Deus é Fiel

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

EBD - Subsídio da Lição: AS HISTÓRIAS E AS POESIAS FALAM AO CORAÇÃO

AS HISTÓRIAS E AS POESIAS FALAM AO CORAÇÃO

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

Os livros históricos e poéticos mostram a soberania e a sabedoria divinas. O relato dessas verdades produz fé e esperança em nossos corações.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Destacar as narrativas de Josué e Juízes e apresentar as histórias dos reis de Israel e Judá; Conhecer a estrutura e características da literatura bíblica poética e de sabedoria; e, Mostrar os princípios práticos para a vida cristã.

I – AS HISTÓRIAS DO ANTIGO TESTAMENTO

Os livros históricos são aqueles que esclarecem a história do povo israelita. São em número de doze: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.

[...] São um total de 12 volumes, que retratam a história de Israel desde a entrada em Canaã (cerca de 1400 a.C.) até o tempo de Esdras e Neemias 9cerca de 400 a.C.). Após a morte de Moisés, Deus chamou Josué para liderar o povo na conquista da Terra Prometida (Js 1.1,2). Desse modo, o livro de Josué faz abertura do grupo dos “livros históricos” (BAPTISTA, 2022, p. 104).

Josué – conquista de Canaã. Livro que enfatiza “os líderes passam, mas a aliança deve permanecer”.

[...] Nesse período, Israel experimentou, dentre outros, a fidelidade divina ao desfrutar da promessa feita aos patriarcas (Gn 17.3-8; Êx 3.13-17); a providência divina como na travessia do Jordão e na queda de Jericó (Js 4.7; Js 6.20), a repreensão e o juízo como no caso do anátema (Js 7.5;11;24-25), a proteção e a vitória sobre os inimigos (Js 24.1). Tais relatos demonstram que Deus controla o curso da história (Js 21.45) (BAPTISTA, 2022, p. 104).

Juízes – a instabilidade espiritual do povo. O povo desobedece, Deus entrega o povo nas mãos dos inimigos, o povo se arrepende e ora, e por último, Deus levanta um libertador.

Rute – abertura às nações.

1 Samuel – instalação da monarquia.

[...] Os reis deveriam obedecer à Lei, sujeitar-se à palavra profética de Deus e reinar com justiça (Dt 17.14-20) (BAPTISTA, 2022, p. 106).

2 Samuel – o governo de Davi.

1 Reis – Reino dividido.

2 Reis – crise espiritual que se efetuou na crise política.

1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias – narrativa histórica com base nos seguintes temas: templo, culto e esperança.

Ester – Livramento divino em terra estrangeira.

Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido (Js 1.8).

II – OS LIVROS POÉTICOS DO ANTIGO TESTAMENTO

Os poéticos são livros devocionais por conter o drama, Jó; poesia, Salmos; didática poética, Provérbios; sentimentos poéticos ou uma história de amor, Cantares; e, a busca pelo sentido da vida, Eclesiastes.

Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra (Sl 119.9).

A respeito da autoria do livro de Jó segundo a maioria dos estudiosos da literatura do Antigo Testamento o escritor pode ser: Moisés, ou Eliú, ou Salomão, ou Ezequias, ou Isaías, ou até mesmo Esdras. Portanto, não tem como certo quem escreveu o livro, porém o que se pode afirmar é que a obra é inspirada por Deus.

E dentre as cinco obras é válido estender sobre Eclesiastes, pois:

O livro de Eclesiastes nos encoraja a fazer uma observação longa e sensata do mundo. O que descobrimos, com frequência, não é muito reconfortante: as pessoas adquirem riquezas e sabedoria só para perdê-las quando morrem; às vezes, os ímpios se saem melhor que os sábios e os bons. Parece não haver uma ordem discernível para a vida; ela é sem sentido. Eclesiastes ajuda a enfrentar essa realidade (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 216).

III – UMA MENSAGEM AO CORAÇÃO

Por fim, a presente lição ao analisar os livros históricos, assim como as obras poéticas e de sabedoria proporciona ao leitor das Escrituras Sagradas a compreensão no que tange a soberania divina, a necessidade do desfrutar da sabedoria e o dever de adorar ao Senhor.

Sobre a sabedoria é compreensível que Deus é o Criador da sabedoria, e usando a sabedoria o Senhor criou o universo. Portanto, a sabedoria é outorgada aos retos, assim como também aos que a buscam.

Ao alcançar a sabedoria benefícios tornam-se notórios para aqueles que a conquistarem, exemplo: libertação do caminho mau, do homem que diz coisas perversas, da mulher estranha e estrangeira, do alcance da longevidade, riqueza e honra.

Em suma, o temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Pv 1.7), e o temor do Senhor é aborrecer o mal (Pv 8.13). [...] A oferta de sabedoria só está aberta aos que temem a Deus. Aproximar-se da sabedoria requer aproximar-se do Altíssimo, o que significa afastar-se de tudo o que Ele abomina – o mal, o orgulho, a arrogância, o mau comportamento e a fala perversa. Jesus disse que a verdade está nele (Jo 8.32) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 956).

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

EBD - Subsídio da Lição: A LEI E OS EVANGELHOS REVELAM JESUS

 A LEI E OS EVANGELHOS REVELAM JESUS

O termo Lei tem como definição aplicativa seta, ou seja, a Lei tem como objetivo mostrar o caminho. Já o termo evangelho corresponde ao anúncio das boas novas, isto é, as boas novas que mostra o caminho. Portanto, é nítido que o Caminho é Jesus. Logo, a Lei tem como objetivo mostrar Jesus, a semente da mulher que pisaria na cabeça da serpente (Gn 3.15).

[...] A função da Lei era transitória; ela revela o pecado, mas também aponta o plano da salvação em Cristo (Gl 3.24,25) (BAPTISTA, 2022, p. 92).

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A Lei não salva, mas esboça o plano da redenção em Cristo confirmado nos Evangelhos.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Apontar que a Lei era transitória e esboçava o plano da redenção em Cristo; Afirmar que os Evangelhos são boas-novas do Reino de Deus e da salvação em Cristo; e, Ressaltar que a Lei não salva, mas a obediência ao Evangelho transforma as vidas.

I – O PENTATEUCO: ALEI DE DEUS

Os primeiros cinco livros do AT são conhecidos como Pentateuco, que nos manuscritos hebraicos se encontravam unidos a um mesmo pergaminho, porém com a tradução dos setenta (septuaginta) se dividiram em 5 livros.

Gênesis – livro do princípio. Narra os primeiros acontecimentos da história da humanidade até a morte de José no Egito.

Êxodo – Livro da saída do Egito para a Terra Prometida.

Levítico – livro da santidade. Deus fala a Moisés.

Números – livro das contagens.

Deuteronômio – livro da repetição da Lei. Moisés fala ao povo.

Sobre a grandeza da Lei pode resumir que a mesma está divida em três aspectos: morais, cerimoniais e civis.

O aspecto moral da lei permanece, ou seja, corresponde em função e validade com grau de importância e obediência para todos os povos. Enquanto que parte cerimonial se relaciona apenas para com os judeus no período correspondente com a Antiga Aliança, propriamente os atos litúrgicos. Por fim, a civil corresponde ao dia a dia dos judeus como cidadão.

II – OS EVANGELHOS: A MENSAGEM DE CRISTO

Os quatro evangelhos são chamados de bibliográficos por narrarem fatos marcantes da vida de Jesus, como: o nascimento, o batismo, a unção, os milagres operados, o ministério particular e os acontecimentos finais.

Os evangelhos de Mateus, Marcos e de Lucas são chamados de sinópticos por serem semelhantes. Outro fator decisivo na compreensão dos evangelhos está no destino em que cada obra possuía, isto é, Mateus escreveu para os judeus, Marcos aos romanos, Lucas a um doutor grego e João para os gentios e também para os judeus, isto é, para a igreja.

2.1.1- O Evangelho de Mateus. É conhecido como o Evangelho do Rei. Tendo como destino os judeus. A mensagem central deste evangelho é sintonizar os judeus com a chegada do Messias.

2.1.2- O Evangelho de Marcos. É conhecido como o Evangelho do Servo. A chave do livro encontra-se em Marcos 10.45: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. O evangelho foi escrito para a igreja que se encontrava em Roma, que segundo dados históricos, sofria naqueles dias terrível perseguição que havia se originado do incêndio provocado por Nero.

2.1.3- O Evangelho de Lucas. É conhecido como o Evangelho do Filho do Homem. Lucas não fazia parte do grupo dos apóstolos, mas como historiador narrou com clareza a biografia de Jesus.

2.1.4- O Evangelho de João. É conhecido como o evangelho do Filho de Deus. Sendo que o propósito que levou João a escrever o evangelho encontra se nas seguintes palavras; “estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).

III – UMA MENSAGEM TRANSFORMADORA

O termo caráter no grego χαρακτήρ significa reprodução ou representação. Corresponde a uma ferramenta para gravação, isto é, uma coisa estampada, cunhada, ou seja, um caráter, uma marca, ou sinal de distinção. Caráter é a qualidade inerente a um indivíduo e corresponde com o temperamento próprio e a índole de cada pessoa. É fundamental compreender que o caráter é transformado pela Palavra de Deus.

O divórcio no Antigo Testamento só poderia ser efetuado sobre o pedido do marido. E de fato nos dias de Moisés o divórcio tinha tornado um fenômeno social natural. Sendo assim coube a Moisés definir normas para que o povo no deserto vivesse bem a vida a dois sem tantas decepções.

Provavelmente um dos vilões no relacionamento dos israelitas no deserto era a infelicidade (Dt 24.5). Por isso, o soldado recém-casado tinha o privilégio de passar um ano inteiro em sua casa com a esposa para fazê-la feliz. O casamento é indissolúvel, isto é, o casamento é a junção de duas pessoas que se tornam uma única carne.

Por fim, a mudança de caráter implica mudança de comportamento (BAPTISTA, 2022, p. 101).

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

EBD - Subsídio da Lição: A BÍBLIA TRANSFORMA AS PESSOAS

 A BÍBLIA TRANSFORMA AS PESSOAS

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A Palavra de Deus é viva, anula os conselhos das trevas e nos torna humildes diante de Deus.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Destacar que a Palavra de Deus é viva e eficaz; Elucidar que a Bíblia anula os conselhos do mundo; e, Expor que a Bíblia nos proporciona a humildade.

I – A BÍBLIA É A PALAVRA VIVA DE DEUS

A Palavra de Deus conforme Hebreus 4.12 é viva e eficaz, é espada penetrante e é apta para discernir. Ao descrever que a Palavra de Deus é viva e eficaz compreende que a Bíblia possui poder transformador. Já quando entende que a Bíblia é uma espada penetrante, fica nítido que a Palavra de Deus é atuante em adentrar no mais profundo do interior do ser humano. Por fim, ao afirmar que a Bíblia é apta para discernir entende-se que a compreensão da Bíblia guia e direciona os servos do Senhor.

Portanto, é válido acrescentar que ao afirmar que a Bíblia é eficaz, fica nítido que [...] O termo grego “energes” traduzido por eficaz, descreve a Palavra de Deus como cheia de poder para alcançar resultados (BAPTISTA, 2022, p. 81).

Enquanto que [...] O uso figurado da espada de dois gumes simboliza que a Palavra de Deus é tão bem afiada que nada existe que ela não possa traspassar (BAPTISTA, 2022, p. 81).

Por fim, a Palavra de Deus é apta para discernir, ou seja, os pecados escondidos são revelados, a hipocrisia e a rebeldia são desmascaradas. Coisa alguma pode ser escondida de Deus, toda a verdade é exposta “aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13) (BAPTISTA, 2022, p. 83).

II – A BÍBLIA ANULA OS CONSELHOS DO MUNDO

O versículo chave para compreender o presente tópico encontra-se em 2 Co 10.4 que assim está escrito:

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas.

O versículo em análise permite compreender que:

Ø    As armas não são carnais.

Ø    As armas são poderosas.

Ø    As armas ao serem utilizadas destroem as fortalezas do inimigo.

As armas conforme o presente capítulo são o conhecimento do Senhor (ou seja, corresponde com a Palavra de Deus), a pregação do Evangelho e a humildade. Porém, pode-se agregar a estes a oração e o jejum. Lembrando que:

[...] a Igreja do Senhor Jesus não pode negligenciar o ensino e a pregação da Palavra de Deus. A Igreja não pode limitar-se a fazer oposição e oferecer resistência à iniquidade no poder temporal. Não pode depositar sua confiança e esperança nas decisões políticas ou judiciais. Precisamos buscar e incentivar o avivamento espiritual por meio da Palavra de Deus (BAPTISTA, 2022, p. 86).

III – A BÍBLIA NOS TORNA HUMILDES

Humildade é a marca do verdadeiro seguidor de Jesus e as boas ações não devem ser praticadas na espera de recompensas.

Humildade é a ausência completa do orgulho. Sua origem vem do latim “húmus” que significa “filhos da terra”. Etimologicamente, humildade também deriva “homem” (homo) e “humanidade” (GABY & GABY, 2018, p. 149).

Logo, humildade descreve a respeito de quem vem de baixo (de quem é comum), de quem reconhece o seu papel e respeita o comando de outro (isto é, é submisso aos superiores).

A humildade foi à virtude que Jesus enfatizou na noite da santa ceia aos seus discípulos, pois ao lavar os pés dos apóstolos o Mestre ensinou que Ele não veio para ser servido, mas para servir (Jo 13). Portanto, a humildade é atitude que deverá ser desenvolvida por todos os cristãos resumida na seguinte descrição: servir e não ser servido.

Por fim, A humildade está conectada e interligada com a mansidão e a longanimidade (BAPTISTA, 2022, p. 88). Assim como a humildade denota maturidade espiritual, submissão e plena confiança na soberania divina (BAPTISTA, 2022, p. 89).

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – O TERCEIRO SINAL: O PARALÍTICO DE BETESDA

 O TERCEIRO SINAL: O PARALÍTICO DE BETESDA

Conforme a Síntese:

A cura do paralítico de Betesda nos mostra que o Filho de Deus não tinha, e não tem, limitação de qualquer natureza para realizar milagres.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    Jesus é o Senhor dos milagres.

ü    Não há limitação para a operação de milagres ministrada por Jesus.

A presente lição tem como objetivos:

Compreender porque João registra várias viagens de Jesus a Jerusalém;

Mostrar que o paralítico teve que esperar muito pelo seu milagre;

E, Conhecer o quadro espiritual dos judeus no tempo do milagre relatado por João.

I – DE VOLTA A JERUSALÉM

O capítulo inicia afirmando que Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Há interrogações sobre que festa seria esta, pois os judeus comemoravam três festas, que eram: a festa da páscoa, a festa de pentecostes e a festa dos tabernáculos. Porém, compreende na narrativa joanina que Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam (Jo 1.11), o evangelista mostra por meio das peregrinações de Jesus a Jerusalém a rejeição destes ao ministério do Messias.

Betesda tem como significado casa de misericórdia. O tanque de Betesda transmite a ideia de que Deus é misericordioso. O tanque localizava próximo da porta das ovelhas, ou seja, a porta que tinha como objetivo o acesso das ovelhas para o sacrifício. A porta é um tipo de Cristo, Betesda corresponde a misericórdia, sendo assim, compreende-se que por meio do sacrifício de Jesus na cruz somos conduzidos ao Pai.

Sobre o anjo agitar as águas percebe que:

[...] Essa narrativa de João é objeto de muita discussão entre os estudiosos do Novo Testamento, que debatem sobre o seu real significado, com alguns considerando que o anúncio milagroso das águas era fruto de uma mera crença popular (QUEIROZ, 2022, p. 76).

II – UMA LONGA ESPERA

O paralítico sofria há trinta e oito anos, por ter problema físico correlacionado ao movimento. O paralítico achava-se impossibilitado em movimentar para ser o primeiro a chegar-se no tangue quando a água fosse movimentada. O tangue tem como significado casa de misericórdia, assim sendo, chegou-se até o paralítico o Senhor de toda a misericórdia.

Os judeus questionaram a realização do milagre no sábado, porém é necessário compreender que:

[...] uma vez que o sábado foi feito para o homem, as duas principais exigências, o descanso e a adoração não podem ser exigidas a ponto de se tornarem hostis ao bem-estar do homem, e de fato prejudiciais para a pessoa, ou mutuamente destrutivas. A regra: “Descansarás”, não deve ser aplicada de modo a excluir toda a ação e todo o trabalho; pois a completa inércia não é descanso, e a completa abstinência de trabalho de toda espécie seria, muitas vezes, prejudicial para o bem estar privado e público. Deve-se deixar espaço para atos de “necessidade e misericórdia”; e uma legislação muito categórica e minuciosa em relação ao que são ou não atos de qualquer dessas espécies deve ser evitada, visto que esses assuntos podem variar para diferentes pessoas, tempos e circunstâncias, e os homens podem realmente diferir de opinião em detalhes que são perfeitamente fiéis aos princípios gerais da consagração do sábado (BRUCE, 2007, p. 100, 101).

III – REVELANDO-SE A UMA GERAÇÃO INÍQUA

O assunto central da instrução de Jesus para com os judeus no capítulo cinco corresponde a “Jesus e o Pai”, assim sendo, o nome que o identifica no capítulo é o Cristo, isto é, todo o judeu compreenderia que o nome Cristo indica o ungido. A unção na Antiga Aliança era ministrada a reis, profetas e sacerdotes.

A quem fosse ministrada a unção indicava que este alguém desenvolveria um ministério. Sendo Jesus apresentado como o Cristo indica que Ele seria a misericórdia personalizada de Deus por meio da obra da cruz.

Por fim, a manifestação dos judeus em pleno capítulo foi de incredulidade.  

Referência

BRUCE, A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

QUEIROZ, Silas. Jesus, o Filho de Deus: os sinais e ensinos de Cristo no Evangelho de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

EBD - Subsídio da Lição: A BÍBLIA COMO UM GUIA PARA A VIDA

 A BÍBLIA COMO UM GUIA PARA A VIDA

É fundamental compreender que o cristão é moldado pela Palavra. Pois, a leitura da Bíblia proporciona sabedoria, o acreditar na Bíblia possibilita salvação e o praticar o que está na Bíblia proporciona santificação.

A lição em apreço apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A Bíblia é um guia seguro para a nossa caminhada cristã. Alicerçados nos ensinos da Palavra de Deus, somos instigados a viver com sabedoria e prudência.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Enfatizar que o crente deve alicerçar a sua vida na Bíblia; Esclarecer que Deus é a fonte da verdadeira sabedoria; e Mostrar que o salvo em Cristo deve viver com sabedoria e prudência.

I – A BÍBLIA É UM ALICERCE PARA A VIDA

A Palavra de Deus conforme o presente tópico é alicerce, luz e é imutável.

No que tange descrever a Palavra de Deus como alicerce compreende-se que trata de ratificar que a Bíblia é a base de sustentação para o ser humano, que é a imagem e semelhança do Senhor. [...] O próprio Cristo é a rocha sobre a qual devemos edificar a nossa casa (1 Co 10.4). É somente pela nossa união com Cristo que podemos ter esperança e segurança. Ele tem as palavras de vida eterna (Jo 6.68). A síntese desse grande ensinamento é que nem as crises dessa vida e nem a eternidade poderá abalar quem está firmado em Cristo e na sua Palavra (Mt 7.25) (BAPTISTA, 2022, p. 69).

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz, para o meu caminho (Sl 119.105).

Para Spurgeon um dos benefícios mais práticos dos textos sagrados é a orientação nos atos da vida diária; esta tocha não é enviada pra nos assombrar com seu brilho, mas para nos orientar com a sua instrução (apud BAPTISTA, 2022, p. 70).

A Palavra de Deus não se altera, pois é imutável. Os ensinos da Bíblia servem para as gerações hodiernas, assim como foram regras de fé e prática dos antepassados da igreja cristã. Os ensinos provenientes da Bíblia são inalterados e produz nos cristãos valores permanentes.

[...] Os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 5.18). Não cabe ao cristão contradizer e nem ajustar as Escrituras para atender aos interesses das ideologias pós-modernas. Assim sendo, o comportamento e o caráter do cristão se alicerçam nas doutrinas bíblicas (Ef 2.20) (BAPTISTA, 2022, p. 71).

II – A BÍBLIA NOS TORNA PESSOAS SÁBIAS

A sabedoria humana é tendenciosa e orgulhosa, pois busca a satisfação dos desejos carnais.

Já a sabedoria de origem em Satanás é pretenciosa ao pecado.

Por fim, a sabedoria que tem a sua origem em Deus é libertadora, pois outorga ao ser humano o conhecimento do bem e conduz o mesmo a tomar decisões que agrade a Deus.

Todos que desejam a sabedoria deverão pedir a Deus e a busca-la. Salomão assim escreveu: “eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8.17). Os que buscarem a sabedoria a encontrarão. Buscar significa desejar e correr atrás para obtê-la.

Salomão no início do seu reinado pediu a Deus sabedoria para governar um povo grande e numeroso. 

Por fim, a sabedoria é fundamental para uma liderança eficiente e eficaz (Gn 41.39), e também muito importante para a tomada de decisões (At 15.13-34).

A sabedoria divina outorga ao indivíduo saúde física, financeira, emocional e espiritual [...] que possamos conjugar mentes sábias e corações humildes para a glória de Deus (COELHO; DANIEL, 2014, p. 45).

III – A BÍBLIA E A PRUDÊNCIA PARA A VIDA

A prudência corresponde a sabedoria na prática, logo, uma pessoa prudente é uma pessoa que sabe ser sábia, tem cautela em suas práticas, tem discernimento e além de tudo sabe fazer corretamente suas escolhas.

[...] Contudo, convém esclarecer que biblicamente a prudência está unida estreitamente à sabedoria. E, como já visto, a sabedoria procede de Deus (Ef 1.8,9). Por isso, a prudência é sobretudo uma virtude de quem é sábio, e, portanto, habilitado a realizar as escolhas certas (Dt 30.19; Lc 10.42) (BAPTISTA, 2022, p. 77).

Por fim, os benefícios da prudência são: fazer do indivíduo uma pessoa sábia, outorgar ao ser humano o autocontrole, proporcionar na prática ações humildes e além de tudo permite que a pessoa prudente faça escolhas corretas. É necessário compreender que resultados são provenientes de boas escolhas, logo, pessoas prudentes saber fazer boas escolhas.

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras: ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.