Deus é Fiel

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Igreja em Roma: fundação e liderança

Igreja em Roma: fundação e liderança

Paulo escreveu a Epístola aos Romanos provavelmente quando realizava a sua terceira viagem missionária, quanto estava em Corinto, por volta do ano 57 d.C. sobre a autoria não há dúvida no contexto eclesiástico que Paulo é o autor, pois o primeiro versículo da carta percebe-se que há identificação direta do mesmo como autor, e no período era costume dos escritores das cartas se apresentarem diretamente revelando o nome, assim como a credencial do mesmo.

O apóstolo se apresentou, assim como se identificou com as seguintes credenciais: servo e apóstolo: Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus (Rm 1.1).

Sendo que o apóstolo Paulo teve o apoio de Tércio na escrita da carta: Eu, Tércio, que escrevi esta carta que Paulo ditou para mim, mando saudações a vocês (Rm 16.22).

Sobre a fundação da igreja em Roma há três sugestões que proporciona a compreensão do surgimento da igreja, e são:

Os visitantes de Roma que se converteram a Cristo no dia de Pentecostes (At 2.10,41).

Convertidos de Paulo. Uma explicação mais provável para a origem da igreja de Roma é que ela foi fundada por cristãos que levaram o evangelho à capital do império (CHAMPLI, 2014, p. 723).

E há também a tradição católica em ensinar que o apóstolo Pedro foi o fundador da igreja em Roma, porém, [...] não há qualquer prova. Parece inteiramente inconsistente que esse apóstolo estivesse em Jerusalém ao mesmo tempo em que, segundo dizem, ele trabalhava em Roma. Além do mais, Paulo em toda a sua epístola, não faz menção de Pedro. Seu nome não foi incluído na lista das pessoas a quem enviou saudações (BOYER, 1996, p. 665).

Por fim, conforme Romanos 16.3,4 e 5 havia uma igreja na casa de Priscila e Áquila, fator histórico que proporciona o olhar para a compreensão que a liderança da igreja em Roma conforme a fala de Paulo era administrada por Priscila, uma mulher temente e dedicada ao Senhor.

Referência

BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 5. São Paulo: Hagnos, 2014.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – O SEGUNDO SINAL: A CURA DO FILHO DO OFICIAL

O SEGUNDO SINAL: A CURA DO FILHO DO OFICIAL

Conforme a Síntese:

A falta de fé nos impede de receber da graça, do poder e dos milagres de Jesus Cristo.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    A ausência da fé impossibilita os crentes em Cristo Jesus desfrutar da graça, do poder e dos milagres do Senhor Jesus.

ü    A fé é o meio que proporciona aos cristãos desfrutar das inúmeras bênçãos do Senhor.

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar o contexto do milagre realizado por Jesus na vida do filho do oficial;

Mostrar que a confiança em Jesus contribuiu para a operação do milagre;

E, Saber que fé, convicção e atitude nos levam a experimentar o poder de Deus.

I – O CONTEXTO DO MILAGRE

Em Jerusalém Jesus purificou o Templo, teve com Nicodemos um diálogo que possibilita a compreensão a respeito do novo nascimento, daí Jesus direcionou uma viagem de volta para a Judeia. Sendo que no caminho de retorno em Sicar instruiu a mulher samaritana a respeito da adoração, e já em Caná um oficial pediu que curasse seu filho, sendo este o segundo milagre operado por Jesus e em Caná, porém o efeito da cura se concretizou em Cafarnaum, onde localizava a criança enferma.

Os capítulos 3 e 4 fazem parte do ministério público de Jesus em que Ele atendia a necessidade dos homens. Parte esta conhecida como evangelho anunciado.

Em Jerusalém Jesus pregou para Nicodemos, instruindo a respeito do novo nascimento que tem como efeito ser guiado pelo Espírito Santo.

Em Sicar Jesus pregou para a mulher Samaritana, instruindo a respeito do arrependimento que tem como descrição prática transformar o novo convertido em verdadeiro adorador.

Por fim, em Caná o evangelho é propagado ao oficial do rei em que se aprende que a fé faz a diferença na vida dos que confiam no Senhor, pois basta uma palavra que o milagre ocorrerá.

II – CONFIANÇA EM JESUS

Sobre o oficial do rei conclui-se que:

Era assim conhecido provavelmente por sua grandeza em propriedades ou por ter poder.

Era provavelmente um oficial que servia a Herodes Antipas.

Não era um judeu devoto.

Demonstrou fé em três momentos específicos: ao olhar para Jesus como operador de milagres, ao crê na Palavra de Jesus e no momento em creu em Jesus com toda a sua casa (QUEIROZ, 2022).

Portanto, o maior obstáculo para a não ocorrência do milagre é a ausência da fé, pois o termo fé (gr. πίστις) significa convicção e confiança.

Porém, tendo como base o capítulo 11 da Carta aos Hebreus percebem-se duas definições, sendo que estas definições correspondem com o sentido prático da fé.

Em primeiro, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam (v.1). Fundamento significa essência ou realidade. A fé trata as coisas que se esperam como realidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 660).

Por segundo, a fé é a prova das coisas que se não veem (v.1). Prova significa evidencia ou convicção. A própria fé prova que o que é invisível é real, como serão, por exemplo, as recompensas do crente na volta de Cristo, 2Co 4.18 (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 660).

III – FÉ, CONVICÇÃO E ATITUDE

A fé é eficazmente resumida para compreensão em duas palavras: convicção e atitude. Convicção corresponde a acreditar em algo ou alguém por meio de evidências que a comprovem, logo a fé é descrita pela palavra convicção, ou seja, A fé se agarra à promessa. A fé está fundamental naquilo que vemos, mas está ancorada na palavra de Cristo. Fé é certeza e convicção (LOPES, 2015  apud QUEIROZ, 2022, p. 68).

Já atitude é saber fazer acontecer.  Atitude foi o elemento presente na vida dos heróis da fé, pois:

É exatamente isso que vemos na vida dos heróis da fé. Eles são identificados pelas atitudes que tomaram: Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim; Noé preparou a Arca; Abraão saiu sem saber para onde ia e ofereceu Isaque quando foi provado; Moisés recusou ser chamado filho da filha de Faraó (Hb 11.4,7,8,17,24). Há sempre um verbo, uma ação. Que Deus nos dê uma vida assim, de plena atuação espiritual. Pela fé e na força do Espírito Santo (QUEIROZ, 2022, p. 69).

Referência

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

QUEIROZ, Silas. Jesus, o Filho de Deus: os sinais e ensinos de Cristo no Evangelho de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

EBD - Subsídio da Lição: COMO LER AS ESCRITURAS

 COMO LER AS ESCRITURAS

Torna-se necessário introduzir o presente subsídio citando a seguinte frase:

Ler e estudar as Escrituras são um dever e um privilégio (BAPTISTA, 2022, p. 57).

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

As técnicas de interpretação auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem ser colocadas acima da autoridade da Palavra de Deus.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Expor que a Bíblia precisa ser interpretada; Pontuar os pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia; e, Apresentar os princípios básicos de interpretação bíblica.

I – A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA

A exegese e a hermenêutica fazem parte da Teologia Exegética. Campo de estudo teológico que tem como objetivo compreender o texto Sagrado. A compreensão torna-se possível quando o estudante da Bíblia procura responder as seguintes perguntas: O que o texto disse? E o que o texto quer dizer?

A exegese e a hermenêutica podem ser diferenciadas com a seguinte descrição: a hermenêutica é o método, enquanto a exegese é a prática do método para interpretar os significados conforme o contexto histórico e cultural da época.

[...] Por exemplo, o estudo das línguas bíblicas, dos fatos da história, das questões sociopolíticas das particularidades da cultura e dos recursos literários usados no texto sagrado coopera para a compreensão do real significado das palavras inspiradas (Ef 3.10-18). Portanto, a exegese não deve e não pode ser menosprezada durante a leitura e o estudo da Bíblia (BAPTISTA, 2022, p. 57).

Em virtude da necessidade de interpretar a Bíblia é necessário que o cristão compreenda que a primeira regra para o uso coerente da analise interpretativa das Escrituras Sagradas é que a Bíblia interpreta a própria Bíblia. Assim sendo, o conhecimento inicial das línguas utilizadas na escrita dos originais é necessária para que haja coerência na interpretação. As línguas utilizadas de maneira majoritária foram o hebraico e o grego.

II – PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA

A autoridade da Bíblia é a primeira justificativa para o cristão por em prática a leitura das Escrituras. O Senhor Jesus em seus ensinos ratificou a autoridade do Antigo Testamento, assim também, os apóstolos confirmaram a autoridade divina nos escritos narrados na Antiga Aliança.

Na tangência do Novo Testamento percebe-se que os primeiros cristãos aprovaram e vivenciaram a autoridade dos escritos dos apóstolos e demais escritores do Novo Testamento. Portanto, a autoridade da Bíblia é o primeiro pressuposto para os cristãos lerem, praticarem e crerem nas Escrituras Sagradas.

Ao ler a Bíblia o Espírito Santo outorga por meio da iluminação a compreensão prática dos textos. Logo, a compreensão prática permite compreender que por meio do conhecimento da Palavra de Deus o crente desfrutará de maior comunhão por meio da oração, presença na igreja e na prática do jejum. Em suma, o conhecimento da Bíblia produz a santificação.

[...] A iluminação não aumenta e nem altera a Bíblia; apenas elucida o que já foi revelado pelo Espírito. Assim, o conhecimento da Palavra produz comunhão com Deus, vida de oração, obediência e santificação (2 Pe 1.3-10) (BAPTISTA, 2022, p. 63).

Por fim, a leitura da Bíblia proporciona uma vida abençoada em todas as esferas das relações do ser humano.

III – REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO

A Bíblia é a sua própria interprete. Esta é a primeira regra para a interpretação eficaz dos textos Sagrados.

A Bíblia interpreta a si mesma, pois há coesão na objetividade de seus relatos, lembrando que o tema central da Bíblia é Jesus, logo, os pentateucos, os profetas, os escritos e os livros históricos do Antigo Testamento têm como foco mostrar para o Caminho.

Enquanto que o Novo Testamento mostra que os biográficos, o histórico, as cartas e o profético demonstram como Cristo viveu, morreu e ressuscitou, assim como a igreja primitiva seguiu no Caminho, como instruiu no Caminho e como será a consumação de todas as coisas sob a liderança de Jesus Cristo.

É importante na interpretação da Bíblia a compreensão que há abundância de linguagens na narrativa, sendo as principais linguagens presentes: o tipo, os símbolos, as metáforas e as parábolas.

No que corresponde ao sentido do texto é importante registrar que:

A mensagem da Bíblia encerra dois grandes sentidos.

1. O literal. É o sentido natural das palavras como em Atos caps. 27 e 28. A acidentada viagem de Paulo a Roma.

2. O figurado. A Bíblia é rica em linguagens figurada. O sentido figurado é expresso através de várias categorias de figuras de linguagens. As principais são os tipos, os símbolos, as metáforas e parábolas (SILVA, 1999, p. 58).

Entretanto, um cuidado é necessário e essencial para a igreja nos dias hodiernos, usar o texto Sagrado para justificar correntes ideológicas, pois é o texto Sagrado que define o que é certo e o que é errado e não a corrente filosófica e o comportamento dos indivíduos que deverão conduzir se a Escritura é coerente ou não as suas práticas e ideologias.

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

SILVA, Antônio Gilberto da. Manual da Escola Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

A purificação do Templo

 A purificação do Templo

E achou no templo os que vendiam bois, e ovelhas, e pombos, e os cambiadores assentados. E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda. E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorou (Jo 2.14-17).

O presente texto tem como objetivo responder a seguinte pergunta: Gostaria de tirar uma dúvida no capítulo 2.13-16, quer dizer que não podemos vender coisas na igreja? Tipo: feijoada, bazar...

Para responder a pergunta acima, duas outras deverão ser utilizadas no momento em que lemos o texto. Primeira, o que o texto quis dizer no período em que foi escrito? E, segunda, o que texto quer dizer nos dias atuais?

A primeira permite o desenvolvimento prático da exegese, enquanto a segunda outorga a aplicabilidade, tendo como objetivo que o cristão viva em conformidade com a vontade do Senhor.

Portanto, no que tange a compreensão do texto para o período em que foi escrito é necessário entender o seguinte ponto essencial:

E achou no templo os que vendiam e os cambiadores.

Deus não é contra o comércio, todo judeu é exímio empreendedor, porém o local e como o comércio estava sendo desenvolvido não eram conforme a vontade de Deus. Sobre o local compreende que o Templo é local de adoração e não de negociação de produtos e de ofertas. Ofertas, por quê? Por ser empreendedor os judeus começaram a negociar os animais que eram oferecidos em sacrifício no templo, assim o judeu no ato de deslocar para Jerusalém para a prática da adoração não precisaria sair de sua casa com a oferta, compraria no próprio Templo, o que inicialmente parecia ser benéfico, mas por outro lado a venda era uma extorsão desenvolvida pelos comerciantes sob a proteção dos sacerdotes.

[...] Um estudo fascinante das circunstâncias econômicas do povo da Jerusalém do século I observa que os preços das frutas eram entre três a seis vezes mais caros na cidade do que no campo! Mas isto não se pode comparar com os preços inflacionados exigidos em Jerusalém pelos pombos para sacrifício, que eram aproximadamente cem vezes mais do que se cobrava nas áreas rurais! A casa de Deus não havia somente sido convertida em um mercado por aqueles comerciantes que compravam e vendiam ali sob a proteção dos príncipes dos sacerdotes. Ela havia se transformado num mercado, onde os pobres, para quem a lei de Deus fazia a provisão necessária, tornavam-se vítimas de extorsão (RICHARDS, 2008, p. 201).

Os que vendiam e os cambiadores estavam no lugar certo, o Templo, porém fazendo a coisa errada, cuidando de seus próprios interesses materiais. Cuidado este fora do padrão, pois os lucros eram absurdos. Sendo que a resposta de Jesus em dizer que a casa de meu Pai é casa de oração, indica que os que vendiam e os cambiadores estavam transformando a casa do Senhor em um comércio.

Já no que tange a aplicabilidade é válido dizer que na casa do Senhor não poderá ter um olhar direto para a comercialização em que interesses pessoais sejam supridos.

Mas, enquanto a venda como hoje é desenvolvida para auxílio a projetos evangelísticos ou a departamentos não há uma associação direta com a motivação em que teve Jesus de expulsar os comerciantes do Templo, porém alguns cuidados devem ser observados e praticados, que são:

A venda de produtos no interior da igreja não é permitido por algumas denominações (o que no meu ver dentro da igreja é inaceitável qualquer comercialização mesmo que seja para a própria obra, na parte externa tranquilamente).

Venda com objetivo obter lucros absurdos e ainda utiliza a seguinte frase para justificar: é para ajudar a obra de Deus.

Venda no momento posterior ao culto, pois cantina aberta no momento do culto é o escape justificável daqueles que gostam de saírem, principalmente no momento da mensagem.

Por fim, todo cristão tem que saber que a primeira fonte para que projetos evangelísticos e as festividades dos departamentos ocorram com os recursos necessários, os dízimos e as ofertas não devem ser sonegados.

Referência:

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – VOCÊ PRECISA NASCER DE NOVO

 VOCÊ PRECISA NASCER DE NOVO

Conforme a Síntese:

A mensagem de Jesus é bem clara: não basta ser religioso.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    É necessário nascer de novo, isto é, nascer da água e do Espírito.

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar a clareza da mensagem de Jesus na pregação a Nicodemos;

Saber que Nicodemos foi de fariseu a discípulo;

E, Explicar a respeito do milagre do Novo Nascimento.

I – UMA MENSAGEM CLARA

Ser religioso é ser praticante da fé sem vivenciar a essência da fé. É apresentar o exterior em conformidade com as regras do viver mediante a prática externa e não o ser de fato na essência espiritual. Os fariseus nos tempos de Jesus são para os dias de hoje exemplos claros de pessoas que se apresentam pela religiosidade e não pela essência da fé em Deus.

Portanto, a verdade que os cristãos na atualidade devem compreender é que a religiosidade não salva. A salvação é unicamente na pessoa de Jesus Cristo (At 4.12).

Nicodemos chama Jesus de mestre, descrição frasal que demonstra que Jesus era conhecido pelo clero religioso do período. Há um ponto na história do encontro entre Nicodemos e Jesus que merece atenção. Nicodemos procurou a Jesus a noite, fato que pode ser explicado não por ter Nicodemos vergonha de encontrar com Jesus, mas ao fato de ser Nicodemos um homem compromissado com a prática de sua fé, que requeria de Nicodemos inúmeros encontros no período diurno, sobrando assim o período noturno para apreender com e de Jesus.

II – DE FARISEU A DISCÍPULO

Conforme o evangelista João entende-se que Nicodemos era um fariseu, príncipe ou líder do povo e membro do sinédrio (Jo 3.1; 7.50). O nome Nicodemos significa conquistador do povo.

Os fariseus formavam um partido religioso puritano, que tinham como objetivo a observância da Lei de Moisés.

Eram conhecidos por acreditarem na existência dos anjos, dos demônios e da vida após a morte. Em número de pessoas era considerado um grupo pequeno, porém possuía grande influência na vida social e tinham como componentes a maioria dos escribas. Os dois pesos a este grupo na narrativa do Novo Testamento passam a ser a falta de amor e o orgulho.

Porém, contrário ao foco que se firmou em torno dos fariseus Nicodemos se destacou na convicção em que o Senhor Jesus por realizar milagres deveria ser compreendido e escutado. E no que concerne ao amor o Senhor Jesus no capítulo três do Evangelho de João cita o centro da narrativa Bíblica: porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito (Jo 3.16).

Nicodemos foi atraído pelos milagres operados por Jesus, fato que corrobora a narrativa de Deuteronômio 18.19, Se alguém não ouvir as minhas palavras, que o profeta falará em meu nome, eu mesmo lhe pedirei contas, texto que alguns judeus comentam que se algum profeta que não recebeu credenciais de alguma escola judaica, mas que deu sinal por meio de milagres, este deve ser escutado.

III – O MILAGRE DO NOVO TESTAMENTO

O novo nascimento é definido pela palavra regeneração, que significa gerar novamente. Termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada.

Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.

O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.

Por fim, o novo nascimento pode ser definido por regeneração, transformação de vida pelo poder atuante do Espírito Santo na vida do pecador (Tt 3.5). (SOARES, 2017, p. 97).

REFERÊNCIA

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

EBD - Subsídio da Lição: A ESTRUTURA DA BÍBLIA

 A ESTRUTURA DA BÍBLIA

Torna-se necessário citar que:

A Bíblia Sagrada foi escrita majoritariamente em hebraico e grego, em período aproximado de 1.600 anos, por cerca de 40 homens, e se estrutura em Antigo e Novo Testamento. Seus livros são divinamente inspirados e constituem o cânon bíblico. O conjunto dos 66 livros forma um único livro: a Bíblia Sagrada. Os critérios para avaliação da canonicidade são a inspiração, o reconhecimento e a preservação dos livros como Palavra de Deus (BAPTISTA, 2022, p. 44).

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A Bíblia se divide em Antigo e Novo Testamentos, totalizando 66 livros, divinamente inspirados. Toda ela é nossa única regra de fé e prática.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Mostrar como a Bíblia está organizada e que ela se divide em dois testamentos; Esclarecer como os livros do Antigo Testamento são classificados; e, Expor a classificação dos livros do Novo Testamento.

I – COMO A BÍBLIA ESTÁ ORGANIZADA

A palavra Bíblia deriva do grego biblion, que tem como significado conjunto de livros. Porém, a palavra Bíblia foi utilizada pela primeira vez em referência às Escrituras no ano 400 pelo teólogo João Crisóstomo que ficou conhecido como boca de ouro.

O conhecimento bíblico torna-se importante para a compreensão do autor das Escrituras Sagradas, assim como para a defesa da fé cristã e para que o cristão viva de maneira abençoada.

II – O ANTIGO TESTAMENTO

O Antigo Testamento é de suma importância para o cristão e, é composto por trinta e nove (39) livros dos sessenta e seis (66) que compõe os escritos Sagrados.

1- Quatro motivos proporcionam a leitura do Antigo Testamento. E os motivos são: quantidade, autoridade, unidade e utilidade.

Quantidade, por representar três quartos da Escritura Sagrada.

Autoridade por representar assuntos concernentes à fé, e por ser reconhecido por Jesus e pelos apóstolos.

A unidade se associa com a relação entre o Antigo e Novo Testamento. A mensagem do AT não é omitida pelo NT. Mas, a mensagem de ambos se complementa.

O AT ajuda o cristão a evitar a idolatria, ajuda os filhos de Deus a desenvolverem ações de louvor e permite por meio de seus escritos que o cristão tenha conhecimento de Deus. Logo, por estas características o AT é útil para o desenvolvimento espiritual dos cristãos.

2- Livros e Mensagens do Antigo Testamento. Nos sermões de Jesus a mensagem do Antigo Testamento era nítida.  O livro de Isaias é citado 419 vezes no Novo Testamento, seguido por Salmos que é citado 414 vezes.

Os livros são classificados em Lei, Históricos, Poéticos e Proféticos.

2.1- Lei. Os primeiros cinco livros do AT são conhecidos como Pentateuco, que nos manuscritos hebraicos se encontravam unidos a um mesmo pergaminho, porém com a tradução dos setenta (septuaginta) se dividiram em 5 livros.

Gênesis – livro do princípio. Narra os primeiros acontecimentos da história da humanidade até a morte de José no Egito.

Êxodo – Livro da saída do Egito para a Terra Prometida.

Levítico – livro da santidade. Deus fala a Moisés.

Números – livro das contagens.

Deuteronômio – livro da repetição da Lei. Moisés fala ao povo.

E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas (Dt 6.6-9).

2.2- Históricos. São os livros que esclarecem a história do povo israelita. São em número de doze: Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.

Josué – conquista de Canaã. Livro que enfatiza “os líderes passam, mas a aliança deve permanecer”.

Juízes – a instabilidade espiritual do povo. O povo desobedece, Deus entrega o povo nas mãos dos inimigos, o povo se arrepende e ora, e por último, Deus levanta um libertador.

Rute – abertura às nações.

1 Samuel – instalação da monarquia.

2 Samuel – o governo de Davi.

1 Reis – Reino dividido.

2 Reis – crise espiritual que se efetuou na crise política.

1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias – narrativa histórica com base nos seguintes temas: templo, culto e esperança.

Ester – Livramento divino em terra estrangeira.

Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido (Js 1.8).

2.3- Poéticos. São livros devocionais por conter o drama, Jó; poesia, Salmos; didática poética, Provérbios; sentimentos poéticos ou uma história de amor, Cantares; e, a busca pelo sentido da vida, Eclesiastes.

Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra (Sl 119.9).

2.4- Proféticos. Estes livros estão divididos em dois grupos. Profetas maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel. E profetas menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do Senhor. Na verdade o povo é erva. Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente (Is 40.7,8).

III – O NOVO TESTAMENTO

O Novo Testamento é de suma importância para o cristão; e, é composto por vinte e sete (27) livros dos sessenta e seis (66) que compõe os escritos Sagrados.

Há uma frase que expõe com clareza o versículo escrito pelo apóstolo Pedro (1 Pe 3.15). A frase é; “creio na Bíblia para ser salvo, leio a Bíblia para ser sábio e pratico a Bíblia para ser santo”. Santificação, sabedoria e salvação estão presentes nas palavras do apóstolo.

1- As motivações a leitura do Novo Testamento são: a narrativa sobre a vida de Jesus, a histórica da igreja, ensinamentos a respeito dos eventos futuros como o arrebatamento da igreja e lições práticas para uma vida abençoada.

Para entender o Novo Testamento é necessário conhecer os livros que o compõe, conhecer os escritores dos livros e por fim entender a sua mensagem.

2- Livros e Mensagens do Novo Testamento. O Novo Testamento possui vinte e sete (27) livros; duzentos e sessenta (260) capítulos; e, sete mil, novecentos e cinquenta e nove versículos (7.959).

O Novo Testamento é dividido em quatro classes: biográficos, histórico, epístolas e profético.

2.1- Biográficos. São os quatro evangelhos por narrarem fatos marcantes da vida de Jesus, como: o nascimento, o batismo, a unção, os milagres operados, o ministério particular e os acontecimentos finais.

Os evangelhos de Mateus, Marcos e de Lucas são chamados de sinópticos por serem semelhantes. Outro fator decisivo na compreensão dos evangelhos está no destino em que cada obra possuía, isto é, Mateus escreveu para os judeus, Marcos aos romanos, Lucas a um doutor grego e João para os gentios e também para os judeus, isto é, para a igreja.

2.1.1- O Evangelho de Mateus. É conhecido como o Evangelho do Rei. Tendo como destino os judeus. A mensagem central deste evangelho é sintonizar os judeus com a chegada do Messias. O evangelho poderá ser dividido em três partes: primeira, a vida e o ministério de Jesus (1-15); segunda, ensinos profundos do Messias (16-23); e a terceira parte, os acontecimentos finais do ministério do Messias.

2.1.2- O Evangelho de Marcos. É conhecido como o Evangelho do Servo. A chave do livro encontra-se em Marcos 10.45: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. O evangelho foi escrito para a igreja que se encontrava em Roma, que segundo dados históricos, sofria naqueles dias terrível perseguição que havia se originado do incêndio provocado por Nero. Porém, Nero culpou os cristãos pelo o incêndio e produziu em seguida a perseguição aos cristãos. A obra foi escrita provavelmente em 65 a 67 d.C.

2.1.3- O Evangelho de Lucas. É conhecido como o Evangelho do Filho do Homem. Lucas não fazia parte do grupo dos apóstolos, mas como historiador narrou com clareza a biografia de Jesus. O evangelho é dividido em três partes: primeira, o início do ministério público de Jesus (1-9); segunda, a jornada para Jerusalém (10-19); e, a terceira, últimos dias e a ressurreição do Senhor Jesus (20-24).

2.1.4- O Evangelho de João. É conhecido como o evangelho do Filho de Deus. É dividido em quatro partes: primeira, a introdução (1.1-18); segunda, ministério público de Jesus (1.19-12.52); terceira parte, ministério particular de Jesus (13-17); e quarta parte, acontecimentos finais (18-21). O propósito que levou João escrever o evangelho encontra se nas seguintes palavras; “estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).

2.2- Histórico. Corresponde ao quinto livro do Novo Testamento, Atos dos apóstolos, e foi escrito por Lucas que faz questão de narrar a história da igreja cristã que é dividida em três eventos: pré - pentecostais, pentecostais e missionários.       

2.3- Epístolas. São cartas escritas a igrejas com o seguinte objetivo, transmitir ensinamentos para edificação da igreja.

2.3.1- Cartas escritas por Paulo. As treze epístolas escritas pelo apóstolo Paulo foram escritas sobre o aspecto do quando, ou seja, existia um motivo básico para que as epístolas fossem escritas.

Quando o fim é a principal preocupação. Aqui corresponde diretamente com 1 e 2 Tessalonicenses.

Quando a igreja é a principal preocupação. Aqui corresponde a 1 e 2 Coríntios.

Quando o evangelho é a principal preocupação. Aqui corresponde às seguintes cartas: Gálatas e Romanos.

Quando a prisão é uma realidade. As cartas são Filipenses, Colossenses, Filemon e Efésios.

Quando a morte se aproxima. Corresponde com as cartas 1 e 2 Timóteo e Tito.

2.3.2- Carta aos Hebreus. Redigida aos judeus convertidos a Jesus Cristo. Possui valor e aplicação para os cristãos de todas as épocas. A carta é um combate direto ao abandono e a frieza de alguns dos membros da igreja (10.25). A carta apresenta ainda a superioridade de Jesus à Lei de Moisés, a superioridade do sacrifício de Jesus, pois o sacrifício do antigo concerto era incompleto e apresenta a obra, missão e a supremacia de Jesus a todas as coisas.

2.3.3- Cartas Universais. Escritos para a igreja perseguida, tendo como objetivo o consolo da parte de Deus para os cristãos, e também apresentam instruções fundamentais para uma vida abençoada.

2.4- Profético. Parte que é composta por um único livro o de Apocalipse. O versículo chave do livro encontra se em Apocalipse 1.19: “escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”. Logo, o livro está dividido em três partes: as coisas que tem visto (1), as coisas que são (2,3) e as coisas que depois destas hão de acontecer (4-22).

Referência:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras: a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

domingo, 16 de janeiro de 2022

NEM MAL, NEM PRAGA SUCEDERÁ SOBRE A SUA CASA (SL 91.10)

 NEM MAL, NEM PRAGA SUCEDERÁ SOBRE A SUA CASA (SL 91.10)

O Salmo 91 é tido como um cântico de fé. Possui quatro divisões, sendo elas: demonstração de confiança no Senhor (v. 1,2); resultado para os que confiam no Senhor (v. 3-8); proteção ao Messias (v. 9-13); e, promessas de dias abundantes (v. 14-16). Sobre a autoria do Salmo não há identificação notável, porém percebe-se que apresenta semelhança com as experiências e ideias de Moisés visíveis na narrativa do Salmo 90. Mas, não há identificação histórica sobre a autoria.

I – Compreendendo o Salmo em sua estrutura escrita

1- Demonstração de confiança, condição (v. 1,2). Quando o cristão habita no esconderijo do Altíssimo demonstra confiança no Senhor, fato que proporciona ou outorga como resultado as benevolências do Senhor. É válido ressaltar que o primeiro verso proporciona olhar para Deus como majestade e o Todo Poderoso.

Enquanto, o verso de número dois descreve a confiança em ter a Deus como refúgio e fortaleza, pois nEle o cristão encontra total confiança e estará seguro.

2- Resultados para os que confiam no Senhor, bênçãos individuais (v. 3-8). As bênçãos são inúmeras, porém o salmista cita as seguintes:

a) Livre do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. Livre de arapucas e de várias doenças.

b) Segurança por está debaixo das asas do Altíssimo. Ao utilizar os termos escudo e broquel o salmista demonstra que o crente estará seguro por ter total proteção de qualquer perigo.

c) Isenção de medo do terror noturno, assim como, da assolação do meio-dia. Isenção aqui indica confiança no agir do Altíssimo em proteger e livrar o crente de todo o tipo de mal.

d) Protegido de ataques do inimigo. Mil cairá morto do teu lado e dez mil mortos a sua direita, mas tu não serás atingido, ou seja, Deus o refúgio do cristão garante total proteção contra os ataques dos inimigos e tem mais, o justo com os seus olhos verás a recompensa dos perversos.

3- Proteção ao Messias, bênçãos coletivas (v. 9-13). Quando Jesus foi tentado por Satanás o inimigo utilizou o presente salmo para provocar a natureza e a missão de Cristo. Sendo assim, fica nítido que o presente parágrafo é voltado para uma descrição messiânica em que o Messias teria proteção em não sofrer mal e nem praga, além de ter ao Seu dispor os anjos do Altíssimo.

4- Promessas de dias abundantes (v. 14-16). Amou na prática outorga como resultado cuidado e livramento. Enquanto que a abundância de dias em vida longa corresponde no contexto da vida do Messias a doutrina da ressurreição, que se associa com o termo honrarei (v. 15) e com a frase, lhe mostrarei a minha salvação (v. 16).

II – NEM MAL, NEM PRAGA

Aplicando o presente salmo para com a vida no aspecto familiar o cristão poderá receber como aprendizagem:

1- Há uma condição para ser abençoado e esta condição é habitar no lugar do Altíssimo. Ou seja, é está na presença de Deus e conviver com os projetos e planos de Deus para com a própria vida.

2- Há bênçãos de Deus que são individuais. Deus outorga benevolência para com as pessoas de forma individual. Para que estes possam desfrutar do melhor de Deus para com as suas vidas. Deus livra e outorga proteção.

3- Há bênçãos coletivas. Deus não abençoa apenas um e esquece-se dos demais. Na bênção que Deus outorga aos seus santos tem como propósito proporcionar bênçãos para com as outras pessoas, porém é necessário compreender que há como olhar particular, o cuidado de Deus para com a família em que nenhuma mal e nem praga sucederá sobre a tenda, ou sobre a morada daqueles que habitam no esconderijo do Altíssimo.

As bênçãos coletivas também são bênçãos eternas, ou seja, vão além deste tempo.

 Nem mal (gr. kakos) que denota algo desprezível, ou que causa dor e ou aflição (gr. poneros), deterá o lar do cristão. Assim como nenhuma doença ou sofrimento (gr, mastix e plege) limitará o palmilhar dos que confiam no Senhor.

4- Promessas para com a família. Deus tem amplo propósito para realizar na família. Toda família tem um propósito coletivo. Deus ao unir o lar e ao constituir os filhos, assim formou para estabelecer as Suas promessas em salvar, transformar, libertar e levar para o céu.

Logo, compreende que Deus é quem controla todas as coisas estabelecendo a condição para abençoar, liberando bênçãos individuais, concretizando as bênçãos coletivas e estabelecendo com primazia as promessas. Por ser um salmo messiânico a ressurreição é anunciada como plano divino a ser revelado na e para com a humanidade. Portanto, para com a família não há impossível que Deus não possa estabelecer e concretizar para o bem do lar em dissipar tudo o que é desprezível, assim como eliminar todo o sofrimento e doenças.

Por fim, saiba somar e multiplicar os ganhos de Deus para com o lar. Deus não outorga a família nuclear para que o indivíduo menospreze a família extensiva. Deus não outorga filhos para que o consorte seja desprezível. Deus não outorga novos amigos para que os velhos amigos sejam abandonados. Deus é Deus que abençoa com a abundância de bens.