Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Subsídio da EBD: A Doutrina do Culto Levítico


A Doutrina do Culto Levítico
A presente lição tem como objetivo geral explicar que tudo quanto existe pertence ao Senhor e ao Senhor deve ser consagrado, principalmente o nosso ser. E como objetivos específicos:
Saber que a Terra é do Senhor.
Mostrar que os animais e vegetais são do Senhor.
Compreender que o ser humano é do Senhor.
Três objetivos podem resumir o livro de Levítico de maneira teológica: tudo quanto existe foi criado pelo Senhor; sendo Ele o Criador de todas as coisas, somente Ele deve ser adorado; e, tudo quanto há deve ser consagrado ao Deus Único e Verdadeiro.
A presente lição enaltece a doutrina da criação outorgando visualidade com maior amplitude para a criação do homem, sendo este a criatura que deverá sempre adorar o Único e Verdadeiro Deus.
I – A TERRA É DO SENHOR
1- Deus é o Criador dos Céus e da Terra.
2- Deus é o libertador de Israel.
3- Israel é o templo de Deus.
Comentário:
O termo utilizado em hebraico para criar é bará, que significa uma ação divina que produz resultado novo e imprevisível. Sendo que em seis dias tudo foi criado por Deus. Portanto, Deus é o criador de todas as coisas e o ato de criar é pertencente somente à pessoa de Deus. Deus não é limitado pelo tempo e nem pelo espaço, porque Deus é eterno e onipresente. A eternidade de Deus é visível no momento em que se lê: Deus criou os céus e a terra. Logo, se Deus criou todas as coisas outorgando à criação o tempo, isto indica que Deus não é limitado pelo tempo, pois Ele é eterno. E Ele está presente porque Ele não é limitado pelo espaço.
A obra da criação indica a ação organizada de Deus. Pois, a terra é criada para depois serem criados os seres vivos. A organização é a palavra chave para compreender o dinamismo da criação.
Vale salutar que a criação da luz outorga a compreensão de duas verdades. A primeira verdade é que a luz criada no primeiro dia não correspondia com a criação do sol. E a segunda verdade é que a luz era proveniente do próprio Deus.
A separação das águas estão diretamente relacionas com duas ações espaciais. A primeira é com a criação da atmosfera e a segunda com a camada de água que compõe a atmosfera. A segunda se associa com duas verdades bíblicas que são questionadas por críticos.
A existência da separação das águas no firmamento outorgar a possibilidade da vida humana ter chegado mais de 900 anos, pois não havia ações que possibilitavam o envelhecimento produzido pelos raios solares.
Seguindo a ordem e sendo organizado, Deus separa as águas abaixo da atmosfera, fazendo com que surgisse o reino vegetal. O reino vegetal era na sua totalidade frutífero. Não existiam as briófitas, nem as pteridófidas e nem as gimnospermas, pois todas as espécies de plantas eram angiospermas, isto é, eram frutíferas.
E no corresponde ao sistema solar é necessário enfatizar a perfeita harmonia que há entre o sol e os astros que estão a sua volta. A perfeita harmonia existente no sistema solar indica que Deus é perfeito. Só sendo perfeito para criar uma obra tão perfeita.
E para concluir nos dois últimos dias Deus deu vida à criação. Portanto, Deus é o criador de todas as coisas e o ato de criar é pertencente somente a pessoa dEle.
II – OS ANIMAIS E OS VEGETAIS SÃO DO SENHOR
1- No Egito, os animais eram deuses.
2- Os animais e a adoração a Deus.
3- Os vegetais e a adoração a Deus.
Comentário:
Para os egípcios os animais eram deuses que deveriam ser adorados, porém na narrativa Bíblica o Único e Verdadeiro Deus é o Criador de todos os animais. Portanto, o que difere de fato a religião egípcia para com a realidade espiritual definida por Deus está na concepção de que animais no Egito eram dignos de honra e adoração, porém na realidade estes não passavam de seres criados.
No culto israelita os animais tornavam em oferta a serem outorgados a Deus. Portanto, o único que é digno de todo louvor e glória é Deus e ponto final.
III – O SER HUMANO É DO SENHOR
1- O ser humano é a imagem de Deus.
2- A vida humana é sagrada.
3- O ser humano é servo e adorador.
4- O sacrifício pacífico.
Comentário:
A Bíblia é a Palavra de Deus, logo a Bíblia é o manual para o cristão se identificar como obra prima, como filho e como imagem e semelhança de Deus. Portanto, no livro de Gênesis as principais descrições que são notáveis a respeito do homem no que se refere ser este o que a Bíblia diz, são: obra, sendo esta prima; filho, tendo como pai Deus; e imagem e semelhança do Todo Poderoso.
Em seis dias todas as coisas foram criadas. A criação foi conduzida por uma ordem, pois Deus já na criação demonstrava para a sua obra prima que a ordem é de total importância para a concretização do inexistente e do inesperado.
O homem é considerado a obra prima por duas razões:
Primeira razão, o homem foi criado de forma diferente. Os demais seres, tantos os inanimados como os vivos, foram criados pelo poder da Palavra de Deus: haja luz (v.3), haja uma expansão no meio das águas (v.6), produza a terra (v.11), haja luminares (v.14), produza as águas abundantemente... (v.20). Porém, no sexto dia a Palavra divina foi, façamos o homem (v.26) que no capítulo dois de Gênesis estará escrito à forma em que explica o modo da criação do homem, Deus tocou ao criar o homem. Deus mudou o modo no sexto dia da criação, porque ali estava a obra prima da criação.
Já a segunda razão está relacionada com o fato de o homem ser o único da criação a receber missão da parte de Deus. Primeiramente o homem recebeu o mandamento cultural, frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra (v.28), e em segundo, o controle da administração com o direito de sujeitar e dominar os demais seres vivos, e por poder ser beneficiado pela natureza (vv. 29,30).

domingo, 22 de julho de 2018

Subsídio da EBD: Santidade ao Senhor


Santidade ao Senhor
A presente lição tem como objetivo geral estabelecer a perspectiva doutrinária da sacralidade da vida. E como objetivos específicos:
Mostrar que a santidade é a marca do povo de Deus.
Refletir a respeito da santidade no ministério levítico.
Compreender que o povo de Deus deve ser santo.
Portanto, a teontologia e a soteriologia serão fundamentais como doutrinas Bíblicas para a compreensão da presente lição. A teontologia é a doutrina de Deus, sendo que a lição em apreço permite que haja a compreensão no que confere a santidade divina em ênfase o atributo moral. Já referente à soteriologia, pois a santidade é um elo da salvação.
Referente a 1 Pedro 1.15, pode-se concluir:
A santidade aqui é a pureza moral. Assim como a atitude de fixar nossa esperança na graça que será nossa, nos fortalece para vivermos na sociedade como estrangeiros, fixar a nossa esperança nele nos separa do poder daquelas concupiscências que antes havia em (nossa) ignorância (1.14). (RICHARDS, p.521)
Pode também afirmar que:
Pedro usa conjunção para nos mostrar o modo como devemos ser diferentes (isto é, santos) do que éramos antes (1 Pe 1.14).
Santo se refere a alguém separado, destacado. Nós temos de viver totalmente separados dos pecados deste mundo, para nos dedicarmos inteiramente a Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.691).
I – SANTIDADE, A MARCA DO POVO DE DEUS
1- O estado de santidade.
2- O processo de santidade.
3- A santidade como marca.
Comentário:
Santidade é o posicionamento daqueles que se encontram diante do Senhor, enquanto a santificação é processo pelo qual o cristão se purifica para está cada vez mais próximo de Deus. O termo santificação permite compreender que o impuro é separado para o uso de Deus, ou seja, o que não prestava torna-se por meio da santificação reabilitado para o uso divino. Exemplo claro é o personagem Abraão que morava no meio de um povo impuro e idólatra (Js 24.2,3), logo foi separado para ser o pai da multidão de nações (Gn 17.5).
O processo de santificação dos israelitas se iniciava com o amor. O amar a Deus acima de todas as coisas. Verdade que corrobora com a ética no sentido vertical, isto é, o relacionamento do indivíduo com Deus é desenvolvido na ótica do amor divino, portanto nós o amamos porque Ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19).
A dedicação dos sacerdotes ao serviço no qual foram vocacionados define a santificação progressiva. A santificação progressiva é o processo da santificação no qual o indivíduo reconhece os seus pecados e a cada dia si consagra ao Senhor. Processo que se dava na meditação diária da Lei do Senhor, na prática da oração e na comunhão.
II – A SANTIDADE NO MINISTÉRIO LEVÍTICO
1- Santidade exterior.
2- Santidade interior.
3- Santidade e glória.
Comentário:
A santidade é uma prática que se demonstra na exterioridade, de fato assim era com os sacerdotes, pois:
Os sacerdotes casavam com mulheres virgens (Lv 21.7,14).
Os sacerdotes não podiam ter deficiência física (Lv 21.17-21).
Deus contempla o interior do ser humano, porém a exterioridade é o reflexo direto de como está o interior do ser humano. Logo, se o exterior apresenta a sensualidade, assim se define o interior apegado ao sensualismo.
Como está a nossa santidade interior? Por vezes, exteriormente, parecemo-nos o mais santo e correto dos homens. Mas, em nosso coração, quanto pecado. Em nossa alma, quanta iniquidade. E, em nossa mente, quanta sujeira, cobiça, adultério e até homicídios. Se não fizermos uma pausa, a fim de buscar a Deus, corremos o risco de perder a alma. Já imaginou ser lançado no lago de fogo em consequência de uma vida interior pecaminosa e reprovada diante do santíssimo Deus? (ANDRADE, 2018, p.60).
III – A SANTIDADE DO POVO DE DEUS
1- A santificação dos filhos.
2- A santificação conjugal.
3- A santificação e a vontade de Deus.
Comentário:
Três palavras ratificam a veracidade do presente tópico: instrução, fidelidade e diligência.
É de total responsabilidade dos pais instruírem os seus filhos no caminho do Senhor. A Palavra de Deus santifica, logo o ensinamento da Bíblia não poderá faltar nas casas dos cristãos.
A infidelidade demonstra que o cristão não consagra a si mesmo para o seu cônjuge. Portanto, conforme a narrativa Bíblica há quatros tipos de pecados que correspondem com atos sexuais que estão diretamente ligados com a desobediência do sétimo mandamento “não adulterarás” (Êx 20.14).
1- Adultério. Em algumas versões o termo utilizado é prostituição (pornéia), isto é, imoralidade sexual. Para muitos eruditos a prática do adultério corresponde com a traição entre casais e, de fato adultério tem como significado dormir em cama estranha.
2- Fornicação. A relação sexual entre jovens sem haver a venda do corpo e sem corresponder com a traição de um terceiro se resume em fornicação.
3- Impureza. Correspondem com pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios. Porém, este tipo de pecado é alimentado por pensamentos e desejos da alma (Ef 5.3, Cl 3.5).
4- Lascívia. Corresponde com o pecado da sensualidade. Tal prática conduz as pessoas ao ponto de perderem a vergonha. Por isso, tornou-se natural no presente contexto civilizatório à falta de decência e a perca do pudor.
Por fim, diligência é dedicação exclusiva a Deus.
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Subsídio da EBD: A Função Social dos Sacerdotes


A Função Social dos Sacerdotes
A presente lição tem como objetivo geral refletir a respeito das funções sociais do sacerdote. Verdade que se torna notória na narrativa dos capítulos de Levítico, logo, a descrição assistência social, torna-se indispensável na missão da Igreja, lembrando que a escolha dos diáconos no livro de Atos corresponde diretamente com a ação social que deve ser desenvolvida pelos cristãos (At 6.2).
A lição desenvolve ainda como objetivos específicos:
Apresentar as funções clínicas dos sacerdotes.
Explicar a função sanitarista do sacerdote.
Elencar as funções jurídicas do sacerdote.
Já no que refere o versículo de Lucas 5.14 pode se descrever que:
[...] Assim Jesus repetiu a instrução de Levítico 14. Quando pediu que o leproso não contasse nada, Jesus queria evitar chamar muita atenção para Seu ministério de cura. Ele desejava que as pessoas o procurassem por causa da cura espiritual, e não meramente pelo restabelecimento físico. O testemunho do leproso era uma prova da fidelidade de Deus e de Seu poder em Jesus (Lc 7.22) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 158).
I – FUNÇÕES CLÍNICAS
1- A inspeção da lepra.
2- A inspeção clínica.
3- A limitação do sacerdote.
Comentário:
A lepra é causada pelo bacilo de Hansen sendo dividida em dois tipos: lepramatoso e tuberculóide. É perceptível pela descoloração da pele com o surgimento de manchas, branca ou rosa, e pode espalhar por todo o corpo com deformidades das mãos e dos pés.
Para não ocorrer à infecção geral dos membros da nação de Israel, era de responsabilidade dos sacerdotes o olhar clínico, isto é, observar se o membro da nação estava com lepra para não passar para os demais. Portanto, a ação do sacerdote era preventiva e não curativa, ou seja, o sacerdote desenvolvia uma ação social em zelar para com o bem estar da nação, porém não obtinha poder para efetuar a cura.
Na história de Israel, as práticas clínicas dos levitas precederam a medicina. É o que podemos inferir do texto sagrado. [...] não propriamente curando-lhes as enfermidades, mas prevenindo-as. Esse cuidado torna-se mais visível em relação à lepra que, naquele tempo, além de ser uma doença incurável, era socialmente repulsiva (ANDRADE, p. 50).
Na narrativa Bíblica os leprosos eram isolados para que a doença não fosse transmitida aos demais. Função esta pertencente aos sacerdotes, tanto a de isolar, caso fosse diagnosticado leproso, como a de receber, caso fosse diagnosticado limpo.
II – FUNÇÕES SANITARISTAS
1- A função sanitarista do sacerdote.
2- A lepra na casa.
3- A lepra nas vestes.
Comentário:
De acordo com as leis urbanas que encontramos no Levítico, a urbanização de Israel deveria começar de dentro para fora; do interior das casas ao centro da cidade. Se uma casa estava doente, todos os demais domicílios corriam perigo; a epidemia era eminente (ANDRADE, p. 51).
Historicamente a urbanização inicia-se nos anos de 1851 a 1870 na França, especificamente em Paris, pelo prefeito Barão Georges-Eugène Haussmann que desenvolveu as seguintes ações: legalização da apropriação de imóveis particulares, melhorias sanitárias, avenidas largas, construção de praças, escolas e iluminação, abastecimento de água e transporte público.
Logo, a urbanização esta diretamente associada com ações sanitaristas o que permite entender que os sacerdotes foram decisivos para o processo de urbanização moderna na compreensão de sua importância social.
Sobre as funções sanitaristas dos sacerdotes é certo afirmar:
Eram funções preventivas.
Funções que outorgavam aos sacerdotes o poder de interditar casas caso o imóvel tivesse contaminado ou até mesmo a demolição do imóvel.
E também tinha como função ao perceber a lepra em vestes a de queimá-las.
III – FUNÇÕES JURÍDICAS
1- Proteção da família.
2- Proteção da propriedade privada.
3- Proteção da vida.
Comentário:
A respeito da proteção à família no livro de Levítico serão perceptíveis as seguintes descrições:
Proibição de relações incestuosas (Lv 18.6-9).
Proibição ao abuso sexual (Lv 18.10).
Proibição da homossexualidade (Lv 18.22).
Proibição da exposição das filhas à prostituição (Lv 19.29).
Proibição de sacrifício de crianças (Lv 20.2).
O sexto mandamento transmite as seguintes palavras: Não Matarás (Êx 20.13). Portanto, o sexto mandamento, é claro e objetivo em outorgar o direito à vida às pessoas. O único que determina o início e o fim da vida é Deus.
A vida é um dom de Deus ao ser humano. Quem permite ao homem ser pai de gerações, este alguém é Deus. Portanto, assim, como Ele outorga vida aos seres humanos é Ele que também determina o fim da vida. O sexto mandamento deixa claro dois pontos cruciais: primeiro, a vida e em segundo a morte. Então o sexto mandamento abrange temas como guerra, pena capital, suicídio, aborto e eutanásia.
Os dois últimos merecem atenção por estarem interligados com projetos de lei de determinados políticos que querem alterar a atitude da sociedade concernente ao aborto e a eutanásia.
A vida do indivíduo, na sua origem, tem provocado várias discursões.  No encontro do gameta masculino com o feminino, há a origem de um novo ser. Então não cabe ao pai, nem a mãe e nem a terceiros a decisão do fim da vida de um novo ser que está no interior do corpo de uma mãe.
Sobre a eutanásia, não cabe a ninguém garantir uma boa morte para aqueles que até mesmo estão vegetando. Deus deu origem, então cabe a Ele tirar a vida das pessoas.
Por fim, o sexto mandamento também expressa objetivos no campo religioso, assim como no social, pois o sexto mandamento garante a vida e proporciona a paz entre as pessoas.
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Subsídio da EBD: Os Ministros do Culto Levítico


Os Ministros do Culto Levítico
A presente lição tem como objetivo geral conscientizar de que o chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral. Lembrando que três são os tipos de chamados na Bíblia Sagrada: chamado para ser salvo, chamado para servir e chamado para ser glorificado. O presente estudo corresponde com o tipo de chamado para o serviço, especificamente o serviço sacerdotal.
E como objetivos específicos:
Apresentar a tribo de Levi como a tribo sacerdotal.
Explicar o chamamento e os requisitos do sumo sacerdote.
Identificar os direitos e deveres dos levitas.
Os levitas são descendentes de Levi que se destacaram no episódio do bezerro de ouro ao não se comprometerem na profanação e por levantarem e agirem contra os idólatras (Êx 6.25;32.26;32.28). Porém, com o passar do tempo os levitas se focaram em duas atividades: o sacerdócio que pertencia à família de Arão e os demais levitas que ficaram com a missão de auxiliarem os sacerdotes.
I – LEVI, A TRIBO SACERDOTAL
1- O nascimento de Levi.
2- O zelo dos levitas.
3- A vocação sacerdotal dos levitas.
Comentário:
Levi cujo nome tem como significado, associado, que pode ser definido como unido ou ajuntado. No que se trata do personagem percebe-se que o nome foi outorgado por sua mãe, Lia, que expressou as seguintes palavras: agora, esta vez se ajuntará meu marido comigo, porque três filhos lhe tenho dado (Gn 29.34).
Portanto, o chamado da tribo de Levi está associado com o caráter santo por saber que a adoração pertence unicamente a Deus (Êx 32.26-28). O termo caráter no grego χαρακτήρ significa reprodução ou representação. Corresponde a uma ferramenta para gravação, isto é, uma coisa estampada, cunhada, ou seja, um caráter, uma marca, ou sinal de distinção.
Caráter é a qualidade inerente a um indivíduo e corresponde com o temperamento próprio e a índole de cada pessoa, no caso da lição corresponde com o temperamento próprio da tribo de Levi.
II – O SUMO SACERDOTAL
1- Descendente de Arão.
2- Ungido para o ofício.
3- Vitalício no cargo.
4- Servo de Deus.
Comentário:
No Antigo Testamento o homem deveria aproximar se de Deus através de um sacrifício e manter-se junto de Deus por meio da intercessão. O sacerdote era responsável pelo sacrifico e também pela intercessão. Logo, o sacerdote era o elo entre o homem e Deus. Ao contrário do profeta que era o elo entre Deus e o homem.
A principal função que vem a mente no que se refere ao sacerdote é o sacrifício. Pois, o sacerdote tinha como principal função a de sacrificar, ou seja, oferecer vítimas a Deus. Porém, o sacrifício era incompleto, pois o sacerdote se apresentava constantemente perante Deus com sacrifícios.
No dia dez do sétimo mês, no contexto histórico da nação israelita no Antigo Testamento o sumo sacerdote tinha a oportunidade de entrar no Santo dos Santos para interceder por meio do sacrifício o perdão para com o povo (Êx 30.10, Hb 9.7, Lv 16). Porém, o sumo sacerdote deveria ser descendente de Arão, ungido por Deus, isto é, separado para o uso exclusivo de Deus, e o cargo era vitalício.
III – DIREITOS E DEVERES DOS LEVITAS
1- Viver do altar.
2- Santificar-se ao Senhor.
3- Tornar-se uma referência espiritual e moral.
Comentário:
Os levitas estavam divididos em três grupos: os gersonitas, os coatitas e os meratitas. Asafe foi um dos mais ilustres dos gersonitas que tinham por missão o cuidado com o tabernáculo, ou seja, no serviço e na carga (Nm 3.25,26). Já os coatitas tinha como cargo a arca, a mesa, o candelabro, ou seja, o cuidado com o ministério da tenda da congregação (Nm 3.35). E aos meratitas estava a responsabilidade do ministério da tenda da congregação (Nm 3.30,31).
Segue-se seis atribuições aos levitas.
1- Auxiliares dos sacerdotes. A função dos levitas estava associada à sua herança que era o Senhor (Nm 18.20) e receberiam das demais tribos 48 cidades (Nm 35.1-7) e tinham como direito receberem os dízimos por herança, pelo seu ministério que exerciam na tenda da congregação (Nm 18.21).
Israel é de fato considerado filho da eleição de Deus. Deus escolheu a Israel para que as nações viessem a ser abençoadas pela obra missionária israelita que era uma obra centrípeta, ou seja, as nações iriam a Israel para aprenderem de Deus. E de fato os levitas eram ministros do Senhor nesta grande obra.
2- Superintendentes da construção. Quando Josias (2 Cr 34.8-21) trabalhou no reparo do templo foram de fato os levitas fundamentais nesta grande obra. Jaate e Obadias, levitas, dos filhos de Merari, foram os superintendentes da obra (v. 12). Superintendente corresponde ao encarregado, ao chefe, ao dirigente, ou ao gerente. Portanto, aos levitas estava inserida a missão de administrar a reforma do templo. Ao superintendente cabe disciplina e habilidades. A disciplina o torna mais eficiente e a habilidade lhe dá maior segurança e garante uma execução bem sucedida nas atividades.
3- Instrumentistas. Os levitas eram peritos em instrumentos de música (2 Cr 32.12). Perito genericamente exprime a ideia de um experto, uma pessoa que pelos seus conhecimentos adquiriu determinados aptidões acima do normal relativo a um sujeito, técnica ou conhecimento. De fato o conhecimento veio por meio de dedicação.
4- Porteiros. Outra missão dos levitas era o cuidado com a casa do Senhor como porteiros (1 Cr 9.22,23). O trabalho de um porteiro requer vigilância. Vigiar é estar alerta com os que necessitam de ajuda e com os que de fato podem trazer transtorno ao ambiente. Sendo assim cabia aos levitas proporcionar segurança e proteção.
5- Confecção de especiarias. O cuidado com os elementos utilizados no culto estava sobre o domínio dos levitas. A eles cabia a função de preparar os elementos fundamentais para que não limitasse o culto ao Senhor. Objetos sagrados, assim como a flor da farinha, o vinho, o azeite, o incenso e a especiaria era missão aos levitas (1 Cr 9.29-32).
6- Cantores. Os cantores são de fato os mais citados quando o assunto é sobre os levitas. Porém, descrever sobre os levitas é ir além da música e do cântico. Entretanto, esta era a missão que no período pós-governo de Davi mais ficou conhecido os levitas. O cântico estar inserido a gratidão, a petição e o agradecimento. Assim se expressavam os levitas com os salmos que foram escritos por eles (1 Cr 9.33; Sl 73).
Os levitas tinham como missão o cuidado da obra do Senhor, eram auxiliares dos sacerdotes e desenvolviam com primazia as suas obrigações. Assim, como nós também eles tinham os seus limites, porém dentro deste limite buscavam fazer o melhor para Deus. Como levitas desta geração cabem a Igreja do Senhor Jesus, desenvolver com primazia o chamado valorizando a identidade cristã.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Subsídio da EBD: A Beleza e a Glória do Culto Levítico


A Beleza e a Glória do Culto Levítico

O valor do culto se estabelece mediante a manifestação da glória de Deus, sem a glória divina o culto torna-se inválido. A presente lição tem como objetivo geral conscientizar de que o verdadeiro culto divino não se impõe pelo ritualismo, mas pelo quebrantamento de coração e pela integridade de espírito.
E como objetivos específicos:
Mostrar como era o culto no Antigo Testamento.
Elencar os elementos do culto levítico.
Explicar as finalidades do culto levítico.
O termo culto (grego: προσκυνέω) é definido por ser a ação daqueles que prestam reverência, e homenagem, que rendem honras divinas, ou seja, corresponde à adoração com a ideia de prostração.
I – O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO
1- Definição.
2- Na era patriarcal.
3- No período de Moisés.
4- No tempo de Davi e Salomão.
5- Após o cativeiro babilônico.
Comentário:
Adoração deverá ser unicamente desenvolvida e oferecida à pessoa de Deus, e esta é a verdade que se aprende com alguns dos grandes vultos históricos que se apresentaram nas narrativas do Antigo Testamento.
Com Abel se aprende a oferecer o melhor para Deus (Gn 4.4).
Com Abraão, Isaque e Jacó se aprende a construir altares para adorar a Deus (Gn 12.7, 26.25;35.1-7).
Com Moisés principalmente no final de seu ministério se aprende que a adoração expressa gratidão a Deus por toda benevolência outorgada ao povo de Israel.
Já com Davi, escritor de setenta e três dos cento e cinquenta salmos da Bíblia, se aprende que Deus é o único que deve ser adorado.
Portanto, dois personagens do período pós-cativeiro babilônico podem e devem ser citados e são eles: Neemias e Esdras.
Após 100 anos em Jerusalém, após o cativeiro, o povo não teve condição de erguer os muros da cidade. O único avanço do povo foi à reconstrução do templo e isto por causa dos povos inimigos que estava em redor dos judeus. Sendo assim Neemias copeiro do rei persa (Ne 2.1) sacrificou a sua vida para servir o povo judeu em reconstruir as muralhas e fortificar a cidade de Jerusalém. A perseguição era tão acirrada que os judeus trabalhavam de prontidão para a guerra (Ne 4.17), mas para Neemias uma coisa era certa que o Deus dos céus o faria prosperar (Ne 2.20).
Já a missão de Esdras frente aos judeus foi de conduzi-los a presença do Senhor. As duas funções de Esdras era a de sacerdote e escriba. Tais funções possibilitou a Esdras o conhecimento sadio e benéfico da Palavra do Senhor (Es 7.10). E pelo ensino da Palavra do Senhor (Ne 8.1-12) o povo chorou e consagrou aquele dia ao Senhor, e isto só foi possível pelo ensino da Palavra de Deus.
II – ELEMENTO DO CULTO LEVÍTICO
1- Sacrifício.
2- Cânticos.
3- Exposição da Palavra.
4- Oração.
5- Leitura da Palavra.
6- Bênção.
Comentário:
O desenvolvimento dos cultos na atualidade de fato segue a este padrão: oração, cânticos, Palavra e bênção apostólica.
Porém, no Antigo Testamento a bênção era chamada de sacerdotal. E a respeito da bênção sacerdotal é necessário saber que:
Deus é protetor (Nm 6.24).
Deus é presente (Nm 6.25). A ideia da expressão faça resplandecer o seu rosto sobre ti indica o prazer da presença de Deus, de uma íntima experiência que é semelhante àquela experimentada por Moisés quando ele falou com o Senhor no monte Sinai (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 273).
Deus outorga paz (Nm 6.26).
III – FINALIDADES DO CULTO LEVÍTICO
1- Adorar ao único e Verdadeiro.
2- Reafirmar as alianças antigas.
3- Professar o credo divino.
4- Aguardar o Messias.
Comentário:
Conforme o que está escrito em Êxodo: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da escravidão”, aprendem-se duas cláusulas.
Sendo que a primeira cláusula descreve a pessoa de Deus, Eu sou o Senhor, teu Deus. Cláusula que ratifica a existência de um único Deus, sendo este Senhor, isto é, misericordioso, e sendo este Deus, isto é, o Todo Poderoso.
Já a segunda cláusula fala da ação divina em libertar o povo de Israel da escravidão, que te tirei da terra do Egito, da casa da escravidão.
Portanto, Deus é o único Deus e somente Ele deve ser adorador, logo o líder cristão, assim como todos os oficiais de Deus, deverá tomar cuidar para não deixar de ser adorador e torna-se um profissional religioso. Isto é, realizar mais pela obrigação do que pelo fato de ser adorador.
Pois, o cristão:
Adora a Deus quando prega.
Adora a Deus quando canta.
Adora a Deus quando evangeliza.
Adora a Deus quando visita.
Adora a Deus quando oferta.
Adora a Deus quando ministra ensino.
Portanto, a ação do cristão não poderá torna-se uma obrigação, mas deverá continuar sendo adoração ao Senhor, sendo esta em espírito e em verdade.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.