Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – O VERBO QUE SE TORNOU EM CARNE
Conforme a Verdade Prática da lição:
O Verbo de Deus inseriu-se na
história, assumindo a forma de homem para redimir os pecadores.
Da verdade prática compreende-se que:
O Verbo inseriu-se na história, tornando carne;
O Verbo tornou-se carne;
O Verbo se fez carne com o
objetivo redimir os pecadores.
É válido lembrar que os objetivos da presente
lição são:
Apresentar as informações
introdutórias sobre o Evangelho de João;
Revelar o Senhor Jesus
como o Verbo de Deus;
E, Explicar tanto
doutrinariamente como biblicamente, a manifestação do Verbo.
Encarnação é
a palavra-chave da presente lição.
I – DIANTE DAS
HERESIAS É PRECISO PERSEVERANÇA
Sobre a autoria do Evangelho
há provas diretas e indiretas a respeito da escrita do Evangelho ter sido
desenvolvida pelo o evangelista João. As provas diretas são as manifestações
dos primeiros teólogos (Irineu, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Justino), o
escrito do primeiro historiador eclesiástico (Eusébio de Cesaréia) e as
palavras das provas vivas, isto é, Policarpo e Papias que conheceram e
aprenderam do evangelista João.
Já as provas indiretas são
as registradas no próprio livro, destaque para as seguintes referências:
E o Verbo se fez
carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade (Jo
1.14).
O termo, vimos, indica que o
escritor do Evangelho era um discípulo que esteve presente com Jesus.
E Pedro,
voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na
ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que
te há de trair? Vendo Pedro a este, disse a Jesus: Senhor, e deste que será?
Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a
ti? Segue-me tu. Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele
discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não lhe disse que não morreria,
mas: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Este é o
discípulo que testifica destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu
testemunho é verdadeiro (Jo
21.20-24).
Os versículos deixa claro
que o discípulo amado escreveu o livro. O discípulo amado no decorrer do próprio
livro, assim como da história da igreja percebe-se que se trata do evangelista
João.
No que tange o propósito
percebe-se com clareza o que escreveu João:
Estes, porém,
foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para
que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo
20.31).
Primeiro para que creiais
que Jesus é o Cristo, palavras escritas para os leitores judeus, enquanto a
descrição, Filho de Deus, para os gentios. E em segundo, como resultado a vide
no nome de Jesus.
II – JESUS, O VERBODE DEUS
Tendo como base o capítulo 1 e o versículo 1:
No princípio era o Verbo, e o
Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Versículo que apresenta a riqueza do
Evangelho. Primeiro, no princípio era o Verbo, frase que indica que o Verbo é
eterno. Segundo, e o Verbo estava com Deus, frase que apresenta distinção entre
o Verbo e o Pai, logo são duas pessoas distintas. E, em terceiro, e o Verbo era
Deus, frase que corresponde em dizer que Jesus é Deus.
É importante ressaltar que existem inúmeros
versículos que faz referência a divindade de Jesus Cristo:
Em Isaías 7.14 – Emanuel, Deus Conosco, isto é,
Jesus é chamado de Emanuel.
Em Isaías 9.6 – Maravilhoso, Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, isto é, Jesus é chamado de Deus
Forte, nome que revela um dos atributos pertencente unicamente a Deus.
Sobre João 5.23, assim escreveu Soares:
O Senhor Jesus ensinou que a
honra devida ao Pai é a mesma devida ao Filho. Isso significa que o cristão
deve adorar o Pai da mesma maneira que adora o Filho (2008, p. 53).
Silva agrega a seguinte informação:
Na introdução Jesus é
apresentado como o Verbo de Deus. Dois pontos são fundamentais para conhecer o
verbo. Primeiro, a identidade do verbo. É necessário conhecer de fato quem é o
verbo. E como resposta a tais perguntas o evangelista João no primeiro
versículo do livro escreve: “No princípio era o verbo (o verbo é eterno), e o
verbo estava com Deus (o verbo é distinto de Deus não em essência, mas em
pessoa) e o verbo era Deus” (o verbo é Deus) [...] (Silva, 2015, p. 116).
III – A ENCARNAÇÃO
DO VERBO
Silva, assim comenta sobre as obras do Verbo, ações nítidas a serem
estudadas no presente tópico:
[...] Segundo,
na introdução o evangelista cita as obras do verbo, que são: criar (todas as
coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. v.3),
iluminar (ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao
mundo. v. 9), regenerar (os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da
carne, nem da vontade do varão, mas da vontade de Deus. v.13) e revelar (Deus
nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o
fez conhecer. v. 18 (Silva, 2015, p. 116).
Referências:
SILVA, Andreson Corte Ferreira da. Introdução ao Novo Testamento. In:
SILVA, Roberto Santos da. Seteblir. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.
SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. São Paulo: Hagnos, 2008.