Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 4 de abril de 2025

O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE

Conforme a Verdade Prática da lição:

O Verbo de Deus inseriu-se na história, assumindo a forma de homem para redimir os pecadores.

Da verdade prática compreende-se que:

O Verbo inseriu-se na  história, tornando carne;

O Verbo tornou-se carne;

O Verbo se fez carne com o objetivo redimir os pecadores.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Apresentar as informações introdutórias sobre o Evangelho de João;

Revelar o Senhor Jesus como o Verbo de Deus;

E, Explicar tanto doutrinariamente como biblicamente, a manifestação do Verbo.

Encarnação é a palavra-chave da presente lição.

I – DIANTE DAS HERESIAS É PRECISO PERSEVERANÇA

Sobre a autoria do Evangelho há provas diretas e indiretas a respeito da escrita do Evangelho ter sido desenvolvida pelo o evangelista João. As provas diretas são as manifestações dos primeiros teólogos (Irineu, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Justino), o escrito do primeiro historiador eclesiástico (Eusébio de Cesaréia) e as palavras das provas vivas, isto é, Policarpo e Papias que conheceram e aprenderam do evangelista João.

Já as provas indiretas são as registradas no próprio livro, destaque para as seguintes referências:

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo 1.14).

O termo, vimos, indica que o escritor do Evangelho era um discípulo que esteve presente com Jesus.

 

E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair? Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será? Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria, mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Este é o discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro (Jo 21.20-24).

Os versículos deixa claro que o discípulo amado escreveu o livro. O discípulo amado no decorrer do próprio livro, assim como da história da igreja percebe-se que se trata do evangelista João.

No que tange o propósito percebe-se com clareza o que escreveu João:

Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31).

Primeiro para que creiais que Jesus é o Cristo, palavras escritas para os leitores judeus, enquanto a descrição, Filho de Deus, para os gentios. E em segundo, como resultado a vide no nome de Jesus.

II – JESUS, O VERBODE DEUS

Tendo como base o capítulo 1 e o versículo 1:

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Versículo que apresenta a riqueza do Evangelho. Primeiro, no princípio era o Verbo, frase que indica que o Verbo é eterno. Segundo, e o Verbo estava com Deus, frase que apresenta distinção entre o Verbo e o Pai, logo são duas pessoas distintas. E, em terceiro, e o Verbo era Deus, frase que corresponde em dizer que Jesus é Deus.

É importante ressaltar que existem inúmeros versículos que faz referência a divindade de Jesus Cristo:

Em Isaías 7.14 – Emanuel, Deus Conosco, isto é, Jesus é chamado de Emanuel.

Em Isaías 9.6 – Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, isto é, Jesus é chamado de Deus Forte, nome que revela um dos atributos pertencente unicamente a Deus.

Sobre João 5.23, assim escreveu Soares:

O Senhor Jesus ensinou que a honra devida ao Pai é a mesma devida ao Filho. Isso significa que o cristão deve adorar o Pai da mesma maneira que adora o Filho (2008, p. 53).

Silva agrega a seguinte informação:

Na introdução Jesus é apresentado como o Verbo de Deus. Dois pontos são fundamentais para conhecer o verbo. Primeiro, a identidade do verbo. É necessário conhecer de fato quem é o verbo. E como resposta a tais perguntas o evangelista João no primeiro versículo do livro escreve: “No princípio era o verbo (o verbo é eterno), e o verbo estava com Deus (o verbo é distinto de Deus não em essência, mas em pessoa) e o verbo era Deus” (o verbo é Deus) [...] (Silva, 2015, p. 116).

III – A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Silva, assim comenta sobre as obras do Verbo, ações nítidas a serem estudadas no presente tópico:

[...] Segundo, na introdução o evangelista cita as obras do verbo, que são: criar (todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. v.3), iluminar (ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo. v. 9), regenerar (os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas da vontade de Deus. v.13) e revelar (Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer. v. 18 (Silva, 2015, p. 116).

Referências:

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Introdução ao Novo Testamento. In: SILVA, Roberto Santos da. Seteblir. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.

SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008.

sexta-feira, 28 de março de 2025

PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – PERSEVERANDO NA FÉ EM CRISTO

Conforme a Verdade Prática:

A Bíblia Sagrada é o único instrumento moral e espiritual estabelecido por Deus para aferir a nossa conduta diante do Criador, da sociedade, da pátria e da família.

Da verdade prática compreende-se que:

A Bíblia é um instrumento moral e espiritual;

A Bíblia afere a conduta cristã diante do Criador;

E a Bíblia proporciona o andar íntegro do cristão diante do mundo.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar que diante das heresias é preciso ter perseverança;

Enfatizar a necessidade de sempre aprender com a Palavra de Deus;

E, Considerar as Escrituras como o fundamento da vida cristã.

Perseverança é a palavra-chave da presente lição.

I – DIANTE DAS HERESIAS É PRECISO PERSEVERANÇA

O primeiro tópico permite compreender 2 Timóteo 3.10-13 com três divisões básicas: experiências do apóstolo, experiências individuais e os maus e enganadores  homens (falsos mestres).

Sobre as experiências de Paulo seguidas por Timóteo compreende que o apóstolo instruiu o jovem Timóteo na doutrina, instruindo no andar e viver mediante os princípios bíblicos, proporcionando na formação o desenvolvimento das virtudes necessárias no ser cristão e no viver o cristianismo, sendo elas: a fé, longanimidade, amor e paciência. Daí o apóstolo conclui as experiências citando perseguições e aflições sofridas.

O viver piamente em Cristo proporcionará perseguições, no entanto, em meio a perseguição é cabível e necessário manter-se fiel ao Senhor. Em meio aos falsos ensinos é necessário manter-se íntegro com Deus e com a Palavra do Senhor.

É necessário cuidado com os falsos mestres que tentam deturpar a Palavra do Senhor por meio de mentiras, encantos e ensinamentos contrários ao que encontramos nas Escrituras Sagradas.

II – APRENDENDO, SENDO INTEIRADO E SABENDO

Timóteo foi bem instruído na Palavra, logo era necessário que o jovem permanecesse no que tinha aprendido da mesma forma que, nos dias atuais os cristãos não poderão se afastar do que tem aprendido do Senhor.

O conhecimento da Palavra do Senhor é necessário para a edificação constante na presença do Senhor, assim como é importante para a santificação progressiva na vida do cristão.

A integridade com a Palavra proporciona permanência, perseverança e produtividade.

Permanência corresponde em não se afastar do Senhor e nem do caminho do Senhor. Perseverança trata-se em manter-se firme em meio a qualquer situação. E produtividade é ser proativo em todo o tempo.

III – TENDO AS ESCRITURAS COMO O FUNDAMENTO

Silva, assim comenta sobre o valor das Escrituras Sagradas:

Nas cartas de Paulo ao jovem Timóteo a informações a respeito do que não se pode ensinar advertir a alguns que não ensinem outra doutrina (1 Tm 1.3) e também a presença da abordagem legalista e rebelde desconsiderando a autoridade da Bíblia.

1- O relacionamento com a Bíblia Sagrada possui um custo.

Quando decidimos seguir o caminho que é definido pela Escritura passamos para a condição de alvos. De fato passamos por perseguições e aflições (2 Tm 3.11).

2- O relacionamento com a Bíblia provoca conflito.

Entre a antiga maneira de viver e ao permanecer naquilo que aprendemos e de que fomos inteirados (2 Tm 3.14).

Na carta do apóstolo Paulo aos romanos há citações no que corresponde a características do velho homem: murmuradores, aborrecedores, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe, infiéis aos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis e sem misericórdia (Rm 1.30,31).

Porém, a nova vida em Cristo é movida pelo fruto do Espírito que são: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5. 22)

3- Valores proporcionados pela Escritura Sagrada.

A Escritura é proveitosa para ensinar, ou seja, proporcionar o conhecimento que outorga libertação; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8.32).

Há proveito na Bíblia para redarguir. Aqui tem como missão central condenar atos que desagradam a Deus.

Ao ser redarguido o indivíduo poderá ser corrigido, isto é ser restaurado ao estado correto. Por isso, que Jesus na oração sacerdotal pediu ao pai para nos santificar na verdade, pois a tua Palavra é a verdade (Jo 17.17).

E por fim, ao sermos conhecedores da verdade, e a cada dia buscarmos a santidade assim estaremos prontos para sermos instruídos em justiça. Ser instruídos em justiça é além de tudo viver para Deus (Silva, Ano 12, Edição 42, p. 47).

Referências:

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Conhecendo o chamado. Revista Manancial, Ano 12, Edição 42.

sexta-feira, 21 de março de 2025

A IGREJA TEM UMA NATUREZA ORGANIZACIONAL

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – A IGREJA TEM UMA NATUREZA ORGANIZACIONAL

Conforme a Verdade Prática:

A Igreja é um organismo vivo de natureza espiritual e, ao mesmo tempo, uma organização.

Da verdade prática compreende-se que:

A Igreja é um organismo vivo;

A Igreja é uma organização.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Analisar a atuação pastoral de Tito na Ilha de Creta;

Reconhecer a institucionalidade bíblica de Igreja;

E, Dialogar com a realidade atual a partir do texto bíblico.

Organização é a palavra-chave da presente lição.

I – TITO E AS IGREJAS NA ILHA DE CRETA

A epístola é conhecida como Carta Pastoral, Tito recebe instruções do apóstolo Paulo. Em resumo Silva apresenta as seguintes exposições:

A importância da carta para os dias hodiernos se percebe na descrição da organização da igreja (1.5), na liderança das igrejas (1.5-9), no combater as falsas doutrinas e os falsos mestres (1.10-16), no autêntico ensino da sã doutrina (2.1), na promoção da ética cristã (2.2-10), no praticar as boas obras (2.11-14), e na submissão às autoridades (3.1-11).

Conforme os quatros primeiros versículos desta epístola o apóstolo Paulo ao se apresentar com as credenciais de apóstolo e servo destina a carta a Tito. A carta é pastoral. Tito foi enviado a Creta com a missão básica de por em boa ordem as coisas. E para tal missão ser eficaz, seria necessário o estabelecimento de líderes nas congregações.

Creta era uma ilha do Mediterrâneo localizada a 96 Km ao sul da Grécia. Situava-se em um ponto de cruzamento entre a Ásia, a África e a Europa. Na ilha de Creta a devassidão moral e a disseminação de heresias era normalidade. Para que o liberalismo religioso não comprometesse a fé cristã era necessária a conclusão daquilo que restava, pois os mestres da região eram falsos e também a ausência de conduta moral era visível por parte da igreja (Silva, 2015, p.138, 139).

O enunciado mostra a pessoa de Tito como liderança em Creta, assim como sua missão na presente Igreja.

II – A INSTITUCIONALIDADE BÍBLICA DA IGREJA

A Igreja como organismo corresponde basicamente à ligação da Igreja como Corpo de Jesus Cristo, isto é, aspecto e estruturação espiritual. Enquanto a Igreja é tratada como organização não tem como retirar os aspectos: espiritual e social da Igreja, com responsabilidades diante de Deus e diante dos homens, porém tendo como dever manter-se íntegra diante do Senhor.

A Igreja como organismo ensina que Cristo é a cabeça que outorga vida, direção e manutenção. Vários membros são ligados à cabeça o que representa ligação do organismo e diversidade de membros.

Como organização há uma liturgia diretiva que respeita os elementos culturais, tendo como foco a vivacidade, movimentação e dinamismo saudável. Não pode-se esquecer que a Igreja como organização social possui responsabilidades que se definem por meio dos deveres e direitos.

III – A QUESTÃO ATUAL

O modelo de gestão eclesiástica episcopal acredita que a administração da igreja está na responsabilidade dos bispos, modelo administrativo desenvolvido pelo catolicismo.

O modelo presbiteral já se identifica que a administração é direcionada pelos presbíteros, modelo seguido pela Igreja presbiteriana tendo como forma prática de administração a existência um conselho que possui autoridade para conduzir a igreja local.

E o modelo congregacional que já se identifica pelo o termo a congregação  por meio de uma assembleia geral define e escolhe os seus líderes assim como aprova ou reprova determinadas medidas administrativa.

Referências:

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Introdução ao Novo Testamento. In: SILVA, Roberto Santos da. Seteblir. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.

sexta-feira, 14 de março de 2025

A SALVAÇÃO NÃO É OBRA HUMANA

Subsídio – EBD – A SALVAÇÃO NÃO É OBRA HUMANA

Conforme a Verdade Prática:

A salvação é um ato da graça soberana de Deus pelo mérito de Jesus Cristo e não vem das obras humanas.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

Ø    A salvação é um ato da graça soberana de Deus;

Ø    A salvação é concedida mediante os méritos de Jesus Cristo.

A presente lição tem como objetivos:

Ensinar a respeito da doutrina da salvação sob a graça de Deus;

Elencar ensinos inadequados sobre a salvação na antiguidade;

E, Correlacioná-los aos ensinos inadequados sobre a salvação na antiguidade.

A palavra-chave para compreensão da presente lição é salvação. Para Champlin:

A salvação, portanto, é um processo místico, produzido pelo Espírito que vem habitar nos homens e ter comunhão com eles. Esse é um produto da graça, já que a lei jamais poderia proporcionar tal coisa [...]

Na graça o indivíduo pode e deve ser santificado, pois, de outra maneira, nunca poderá ver a Deus (2014, p. 954).

I – A SALVAÇÃO SOB A GRAÇA DE DEUS

Com o pecado a humanidade passou-se a ser caracterizada de:

Mortos em ofensas e pecados;

Andando segundo o curso desse mundo;

Direcionados segundo o príncipe das potestades do ar;

Considerados filhos da desobediência;

Andando segundo o desejo da carne;

E por natureza considerados filhos da ira.

As considerações desagradáveis citadas a respeito da situação humana correspondem com a escrita de Paulo em Efésios 2.1-3, sendo que o apóstolo posteriormente apresenta Deus em ato de misericórdia e amor para com a humanidade proporciona pela graça o Senhor Jesus: vida.

Ao ler: Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens aprendem-se três aspectos da graça, que são:

O primeiro aspecto define a origem da graça, é de Deus, isto indica que a graça pertence a Deus que é Santo, Fiel e Justo.

Já o segundo aspecto descreve que, a graça se há manifestado, descrição que corresponde à manifestação de Jesus Cristo o Salvador, que era preparação na antiga aliança, torna-se visível na nova aliança, pois o verbo se fez carne (Jo 1.14) a manifestação do verbo é a manifestação da graça outorgando paz (Jo 16. 33), vida em abundância (Jo 10.10) e principalmente o direito a vida eterna (Jo 17.3).

E em terceiro, trazendo salvação a todos os homens, frase que corrobora com a ação transformadora que se tornou possível graça a manifestação do Senhor Jesus.

II – SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS NA ANTIGUIDADE

Salvação não se alcança mediante a reencarnação, pois biblicamente não há reencarnação (Hb 9.27).

Assim, como não se alcança mediante as obras. As obras tem poder para definir a salvação de alguém? Pergunta esta que tem como resposta direta a palavra não.  Pois, quem é salvo deve praticar as boas obras. As boas obras são realizadas pelos cristãos não para esses serem salvos, mas porque esses já são salvos em Cristo.

E a salvação só se alcança mediante o conhecimento da verdade que é o Senhor Jesus Cristo. Salvação operada pela graça e para ser compreendida poderá ser sintetiza em duas ações: a graça liberta e a graça santifica.

No que corresponde à ação da graça em libertar, compreende-se que:

A graça liberta o indivíduo do pecado, liberta o indivíduo do poder do pecado, liberta o indivíduo da punição do pecado e, por fim, a graça liberta o indivíduo da presença do pecado.

E conforme Champlin: Na graça o indivíduo pode e deve ser santificado, pois, de outra maneira, nunca poderá ver a Deus (2014, p. 954).

III – AS SOTERIOLOGIAS INADEQUADAS DE HOJE

Há verdades bíblicas que não se pode esquecer, são elas:

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação (Rm 10.9,10). Salvação unicamente em Jesus Cristo.

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome (Jo 1.12). Em Jesus o homem recebe a oportunidade de ser reconhecido como filho de Deus.

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (Jo 14.6). Jesus é o único caminho.

Referência

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.

terça-feira, 4 de março de 2025

O PECADO CORROMPEU A NATUREZA HUMANA

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O PECADO CORROMPEU A NATUREZA HUMANA

Conforme a Verdade Prática:

O pecado é um elemento real na vida de todas as pessoas desde o ventre materno.

Da verdade prática compreende-se que:

O pecado é real;

O pecado é uma herança da fragilidade do homem em não conseguir manter-se fiel diante de Deus;

O pecado original é real.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Explicar a doutrina bíblica do pecado e sua extensão;

Mostrar a heresia que nega o advento do pecado;

E, Pontuar o perigo dessa heresia para a vida do crente e da Igreja.

Pecado é a palavra-chave da presente lição. Para Soares [...] O pecado não é apenas um pequeno e leve deslize, mas uma queda desastrosa; também não é inofensivo; ele é extremamente maligno e mortífero (Lopes, 2021, p. 105).

I – A DOUTRINA DO PECADO

A primeira coisa que se deve compreender sobre o pecado é o seu real significado, daí entende-se que o pecado é:

[...] considerado principalmente uma brecha ou rompimento de relações entre o pecador e o Deus pessoal (Bancroft, 2006, p. 219).

Para Bergstén (2019) pecado é: transgressão (Hb 2.2); impiedade (Rm 1.18); injustiça (Rm 1.18); desobediência (Hb2.2); iniquidade (Rm 2.8); e, errar o alvo (Jz 20.16).

[...] transgressão da lei (1 Jo 3.4- ARA). A doutrina do pecado é chamada na teologia de hamartologia, do grego, hamartia, “pecado”, e, “logos”, palavra, estudo, tratado (Soares, 2024, p. 131).

Em segundo lugar o Diabo é o autor do pecado (Ap 12.9). O pecado teve origem no orgulho e gerou a morte. Adão foi o representante da humanidade diante de Deus e por desobedecer a vontade do Senhor, o pecado passou a todos os homens, por isso todos pecaram e se distanciaram do Senhor (Rm 5.12).

Por terceiro, dentre as consequências do pecado original compreende-se que a relação conjugal foi atingida, não apenas a do primeiro casal; deu lugar ao conflito espiritual; sofrimento da mulher; fadiga do homem; surgimento da morte; e, solidão, perca do jardim (Lopes, 2021).

E por quarto, o pecado original é a extensão da proliferação da culpa, da corrupção e depravação gerada da desobediência do homem para com Deus.

II – A HERESIA QUE NEGA O ADVENTO DO PECADO

Negar a existência do pecado é negar a obra vicária do Senhor Jesus em prol da humanidade. Se o pecado não ocorreu e não existe, não há necessidade da execução da obra no Calvário. Se um ensino nega o pecado original, logo, nega a obra de Cristo na cruz que teve como objetivo salvar a humanidade de seus delitos e pecados.

É válido compreender que o pecado original corresponde com a falha de Adão que não conseguiu manter-se fiel diante do pacto firmado com o Senhor. Pela desobediência de Adão todos pecaram e se distanciaram do Senhor. As consequências que seriam de Adão passaram para todos os homens.

Para a remoção da culpa, necessário foi à concretização da morte vicária do Senhor Jesus, que além de remover a culpa, santifica aquele que se chegar a Ele, assim como torna justificado o indivíduo diante do Senhor.

Negar o erro de Adão corresponde em negar as consequências do pecado para com a humanidade, assim como corrobora em negar a ação do Senhor Jesus em ser o próprio sacrifício que se entregou na cruz como Salvador da humanidade.

III – O PERIGO DESSA HERESIA PARA A VIDA DO CRENTE E DA IGREJA

Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado (Rm 3.19,20).

Três verdades estão associados a realidade do pecado: o pecado penaliza, o pecado tem poder e o pecado está presente.

A hamartiologia resume as ações do pecado em três instâncias: penalidade, poder e presença. A penalidade do pecado é real na vida daqueles que não foram justificados em Cristo. O poder do pecado é notável na vida daqueles que não se santificam em Jesus Cristo. E a presença do pecado só perpetuará na vida daqueles que não serão glorificados com o Senhor Jesus Cristo (Silva, Ano 15, Edição 49, p. 22).

Não conhecer os ensinos bíblicos proporciona ao homem não agradar de fato ao Senhor, por isso, prossigamos em conhecer ao Senhor (Os 6.3).

Referências:

BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

LOPES, Hernandes Dias. Gênesis: o livro das origens. São Paulo: Hagnos, 2021.

SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Carta ao Romanos: Escritos Paulino que edifica a Igreja atual. Revista Manancial, Ano 15, Edição 49.

SOARES, Ezequias. Em defesa da fé cristã: combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Quem é o Espírito Santo

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – QUEM É O ESPÍRITO SANTO

Conforme a Verdade Prática:

É necessário primeiro conhecer a verdadeira identidade do Espírito Santo, à luz da Bíblia, para então poder defendê-la.

Da verdade prática compreende-se que:

É necessário conhecer o Espírito Santo;

O Espírito Santo possui uma identidade;

E, o Espírito Santo é Deus.

É válido lembrar que os objetivos da presente lição são:

Mostrar o Espírito Santo como o Consolador;

Correlacionar a deidade, os atributos e a obra do Espírito Santo;

E, Identificar as heresias antigas e as formas como elas se apresentam atualmente.

Espírito Santo é a palavra-chave da presente lição. Para Soares [...] O estudo da Pessoa do Espírito é importante para todos os cristãos, pois é Ele quem guia os crentes e os leva mais próximos de Deus. Ser pentecostal significa ter intimidade com a pessoa do Espírito, pois a teologia pentecostal não é teórica (2020, p. 13).

I – O CONSOLADOR

O evangelista João ao escrever os capítulos 14 e 16 do Evangelho, permite aos leitores o pleno conhecimento do Espírito Santo em dois pontos específicos: o nome, Consolador (Paracleto) e a missão do Espírito Santo em convencer o homem do pecado, guiar os crentes e glorificar a Jesus.

Sobre o termo Consolador compreende-se que:

O mesmo vocábulo grego aqui traduzido por “Consolador” é traduzido por “Advogado”, ao referir-se a Cristo, em 1 Jo 2.2. Significa “chamado para o lado de” ou, ainda, “quem aparece em defesa de”, como faz um advogado em tribunal humano. Mas também está envolvido o pensamento de “Fortalecedor”, isto é, alguém que dá vigor e torna forte. Portanto, é exibida uma relação extremamente pessoal nesse nome. Em linguagem comum, poder-se-ia interpretar assim: “um que fica ao nosso lado a fim de ajudar” (Bancroft, 2006, p. 191).

Sobre o Espírito Santo no ato do convencer percebe-se que Ele convence o homem do pecado, do juízo e da justiça (Jo 16.8-11). No que tange guiar o crente entende-se que o Espírito Santo chama para o serviço especial (At 13.2,4) e orienta em serviço (At 8.27-29). E no glorificar a Jesus a pessoa do Espírito Santo conduz o cristão a ser um adorador (Jo 16.14).

II – SUA DEIDADE, ATRIBUTOS E OBRAS

Compreende-se que o Espírito Santo é Deus, pois Ele é chamado de Espírito de Deus (1 Co 3.16), nome que indica ser Ele Deus. Sendo Ele Deus percebe-se que Ele é o poder e a energia pessoais da Divindade (Bancroft, 2006).

A Terceira Pessoa da Trindade também é conhecido pelo nome Espírito de Deus, nome que está associado a poder, profecia e direção. O Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1.2), aqui associado ao poder de criar. O Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou (1 Sm 10.10), aqui associado à comunicação. Por fim, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), aqui associado à direção.

No que corresponde aos atributos entende-se que o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14), logo, Ele não é limitado pelo tempo, pois Ele existe deste toda a eternidade. Bancroft afirma:

Assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade pode ser e é atribuída ao Espírito Santo como uma das distinções pessoais no Ser de Deus (2006, p.188).

O Espírito Santo também é onisciente, pois o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus (1 Co 2.10).

O Espírito Santo também é onipresente (Sl 139.7-10) e onipotente (Gn 1.2). A onipotência do Espírito Santo é demonstrada em três atos poderosos: criação, trazer o universo do nada; animação, dar vida ao que estava sem vida; e ressurreição, trazer vida da morte.

E no que se referente com as obras do Espírito Santo, três são nítidas na pessoa do Espírito Santo: criação, predição e regeneração (Gn 1.2, Jo 3.1-7).

III – HERESIAS ANTIGAS E NOVAS

Para os arianistas, seguidores dos princípios de Ário, o Espírito Santo era apresentado como criatura e não como Criador. Já para os tropicianos que defendia ser o Espírito Santo um anjo, logo, o Espírito Santo era para eles uma criatura. E os pneumatomacianos ensinavam que o Espírito Santo não era uma divindade.

No entanto, há três razões determinantes em afirmar que o Espírito Santo é uma pessoa.

A primeira afirmação indica que Ele age como uma pessoa, pois o Espírito Santo ensina (Jo 14.26), testifica de Cristo (Jo 15.26), fala com os salvos (At 8.29) e chama os obreiros (At 15.26). Somente uma pessoa pode ensinar a outros, testificar de outro, falar com outros e chamar a outros.

Já a segunda afirmação em ser o Espírito Santo uma pessoa está diretamente associada às características de uma pessoa. Pois, o Espírito Santo possui conhecimento (1 Co 2.1), possui vontade (1 Co 12.11) e ama (Rm 15.30). Apenas uma pessoa se caracteriza pelo conhecimento, pela vontade e pelo amor, e estas características definem que o Espírito Santo é Deus.

E a terceira característica em ser o Espírito Santo uma pessoa é porque na Bíblia Ele é tratado como uma pessoa. Dois exemplos corroboram esta afirmativa, o primeiro em Efésios 4.30, quando Paulo aconselha a não entristecer o Espírito Santo e o segundo quando Jesus ensinou a respeitou da blasfêmia contra a Terceira Pessoa da Trindade (Mt 12.31).

Assim como há três razões que caracteriza ser o Espírito Santo uma pessoa, percebe-se que também há três razões que define ser o Espírito Santo Deus, isto é, o Espírito Santo tem os nomes de Deus, os atributos divinos e desenvolve as obras de Deus.

Referências:

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

SOARES, Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.