Deus é Fiel

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domingo, 16 de janeiro de 2022

NEM MAL, NEM PRAGA SUCEDERÁ SOBRE A SUA CASA (SL 91.10)

 NEM MAL, NEM PRAGA SUCEDERÁ SOBRE A SUA CASA (SL 91.10)

O Salmo 91 é tido como um cântico de fé. Possui quatro divisões, sendo elas: demonstração de confiança no Senhor (v. 1,2); resultado para os que confiam no Senhor (v. 3-8); proteção ao Messias (v. 9-13); e, promessas de dias abundantes (v. 14-16). Sobre a autoria do Salmo não há identificação notável, porém percebe-se que apresenta semelhança com as experiências e ideias de Moisés visíveis na narrativa do Salmo 90. Mas, não há identificação histórica sobre a autoria.

I – Compreendendo o Salmo em sua estrutura escrita

1- Demonstração de confiança, condição (v. 1,2). Quando o cristão habita no esconderijo do Altíssimo demonstra confiança no Senhor, fato que proporciona ou outorga como resultado as benevolências do Senhor. É válido ressaltar que o primeiro verso proporciona olhar para Deus como majestade e o Todo Poderoso.

Enquanto, o verso de número dois descreve a confiança em ter a Deus como refúgio e fortaleza, pois nEle o cristão encontra total confiança e estará seguro.

2- Resultados para os que confiam no Senhor, bênçãos individuais (v. 3-8). As bênçãos são inúmeras, porém o salmista cita as seguintes:

a) Livre do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Livre de arapucas e de várias doenças.

b) Segurança por está debaixo das asas do Altíssimo. Ao utilizar os termos escudo e broquel o salmista demonstra que o crente estará seguro por ter total proteção de qualquer perigo.

c) Isenção de medo do terror noturno, assim como, da assolação do meio-dia. Isenção aqui indica confiança no agir do Altíssimo em proteger e livrar o crente de todo o tipo de mal.

d) Protegido de ataques do inimigo. Mil cairá morto do teu lado e dez mil mortos a sua direita, mas tu não serás atingido, ou seja, Deus o refúgio do cristão garante total proteção contra os ataques dos inimigos e tem mais, o justo com os seus olhos verás a recompensa dos perversos.

3- Proteção ao Messias, bênçãos coletivas (v. 9-13). Quando Jesus foi tentado por Satanás o inimigo utilizou o presente salmo para provocar a natureza e a missão de Cristo. Sendo assim, fica nítido que o presente parágrafo é voltado para uma descrição messiânica em que o Messias teria proteção em não sofrer mal e nem praga, além de ter ao Seu dispor os anjos do Altíssimo.

4- Promessas de dias abundantes (v. 14-16). Amou na prática outorga como resultado cuidado e livramento. Enquanto que a abundância de dias em vida longa corresponde no contexto da vida do Messias a doutrina da ressurreição, que se associa com o termo honrarei (v. 15) e com a frase, lhe mostrarei a minha salvação (v. 16).

II – NEM MAL, NEM PRAGA

Aplicando o presente salmo para com a vida no aspecto familiar o cristão poderá receber como aprendizagem:

1- Há uma condição para ser abençoado e esta condição é habitar no lugar do Altíssimo. Ou seja, é está na presença de Deus e conviver com os projetos e planos de Deus para com a própria vida.

2- Há bênçãos de Deus que são individuais. Deus outorga benevolência para com as pessoas de forma individual. Para que estes possam desfrutar do melhor de Deus para com as suas vidas. Deus livra e outorga proteção.

3- Há bênçãos coletivas. Deus não abençoa apenas um e esquece-se dos demais. Na bênção que Deus outorga aos seus santos tem como propósito proporcionar bênçãos para com as outras pessoas, porém é necessário compreender que há como olhar particular, o cuidado de Deus para com a família em que nenhuma mal e nem praga sucederá sobre a tenda, ou sobre a morada daqueles que habitam no esconderijo do Altíssimo.

As bênçãos coletivas também são bênçãos eternas, ou seja, vão além deste tempo.

 Nem mal (gr. kakos) que denota algo desprezível, ou que causa dor e ou aflição (gr. poneros), deterá o lar do cristão. Assim como nenhuma doença ou sofrimento (gr, mastix e plege) limitará o palmilhar dos que confiam no Senhor.

4- Promessas para com a família. Deus tem amplo propósito para realizar na família. Toda família tem um propósito coletivo. Deus ao unir o lar e ao constituir os filhos, assim formou para estabelecer as Suas promessas em salvar, transformar, libertar e levar para o céu.

Logo, compreende que Deus é quem controla todas as coisas estabelecendo a condição para abençoar, liberando bênçãos individuais, concretizando as bênçãos coletivas e estabelecendo com primazia as promessas. Por ser um salmo messiânico a ressurreição é anunciada como plano divino a ser revelado na e para com a humanidade. Portanto, para com a família não há impossível que Deus não possa estabelecer e concretizar para o bem do lar em dissipar tudo o que é desprezível, assim como eliminar todo o sofrimento e doenças.

Por fim, saiba somar e multiplicar os ganhos de Deus para com o lar. Deus não outorga a família nuclear para que o indivíduo menospreze a família extensiva. Deus não outorga filhos para que o consorte seja desprezível. Deus não outorga novos amigos para que os velhos amigos sejam abandonados. Deus é Deus que abençoa com a abundância de bens.

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