Deus é Fiel

Deus é Fiel

sábado, 29 de maio de 2021

Subsídio da Lição: O Ministério de Mestre ou Doutor

 O Ministério de Mestre ou Doutor

A presente lição apresenta a seguinte Verdade Prática: Os vocacionados por Deus para o ministério do ensino são por Ele chamados para edificar a Igreja de Cristo. Quão fortes são estas palavras, pois valoriza o ministério do mestre.

No Antigo Testamento os sábios também foram importantes para o fortalecimento da nação israelitas. A estrutura do Antigo Testamento divide em três partes: Lei, Profetas e Escritos. A Lei é a base; os Profetas chamam o povo de vota à Lei; e os Escritos são as respostas do povo à Lei.

O ministério de ensino requer dedicação, disciplina e esforço. Dedicação ao estudo sistemático das Escrituras Sagradas; disciplina no desenrolar a atividade ministerial; e, esforço intelectual no que corresponde à aprendizagem a todos os fatores que o rodeia, como exemplo: conhecimento antropológico, conhecimento teológico, biológico e até filosófico.

Portanto, Retratar a missão do ministério de Mestre é o objetivo geral da presente lição, que também apresenta os seguintes objetivos específicos: Apresentar que Jesus, o mestre da Galileia, é mestre por excelência; Identificar a ordem de Jesus aos seus discípulos para ensinar a igreja do primeiro século; e, Apontar a importância do dom ministerial de ensinador na igreja local.

I – JESUS, O MESTRE POR EXCELÊNCIA

1- O mestre da Galileia.

2- O mestre divino.

3- O mestre da humildade.

Jesus usou como didática: o discurso, o método de perguntas e respostas, debates e parábolas. Mas, em todo tempo o ministério de ensino de Jesus foi firmado nas clarezas das palavras e no modelo exemplar de humildade.

Renovato assim escreve sobre ter Jesus como exemplo de Mestre:

O Mestre dos Mestres deixou-nos grandes exemplos de sua pedagogia.

1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);

2) Conhecia seus alunos (Mt 13.; Lc 15.8-10; Jo 21);

3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);

4) Ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-26; Jo 14.6);

5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes (Parábolas, perguntas, discursos, preleção, leitura, demonstração, etc.) (RENOVATO, 2021, p. 121).

Com o nascimento de Jesus, o Verbo revelava a si mesmo para a humanidade. Além de compreender Jesus como Deus, que se encontra no evangelho de João capítulo primeiro, a narrativa Bíblica outorga como saber que a vida de Jesus é entendida pelos seus ensinos, sendo que estes se dividem em quatro etapas, que são:

1ª Etapa: Ensinando sobre o Reino; os ensinamentos sobre o Reino de Deus através de Jesus podem ser encontrados nas parábolas e nos sermões. (Mt 5 -7; Lc 8. 4-15).

2ª Etapa: Ensinando ou discipulando; Cristo preparou para si discípulos, que deu continuidade a sua obra. Quando Ele escolheu os discípulos, Ele queria ensiná-los para que eles continuassem a obra do Pai em proclamar a mensagem da salvação.

3ª Etapa: Ensinando para enviar; Jesus ensinou a seus discípulos para enviá-los, ou seja, o que Jesus ensinou requeria que fosse ensinado (Mt 28. 19-20; Mc 16.15).

4ª Etapa: Ensinando sobre escatologia; Jesus também falou sobre a doutrina das ultima coisas, (Mt 25).

II – O ENSINO DAS ESCRITURAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SÉCULO

1- Uma ordem de Jesus.                                                

2- A doutrina dos apóstolos.

3- Ensinamento persistente.

O livro de Atos se resume em três partes básicas, sendo que cada uma delas possui uma abrangência histórica com fatos marcantes para com a organização da Igreja.

1- Eventos Pré–Pentecostais. No capítulo um de Atos, notaremos o último discurso de Jesus para com os seus discípulos, a ascensão de Jesus e a escolha de Matias para compor o colégio apostólico, estes fatos marcam a primeira parte do livro de Atos.

2- Eventos Pentecostais. No capítulo dois de Atos, nota se a inauguração da igreja com a descida do Espírito Santo.

3- Eventos Missionários. Período de proclamação do evangelho. A salvação era anunciada pela igreja. Neste período nomes importantes apareceram no cenário histórico da Igreja, por exemplo: Paulo e Barnabé.

[...] Os Atos dos Apóstolos registram a obediência dos primeiros apóstolos e discípulos, no cuidado em cumprir a determinação de Jesus. Após a descida do Espírito Santo (At 2.1-6), o discurso de Pedro foi um verdadeiro ensino de pneumatologia (At 2.14-40) (RENOVATO, 2021, p. 125).

Tendo como base Atos 2.42 compreende os pilares essenciais para compreender a Igreja Primitiva: E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.

1- Doutrina dos apóstolos. Os apóstolos deram continuidade aos ensinamentos de Jesus, com isto a doutrina dos apóstolos trata se do que eles receberam do Senhor. Doutrina fala se de ensino transformativo.

2- Comunhão. O termo no seu original se define como participação e integração. A igreja primitiva vivenciava a necessidade de cada irmão, com isto participavam de suas dores e alegrias e se integravam no propósito de serem um como Jesus e o Pai.

3- No partir do pão. Indica que a igreja se alimentava em conjunto. Podendo descrever o suprir das necessidades de uns para com os outros.

4- Nas Orações. A comunidade cristã do primeiro século não se conformava em viver sem comunhão para com Deus. Sendo que a comunhão com o Senhor se manifestava por intermédio da prática diária da oração.

III – A IMPORTANCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE

1- Uma necessidade urgente da igreja.                     

2- A responsabilidade de um discipulado contínuo.

3- Requisitos necessários ao mestre.

O mestre no dia a dia do labor ministerial torna-se conhecedor de todas as áreas das ciências, sejam elas humanas ou exatas. Isto ocorre por necessidade em atender bem aos membros da igreja que, por conseguinte proporciona o suprimento de todas as necessidades da comunidade cristã.

a) Preparo intelectual. Para a preparação de um bom estudo bíblico no mínimo oito horas serão consumidas. Tais horas serão distribuídas em leituras, consultas e anotações. Para preparar um bom estudo o mestre deverá ter preparo intelectual (Jr 3.15).

b) Preparo espiritual. O mestre não poderá esquecer-se de sua aliança com Deus. Antes de exercer o ministério o mesmo deverá compreender que é servo de Deus e tem um céu de glória que o espera. O cuidado espiritual é visível na vida daqueles que tem comunhão com Deus. Pois, sem comunhão com Deus o ministério de ensino não será marcado pela operação divina. O preparo espiritual está associado à oração, a leitura da Bíblia, ao jejum, em suma, a uma vida de santidade diante de Deus (1 Ts 5.23).

A necessidade do ensino da Palavra de Deus requer pessoas preparadas para ministra-la com sabedoria, graça e unção da parte de Deus. Diante disso, vem o papel dos mestres e doutores. São pessoas que se dedicam ao ensino (cf. Rm 12.7). Eles não se consideram superiores aos demais obreiros, pelo fato de terem recebido o dom de ensinar. Mas, pela dedicação constante ao estudo e à pesquisa bíblica, reúnem informações e subsídios, extraídos das Escrituras, para compartilhar com toda a igreja (RENOVATO, 2021, p. 122).

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 25 de maio de 2021

Quando a prisão é uma realidade: Jesus a porta da Salvação

 

Quando a prisão é uma realidade: Jesus a porta da Salvação

O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele  (Cl 1.15-17)

Conforme o que está escrito em Colossenses 1.4; 2.1 o apóstolo Paulo não tinha conhecimento da cidade de Colossos e nem da igreja que residia nessa cidade. A priori da pregação do evangelho em Colossos teve em Epafras seu principal expoente: “como aprendestes de Epafras, nosso amado conservo, que para vós é um fiel ministrou de Cristo” (Cl 1.7). O grande objetivo da carta corresponde a combater as heresias que tinham se infiltrado na comunidade cristã.

Entretanto, a carta é cristológica e cristocêntrica, pois o objetivo é ensinar a respeito de Jesus Cristo e mostrar que Jesus é o centro. Assim sendo, a carta apresenta a natureza divina e a obra gloriosa de Jesus.

Natureza divina de Jesus

Em Colossenses 1.15-20 Paulo expressa a respeito de Jesus das seguintes formas: a imagem do Deus invisível; o primogênito da criação; a cabeça do corpo da igreja; e, o reconciliador do homem para com Deus.

Vale ressaltar que os versículos citados correspondem a um antigo hino cristão que enaltece a supremacia de Jesus Cristo. No que tange ser Ele o primogênito da criação não quer dizer que Ele foi o primeiro a ser criado, mas corrobora com a escrita de João que diz ser Jesus o centro da criação (Jo 1.3). Jesus é o primogênito da criação, isto é, Jesus é o primeiro a carregar todas as criaturas de Deus, pois o termo proto, do grego, significa aquele que carrega o que nasce. Em palavras mais claras Jesus é o sustentador da terra e de todo o sistema ecológico.

Em ser Jesus a cabeça da igreja, entende-se que Ele é a Autoridade máxima e a Ele compete todo o poder. Autoridade e poder que Ele concede a Igreja, por isso, torna-se necessário clamar ao Senhor que abra a porta da palavra (Cl 4.3).

O homem estava afastado de Deus. Era necessário que a obra prima da criação fosse reconduzida ao Senhor. Fator que proporcionou o anúncio profético, assim como o cumprimento das profecias que indiscriminadamente se cumpriram na pessoa de Jesus.

A sublimidade da obra gloriosa de Jesus

Para o apóstolo Paulo a sublimidade de Jesus é notificada em:

Sua obra gloriosa (1.21-23). Seus ensinos superiores à falsa filosofia (2.8-15). O poderio de Cristo em frente ao ascetismo (2.20-23). E por fim, por descrever a importância da obra de Jesus Cristo na vida cristã (3.1-4.6).

Em suma, na conclusão da carta duas mensagens são direcionadas aos dois auxiliares, sendo que uma é indireta e outra direta. Sobre Epafras escreve Paulo: saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conservais firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus (4.12). Já para com Arquipo escreve: atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para que o cumpras (4.17).

Subsídio da Lição: O Ministério de Pastor

 O Ministério de Pastor

A presente lição é categórica ao afirmar na Verdade Prática que Por meio do ministério pastoral, conduzimos as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus Cristo. Pois, o ministério pastoral tem como ofício conduzir o rebanho do Senhor ao Senhor. Sendo que na condução do rebanho o pastor sofrerá ataques do inimigo. Assim, sendo o pastor tem como missão apascentar o rebanho de Deus. Na narrativa bíblica nota-se que Deus é comparado a um pastor (Sl 23.1) que outorga segurança e sustento ao rebanho.

Dentre os oficias de Deus no contexto sagrado também se percebe no Novo Testamento a presença importante do pastor como elemento essencial para a edificação, união e aperfeiçoamento dos santos, porém nestes últimos dias é necessário que a Igreja de Cristo tenha cuidado com os falsos pastores que são de fato aproveitadores e não ministros do evangelho.

Refletir sobre a missão de um pastor é o objetivo geral da presente aula; que tem os seguintes objetivos específicos: confirmar o papel fundamental de Jesus como o sumo pastor; elencar as características de um verdadeiro pastor; e, conscientizar a respeito da missão do ministério pastoral.

Nos dias atuais, ser pastor não é absolutamente tarefa fácil, para quem deseja exercer o ministério com fidelidade e sacrifício. As oposições externas e internas, muitas vezes, perturbam as atividades do pastor. Dessa forma, o dom ministerial de pastor precisa muito da graça e da unção de Deus para que seus detentores não fracassem espiritual, emocional ou fisicamente. Necessitam muito das orações, da compreensão, do apoio e do amor dos crentes em Jesus. Vamos refletir sobre a função pastoral, com base no que a Palavra de Deus nos revela sobre essa importante missão (RENOVATO, 2021, p. 106).

I – JESUS, O SUMO PASTOR

1- Jesus é o pastor supremo.

2- O pastor conhece as suas ovelhas.

3- O pastor dá a vida pelas ovelhas.

Jesus é o sumo pastor por dois motivos básicos: Ele conhece suas ovelhas e por suas ovelhas Ele deu a Sua própria vida. Logo, Jesus passa a ser o exemplo para todos aqueles que querem desenvolver um ministério aprovado. Com base na vida de Jesus torna-se notável que as lideranças da Igreja não poderão de maneira alguma desistir de alguém, pois tais pessoas são amadas por Deus.

As atividades do ministério pastoral estão divididas em três missões: doutrinária, pastoral e administrativa.

Jesus exerceu com clareza o ministério pastoral no que corresponde a missão doutrinária, pois Ele ensinou, pregou de maneira expositiva e defendeu de forma apologética a Bíblia Sagrada.

A função pastoral também foi desenvolvida com clareza pelo Senhor Jesus, pois Ele evangelizou e aconselhou.

Já a função administrativa na divisão dos recursos é visível no ministério do Senhor Jesus nas duas multiplicações dos pães.

Com base na vida do Senhor Jesus os atuais pastores deverão exercer com sabedoria o chamado no qual foram vocacionados sem omitir a missão: doutrinária, pastoral e administrativa.

II – AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR

1- Um caráter íntegro.

2- Exemplo para os fiéis e os infiéis.

3- Exemplo para a família.

O líder cristão é qualificado à administração da igreja quando for aprovado na liderança da sua própria casa (1 Tm 3.4). Assim como é de responsabilidade dos pais não provocar a ira e nem irritar aos filhos (Ef 6.4; Cl 3.21), cabe ao pastor como líder ser exemplo dos demais no governo e no relacionamento do próprio lar. E como esposo é dever do pastor amar a esposa e não amargurá-la. São muitos os meios em que a esposa é amargurada em sua própria casa, exemplo; quando o cônjuge não a compreende, quando o esposo não a incentiva, quando ela é menosprezada por coisas e dentre outros quando ela não é lembrada. Amar a esposa é doar se por ela, tanto tempo e carinho. É suprir as necessidades físicas, espirituais e financeiras.

Note-se que é prioridade o cuidado com a vida conjugal; o Novo Testamento, não é prevista a tolerância com a bigamia ou a poligamia; a regra é a monogamia, como plano original de Deus para o matrimônio; e o pastor como esposo deve ser exemplo para os demais esposos, na igreja, amando sua esposa e cuidando dela (Ef 5.25) (RENOVATO, 2021, p. 110).

Portanto, o líder do rebanho quando aprovado é definido como pastor competente. Logo, se percebe que o mesmo é bem-sucedido por desenvolver três competências duráveis: o conhecimento, a perspectiva e a atitude.

Conhecimento corresponde a todo acervo de informação que o pastor possui a respeito de sua especialidade, ou seja, o saber.  Já a perspectiva corresponde ao saber fazer, isto é, significa a capacidade de colocar o conhecimento em ação. E a atitude é o saber fazer acontecer.

III – O MINISTÉRIO PASTORAL

1- A missão do pastor.

2- Uma missão polivalente

3- O cuidado contra os falsos pastores.

Deus chama homens para exercerem as mais distintas tarefas em sua obra, sendo que um dos mais nobres dos ofícios ministeriais é o ministério pastoral. No ofício pastoral o ministro de Deus exerce inúmeras funções, como: o ensino da Palavra, a evangelização, o socorro aos necessitados, à liderança e o aconselhamento. Seguem-se algumas das primordiais tarefas desenvolvidas pelo pastor.

1- Aperfeiçoamento dos crentes. Não existe ninguém perfeito. Porém, a missão do pastor é ensinar a Palavra de Deus com finalidade o desenvolvimento do cristão. O ciclo da vida humana passa pelos seguintes estágios: nascimento, crescimento, reprodução, envelhecimento e morte. Entretanto, a vida cristã possui como ciclo: o novo nascimento, o crescimento espiritual e a vida eternal com Cristo. O apóstolo Pedro escreveu em sua segunda epístola “cresçamos na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18), logo quando há instrução os resultados serão demonstrados por crentes edificados na Palavra e aperfeiçoados em Cristo Jesus.

2- Capacitar os crentes. Na missão pastoral de capacitar os cristãos o ministro do evangelho se apresenta como: instrutor e motivador.

a) Como Instrutor. O pastor ensina a Palavra de Deus para que o cristão seja bem-sucedido em todas as áreas da vida. Na área espiritual, o objetivo é que o cristão cresça na presença de Deus. Já na área física, que haja saúde (3 Jo 2). E na área financeira para que haja prosperidade em tudo quanto fizer (Sl 1.3).

b) Como Motivador. De fato o pastor estimula os crentes a alcançar alvos e manter os valores cristãos em harmonia com as atividades sociais. O pastor como motivador reconhece em suas ovelhas o chamado divino. Sendo conhecedor do chamado de Deus para com as ovelhas o pastor como líder espiritual motivará as suas ovelhas a servirem a Deus da melhor maneira possível. Em suma, o pastor como motivador desperta o chamado de Deus na vida dos membros da igreja.

3- Preservar a unidade do corpo de Cristo. A unidade da igreja deverá ser preservada. A igreja é a união de pessoas diferentes que possuem hábitos diversos e são imperfeitas em si mesmas. Por tal realidade entende-se que haverá discórdias, invejas, ciúmes e outras tantas obras da carne. Quando isto ocorre nota-se que a unidade está sofrendo um colapso. Sem unidade do reino não haverá crescimento do reino (Mt 12.25). E para que a unidade do corpo de Cristo seja preservada cabe ao ministro do evangelho exercer com eficácia o ensino autêntico e poderoso da Palavra de Deus.

4- A administração eclesiástica. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. O pastor como administrador estabelece objetivos para a igreja (planeja), direciona os recursos (organiza), motiva ao delegar funções (dirigir) e controla os resultados.

Porém, como administrador o pastor não poderá ser um líder exclusivista e nem mesmo centralizador. Um bom exemplo de líder que reconheceu a importância do auxilio de outros na liderança foi Moisés, isto só ocorreu após o conselho de Jetro que percebeu desordem e ineficiência de Moisés no atendimento aos israelitas (Êx 18.13,14).

Em suma:

Sua missão é múltipla ou polivalente. Um pastor de verdade tem que agir como ensinador, conselheiro, pregador, evangelizador, missionário, profeta, juiz de causas complexas, fazer as vezes de psicólogo, conciliador, administrador eclesiástico dos bens espirituais e de recursos humanos sob seus cuidados, na igreja local; é administrador de bens materiais ou patrimoniais; gestor de finanças e recursos monetários, da igreja local, além de outras tarefas como pai, esposo, e dono de casa como pastor de sua família (RENOVATO, 2021, p. 114).

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

sábado, 22 de maio de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A Impureza da Igreja de Corinto: Repreensões e exortações

A Impureza da Igreja de Corinto: Repreensões e exortações

Conforme a Síntese:

A disciplina no Corpo de Cristo é necessária para a restauração daqueles que cometem pecados. Lembrando que, A disciplina consciente e responsável é necessária por respeito ao Corpo de Cristo e para a salvação de quem comete o ato que escandaliza o sacrifício de Cristo (NEVES, 2021, p. 87).

A presente lição tem como objetivos:

Compreender o significado e a necessidade da disciplina na igreja em Corinto;

Mostrar a disciplina como preservação da santidade da Igreja;

Conscientizar do cuidado com a pessoa depois da disciplina.

I – O SIGNIFICADO E A NECESSIDADE DE DISCIPLINA

Alguns dos termos utilizado para explicar a palavra disciplina nos originais são: paidéi, no grego, e, musar, no hebraico, ambas tem como significado; instrução, disciplina e castigo. De fato em primeiro deve-se entender o que não é disciplina, pois disciplina não é castigo, sendo que o termo castigo, que é usado para explicar a palavra disciplina trata-se de correção, e não de espancamentos. Portanto, sendo assim, a disciplina é o outorgar de limites e é também o estabelecimento de regras. Um exemplo bem claro da disciplina de Deus para com os seres humanos é a graça, pois ela outorga os limites necessários para que o cristão possua uma vida santa.

Entretanto, a disciplina:

[...] deve ser aplicada quando outros meios de persuasão como aconselhamento e orientação pastoral não surtirem efeitos. A disciplina não é um ato de vingança, mas uma atitude terapêutica para cura de um grande mal que esteja afetando a igreja, que Paulo compara a um corpo; portanto, uma atitude de respeito e cuidado com o Corpo de Cristo. A disciplina era necessária para preservar o “Templo de Deus” (3.16,17; 6.19) (NEVES, 2021, p. 89).

No que tange ser a disciplina um tratamento para com a cura espiritual compreende que a mesma não se direciona ao ato de excluir alguém, mas trata-se do ato em proporcionar o indivíduo à compreensão da vontade divina para consigo, conduzindo este a viver exclusivamente para Deus. [...] Paulo aqui pode parecer incoerente com seu ensino de comunhão (1.9), mas sua intenção era de preservação tanto da comunidade quanto da pessoa envolvida no escândalo (NEVES, 2021, p. 87).

II – A DISCIPLINA COMO PRESERVAÇÃO DA SANTIDADE DA IGREJA (5.6-9)

O presente tópico proporciona o olhar do aluno para com dois elementos simbólicos que são importantes para com a compreensão da santidade: o fermento e os pães asmos.

O fermento trata-se de uma porção de massa velha que era introduzida na massa nova. Por apresentar porção de massa velha compreende-se que possuía alto grau de fermentação. Assim sendo, Paulo usa a metáfora para exemplificar que o pecado não tratado alastra-se rapidamente assim como o fermento na preparação do pão. Interessante ressaltar que Paulo não se refere somente ao caso de incesto, mas também ao comportamento dos coríntios orgulhosos e facciosos (NEVES, 2021, p. 92).

Portanto, no que corresponde aos pães asmos entende-se que estes eram produzidos sem a utilização do fermento. Na Antiga Aliança a utilização dos pães asmos na Páscoa corresponde com a necessidade de uma vida santa conduzida com elevada pureza. Logo, O pão sem fermento da Páscoa simboliza a premência na fuga de Israel do Egito. Para Jesus, a premência era a aproximação de sua morte – o pão era seu corpo que logo seria ferido a fim de trazer a grande libertação de Deus (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 97).

III – O CUIDADO COM A PESSOA DEPOIS DA DISCIPLINA

O palmilhar do cristão neste mundo deverá ser marcado em:

Amar o pecador e odiar o pecado.

Ser fator motivacional para com os mais fracos na fé.

Ser exemplo dos fiéis.

Entretanto, compreende-se que o cristão diante dos descrentes deve amar estes e odiar o pecado cometido pelo os mesmos. No contexto congregacional que tange aos mais fracos, o crente firme em Cristo deverá ser força para com os mais fracos. Por fim, no ambiente congregacional o crente ainda deverá se exemplo dos que são dedicados e compromissados com o Senhor.

Em suma, a disciplina é uma forma de confrontar o cristão que pecou com seu pecado e mostrar que, apesar de tudo, a igreja certamente o ama e deseja vê-lo restaurado; por isso, ela não abandonará e continuará discipulando-o (NEVES, 2021, p. 97).

REFERÊNCIAS

GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro, CPAD, 2013.

NEVES, Natalino das. O cuidado de Deus com o corpo de Cristo: Lições da carta do apóstolo Paulo aos coríntios para os nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Quando a prisão é uma realidade: Aprendizagem que vem do alto

 Quando a prisão é uma realidade: Aprendizagem que vem do alto

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.13,14).

A carta em apreço apresenta três pontos essenciais para quem deseja obter a vitória sobre qualquer situação. Logo, todo cristão em sua caminhada deverá ter foco (uma coisa faço), desprendimento (esquecendo-me das coisas que atrás ficam), e determinação (prossigo).

Lembrando que a presente carta enfatiza a respeito da importância do amor entre os cristãos e também a respeito do amor dos membros da comunidade cristã para com os obreiros, assim como enfatiza as medidas comportamentais que a igreja deverá ter para enfrentar as hostilidades do inimigo. 

Aprendizagem que outorga vitória

Ser cristão requer foco, desprendimento e determinação. Ter foco define em ter atitude, ou seja, corresponde em saber para onde está indo, assim como define a compreensão do olhar para o alvo. Já ser desprendido é de maneira categórica desapegar com as coisas ligadas ao passado. E por fim, determinação, não perder o alvo em nenhuma circunstância.

1- Ser conduzido por foco. A mensagem de Cristo outorga aos seus seguidores a não perderem a direção. No que tange ter um foco definido é basicamente entender para onde está sendo conduzido e se deixar ser conduzido. Na tangência do ensino bíblico compreendemos que se trata em se guiado pelo Espírito Santo, sabendo que a direção exata é o céu (Fp 3.14).

2- Ser desprendido do passado. O olhar para o passado limita muitos crentes a viverem o presente. A visão retrógrada despertam as más lembranças, o olhar para com as percas e para com o insucesso; transformando-se em comodismo e em rejeição de possibilidades. Os israelitas tiveram diante de Moisés um olhar retrógado e desejaram o Egito (Êx 16.3).

3- Ser determinado. A determinação impulsiona o cristão a prosseguir em direção ao alvo. Ser determinado é continuar mediante todos os desafios. É prosseguir diante do negativismo social e compreender os planos de Deus para consigo mesmo.

Um dos grandes problemas que inúmeras pessoas têm vivenciado corresponde ao desconhecimento dos planos de Deus para com as próprias vidas. Pois, desconhecer os planos de Deus é não ter foco definido, logo será uma pessoa que não possuiu direção exata.

A gratidão do apóstolo resultou em clamor

1- Motivos da gratidão paulina (Fp 1. 3-11). Paulo se demonstra grato a Deus pela igreja de Filipos pelos seguintes motivos: a igreja era presente na aflição do apóstolo e a igreja era sensível à vontade de Deus.

Posteriormente o apóstolo ratifica a solidariedade dos irmãos em Filipos no outorgar donativos que auxiliasse Paulo em suas aflições: E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente (Fp 4.16).

2- Os pedidos de oração do apóstolo (Fp 1. 9-11). Por tais motivos o apóstolo ora pela igreja de Filipos, e pede em favor dos mesmos: O aumento do amor, Da ciência e do conhecimento, Que a igreja desfrutasse das coisas excelentes e não viesse a ser escândalo. Assim também que os membros da igreja fossem cheios dos frutos da justiça.

Em suma, a oração de Paulo que transcreve o desejo do apóstolo para com a igreja em apreço sintetiza nas seguintes palavras: O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4.19).

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Subsídio da Lição: O Ministério de Evangelista

 Subsídio da Lição: O Ministério de Evangelista

O terceiro dom ministerial citado em Efésio (4.11) é o de evangelista. O evangelista é o obreiro que especialmente tem como vocação a proclamação do Evangelho de Jesus.

O termo evangelista tem como significado o proclamador de boas novas. O vocábulo é encontrado três vezes no Novo Testamento (At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5). A vida do evangelista se baseia em três palavras: um homem (At 21.8), um dom (Ef 4.11) e um trabalho (2 Tm 4.5).

Um homem, por que não pode esquecer que o evangelista é um homem chamado, capacitado e enviado por Deus. Um dom, o dom em ação é a definição de ministério, logo, evangelista é um ser capacitado por Deus para realizar a proclamação das boas novas. E por fim, o evangelista tem como missão um trabalho glorioso que é almejado pelos anjos: o de proclamar o evangelho (1 Pe 1.12).

Portanto a presente lição tem como objetivo geral: Mostrar a singularidade do ministério do Evangelista na vida da Igreja. E como objetivos específicos: abordar a respeito do envio dos setenta; refletir sobre a tarefa inacabada da Grande Comissão; e, indicar o papel d evangelista no Novo Testamento.

I – JESUS ENVIA OS SETENTA (LC 10.1-20)

1- São poucos os que anunciam.

2- Enviados para o meio de lobos.

3- Os sinais e as maravilhas confirmam a palavra.

Por mais de três anos Jesus ensinou doze homens para que os mesmos viessem a proclamar o evangelho. Porém, antes de ensiná-los, Jesus chamou cada um deles pelo próprio nome, e isto, para que os doze se transformassem em pescadores de homens (Mc 1.17). Nota-se que onze dos doze que foram chamados mudaram o curso da história da humanidade. A prova concreta do valor do ministério dos onze apóstolos é a existência da Igreja, pois pelo intermédio destes Jesus outorgou nova direção ao mundo.

O número setenta (70) tem grande importância nos estudos da Escritura Sagrada. De setenta nações Deus escolheu e formou a Israel. Com doze apóstolos Jesus selecionou setenta para irem de dois em dois. Eles foram enviados para o meio de lobos, logo o texto tem como ratificação a perseguição que ocorre no cenário cristão. A perseguição às vezes é externa, porém na maioria dos casos é interna.

E a tendência da perseguição aos servos de Jesus é de acentuar-se cada vez mais. Na maioria dos países do Ocidente, o Diabo tem levantado a perseguição institucional, através de governos, dos legislativos e do Judiciário, mediante a elaboração e aprovação de leis que dificultam e ameaçam a liberdade para a pregação do evangelho (RENOVATO, 2021, p. 96, 97).

II – A GRANDE COMISSÃO (Mt 26.19,20; Mc 16.15-20)

1- O alcance da Grande Comissão.

2- O mundo está dividido em dois grupos.

3- A grande Comissão Hoje.

Há três palavras chaves na citação de Jesus registrada pelo evangelista Mateus, são elas: ir, ensinar e batizar.

Na tradução de língua portuguesa todas as palavras estão no sentido gramatical do imperativo, que tem como significado ordem, porém nos textos originais a primeira palavra (ir) não se encontra no imperativo e sim no gerúndio, em sentido de ação, ou seja, o pregar o evangelho não é uma ordem é um dever de todos que aceitam a Cristo como Salvador.

Portanto, na Grande Comissão algo a mais é apresentado, a importância do fazer discípulos.

Lembrando que [...] Os discípulos entenderam que a Grande Comissão é questão de vida ou de morte.  Escolha é de cada um. A responsabilidade é individual. Mas a missão de pregar o evangelho é coletivo. É da Igreja. Os evangelistas têm um papel de vanguarda. Mas a ninguém é dado o direito de escusar-se de ser testemunha de Jesus (RENOVATO, 2021, p. 99).

O mundo se encontra dividido em dois grandes grupos: os que creem em Jesus e os que não creem.

Como evangelizar? Onde evangelizar? Quando evangelizar?

A evangelização deverá ser realizada por meio de folhetos, de pergunta com respostas, de literatura, de cartas, da mídia...

Já onde evangelizar? A resposta abrange: casas, escolas, praças, prisões, hospitais...

E a última tem com resposta, em todo o tempo. Em tempos difíceis o evangelho deverá ser anunciado e também em tempo oportuno.

III – O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA

1- O termo de evangelista.

2- O papel do evangelista.

3- A finalidade do ministério do evangelista.

Diante do ministério eclesiástico o evangelista possui três obrigações básicas: honrar o bom nome da igreja de Jesus, crer e ser fiel a Cristo.

Isto porque O papel do evangelista envolve a demonstração do poder de Deus na mensagem. O evangelista Felipe foi a Samaria e fez um trabalho digno de ter seu registro no Novo Testamento (At 8.5-8) (RENOVATO, 2021, p. 96, 97).

Qualificações morais do evangelista. Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao ministério do evangelista (1 Tm 3.2-7).

a) Homem irrepreensível (v.2): que ninguém o reprenda por falhas ou erros cometidos.

b) Marido de uma só mulher (v. 2): tal qualificação não corresponde à afirmação da monogamia, mas se trata da importância do evangelista ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma só mulher indica que o evangelista deverá ser sempre fiel a sua esposa.

c) Não dado a muito vinho (v.3): o evangelista não poderá ser inclinado ao vinho.

d) Ser bom chefe de família (v.4): dirigir bem a família.

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Quando a prisão é uma realidade: Carta a Filemon

 Quando a prisão é uma realidade: Carta a Filemon

Graças dou ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações, ouvindo o teu amor e a fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo e para com todos os santos; para que a comunicação da tua fé seja eficaz, no conhecimento de todo o bem que em vós há, por Cristo Jesus. Tive grande gozo e consolação do teu amor, porque por ti, ó irmão, o coração dos santos foi reanimado (Fl 4-7).

A presente carta apresenta cinco valores essenciais e desassociáveis a vida cristã: o valor pessoal, ao descrever o caráter de Filemon; o valor providencial, separado de ti por algum tempo, para que o retivesses para sempre (v.15); valor prático, não há causa perdida para Deus; valor social, a mensagem de Jesus vence a escravidão; e, valor espiritual, ao apresentar símbolos referentes à salvação, por exemplo: arrependimento, reconciliação, amor e perdão.

Sendo assim, o propósito da carta se encontra no pedido de Paulo a Filemom em receber a Onésimo, escravo fugitivo, e se caso alguma coisa estivesse em débito o apóstolo se põe em lugar de Onésimo como devedor (vv.10,18). Logo, a carta pode ser descrita como as boas novas para senhores e escravos.

Valor pessoal, o caráter de Filemon

Filemon, cujo nome significa aquele que ama, é pelo próprio Paulo chamado de amado (v.1). Sendo que na presente Epístola o cooperador Filemon é destacável pelas seguintes características do caráter: homem que ama o bem (v. 5) e pela fé (v. 5). Sendo que o bom testemunho de Filemon era notificado pela comunidade cristã, assim como ele foi benevolente para com o apóstolo Paulo (v. 7).

Portanto, os versículos 4 a 7 outorgam como premissas a importância referente a não perder a oportunidade para elogiar as pessoas, pois nestes versículos Paulo enaltece o relacionamento de Filemon com Deus e com os irmãos (v. 4,5); destaca a fé de Filemon (v. 6); e, engradece os efeitos do amor de Filemon (v. 7).

Valor Providencial, retorno perpétuo

Conforme o versículo 15 houve uma separação, porém o retorno é perpétuo. Onésimo fugiu, assim como possivelmente tenha furtado bens de seu senhor (v. 18), mas Paulo pede para Filemon receber a Onésimo como útil. Para Filemon o regresso de Onésimo parecia impossível, porém:

[...] Quando as coisas parecem fora de controle e as rédeas saem das nossas mãos, descobrimos que elas continuam rigorosamente sob o controle divino. Aquilo que nos parecia perda é ganho. Deus reverte situações humanamente impossíveis. Ele transforma vales em mananciais (LOPES, 2009,140).

Valor prático, Deus é Deus de restituição

O Evangelho transforma. Onésimo cujo nome tem como significado útil, tornou-se na prática um escravo inútil, mas como a transformação é possível mediante o Evangelho, Onésimo de inútil voltar a ser útil (v. 11).

A respeito da conversão de Onésimo o apóstolo Paulo relata que o mesmo foi gerado em prisões (v. 10). Fato que ensina, o cristão deverá pregar o evangelho em todo o tempo.

Valor social, a mensagem da cruz outorga vitória

Onésimo de escravo fugitivo de Filemon transformou-se em servo do Deus altíssimo. As ações transformadoras do evangelho vão além das questões espirituais. Pois, o valor prático da pregação do evangelho permite que alterações sociais sejam concretizadas, por exemplo: o fim da escravidão.

Segundo relatos de historiadores era normal perceber nos cultos dirigidos pelos cristãos a presença de senhores e de seus escravos, isto porque a conversão a Cristo uniu na mesma família da fé e na mesma igreja senhores e servos. Amo e escravos foram unidos no Espírito de Cristo e nessa união foram extintas todas as distinções sociais (LOPES, 2009,141).

Verdade corroborada em Gálatas 3.28: Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.

Valor espiritual, amor e os elos da salvação

O valor espiritual pode ser perceptível nas seguintes palavras: arrependimento, reconciliação, amor e perdão.

O retorno de Onésimo descreve o arrependimento, assim como a reconciliação com Onésimo, enquanto a aceitação de Onésimo por Filemon descreve o amor em aceitar e o ato de perdoar os que o tem ferido.

Contudo, embora Paulo esteja pronto a pagar a dívida encoraja Filemom a perdoar. O perdão é a marca de um verdadeiro cristão. Perdoar é cancelar a dívida, é não cobrá-la mais. É deixar a outra pessoa livre e ficar livre (LOPES, 2009,158).

Por fim, nas saudações finais o apóstolo Paulo ensina aos líderes da época moderna a valorizar as pessoas que se colocaram a disposição na missão em pregar o evangelho (vv.23,24).

Referência

LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom: doutrina e vida, um binômio inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.