vinho seria oferecido primeiramente, porém com a transformação do vinho compreende-se que Jesus mudou a natureza, água em vinho, tornando o vinho derivado da água excelência superior ao industrializado pelos homens.

III – O BOM VINHO

Muitas pessoas aproveitam o texto em que Jesus transformou água em vinho para justificar o consumo de bebidas alcoólicas, porém com base em alguns versículos percebe-se que a bebida fermentada proporciona desastres.

O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio (Pv 20.1).

O que ama os prazeres padecerá necessidade; o que ama o vinho e o azeite nunca enriquecerá (Pv 21.17).

Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá (Pv 23.31,32).

Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes o desejar bebida forte; Para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos (Pv 31.4,5).

A prostituição, e o vinho, e o mosto levam para longe o coração (Os 4.11).

Porém, há um texto em que Paulo outorga as seguintes palavras esclarecedoras:

E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef 5.18).

Ser cheio do Espírito corresponde a ir além de receber o selo, indica que a cada instante o cristão necessita se encher. A descrição: mas enchei-vos, corrobora para uma ordem outorgada, ou seja, indica uma ação constante que deve ser desenvolvida.

O ser cheio do Espírito Santo corresponde a não ter uma vida estática. Um ministério parado e limitado às ações humanas, pois ser cheio do Espírito corrobora para que o crente possua uma vida dinâmica sobre a direção do Consolador. Verdade ratificada pela palavra de Jesus a Nicodemos quando disse a ele que o que é nascido do Espírito é igual ao vento (Jo 3.8), isto é, o nascido de novo é dinâmico e não se limita a um espaço específico. E conforme as descrições utilizadas na atualidade seria uma pessoa fora de série.

[...] A ação do Espírito na vida cristã não é estática nele somos renovados no nosso dia a dia. Essa experiência acontece reiteradamente em nossos dias e isso vem desde o Pentecostes (SOARES, 2020, p. 117).

Referência

SOARES, Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

QUEIROZ, Silas. Jesus, o Filho de Deus: os sinais e ensinos de Cristo no Evangelho de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

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