QUANDO A FAMÍLIA ESTÁ EM CONFLITO
A palavra conflito tem
como significado direções opostas definidas por pessoas antagônicas.
Sociologicamente há dois meios no contato social para a solução de conflito em
uma instituição, podendo ser esta a família.
Em primeiro lugar, o
conflito poderá ser resolvido de maneira provisória o que é chamado de
acomodação, e por segundo, a solução poderá ser definitiva, o que é chamada de
solução por assimilação. Biblicamente percebem-se dois elementos que são fundamentais
para dissipar o conflito na família: graça e amor. A graça deverá ser buscada
enquanto o amor deverá ser exercido. Todavia, não há problema insolúvel para
Cristo Jesus, por isso, o apóstolo Pedro assim escreve a igreja dispersa
“lançando sobre Ele toda vossa ansiedade, pois Ele tem cuidado de vós” (1 Pe
5.7). Cristo tem cuidado da igreja e da família, e de fato, continuará
cuidando.
I
– CÔNJUGES EM DESARMONIA
Para evitar o
desentendimento entre os cônjuges é necessário que cada um outorgue ao seu
parceiro confiança, carinho e se dedique integralmente ao bem estar do
relacionamento, pois a infidelidade é um transtorno para a convivência a dois.
Lopes acrescenta alguns elementos essenciais para que ocorra harmonia em um relacionamento, que são: sabedoria, temperança, capacidade de perdoar, fidelidade a Deus, honestidade, sinceridade e comunhão estreita com Deus. Sobre a temperança pode ser compreendido que:
Ter temperança
é: ter domínio próprio (Gl 5.22); é não perder a cabeça nas horas difíceis (Pv
13.16); é ter controle sobre as emoções (Pv 15.1,18); é ser prudente (Is
52.13); é ser longânimo (Pv 14.29; 16.32).
[...]
Precisamos ter controle sobre nossas ações. Há emoções que, se não forem controladas, provocam um grande estrago no relacionamento familiar. A ira, por exemplo, pode levar a pessoa a um estado de loucura e perda total da razão (LOPES, 2017, p. 219).
Para que não haja
desentendimento entre os cônjuges há quatro conselhos essenciais:
Primeiro, administre o
tempo, ou seja, se há tempo para tantas coisas dedique parte do tempo ao
cônjuge.
Segundo, fale palavras
certas nas horas certas, há inúmeros casais que são carinhosos e dedicados a
transmitir palavras a outras pessoas, porém quando se trata do cônjuge, o
indivíduo não se desenvolve da mesma maneira.
Terceiro, trabalhe
bastante, isto é, sempre busque dá o de melhor para o seu cônjuge.
E em quarto, não seja extremista, seja moderado e temperado.
II – PAIS AUSENTES
A ausência dos pais na
vida dos filhos passa a ser uma brecha para a existência de conflitos. Fato que
corrobora para que terceiros sejam responsáveis pela educação dos filhos e estas
pessoas serão remuneradas, ou por serem parentes, se dedicarão a cuidarem dos
filhos de outros. Moisés teve como bênção celestial o livramento da morte e o
privilégio de ser criado por sua própria mãe.
É preocupante a ausência
dos pais, pois na ausência dos pais, o tempo das crianças será preenchido pela
companhia de amigos que poderá de certa maneira influenciar com instruções que
não são provenientes de Deus.
Outro dilema é a dimensão da mídia na formação de nossas crianças. O que afetará até mesmo na atenção da criança. É natural hoje em dia o indivíduo conseguir manter atento a uma locução no máximo sete minutos e depois ficar desatento e passar a ter atenção depois de alguns minutos, pois é assim nos intervalos das programações. Olha a dimensão do problema.
Infelizmente, os filhos são massificados pela mídia e pelos seus programas nocivos que desvalorizam a família e vão de encontro aos valores morais e espirituais (LOPES, 2017, p. 348).
Por fim, o que mais tem afetado o relacionamento familiar é a ausência de Deus. Se Deus não tiver presente os resultados devastadores dos conflitos serão enormes, porém na presença dEle a família terá a condição exata para triunfar sobre toda a afronta do inimigo.
Referência
LOPES,
Jamiel de Oliveira. Psicologia pastoral:
a ciência do conhecimento humano como aliada ministerial. Rio de Janeiro: CPAD,
2017.
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