Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Subsídio da EBD: Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada


Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada
A presente lição tratará como ponto central o amor divino como mensagem essencial da parábola da ovelha e da dracma perdida, e tem como verdade prática a seguinte descrição:
Jesus é o Bom Pastor que deu a vida para resgatar suas ovelhas, as quais estavam desgarradas e distantes de Deus.
E tem como objetivo geral:
Despertar na classe o desejo de alcançar os que se afastaram da presença de Deus.
Lucas no capítulo 15 apresenta três parábolas que possuem o mesmo objetivo: buscar quem se perdeu e a espera de Deus em receber o pecador de volta (GABY & GABY, 2018, p. 65).
I – INTERPRETANDO AS PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS
O primeiro tópico tem como objetivo específico: interpretar as parábolas da ovelha e da dracma perdidas.
Com quatro versículos o Senhor Jesus conta a parábola da ovelha perdida que possui como destaques: o pastor de cem ovelhas que perdeu uma, a atitude do pastor em buscar a ovelha perdida, a ação em conduzir a ovelha encontrada e o júbilo do pastor por encontrar a ovelha.
O pastor de cem ovelhas que perdeu uma. Aplicando ao ministério pastoral percebe-se que o pastor tem como ações: ganhar os perdidos e manter os que já foram ganhos para Cristo. Para ganhar os perdidos o pastor utiliza a evangelização, já para não perder, o pastor exerce o ministério de ensino, pois por meio da educação cristã os crentes são edificados e fortalecidos no Senhor.
A atitude do pastor em buscar a ovelha perdida. O deixar as noventa e nove ovelhas no deserto não corresponde a abandoná-las, ou deixá-las sem segurança, pois caso assim fosse a perca seria maior, porém o que o texto salienta corresponde basicamente com a dedicação do pastor em buscar a que se perdeu, descrição que revela a importância do amor cristão para com o próximo.
Jesus morreu na cruz pelo resgate de suas ovelhas, tudo fazendo para que nenhuma delas se perdesse, estando disposto a deixar as noventa e nove ovelhas descansando no aprisco com segurança, para ir atrás daquela que se afastou do rebanho. Na Bíblia Sagrada vemos claramente o amor de Deus pelas ovelhas, desgarradas de seu aprisco (GABY & GABY, 2018, p. 67).
A ação em conduzir a ovelha encontrada. A ovelha estava machucada? Não tem como definir, porém a altitude do pastor em por sobre os ombros descreve a alegria pelo o encontro da ovelha perdida.
O júbilo pelo encontro da ovelha. O pastor não festejou sozinho, convidou os amigos para juntamente festejarem.
Já referente a dracma perdida dois versículos descrevem as seguintes verdades: a mulher perdeu a dracma dentro de casa e a mulher buscou a dracma com diligência.
A lição da parábola da dracma perdida é clara ao demonstrar o amor que devemos ter em relação aos perdidos. Em Lc 19.10 a Bíblia diz: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (GABY & GABY, 2018, p. 68).
II – PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU
Já o segundo tópico tem como objetivo específico: concitar a classe a comprometer-se em buscar aqueles que se desgarraram, enfatizando que a vontade divina é que todos se salvem e ratifica as características das ações de Jesus como o bom Pastor.
Conforme o Salmo 23 aprende-se a respeito do cuidado especial de Deus para com todos aqueles que se aproximam dEle. Sendo que a ação graciosa de Deus é manifestada por meio do nome Senhor, nome que corresponde ao amor divino e a misericórdia.
Davi tinha conhecimento da ação do pastor para com o cuidado das ovelhas, por isso, o mesmo associa o cuidado de Deus para com Israel, pois o Senhor é o pastor da nação eleita e cuida com zelo daqueles que por Ele foram chamados e eleitos.
Portanto, o Bom Pastor é o Senhor Jesus. O evangelista João (cap.10) registra em um dos momentos do ministério público de Jesus, onde o Messias é chamado de Bom Pastor e como Bom Pastor o Senhor Jesus daria a sua vida pelas ovelhas (Jo 10.11).
Porém, antes de se apresentar como Bom Pastor, o Senhor Jesus se apresentou como a porta. A primeira descrição de Jesus (porta) refere à entrada e saída, o que corresponde também em ser Jesus a segurança das ovelhas. Nos currais os pastores de ovelhas passavam a noite na porta do curral, lembrando que só existia uma porta, sendo que pela mesma as ovelhas entravam e saiam, e os lobos para atacarem as ovelhas teriam que passar pela porta, porém os mesmos eram impedidos porque ali estaria o pastor das ovelhas.
Portanto, pelo amor existente para com suas ovelhas, Deus outorga bênçãos inefáveis, como por exemplo: a vida, a longevidade, riquezas e honra.
A vida. Deus é quem dá e tira a vida. Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão (Dt 32.39).
Longevidade. Umas das promessas de Deus para com aqueles que são tementes e humildes é a longevidade, isto é, a promessa de dias com maior espaço de tempo. E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel (Sl 128.6).
Riquezas. O Espírito Santo outorga habilidades para o ser humano desenvolver atividades necessárias para que por meio destas conquistem o suprimento necessário para a manutenção da sua própria vida. Belzalel e Aoliabe foram por Deus agraciados com sabedoria para trabalharem com ouro, prata, cobre e também foram habilitados para bordar em pano, fazendo invenções (Êx 35.30-35).
Honra. O reconhecimento é uma atitude requerida por todos e que seja proveniente da parte dos outros. Para os que temem ao Senhor e são humildes, Deus outorga honra e proporciona honra da parte dos outros.
III – HÁ ALEGRIA NO CÉU QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE
Por fim, o terceiro tópico tem como objetivo específico: demonstrar biblicamente que há alegria no céu por um pecador que se arrepende e o mesmo devemos sentir quando pessoas retornam à presença de Cristo.
O arrependimento poderá se manifestar de duas maneiras: negativamente e positivamente. O arrependimento quando negativo é descrito no reconhecimento do pecado, porém a pessoa não volta para Deus, enquanto o arrependimento positivo se manifesta quando a pessoa reconhece que pecou e volta para Deus.
Arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).
O arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, p. 235).
O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias no interior do cristão.
Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.467).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Subsídio da EBD: Perseverando na Fé


Perseverando na Fé
A presente lição tratará da perseverança na fé, e tem como verdade prática a seguinte descrição:
Quanto mais perseverarmos na fé, melhor entenderemos a vontade de Deus.
E tem como objetivo geral:
Estimular a perseverança na fé.
Perseverança na fé é uma das exortações bíblicas mais urgentes nos dias de hoje. A perseverança na oração também é algo de suma importância para o discípulo de Cristo. A oração é a comunicação vital dos discípulos com o Pai soberano nos tempos perigosos até o estabelecimento final do Reino de Deus (GABY & GABY, 2018, p. 54).
Portanto, perseverança é definida como virtude que permite ao indivíduo a permanência naquilo que acredita ou naquilo que espera.
I – INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO
O primeiro tópico tem como objetivo específico: interpretar a parábola do juiz iníquo. Logo, se percebe que a parábola possui dois personagens específicos: o juiz e a viúva.
Cada um destes personagens tem características específicas e simbólicas, pois o juiz na parábola faz um contraste à pessoa de Deus, enquanto a viúva corresponde diretamente com todos aqueles que necessitam da justiça divina.
O versículo que introduz a parábola assim está escrito:
E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer (Lc 18.1).
Para muitos esta parábola deveria ter o seguinte título: A viúva persistente.
Retornando aos personagens da parábola se aprende que o juiz mesmo sendo iníquo e também por não temer a Deus tinha como preocupação a sua reputação, fator que o motivou a agir em prol da petição da viúva. [...] Esse juiz não temia a Deus. Por essa razão, era provavelmente um juiz secular, e não religioso. O magistrado desonesto representava o poder corrompido (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, 2013, p. 195).
Já a viúva mesmo em suas limitações não deixou de clamar por justiça o que lhe garantiria o prevalecer sobre o adversário.  A mulher na parábola é uma viúva dependente do auxílio da sociedade [...].
Faze-me justiça. Talvez a mulher estivesse apelando para que se resolvesse algum problema financeiro (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, 2013, p. 195).
II – A BONDADE DE UM DEUS JUSTO
Destacar a bondade de um Deus justo é o objetivo específico do presente tópico.
Os atributos de Deus revelam a pessoa dEle para os seres humanos. Os atributos de Deus de forma didática são divididos em dois grupos: atributos naturais e atributos morais.
Atributos naturais. Cinco merecem total atenção, são eles: a eternidade de Deus, a imutabilidade de Deus, a onisciência de Deus, a onipotência de Deus e a onipresença de Deus.
O atributo que ensina que Deus não é limitado pelo tempo é o que afirma que Deus é eterno (Sl 90.2). Já a imutabilidade de Deus indica que Deus não muda (Ml 3.6). Onisciência indica que Deus não é limitado pelo aspecto intelectual, porque Ele sabe todas as coisas (Hb 4.13). Onipotência é o atributo que afirma que Deus não é limitado em poder, porque Ele é o Todo-Poderoso. A onipotência de Deus torna-se nítida e se manifesta em quatro domínios: o domínio da natureza (Gn 1.1-3), o domínio da experiência humana (Êx 7.1-5), o domínio celestial (Hb 1.13,14) e o domínio sobre os espíritos malignos (Jó 2.6; Tg 4.7). Já a onipresença é o atributo que indica não ser Deus limitado pelo espaço.
Atributos morais. Santidade e o Amor se definem como atributos morais de Deus, pois são atributos que expressam a majestade da natureza divina.
Deus é santo, e assim como Ele é, cabe a cada cristão o dever de se santificar (Jo 17.17; 1Pe 1.16).
Deus é amor (1 Jo 4.8). O amor como atributo expressa a natureza de Deus. Cinco são os aspectos do atributo do amor de Deus: complacência, compaixão, afeição, benevolência e misericórdia.
O aspecto do amor da complacência ensina que Deus concorda com a oração dos fiéis e usa de benevolência para com os teus (Mt 17.5). O amor da compaixão ensina que a ação de Deus está associada com a aflição dos que por Ele são amados (Êx 3.9). O amor da afeição ensina sobre o aspecto da relação íntima entre Deus e o seu povo (Jo 17.23). Já o aspecto da benevolência se define na ação divina em outorgar e usar de bondade (Lc 6.35). Por fim, o quinto aspecto do amor divino é a misericórdia. Do substantivo hesed (transliteração do hebraico), corresponde com a benignidade, o amor firme, a graça, e com a palavra misericórdia, fidelidade, bondade e devoção. Já o substantivo – eleos – presume necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a necessidade daquele que a mostra. Deus age com misericórdia. As misericórdias do Senhor proporcionam ao cristão a possibilidade de sonhar e de lutar para que o melhor de Deus se concretize.
III – A PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS
O último tópico tem como objetivo específico: ressaltar a postura da viúva a respeito da oração, da perseverança e da fé.
A palavra perseverança poder ser definida por resistência e constância. Logo, perseverança é a resistência paciente mantida até mesmo em momentos em que situações adversas são reais. Pode ser definida com o manter firme no foco a qual foi vocacionado. Vocação para salvação e não para a perdição.
Perseverança define o indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.
Deus não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES, p.528).
Assim como a perseverança, a paciência deverá ser uma das virtudes que caracteriza o cristão em meio às tribulações da vida, pois em Cristo deverá ser lançada toda ansiedade, pois Ele tem cuidado da sua Igreja (1 Pe 5.7).
Portanto, a perseverança bíblica apresenta a necessidade da ação humana no que corresponde cultivar uma vida de oração, no manter o coração e a mente sob o escudo da fé, no desenvolver uma dependência de Deus em todas as situações e principalmente no cultivar a esperança que manterá os olhos em Cristo (POMMERENING, p. 129).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
RICHARDS, Lawence O. O Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Subsídio da EBD: O Crescimento do Reino de Deus


O Crescimento do Reino de Deus
A verdade prática transmite a seguinte descrição: o Reino de Deus cresce e continuará crescendo até a consumação dos séculos. Logo, a presente lição tem como objetivo geral: evidenciar que o propósito de muitas parábolas é revelar o Reino de Deus.
Portanto, quando se ler sobre o Reino de Deus é necessário compreender que:
O Reino de Deus é um dom presente. Pois, o Reino de Deus não se limita ao domínio dinâmico de Deus, mas é utilizado para designar e abranger a dádiva da vida e da salvação pelo intermédio do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O Reino possui o Rei presente. Deus é o Senhor do Reino, logo, Deus é quem busca, Deus é quem convida, Deus é paternal e Deus é quem julga.
Em terceiro o Reino não é a Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino e dá testemunho do Reino, pois a Igreja é a agência do Reino e é a guardadora do Reino.
O Reino de Deus é eterno e pertence somente a Ele. O Senhor está no controle de todas as coisas. Os decretos de Deus deixa esta verdade notável, quando se aprende que os decretos de Deus são eternos, são para a sua glória e são imutáveis. E os decretos de Deus se manifestam na criação, na providência divina, na restauração espiritual e na consumação de todas as coisas.
I – INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O REINO DE DEUS
O primeiro tópico tem como objetivo específico: interpretar as parábolas acerca do Reino de Deus. Sendo que na leitura Bíblica em classe os três evangelistas sinópticos são utilizados na escrita, porém percebe-se na leitura do Evangelho de Mateus a presença da parábola do Reino dos céus ser semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado (Mt 13.33), entretanto o que compreende é que o Reino de Deus: se apresenta em dinamismo, mesmo que seja desprezável aos olhos dos homens.
O arbusto surge de uma semente insignificante, conforme a parábola, logo da mesma forma o Reino de Deus.
Aos olhos humanos, tanto Jesus como os seus seguidores não passavam de um pequeno movimento, sem força e sem expressão. Entretanto, com o tempo, a semente plantada cresceu. “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas” (At 2.41). Nesta ocasião, 3000 pessoas foram batizadas. Em At 4.4 aproximadamente 5000 homens se renderam a Cristo: “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil”.
Em Atos 5.14, a Bíblia informa que “a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais”. (GABY & GABY, 2018, p. 45).
A Igreja como agência do Reino não deixa de crescer e também não se limita por impedimentos físicos ou espirituais, mas em contrapartida quando mais a Igreja é desafiada, perseguida e humilhada, mais ela cresce.
Verdade percebida no primeiro século, pois tentaram acabar com a igreja através das perseguições com a mais vasta crueldade humana, mas em um determinado dia os oponentes tiveram que aceitar a seguinte verdade, quanto mais o sangue dos cristãos era derramado mais crescia o número dos que se entregavam a Jesus, o aceitando como único Salvador.
É interessante notar o estado do cristianismo no fim do primeiro século, cerca de setenta anos depois da ascensão de Cristo. Por essa época havia famílias que durante três gerações vinham seguindo a Cristo.
No início do segundo século, os cristãos já estavam radicados em todas as nações e em quase todas as cidades [...] e alguns creem que se estendia até a Espanha e Inglaterra, no Ocidente. O número de membros da comunidade cristã subia a muitos milhões (HURLBUT, 2001, p. 41,42).
Portanto, o crescimento do Reino revela o dinamismo operante de Deus. Pois, a obra se iniciou com a preparação de doze homens, um se perdeu, mas os demais deram prosseguimento à mensagem transformadora, logo de uma semente pequena uma árvore se desenvolveu.
II – A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
Demonstrar a singeleza do início do crescimento do Reino de Deus é o objetivo específico do presente tópico.
 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra (At 1.8).
O presente versículo didaticamente se divide em duas partes: recebereis a virtude do Espírito Santo e, ser-me-eis testemunhas. Primeiramente os apóstolos receberiam o poder necessário para executarem a tarefa. E em segundo, os apóstolos seriam testemunhas até os confins da terra, ou seja, fica nítida a ordem de Jesus para que o evangelho fosse pregado.
Deus capacitou seus discípulos para serem testemunhas fiéis e fervorosas, ainda que enfrentando a mais veemente oposição. Essa mesma virtude para testemunhar é acessível a nós hoje. Nossa tarefa não é convencer pessoas, mas testemunhar a verdade do evangelho (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, 2013, p. 290).
Portanto, a existência da igreja está diretamente associada com a sua missão, pregar o evangelho a toda criatura. Mas, a missão da igreja é abrangente, isto é, fazer discípulos. A igreja é um organismo vivo, fato que explica o motivo de seu forte crescimento, e para que haja crescimento cada crente tem que testemunhar de Jesus Cristo.
Se não evangeliza, deixa de ser um organismo divino para apequenar-se numa organização humana falida e já em vias de apagar-se (ANDRADE, 2016, p 29).
III – QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS?
O presente tópico tem como objetivo específico: narrar o perfil dos participantes do Reino de Deus.
Os participantes do Reino de Deus são discípulos de Deus. O termo discípulo (grego, μαθητης) tem como significado: discípulo, um estudante; e, discípulo, um seguidor de um mestre. Porém, após a morte de Jesus o termo discípulos passou a ter como descrição, seguidor de Jesus Cristo, isto é, o discípulo é um cristão autêntico.
Por fim, o discípulo como participante do Reino de Deus é aquele que tomou uma decisão: a de seguir a Jesus. Ou seja, é aquele que tem uma relação pessoal com Jesus com uma caminhada dinâmica.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. O desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Subsídio da EBD: Para ouvir e anunciar a Palavra de Deus


Para ouvir e anunciar a Palavra de Deus
A maneira como a Palavra do Senhor é recebida pelas pessoas se difere no que corresponde ao tipo de solo, pois o que semeia distribui o ensinamento e instruções da Bíblia Sagrada. Para alguns teólogos as palavras, logos e rhema, se diferem no que corresponde o que está escrito e no que corresponde a ação da Palavra.
A presente lição tem como objetivo geral: destacar a parábola do semeador como uma conclamação a que anunciemos o Evangelho.
A segunda lição tem como texto áureo: Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro, sessenta, e outro, trinta (Mt 13.23).
Este solo representa as pessoas que “ouvem a Palavra e a entendem, frutificando abundantemente” (GABY & GABY, p. 36).
I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO SEMEADOR
O primeiro tópico tem como objetivo específico: esclarecer o significado da parábola do semeador. Porém, a parábola se destaca por ter três elementos principais: o semeador, a semente e o solo.
O semeador corresponde com a pessoa que atua no processo direto da propagação da espécie vegetal a ser cultivada. No contexto da passagem Bíblica se define que o semeador é Jesus e todos aqueles que se entregam com a proclamação da Palavra de Deus.
Já a semente corresponde com a Palavra de Deus a ser semeada, isto é, a ser pregada. Portanto, o retorno não depende daquele que a cultiva, mas sim daquele que a recebe, logo é de responsabilidade dos que semeiam semear a Palavra. [...] Jesus então ressalta que tudo o que o agricultor faz é confiar, sabendo que a semente germinará, crescerá, amadurecerá e, por fim, chegará o momento certo da colheita (GABY apud CONEGERO, 2018, p. 34).
Partindo para a compreensão do solo é necessário observar a seguinte descrição de Fillion:
Esta parábola propõe o seguinte problema: a semente era a mesma. De onde vem, então, a diferença dos frutos produzidos? A resposta não é difícil. A diferença provém das boas ou más condições do terreno no qual o grão caiu da mão do semeador, que fez o melhor possível (2016, p. 140).
Os tipos de solo são:
Solo duro e compactado, isto é, o solo que se refere com as sementes que caíram junto ao caminho.
Solo raso corresponde com o tipo de solo em que as sementes caíram sobre os pedregais.
Solo infrutífero corresponde com o tipo de solo em que as sementes caíram entre espinhos.
Solo fértil corresponde com o tipo de solo em que as sementes caíram em boa terra. [...] Elas tinham profundidade, espaço e umidade para crescer, multiplicar e produzir uma boa colheita (GABY & GABY, 2018, p. 35,36).
II – A IMPORTÂNCIA DE OUVIR O EVANGELHO
O presente tópico tem como objetivo específico: evidenciar a importância de obedecer o Evangelho. Evangelho são boas novas, portanto as boas novas proporcionam:
Ø     Aos que aceitaram a Jesus o acreditar na ação da Palavra e no agir de Deus em fazer algo novo.
Ø     Santificação aos vocacionados à salvação, pois as boas novas proporciona libertação aos cativos e santidade aos libertos. A libertação aos cativos também pode ser definida como santificação pretérita, isto é, a ação do indivíduo em aceitar a Cristo por meio da ação de Jesus no Calvário.
Entretanto, obedecer é a resposta coerente ao ensino da Palavra pregada ou ensinada.
III – O CHAMADO PARA ANUNCIAR O EVANGELHO
O terceiro e último tópico tem como objetivo específico: ressaltar a obrigatoriedade de se anunciar o Evangelho.
A Igreja deve desenvolver três ações que são nítidas na Grande Comissão:
Ø     A evangelização,
Ø     O discipulado
Ø   E o batismo.
A Grande Comissão trata-se da ordenança do Senhor Jesus para com a Igreja, para que esta viesse a pregar o Evangelho, ensinar os novos convertidos, fazendo destes discípulos, e por fim, batizar em no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A Grande Comissão fornece a força motriz das missões cristãs. Ela também nos lembra de uma realidade vital, Cristo tinha todo o poder (RICHARDS, p. 97).
Logo, a Grande Comissão é o mandamento exclusivo à Igreja, mandamento nítido no texto original, fazei discípulos, termo que aparece no imperativo, isto é, uma ordem.
Referência:
FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus: Jesus confirma e instrui seus auxiliares e entre a terceira Páscoa e a Festa da Dedicação – Volume 3. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2016.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Subsídio da EBD: Parábola: Uma lição para a vida


Parábola: Uma lição para a vida
Mais um trimestre para honra e glória de Deus, e também para a edificação da Igreja do Senhor Jesus Cristo, sendo que as Lições Bíblicas deste trimestre terão como tema central: As Parábolas de Jesus, as verdades e princípios divinos para uma vida abundante.
A primeira lição tem como texto áureo: E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos (Mc 4.34).
Logo, parábolas era uma ferramenta básica usada por Jesus em Seus ensinamentos (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 103).
I – O QUE É PARÁBOLA
O primeiro tópico tem como objetivo específico: distinguir a parábola de outras figuras de linguagem. Portanto, parábola é um símile, uma história, ou objeto ou uma metáfora colocada ao lado de uma verdade espiritual para esclarecer seu significado ou importância.
Portanto, é importante explorar como os ouvintes originais teriam compreendido a metáfora se quisermos entender exatamente o significado da parábola (RICHARDS, p.50).
Pode-se concluir que as parábolas de Jesus:
Relaciona-se com o cotidiano das pessoas.
Tinha como objetivo transmitir uma mensagem que não deixasse dúvida por parte de quem a recebia.
Porém, tendo como base Mateus 13.10-15, percebe-se que: O objetivo dessa parábola era, ao mesmo tempo, revelar a verdade (M t 13.11) e ocultá-la (Mt 13.13). O fato de Jesus ocultar a verdade serviu como juízo para os incrédulos, como aconteceu durante o ministério de Isaías (Is 6.9,10). (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 43).
II – CONTEXTO SOCIAL E LITERÁRIO
O segundo tópico tem como objetivo específico: esclarecer o contexto histórico em que as parábolas foram proferidas.
Alguns pontos são essenciais para compreender a mensagem das parábolas do Novo Testamento: o domínio político da época, a sociedade judaica, o silêncio divino e o Reino de Deus.
O domínio político da época estava sobre a hegemonia romana.
A sociedade judaica da época esperava o Messias, por isso, os indivíduos se agrupavam em pelo menos uma das seguintes ramificações religiosa: a dos fariseus, dos saduceus, dos essênios ou a dos zelotes.
Sobre o silêncio de Deus, assim comenta Silva:
Houve um silêncio profético. Nenhum livro considerado inspirado por Deus foi escrito neste período. Ao escriba e sacerdote Esdras coube à responsabilidade de revisar e editar as Sagradas Escrituras, depois que voltou do cativeiro, segundo os mais sábios dos judeus “se a Lei não tivesse sido dada por Moisés, Esdras mereceria a honra de ser o legislador dos hebreus”. Portanto, Esdras era um escriba versado na lei (Ed 7.6).
No silêncio Deus fala sem palavras e a palavra fala em silêncio. O silêncio de Deus em não levantar profetas e nem inspirar os homens a escrever obras canônicas não quer dizer que Deus estava distante dos judeus, pois no silêncio de Deus manifesta em nós o maior milagre. O milagre que ocorre no período interbíblico para com os judeus é a dedicação sincera deste povo ao Senhor, exemplo claro desta conversão é a origem da festa da dedicação. A festa da Dedicação era anual e iniciava no dia 25 de dezembro e duravam oito dias, era comemorada a dedicação da purificação do templo, que tinha sido profanado por Antíoco Epifanes, que também forçou a helenização dos judeus com a proibição do culto judaico, a observação do sábado, questões alimentares e a circuncisão foi proibida. Antíoco pretendia instalar a estátua de Zeus no templo em Jerusalém. E o pior de tudo foi quando Antíoco predispôs a sacrificar um porco sobre o altar, três anos após tal profanação iniciou-se a festa da dedicação.
A festa da dedicação encontra-se nos relatos do Novo Testamento. Em João 10.22 a festa da dedicação é o acontecimento do capítulo. O assunto do capítulo é Jesus e a sua morte. Enquanto que o nome de Jesus é o Bom Pastor. “Logo, só com a morte de Jesus é possível ter a nossa vida dedicada ao Senhor” (SILVA, Ano 9, p. 45).
Por fim, sobre o Reino de Deus é necessário compreender que:
O Reino de Deus é um dom presente. O Reino possui o Rei presente. Em terceiro o Reino não é a Igreja, mas a Igreja é criada pelo Reino e dá testemunho do Reino, pois a Igreja é a agência do Reino e é a guardadora do Reino. O Reino de Deus é eterno e pertence somente a Ele.
III – COMO LER UMA PARÁBOLA
O terceiro tópico tem como objetivo específico: apresentar as regras básicas para se compreender uma parábola.
As parábolas de Jesus são difíceis de compreender, porque não são apenas histórias para nos entreter, contadas para ilustrar verdades espirituais; antes desafiam a forma como vemos o mundo e até mesmo Deus, e convidam-nos a abraçar uma nova forma de vida, que exige arrependimento e fé... As parábolas são uma convocação para responder a Jesus antes que seja tarde demais. Por essa razão, as parábolas estão no cerne do ministério de Jesus (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, p.46,47).
Logo, para compreensão das parábolas é necessário:
Entender a parábola como narrativa das experiências cotidianas. Distinguir o que é explícito do implícito no que corresponde o agir de Deus no contexto literário. E por fim, compreender a exata identificação da aplicabilidade da parábola na vida cotidiana.
Referência:
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SILVA, Andreson Côrte Ferreira da. Cronologia Bíblica, Revista Manancial. Ano 9, edição 28.