Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 31 de maio de 2022

FAMÍLIA QUE EDUCA

FAMÍLIA QUE EDUCA

A palavra que de certa forma resume a missão dos pais para com os filhos é educação. Educação é o processo diretivo que proporciona o desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais das crianças e do adulto, visando a melhor integração do indivíduo na sociedade.

Na ótica secular a educação conforme a UNESCO deverá firma-se nos seguintes pilares: Aprender a conhecer, Aprender a fazer, Aprender a viver com os outros e Aprender a ser. Portanto, a educação dos filhos pertence aos pais. Vale ressaltar que a escola e a igreja contribuem para processo educacional, porém a responsabilidade é totalmente dos pais, pois são os pais que conduz as crianças ao recinto em que o processo educacional ocorre.

I – RESPONSABILIDADE DE QUEM?

É normal no contexto social as pessoas lançarem a responsabilidade sobre os outros, porém todos devem compreender que a responsabilidade da educação intelectual e espiritual dos filhos é de âmbito inicial conferente ao ato de ser pai. O pai ensina sem conhecer as letras, pois a dedicação em conduzir as crianças ao meio de ensino estará sendo o elo motivacional para o processo educacional ocorra.

[...] aos pais, cabe transmitir valores como verdade, honra e respeito, mostrar aos filhos a importância que têm na sociedade e o valor da boa educação em seu próprio desenvolvimento, bem como discipliná-los quanto ao reconhecimento de valores de ordem, tais como cumprimento de horários, segurança e respeito ao próximo. Educar é missão dos pais, não da escola (LOBO, 2016, p. 171).

No contexto social compreende ainda que há instituições que devem contribuir com a educação da geração não alfabetizada, e estas instituições são: o Estado, a escola, a igreja e principalmente a família.

Sobre a atuação da escola Lobo complementa “[...] a escola tem por função instruir – transmitir informações cada vez mais precisas e atualizadas capazes de formar cidadãos aptos ao mercado de trabalho, capacitando-os para o exercício de sua cidadania” (2016, p. 171).

Mas, de certa maneira tem ocorrido a terceirização do processo educacional das crianças. Autores sociais repassam a sua responsabilidade para terceiros, exemplo: os pais, passando a responsabilidade para professores de banca, ou até mesmo para com a mídia.

II – EDUCAR NOBRE MISSÃO DOS PAIS

O termo educar corresponde a criar uma criança, isto é, cuidar com instruções para a vida. Sendo que, quando alguém é preparado para a vida o mesmo é instruído a viver mediante alguns valores. Dentre tantos valores que os pais passam aos filhos temos: amor, verdade, justiça, retidão, etc.

Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele (Pv 22.6).

O pai ensina pelo ato de conduzir o filho, assim como ensina pelo ato de estar com o filho. Pois, desde cedo o cristão é instruído sobre a Palavra do Senhor. E o responsável pelo ensino bíblico na igreja é o pastor. Por isso, é fundamental que o pai leve o seu filho nos cultos de ensino e esteja com o seu filho, pois o mesmo passará a amar a Palavra do Senhor e a respeitar a liderança eclesiástica.

Lopes ratifica a respeito dos valores culturais ao afirmar que “[...] A criança aprende os valores culturais em casa, na escola, na igreja, através dos jornais, revistas em quadrinhos, rádio, televisão, etc” (2017, p. 219).

Os pais cristãos deverão ser parceiros da educação dos filhos. Devem matricular os filhos em uma boa escola e sempre estarem presentes no dia a dia escolar dos filhos. Compreende que é dever e direito dos pais ir à escola dos filhos.

III – A EDUCAÇÃO NOS TEXTOS SAGRADOS

O ensino na Escritura Sagrada é manifestado de duas maneiras básicas. Primeiro, o ensino era dever dos pais, sendo que os pais deveriam ensinar os filhos por meio de narrativas bíblicas. E por segundo, os judeus participavam das atividades que eram realizadas nas sinagogas.

Segundo dados históricos as sinagogas que significa assembleia ou congregação, teve origem no período em que os judeus estavam exilados na Babilônia. Para serem edificados espiritualmente os judeus conforme as práticas diárias acharam por bem construírem locais para reuniões espirituais e também para discutirem questões sociais entre elas o futuro de seus filhos, pois as sinagogas eram também o lugar de educar os filhos. Jesus ensinou e curou nas sinagogas (Lc 6.6-11).

Em suma, os filhos são herança do Senhor, verdade que indica que os filhos são bênçãos de Deus para os pais. Portanto, aos pais estar inserida a responsabilidade de ensinarem os filhos a amarem a Palavra de Deus e também a irem constantemente à igreja. Educação é dever do Estado e direito do cidadão, porém, biblicamente esta é uma das funções pertencente aos pais.

Referência

LOBO, Marisa. Famílias em perigo: o que todos devem saber sobre a ideologia de gênero. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.

LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia pastoral: a ciência do conhecimento humano como aliada ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – PEDRAS PODERIAM SE TORNAR PÃES

PEDRAS PODERIAM SE TORNAR PÃES

Conforme o Resumo da Lição:

A primeira tentação de Jesus foi para que Ele confiasse no próprio poder para prover as suas necessidades, ao invés de confiar e obedecer a Deus.

É necessário compreender que um dos objetivos da tentação para o cristão é o fortalecimento.  Pois, ninguém cresce na fé, sem passar por tentação. Isto porque as provas exercitam a fé do cristão. Logo, a tentação passa a ser uma disciplina que educa o cristão a ser forte, porém, quando este não é vencido pela tentação.

Se associar a tentação com a tribulação perceberá que após tribulação surgirá à paciência, a experiência e a esperança (Rm 5.3-5), isto é, a tentação quando vencida proporciona fortalecimento, aumenta a paciência, desenvolve a experiência e como resultado proporciona a esperança.

Por fim, a tentação não é motivo para o isolamento do cristão, mas torna-se motivo de alegria, pois ao vencer a tentação o prêmio será a coroa da vida (Tg 1.12).

Portanto, a presente lição tem como objetivos:

Mostrar como se deu o início da tentação de Jesus no deserto;

Explicar como foi a chegada do inimigo no deserto para tentar Jesus;

E, Conscientizar de que “nem só de pão” o homem viverá.

I – O INÍCIO DA TENTAÇÃO

O presente tópico possui três pontos de contato, que são: o batismo de Jesus, a condução do Espírito Santo a pessoa de Jesus ao deserto e manifestação de Satanás.

Sobre o batismo de Jesus compreende-se que a natureza de Jesus foi nitidamente manifestada. O batismo foi o marco inicial do ministério terreno de Jesus. Assim como, no batismo de Jesus a voz do Pai foi categórica em afirmar que Ele (Jesus) é o filho amado que o Pai agrada.

Ao ser batizado o Espírito Santo conduziu Jesus para o deserto. Dois fatores são importantes para que o cristão compreenda a ação do Espírito Santo. Primeiro fator, o Espírito Santo guia os filhos de Deus. Em segundo, a oração e o jejum são armas espirituais essenciais para que haja êxito no ministério.

Por fim, Satanás se apresenta a Jesus com o intuito de tenta-lo. Vale ressaltar que o termo satanás tem como significado adversário e tem como ação acusar os que são fiéis a Deus. Para Bancroft ao observar a posição de satanás e as suas obras, perceber-se que há pontos característicos da ação do mal.

A respeito da posição de satanás percebe-se que:

Ele é o príncipe da potestade do ar (Ef 2.2).

Príncipe deste mundo (Jo 14.30).

O deus deste século (2 Co 4.4).

Já no que se refere às obras de satanás se destacam:

Deu origem ao pecado tanto no universo como na raça humana (Ez 28.15; Gn 3.13).

Causa sofrimentos (At 10.38).

Causa a morte (Hb 2.14).

Atrai ao mal (1 Ts 3.5).

Inspira pensamentos e propósitos iníquos (Jo 13.2).

E dentre outros, apossa-se dos homens (Jo 13.27). (BANCROF, 2006, pp. 305 a 308).

II – A CHEGADA DO INIMIGO

A primeira tentativa de satanás em levar Jesus a pegar foi por meio da necessidade física, pois havia 40 dias de consagração, logo o mestre estaria com fome.

As necessidades físicas são sempre utilizadas pelo inimigo para levar pessoas a se corromperem, como por exemplo: há políticos corruptos, porque a pobreza corrompe. Ou seja, políticos que comprovam votos por intermédio de cestas básicas.

Portanto, o inimigo em suas ciladas desperta a ganância no íntimo do ser humano para que este venha a desejar a posse de bem matérias ao ponto de passar por cima de tudo e de todos.

III – “NEM SÓ DE PÃO”

Deus supriu a necessidade do povo israelita no deserto fato que corrobora com as palavras do Senhor Jesus ao descrever que não só de pão viverá o homem, ou seja, o homem vive mediante o cuidado de Deus.

Conforme o livro de Êxodo (13.18) Deus guiou o povo de Israel pelo caminho do deserto para fazer do povo israelita uma grande e extraordinária nação. Porém, com tantos milagres surge a grande interrogação: por que os israelitas continuavam a murmurar? Outra pergunta é: o porquê Deus escolheu a Israel?

Percebe-se que Deus escolheu a Israel para mostrar a sua glória ao mundo, pois, o Egito era a grande potência da época enquanto Israel era um povo escravo. Segundo, Deus escolheu a Israel para outorgar ao mundo as Escrituras Sagradas. E por terceiro, Deus escolheu Israel para entregar o Salvador ao mundo. Por fim, no deserto é lugar de aprender a depender de Deus e reconhecer os limites humanos.

E por depender de Deus e reconhecer os limites humanos compreende-se que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4).

Referência:

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar: doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

terça-feira, 24 de maio de 2022

QUANDO A FAMÍLIA ESTÁ EM CONFLITO

QUANDO A FAMÍLIA ESTÁ EM CONFLITO

A palavra conflito tem como significado direções opostas definidas por pessoas antagônicas. Sociologicamente há dois meios no contato social para a solução de conflito em uma instituição, podendo ser esta a família.

Em primeiro lugar, o conflito poderá ser resolvido de maneira provisória o que é chamado de acomodação, e por segundo, a solução poderá ser definitiva, o que é chamada de solução por assimilação. Biblicamente percebem-se dois elementos que são fundamentais para dissipar o conflito na família: graça e amor. A graça deverá ser buscada enquanto o amor deverá ser exercido. Todavia, não há problema insolúvel para Cristo Jesus, por isso, o apóstolo Pedro assim escreve a igreja dispersa “lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, pois Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5.7). Cristo tem cuidado da igreja e da família, e de fato, continuará cuidando.

 

I – CÔNJUGES EM DESARMONIA

 

Para evitar o desentendimento entre os cônjuges é necessário que cada um outorgue ao seu parceiro confiança, carinho e se dedique integralmente ao bem estar do relacionamento, pois a infidelidade é um transtorno para a convivência a dois.

Lopes acrescenta alguns elementos essenciais para que ocorra harmonia em um relacionamento, que são: sabedoria, temperança, capacidade de perdoar, fidelidade a Deus, honestidade, sinceridade e comunhão estreita com Deus. Sobre a temperança pode ser compreendido que:

Ter temperança é: ter domínio próprio (Gl 5.22); é não perder a cabeça nas horas difíceis (Pv 13.16); é ter controle sobre as emoções (Pv 15.1,18); é ser prudente (Is 52.13); é ser longânimo (Pv 14.29; 16.32).

[...]

Precisamos ter controle sobre nossas ações. Há emoções que, se não forem controladas, provocam um grande estrago no relacionamento familiar. A ira, por exemplo, pode levar a pessoa a um estado de loucura e perda total da razão (LOPES, 2017, p. 219).

Para que não haja desentendimento entre os cônjuges há quatro conselhos essenciais:

Primeiro, administre o tempo, ou seja, se há tempo para tantas coisas dedique parte do tempo ao cônjuge.

Segundo, fale palavras certas nas horas certas, há inúmeros casais que são carinhosos e dedicados a transmitir palavras a outras pessoas, porém quando se trata do cônjuge, o indivíduo não se desenvolve da mesma maneira.

Terceiro, trabalhe bastante, isto é, sempre busque dá o de melhor para o seu cônjuge.

E em quarto, não seja extremista, seja moderado e temperado.

II – PAIS AUSENTES

A ausência dos pais na vida dos filhos passa a ser uma brecha para a existência de conflitos. Fato que corrobora para que terceiros sejam responsáveis pela educação dos filhos e estas pessoas serão remuneradas, ou por serem parentes, se dedicarão a cuidarem dos filhos de outros. Moisés teve como bênção celestial o livramento da morte e o privilégio de ser criado por sua própria mãe.

É preocupante a ausência dos pais, pois na ausência dos pais, o tempo das crianças será preenchido pela companhia de amigos que poderá de certa maneira influenciar com instruções que não são provenientes de Deus.

Outro dilema é a dimensão da mídia na formação de nossas crianças. O que afetará até mesmo na atenção da criança. É natural hoje em dia o indivíduo conseguir manter atento a uma locução no máximo sete minutos e depois ficar desatento e passar a ter atenção depois de alguns minutos, pois é assim nos intervalos das programações. Olha a dimensão do problema.

Infelizmente, os filhos são massificados pela mídia e pelos seus programas nocivos que desvalorizam a família e vão de encontro aos valores morais e espirituais (LOPES, 2017, p. 348).

Por fim, o que mais tem afetado o relacionamento familiar é a ausência de Deus. Se Deus não tiver presente os resultados devastadores dos conflitos serão enormes, porém na presença dEle a família terá a condição exata para triunfar sobre toda a afronta do inimigo. 

Referência

LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia pastoral: a ciência do conhecimento humano como aliada ministerial. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

domingo, 22 de maio de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Orando e jejuando como Jesus ensinou

Orando e jejuando como Jesus ensinou

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A oração e o jejum são disciplinas espirituais que potencializam sensivelmente a vida piedosa do crente.

Oração é palavra-chave que outorga a compreensão da presente lição e é necessário saber que:

A oração é, primeiramente, uma forma de relacionamento. Quem ora quer se relacionar, conversar, ser respondido, abrir o coração e levar suas percepções e anseios a Deus. Oração é diálogo e troca; é uma ação que implica liberdade e aconchego com aquele a quem nos dirigimos (TEDESCO, 2020, p. 9).

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Conceituar a oração como um diálogo com o Pai; Explicar a oração que Jesus ensinou; e, Relacionar oração e jejum.

I – A ORAÇÃO É UM DIÁLOGO COM O PAI

A oração corresponde ao ato da adoração. Logo, é de natureza espiritual e permite que o cristão demonstre maior intimidade com o Senhor. Na oração o cristão glorifica a Deus, assim como faz os pedidos conforme suas necessidades. As necessidades apresentadas pelo o crente a Deus na oração correspondem com pedidos matérias, físicos e além de tudo pedidos espirituais.

A oração é a comunicação entre o cristão, filho de adoção, e o Pai, o Deus Único e Todo Poderoso. A oração proporciona ao crente encorajamento, confiança e renovo.

O cristão é encorajado a tomar decisões após a oração (At 10.23). É notório que os resultados são provenientes de escolhas e não há melhor maneira para tomar decisões do que após consultar a vontade do Senhor.

Ao ter uma vida de constante oração o cristão revela que possui intimidade com Deus e também confia na ação miraculosa do Senhor. Nota-se a confiança no Senhor presente nas palavras de Davi: Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.4). Portanto, quem ora confia em Deus.

Por fim, a oração proporciona renovo físico e espiritual. O rei Ezequias estava enfermo com uma doença mortal e a palavra do Senhor através do profeta Isaías para o monarca era: põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás (Is 38.1). Porém, após a oração feita por Ezequias, a palavra do Senhor veio como renovo físico: ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos (Is 38.5).

II – A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU

Tendo como base Mateus 6.5-9, compreende-se que a oração deverará ser:

Diferente da ação dos fariseus que buscavam aparecer diante da sociedade para assim obter o próprio galardão. E quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão (v.5).

Deveria ser discreta: Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente (v.6). O que não significa que a oração em público é proibida. Jesus questionou os fariseus por buscarem glória própria por meio da vida piedosa.

A oração tem que ter propósito definidos não pode ser pura repetição de palavras: E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes (vv 7,8).

Por fim, segue-se a instrução de Jesus referente a oração modelo, isto é, a oração do Pai Nosso, pois a oração do Pai-Nosso é altruísta, ou seja, ela direciona o cristão a amar o próximo e a olhar para a coletividade e não para o individualismo. Também ensina o crente a ser reciproco: perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12). E por último, conforme o presente tópico compreende-se que a oração do Pai-Nosso conduz o crente a confiar em Deus, pois Deus é quem livra o cristão de todo tipo de mal.

 

Lembremos: o nosso Mestre amado nos revela que a vitória sobre as dificuldades sé é possível orando e vigiando (Mt 26.41). Logo, façamos dessas práticas uma rotina diária de devoção e permitamo-nos ser conduzidos pelo Santo Espírito (TEDESCO, 2020, p. 123).

III – ORAÇÃO E JEJUM

O jejum significa abster-se de alimento por determinado tempo. A abstinência poderá ser total ou parcial. O jejum tem como objetivo aprimorar o exercício da oração e da meditação e como alvo primordial aproximar o cristão de Deus.

Tipos de Jejum. O jejum poderá ser parcial quando compreende apenas a abstinência de determinados alimentos. Também poderá ser total quando o indivíduo abstém de todo tipo de alimento com exceção de água. E por fim, um terceiro tipo de jejum é o absoluto quando a abstinência compreende a todo tipo de alimento e também com a ausência do consumo de água.

Jejum no Antigo Testamento. A prática do jejum no Antigo Testamento é descrita com as seguintes razões: como expressão de arrependimento (1 Sm 7.6), como desejo de vida (2 Sm 12.16), como precedente a uma ação (Et 4.16), como meio a benevolência e proteção Divina (Ed 8. 21-23) e como fortalecimento do espírito em meio aos desejos egoístas da alma (Sl 69.10).

Jejum no Novo Testamento. A prática do jejum no Novo Testamento é descrita com as seguintes razões: como forma de submissão e adoração ao Senhor (At 12.2), como forma de escolher e enviar missionários (At 12.3) e como consagração ao Senhor tanto no orar por pessoas (Mt 17.21), assim como no implantar igrejas (At 14.23).

O ensino de Jesus sobre o jejum. Jesus reprovou a atitude dos fariseus que tinham como objetivo a aprovação e admiração dos homens. Nos ensinos de Cristo o jejum é fruto da alegria (Mt 6.16), o jejum requer dedicação, pois é feito para glória de Deus (Mt 6.17) e não é ato de penitência (Mt 6.18).

Referências

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A Tentação de fugir do julgamento de Deus

A Tentação de fugir do julgamento de Deus

Conforme o Resumo da Lição:

Os israelitas deveriam aceitar o julgamento de Deus, mas foram tentados a buscar a ajuda dos egípcios, por isso foram repreendidos pelo Senhor. De Deus ninguém foge. Deus está no controle de todas as coisas. A tentação no presente período histórico corresponde com a busca dos israelitas, nos dias do profeta Jeremias, em encontrar o escape do julgamento divino tendo como respaldo a ajuda por parte dos egípcios.

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar o cenário em Judá quando Jeremias exerceu seu ministério;

Explicar porque é maldito o homem que confia no homem;

E, Conscientizar de que é melhor confiar no Senhor.

I – O CENÁRIO EM JUDÁ

É válido ressaltar primeiramente a respeito do profeta Jeremias que tem como significado do nome, Jeová estabelece.

Jeremias é um dos profetas maiores que teve a vocação ministerial em sua tenra idade, proporcionando assim exercer um longo ministério que corresponde a mais ou menos cinquenta anos.

Característica marcante da profecia de Jeremias é que se tratava constantemente da reprovação para com as atitudes e atos dos israelitas. Porém, o que mais marca o profeta Jeremias corresponde com a marca que o torna conhecido perante a sociedade cristã, o profeta das lágrimas.

Nem sempre o que Deus diz tem um caráter tão agradável aos ouvidos humanos. Antes de ouvirmos as Boas Novas do evangelho, disse certo escritor, é preciso ouvir as más novas sobre nós mesmos. Antes de os hebreus entrarem na Terra Prometida, Deus os havia advertido a que não seguissem os mesmos caminhos dos povos que estavam sendo desalojados de Canaã. Deus prometeu ao seu povo bênção e proteção se eles lhe obedecessem, mas igualmente juízo de não andassem nos seus caminhos (COELHO, 2022, p. 94).

Compreende também que o profeta Jeremias sofreu perseguições por parte de seus contemporâneos, fato decisivo foi o ato de profetizar o que o povo não queria ouvir. Logo, pelo o modo de ser e de viver, o profeta ensina para com as gerações posteriores que o profeta de Deus deve fazer a vontade do Senhor e nunca profetizar conforme os próprios interesses.

O segundo olhar no presente tópico passar a ser visível a atitude degenerativa da nação de Judá perante a vontade de Deus. Jeremias iniciou o ministério profético nos dias do justo rei Josias, porém teve que conduzir o ministério nos dias dos demais reis que prevaricaram e andaram em conformidade com o Senhor.

Se a profecia não agradou o povo, o povo buscou auxílio na nação egípcia em que os judeus imaginavam que teria o respaldo para livra-los dos babilônicos. Até que os egípcios poderiam livrar os judeus dos babilônicos, porém a real situação era que não se tratava de um julgamento diplomático, mas de fato tratava-se de um julgamento divino.

II – MALDITO O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM

Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! (Jr 17.5).

Para a plena interpretação do texto uma regra fundamental e essencial para compreender a informação trata-se do conhecimento do período histórico, assim como da análise do contexto escrito.

Percebe-se então a situação do povo em desejar o escape ao ter o apoio dos egípcios, estavam então os judeus confiantes no socorro proveniente de uma nação vizinha, mas não voltou o povo para o Senhor, revelando assim um sinal de total desobediência, apartando-se o coração de Deus.

O presente texto não condena o auxílio do irmão ao seu companheiro. O que é questionado no presente contexto histórico é a desobediência dos judeus, assim como a tentativa de fugir do julgamento divino.

A ajuda humana sempre será bem-vinda quando há união entre os irmãos, e se essa união não estiver em desacordo com o que Deus determinou. Mas, no caso dos hebreus, que já haviam perdido a proteção do Senhor, aquela confiança não apenas ia contra o que Deus havia determinado, mas acrescentava um juízo ainda maior (COELHO, 2022, p. 98).

III – É MELHOR CONFIAR NO SENHOR

Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor (Jr 17.7).

É bom confiar no Senhor, pois o coração do homem é enganoso, porém o que confia no Senhor nunca será desamparado e nem será enganado. Pois, o que confia no Senhor possui esperança e é comparado a uma árvore plantada junto às águas (Jr 17.8).

Por outro lado, é válido compreender que Deus é justo juiz. No momento exato Deus trará o julgamento dos atos dos homens, assim como dos atos das nações.

Referência

COELHO, Alexandre. O Perigo das tentações: as orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

terça-feira, 17 de maio de 2022

AS BASES DO CASAMENTO: AMOR E FIDELIDADE

AS BASES DO CASAMENTO: AMOR E FIDELIDADE 

O amor cristão tem que ser fundamentado, edificado e ter como base o amor a Deus e também o amor ao próximo. E de fato o cônjuge é a pessoa mais próxima que o crente tem e que deve amar de todo o coração. Lembrando que o amor possui duas dimensões: vertical, amor a Deus e, horizontal, amor ao próximo. E os tipos de amor são: Ágape, amor divino; Philis, amor entre amigos; Eros, amor entre os cônjuges, porém há muitos que o define como amor carnal, ou seja, quando o amor corresponde com a paixão; e, Storge, amor conjugal em que o respeito e a harmonia são evidenciados.

I – MATURIDADE: PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO

É vontade de Deus que o homem e a mulher sejam uma única carne. E que se multiplique sem intrigas, sem invejas e sem discórdias; e para que isto ocorra é necessário que o casal tenha o seu próprio cantinho; “quem casa quer casa”.

É válido afirmar que o jovem que pretende casar que tenha maturidade. Porém, as dimensões de tal maturidade são: espiritual, moral e financeira. Espiritual identifica o jovem e a sua relação com Deus, se Deus não for centro da vida de alguém, logo tal pessoa não estará pronta para desfrutar dos benefícios da vida conjugal. Já a maturidade moral corresponde com a vida do jovem e as suas práticas na sociedade. E por fim, financeiro é o tipo de maturidade que corresponde à disposição do indivíduo com o mundo profissional, pobreza não corresponde à inferioridade, porém a preguiça é a virtude dos que sempre serão fracassados.

II – O AMOR ENTRE OS CONSORTES

O esposo deve amar a esposa e não amargurá-la. São muitos os meios pelo qual a esposa é amargurada em sua própria casa, exemplo; quando o cônjuge não a compreende, quando o esposo não a incentiva, quando ela é menosprezada por coisas e dentre outros quando ela não é lembrada.

Amar a esposa é doar se por ela, tanto tempo e carinho. É suprir as necessidades físicas, espirituais e financeiras. É valorizar as qualidades da esposa e reconhecer que os defeitos que ela possui nada mais é que a ausência de atenção do esposo para com ela.

A mulher não amada é comparada a um espelho sem imagem, pois a fisionomia da mesma é o reflexo da dor, e do sofrimento. Não existe o resplendor da beleza feminina, mas sim um conjunto de amarguras. Portanto, as ordenanças ao esposo é amar e tratar bem a sua esposa e fazendo isto o mesmo terá um lar harmonioso.

O esposo constrói a sua esposa conforme as suas qualificações e assim também a esposa. Não espere uma casa bem erguida de um operário sem qualificações e não espere um lar ideal de um esposo ou esposa irresponsável.

III – A FIDELIDADE CONJUCAL

O casamento deverá ser perene conforme os princípios bíblicos. E para que o relacionamento conjugal obtenha sucesso é necessário que a fidelidade tanto do homem como da mulher não seja representada por palavras, mas sim por prática.

A infidelidade produz efeitos para toda a família e quem mais sofrerá com as consequências pós-infidelidade serão os filhos. A palavra infidelidade corresponde ao ato de ser infiel, desleal, ou seja, aquele que trai a um compromisso afirmado diante de testemunhas.

Deus abomina a infidelidade conjugal. Pois, tal prática produz consequência a toda à família que impedem o desenvolvimento intelectual, emocional e até mesmo espiritual dos filhos e de outros tantos.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Sendo Verdadeiros

Sendo Verdadeiros

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

Jesus chamou de hipócritas as pessoas que praticam boas ações, não por compaixão ou outros bons motivos, mas para obter glória diante dos homens.

Uma das palavras-chave para a compreensão da presente lição é hipocrisia que corresponde com a atitude exterior que esconde uma realidade interior; prática de dizer uma coisa, mas fazer outra; atitude condenada pelas Escrituras (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 804).

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Contrastar o ato de dar esmola com a hipocrisia; colaborar no auxílio ao próximo sem alarde; e, concluir que Deus contempla o bem que realizamos.

I – O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA

Em Mateus capítulo 6 três princípios éticos são descritos como ações a serem concretizadas pelos os cristãos conforme o evangelista, que são: dar esmolas, orar e jejuar. Ambas as ações não devem ser executadas com o objetivo de ser o crente em Cristo a notoriedade visível, pois ao que dar esmola não saiba a mão esquerda o que faz a direita (Mt 6.3); assim como ao orares entre no aposento e fechando a porta, ore ao teu Pai que vê e está em oculto (Mt 6.6); e, ao jejuardes unge a cabeça e lava o rosto para que aos homens não pareça que jejuas (Mt 6.17,18).

O ato da caridade pode ser categoricamente associado com as palavras de Tiago que assim escreveu em sua Epístola:

Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo (Tg 1.26,27).

A falsa religião é composta por pessoas que querem um reino próprio e visam o bem próprio. Já a verdadeira religião visa o Reino de Deus, o bem do próximo e o guardar da corrupção. Portanto, duas missões da igreja são nítidas no presente texto: a assistência social aos desprovidos e a missão evangelizadora, pois apenas por meio da pregação da Palavra de Deus o homem não se corromperá com os manjares deste mundo.

II – AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE

A verdadeira motivação em auxiliar o próximo deve ser a de glorificar a Deus e contribuir para com o bem de quem precisa, lembrando que assim quem ajuda ao necessitado está agindo para o alívio da dor de alguém, assim como está adorando ao Senhor.

Porém, muitos eram motivados a darem esmola para serem ovacionados e engrandecidos no meio dos judeus, fato que não corresponde com o procedimento do cristão.

O papel do crente é agir com generosidade, pois a generosidade trata-se da virtude em que alguém dispõe em sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem. Assim também pode ser definida como a virtude em que se acrescenta algo ao próximo. Nunca desejando a ostentação e aplausos para si, mas que o nome de Deus seja glorificado.

Ao dar prioridade a Deus naquilo que faz para com alguém, o cristão nunca agirá de modo contrário, querendo fama, popularidade, nome, reconhecimento por parte dos homens. Para viver sem qualquer intenção de exibição, da glorificação do eu, o que é preciso é só olhar para o exemplo de Cristo (Mt 11.29), e em tudo nos deu exemplo (Jo 13.15), pois em seu viver sempre procurou agradar ao Pai e fazer a sua vontade (GOMES, 2022, p. 94).

O auxílio a alguém, assim como o ato de ofertar nunca poderá ser feito como desenvolviam os fariseus e como desenvolvem hoje os políticos que tem como objetivo serem notabilizados pela sociedade, toda ação deverá ser desenvolvida sem alarme, ser voluntária e ser discreta.

III – DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS

Deus é onisciente, ou seja, a onisciência indica que Deus não é limitado pelo aspecto intelectual, porque Ele sabe todas as coisas (Hb 4.13). Logo, a onisciência divina é perfeita, pois conhece o externo assim como interior de cada ser humano. É perfeita por também conhecer as coisas em sua essência o que leva a compreender que nada está oculto do saber e do agir de Deus.

Portanto, o Deus que conhece todas as coisas é o mesmo que recompensará o cristão por toda a ação desenvolvida. Assim sendo, é necessário que a ação de doar aos que necessitam não pode ser para glorificação própria, mas de fato deve ser um ato que outorgue adoração ao Deus criador de todas as coisas que por sua onisciência retribuirá a cada um, segundo as suas obras.

Referências

GOMES, Osiel. Os valores do Reino de Deus: a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: 2013.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

CASAMENTO: UNIÃO LEGÍTIMA ENTRE UM HOMEM E UMA MULHER

CASAMENTO: UNIÃO LEGÍTIMA ENTRE UM HOMEM E UMA MULHER 

Casamento é a união legítima entre um homem e uma mulher. No princípio Deus estabeleceu por meio da criação duas grandes obras: a criação do homem e da mulher conforme a sua imagem e semelhança e em segundo, por meio do homem e da mulher no que a tange a união à constituição da família.

O casamento Bíblico possui duas características indissociáveis, a monogamia e a heterossexualidade.

I – CASAMENTO E O PRINCIPIO DA MONOGAMIA

Monogamia corresponde ao processo social de união entre um homem e uma mulher. Já bigamia, é o desenrolar social da junção de um homem com duas mulheres. Enquanto que a poligamia descreve o relacionamento de um homem com até mais de duas mulheres. Porém, a poligamia ou bigamia trás como consequências: invejas, intrigas, brigas e amarguras. São exemplos de caso de bigamia na Bíblia: Lameque (Gn 4.19), Esaú (Gn 26.34,35), e Elcana (1 Sm 1.4-8).

II – O CASAMENTO BÍBLICO TEM A HETEROSSEXUALIDADE COMO PRINCÍPIO

O primeiro mandamento é cultural, ou seja, multiplicai e enchei a terra, logo o ciclo da vida corresponde ao nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer. Como haverá crescimento populacional se houver união entre pessoas do mesmo sexo? A Bíblia define o pecado como tudo aquilo que separa o homem de Deus e cita meios pelo qual o pecado é desenvolvido e também é praticado, exemplos: adultério, prostituição, fornicação e homossexualismo são práticas condenadas por Deus (Lv 18.22; Rm 1.26).

III – CASAMENTO E A INDISSOLUBILIDADE

Os valores familiares sofrem ataques espirituais que provocam a violência no seio da família e cria a contra cultura aos princípios de Deus para com o lar cristão.

Os termos “uma só carne” indica que na união de um homem e uma mulher há de fato uma junção de culturas e de sentimentos que serão vividos em uma nova roupagem a roupagem do amor. Não haverá duas culturas e não serão dois sentimentos. Será de fato e na prática uma única carne.

Porém, nos dias modernos nota-se como a separação tem se multiplicado. Que apresenta como causa o orgulho, infidelidade, ausência de amor, meios de comunicação e ausência de harmonia. E como consequências a demonstração clara das sequelas de um relacionamento fracassado.

EBD - Subsídio da Lição: Não retribua pelos padrões humanos

Não retribua pelos padrões humanos

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

O cristão não deve guardar rancor e nem buscar a vingança. Antes, deve vencer o mal com o bem. Dessa forma, ele demonstra que verdadeiramente teve o seu caráter transformado por Cristo.

Uma das palavras-chave para a compreensão da presente lição é vingança que tem como significado revanche pessoal; e pode ser agregado no sentido prático o seguinte teor significativo em ser um ato errado, pois, a justiça tem de ser deixada nas mãos de Deus ou com as autoridades que Ele escolheu (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 816).

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Avaliar que a vingança não é de natureza do Reino. Validar que o amor é a expressão natural do Reino; e, Valorizar a busca pela perfeição na perspectiva do Reino de Deus.

I – A VINGANÇA NÃO É NATUREZA DO REINO

A Lei de Talião é historicamente conhecida pela frase: olho por olho, dente por dente. Que tem como significado o que o homem fizer colherá ou pagará com a mesma intensidade. Assim compreende que a Lei de Talião era a prática da justiça e tinha como alvo impedir a vingança ou a prática de ações injusta.

Porém, os fariseus interpretavam a Lei do Talião para justificarem o uso da vingança, é válido citar que Deus proíbe em sua Palavra de maneira intensa a prática da vingança pessoal.

Os escribas e fariseus [...] só pensavam na execução, que revelava um espírito legalista, sem qualquer ato de misericórdia para com o próximo. Jesus interpretava de modo bem diferente e diz que seus seguidores não devem nunca agir dominados pelo sentimento de ódio, vingança, pelo contrário, eles devem manifestar atitudes que revelem um espírito cheio de amor, generosidade e compassividade para com quem precisa (GOMES, 2022, p. 73).

Por fim, o presente tópico sintetiza que no coração do cristão não pode haver sentimento de vingança; a vingança pertence a Deus; vença o mal com o bem; e, o salvo prega e vive o amor.

II – O AMOR É A EXPRESSÃO NATURAL DO REINO

As quatro ilustrações utilizadas por Jesus que se referem com a prática do amor como expressão do Reino outorga como compreensão:

Virar a outra face; ou seja, usar não como aos padrões do mundo, mas ser amoroso, perdoar, assim como usar de brandura e tolerância.

Arrastar para o tribunal: ou seja, perdoe antes que uma briga judiciária inicie.

Obrigar a fazer algo: ou seja, ao ser obrigado a fazer algo duplique a ação com amor e misericórdia, isto é, caminhe a segunda milha.

Fazer alguma coisa por alguém: ou seja, usar de bondade com os que precisam deste ato.

Por fim, o amor tem efeitos impactantes. Seguem-se alguns destes efeitos do amor:

a) O amor perdoa: o ódio provoca brigas, mas o amor cobre todas as transgressões (Pv 10.12).

b) O amor edifica: o amor que edifica requer abnegação, ou seja, limitação da própria liberdade para não enfraquecer as convicções de outros cristãos (1 Co 8.1).

III – BUSCANDO A PERFEIÇÃO DE CRISTO

O termo amor na língua grega tem três termos que o explica categoricamente que são: ágape, philis e eros.

Ágape, amor de Deus. O termo amor do latim, amorem, corresponde à dedicação afetiva. Deus doou o seu único filho para a salvação da humanidade (Jo 3.16), não há em toda história da humanidade prova maior de amor do que esta.

Dentre os atributos divinos o amor é considerado um dos mais altos e mais sublimes. O amor é um dos atributos morais de Deus. Deus é amor (1 Jo 4.8). Tal dedicação afetiva é altruísta, pois aceita o mundo inteiro em meio à natureza pecadora da humanidade (Rm 5.8).

Philis, amor entre amigos. A amizade poderá ser exercida entre pessoas de sexos diferentes, entre crianças, entre parentes e assim por diante. Todavia, por mais que o cristão tenha inúmeros amigos o amigo de fato se revelará no dia da angústia. O amigo será aquele que rejeitará nossas emoções pecaminosas e conduzirá o próximo para mais perto de Deus. Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão (Pv 17.17).

Eros, amor entre os cônjuges. Tipo de amor em que há conotação sexual. Amor em que há submissão e dedicação (Ef 5.22-25). Quando a esposa auxilia o esposo em tudo, tal entrega é possível pelo amor (Tt 2.4). Da mesma forma quando o esposo é presente, é amigo e é protetor isto inclui o amor. Quando a submissão, a humildade, a mansidão, a paciência e a tolerância são presentes em um lar, logo o amor é à base desta família.

Porém, para melhor compreensão o amor (eros) é associado às conotações sexuais e o amor (storge) à conotação familiar.

Portanto, o amor de Deus é incondicional, enquanto o amor entre amigos e entre familiares são condicionais. Logo, o amor incondicional é a descrição exata do amor de Deus que é perfeito, e assim cabe ao cristão ser perfeito como perfeito é o vosso Pai que está no céu (Mt 5.48).

Referências

GOMES, Osiel. Os valores do Reino de Deus: a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: 2013.