O PRIMEIRO SINAL: ÁGUA EM VINHO
Conforme a Síntese:
Os sinais que Jesus realizou
visavam fazer com que o reconhecessem como o Redentor anunciado pelos profetas,
sendo a manifestação plena do Deus Filho encarnado.
Com base na descrição acima da verdade
prática, conclui-se que:
ü Os
sinais operados por Jesus tinham como propósito tornar conhecida a manifestação
de Sua divindade.
A
presente lição tem como objetivos:
Explicar a importância do
primeiro sinal realizado por Jesus Cristo;
Apontar a narrativa e o
contexto do primeiro sinal realizado por Jesus;
E, Conhecer a respeito do
significado do ‘bom vinho’.
I – MAIS QUE UM
MILAGRE
No versículo 11 a palavra sinal é derivada do
grego “semeion”, ou seja, termo que tem como significado marca, prova ou
indicação, que apresenta ou distingue uma pessoa. Logo, compreende-se que o
sinal tem como marca provar a divindade de Jesus, o Verbo encarnado.
O evangelista João é o único escritor a
registrar o que é conhecido como o primeiro sinal operado por Jesus. Semeion
que indica não apenas aos discípulos (neste momento apenas 5 que estavam com
Ele), mas indica para a igreja no longo da história que Ele é Deus e faz as
obra de Deus.
[...] O fato de Cristo
estar principiando ali os seus sinais tinha justamente a intenção de revelar a
sua natureza divina aos homens que iriam segui-lo durante todo o seu ministério,
embora não tenham alcançado esse entendimento de forma perfeita naquele
momento. De qualquer sorte, o sinal serviu para que vissem não apenas um mestre
dos judeus, mas alguém com extraordinário poder, muito diferente da classe
religiosa do seu tempo. A fé estava sendo gerada neles (QUEIROZ, 2022, p. 47).
Os sinais operados por Jesus trazem consigo o
júbilo, porém a transformação da água em vinho não tinha apenas o propósito de
proporcionar alegria ao noivo, mas, em contra partida o grande propósito estava
em descrever a divindade do Messias, Jesus Cristo o Filho de Deus.
II – A NARRATIVA E
SEU CONTEXTO
O presente tópico apresenta três elementos essências:
Uma cidade;
Um diálogo;
E, um elemento nutritivo (vinho).
Sobre a cidade percebe que se trata de Caná
da Galileia, pequena vila que foi escolhida por Jesus para ser palco do
primeiro milagre. Também em Caná, lugar de juncos, Jesus curou o filho de um
oficial (Jo 4.46-54).
Sobre o diálogo, este ocorreu entre Maria e
Jesus. Maria percebeu o problema, a falta de vinho, logo apresentou o problema
a Jesus. Tendo conhecimento do problema o Senhor Jesus apresentou a solução. A síntese
do diálogo na ação de Maria em apontar [...] para Jesus
e diz aos empregados: “Fazei tudo quanto ele vos disser” (Jo 2.5). Esta é a
mensagem de todo anunciador do Messias: indicar a Cristo e ressaltar a necessidade
de ouvi-lo e obedecê-lo. Observamos que Maria não se apresentou como uma medianeira.
Os empregados ouviram diretamente de Jesus o que precisariam fazer (2.7)
(QUEIROZ, 2022, p. 49).
O vinho representava a alegria no
relacionamento. A falta de vinho na celebração do casamento poderia ser sinal
de tristeza para os judeus. No costume dos judeus o melhor vinho seria
oferecido primeiramente, porém com a transformação do vinho compreende-se que
Jesus mudou a natureza, água em vinho, tornando o vinho derivado da água excelência
superior ao industrializado pelos homens.
III – O BOM VINHO
Muitas pessoas aproveitam o texto em que
Jesus transformou água em vinho para justificar o consumo de bebidas alcoólicas,
porém com base em alguns versículos percebe-se que a bebida fermentada
proporciona desastres.
O vinho é escarnecedor, a
bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio (Pv
20.1).
O que ama os prazeres padecerá
necessidade; o que ama o vinho e o azeite nunca enriquecerá (Pv 21.17).
Não olhes para o vinho quando
se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No fim,
picará como a cobra, e como o basilisco morderá (Pv 23.31,32).
Não é próprio dos reis, ó
Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes o desejar bebida
forte; Para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os
aflitos (Pv 31.4,5).
A prostituição, e o vinho, e o
mosto levam para longe o coração (Os 4.11).
Porém, há um texto em que Paulo outorga as seguintes
palavras esclarecedoras:
E não vos embriagueis com
vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef
5.18).
Ser cheio do Espírito corresponde a ir além
de receber o selo, indica que a cada instante o cristão necessita se encher. A
descrição: mas enchei-vos, corrobora para uma ordem outorgada, ou seja, indica
uma ação constante que deve ser desenvolvida.
O ser cheio do Espírito Santo corresponde a
não ter uma vida estática. Um ministério parado e limitado às ações humanas,
pois ser cheio do Espírito corrobora para que o crente possua uma vida dinâmica
sobre a direção do Consolador. Verdade ratificada pela palavra de Jesus a
Nicodemos quando disse a ele que o que é nascido do Espírito é igual ao vento
(Jo 3.8), isto é, o nascido de novo é dinâmico e não se limita a um espaço
específico. E conforme as descrições utilizadas na atualidade seria uma pessoa
fora de série.
[...] A ação do Espírito
na vida cristã não é estática nele somos renovados no nosso dia a dia. Essa
experiência acontece reiteradamente em nossos dias e isso vem desde o
Pentecostes (SOARES, 2020, p. 117).
Referência
SOARES,
Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo:
A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de
Janeiro: CPAD, 2020.
QUEIROZ,
Silas. Jesus, o Filho de Deus: os
sinais e ensinos de Cristo no Evangelho de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
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