Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Culto de Ensino - Ministério Público de Jesus: Ensinado a respeito das últimas coisas

 

Ministério Público de Jesus: Ensinado a respeito das últimas coisas

Texto: 4- Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; 5- Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. 6- E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. 7- Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. 8- Mas todas estas coisas são o princípio de dores (Mt 24. 4-8).


Os ensinos do Mestre Jesus abrangem instruções voltadas para a obtenção da salvação, preparação dos discípulos para a propagação do Evangelho e além de tudo, Jesus ensinou aos seus ouvintes a respeito de temas voltados para os últimos acontecimentos. Dois pontos merecem atenção a respeito dos ensinos de Jesus no que se trata a temática referente à escatologia: ensino a respeito do fim e ensino a respeito da sua volta.

Ensinando a respeito do fim (Mt 24. 1-12)

Tendo como base Mateus 24 percebe-se que os sinais que antecedem o arrebatamento da igreja são divididos de forma didática em duas partes. A primeira parte corresponde com sinais nos céus e a segunda com sinais na terra.

1- Sinais nos céus. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas (Lc 21.25). A lua desviou da órbita em cerca de vinte quilômetros, logo, a mudança na órbita define sinais presentes nesta obra criada. Para Dr. Crommeli, “algumas influências desconhecidas estão agindo sobre a lua, e não temos a menor ideia do que sejam” (apund BANCROFT, 2006, p. 330).

Sobre as estrelas assim descreve Bancroft:

[...] em 1918, uma nova estrela de primeira grandeza foi descoberta por diversos olhos ao mesmo tempo, e imediatamente foi verificada pelo observatório de Greenwich.

Outras descobertas importantes no céu têm seguido em ordem e com suficiente frequência para trazer o mundo ciente dos sinais nas estrelas, que aumentarão, apontando a vinda de Cristo e o fim da dispensação (2006, p. 330).

2- Sinais na terra. Sinais que estão divididos em: naturais, políticos, tecnológicos e espirituais. Os sinais naturais se cumprem na natureza física e na humana. Na natureza física haverá terremotos (Mt 24.7) e na humana haverá pestilência (Mt 24.7). Já os sinais na política serão notáveis nos acordos entre as nações (Dn 2.7) e nas guerras entre os povos (Mt 24.7). Por outro lado, os sinais tecnológicos (Dn 12.4; Na 2.4) se definem com “o aumento dos transportes, tanto nacionais como internacionais, nada é senão verdadeiramente fenomenal, quer visto em relação aos indivíduos que participam dos mesmos, quer aos meios e métodos empregados” (BANCROFT, 2006, p.331).

Por fim, os espirituais se tornarão notórios com o aumento da iniquidade (Mt 24.12), logo haverá a apostasia (1 Tm 4.1). Sendo que a apostasia poderá se concretizar em três etapas progressivas: negação, renúncia e distorção.

A primeira etapa da apostasia corresponde com a negação de Cristo e de tudo que pertence a Cristo. Enquanto na segunda etapa ocorre à renúncia de Cristo, ou seja, o indivíduo não reque seguir a Cristo e tem vergonha do Evangelho. E como terceira etapa percebe-se a distorção do Evangelho, assim como a aceitação e a propagação de outra mensagem, totalmente contrária aos princípios de Deus.

Jesus ensinando a respeito da sua vinda

Há um dualismo no que se refere ao retorno do Senhor Jesus, pois a segunda vinda se desenvolverá em duas fases: na primeira fase, será nos ares com o objetivo arrebatar a igreja (1 Ts 4.16,17), não será visível a todos; já a segunda fase, Jesus virá juntamente com os santos para reinar por mil anos na terra, esta vinda será visível a todos (Mt 24.26,27).

No que se associa ao arrebatamento da Igreja nos ensinos de Jesus torna-se notável que Ele requer dos seus servos a vigilância, pois daquele dia e hora ninguém sabe (Mt 24. 36). Pois, assim como foi nos dias de Noé em que a vida era seguida da melhor maneira possível, sem preocupações e com toda a atividade diária; comiam, bebiam, casavam e davam em casamento (Mt 24.37). Porém, a relação social e espiritual não era focada pela harmonia, pois, a terra estava cheia de práticas com o uso da violência (Gn 6.11), e viu Deus a terra, e eis que a mesma estava corrompida (Gn 6.12).

Nos dias hodiernos a realidade é idêntica aos dias de Noé, por isso, que Jesus alerta a Igreja à vigilância. A maldade, a violência e a corrupção são fenômenos espirituais marcantes desta geração. Assim, como Noé foi fundamental para marcação de um novo tempo, tempo de restauração, a Igreja deverá ser nos dias atuais o instrumento de Deus para fazer deste tempo um tempo de restauração e bênção para muitas vidas.

O cristão deverá lembra-se de estar vigilante, pois em breve Cristo voltará!

Referência:

BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

domingo, 30 de agosto de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Provai se os Espíritos São de Deus

 

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Provai se os Espíritos São de Deus

A verdade prática permite compreender que Através dos dons espirituais, a Igreja discerne os espíritos enganadores.

Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que:

João fala dos espíritos dos mestres de forma semelhante ao que Paulo disse sobre os espíritos dos profetas em 1 Co 14.32. João não se refere, aqui, à possessão demoníaca, mas a mestres que induzem ao erro. Os cristãos possuem o Espírito Santo (1 Jo 3.24), mas os falsos profetas obedecem a espíritos malignos. O verdadeiro profeta recebe revelações diretas de Deus. O falso profeta alega ter recebido revelações diretamente de Deus, mas, na verdade, promove ideias errôneas (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 386).


Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Levar os alunos a refletirem sobre como discernir os espíritos e julgar a profecia.

E como objetivos específicos:

Destacar o cuidado que devemos ter com os falsos profetas.

Ressaltar que a Bíblia revela a existência dos falsos profetas.

Salientar que devemos julgar as profecias.

Mostrar por que devemos julgar as profecias.

Pontuar como devemos julgar as profecias.

I – CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS

O cristão tem que vigiar, pois quando não há vigilância até mesmo o que é um valor positivo poderá torna-se em um transtorno. No caso dos judeus percebe-se que eles outorgavam valor à palavra de Deus mediada por meio dos profetas. Fato que transformou em estratégias dos rivais do povo de Deus. Tobias e Sambalate subornaram alguns profetas para atemorizar Neemias.

Sobre Noadias pode afirmar que:

[...] falsa profetisa que se aliou a Tobias e a Sambalá em sua oposição a Neemias, quando ele procurava reerguer as muralhas de Jerusalém, após o cativeiro babilônico. É curioso que o texto massorético (vide) e a Septuaginta (vide) dão um sentido diferente ao texto de Nee 6.14, onde essa mulher é mencionada. Assim, o texto massorético a condena; mas a Septuaginta chega a elogiar Noadia entre as pessoas que teriam advertido a Neemias. Seja como for ela viveu por volta de 445 A.C (CHAMPLIN, 2014, p. 510).

O importante é que Neemias conhecia a voz de Deus e não foi enganado por profecia humana. Não apenas os líderes, mas todos os cristãos devem de fato compreender a voz de Deus mediante a qualquer circunstância.

Lembrando que há três tipos de profecias: divina, carnal e diabólica. A mensagem quando é de origem divina conforta, consola e edifica. Já a mensagem humana e a diabólica provocam no seio da comunidade confusão, não edifica e nem consola.

II – A BÍBLIA REVELA A EXISTÊNCIA DOS FALSOS PROFETAS

A missão dos falsos profetas é única: desviar os servos do Senhor do propósito conduzindo-os à desobediência. A revelação pronunciada pelos falsos profetas não tem como fonte inspiradora a pessoa de Deus. Sendo que os ensinamentos conduzidos pelos falsos profetas se tornam em instruções hereges.

Conforme o profeta Jeremias (6.14) os falsos profetas têm como característica propagarem a mentira, anulando qualquer aproximação para e com a verdade. Anunciam consolo quando a destruição se aproxima. Descrevem e anunciam a perseguição com o objetivo direto produzir medo.

Corroborando com a descrição citada acima, percebe-se que os falsos profetas mentem para conquistarem status, assim como, para alcançarem privilégios.

III – DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

O dom de profecia corresponde com a mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo na língua conhecida pelo mensageiro e pelo destinatário. Sendo que a mensagem é divina. Em suma, é necessário compreender que toda profecia de origem divina se cumpre:

A profecia de Gêneses 3.15, se cumpriu (Mt 1.25).

A profecia presente no Salmo 22.16, “transpassaram-me as mãos e os pés” se cumpriu na cruz.

A profecia que Jesus nasceria em Belém (Mq 5.2), se cumpriu.

Logo, toda profecia que tem a origem na pessoa de Deus se cumprirá. Assim como toda profecia divina tem como finalidade: edificar (na formação do caráter e da personalidade do cristão), exortar (isto é, confortar, inspirar, defender e guiar) e consolar (que corresponde com a doação de alegria e de paz).

IV – POR QUE DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

Em 1 Tessalonicenses 5.20,21 pode concluir que a profecia deve ser aceita a partir do momento em que ela for examinada. Portanto, é necessário julgar a profecia por que:

A profecia poderá ter origem fora da pessoa de Deus.

A profecia poderá ser fruto da opinião do indivíduo que a profetiza.

E porque a narrativa bíblica proporciona ao cristão a ação de julgar (1 Co 14.29). Os outros julguem indica que ninguém, nem mesmo uma pessoa exercendo um dom da graça, está isento de julgar a igreja (1 Co 6.5; 11.29,31). Esse julgamento poderia ser feito pelos outros profetas presentes (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 440).

V – COMO DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

O presente tópico proporciona compreender que o dom de discernimento de espíritos é necessário e fundamental para julgar a profecia, pois a profecia se conhece pelo teor e pelo sabor. Lembrando que o dom de discernimento faz parte do grupo dos dons espirituais chamados de dons de revelação, isto é, juntamente com o dom da sabedoria e dom da ciência.

Os dons de revelação manifestam o saber de Deus. Estes dons são outorgados para que haja aconselhamento e orientação à igreja do Senhor. Logo, os dons de revelação demonstram o agir provedor de Deus para com a igreja.

Sobre o dom de discernimento os espíritos o pastor Renovato assim escreve:

Refere-se à capacidade sobrenatural, concedida por Deus, com a finalidade de identificarem-se as origens e natureza das manifestações espirituais. Tais manifestações podem ter basicamente, três origens: De Deus, do homem (da carne) ou do maligno. Em determinadas ocasiões, uma manifestação espiritual pode apresentar-se, no meio da congregação, ou diante de um servo de Deus, com aparência de genuína e ser mistificação diabólica, ou artimanha de origem humana. Pelo entendimento e pela lógica humana, nem sempre é possível avaliar a origem das manifestações espirituais. Mas, com o dom de discernir os espíritos o servo de Deus ou a igreja não será enganada (2014, p. 39,40).

VI – CONCUSÃO

Por fim, quando as profecias são provadas:

Os dons são conservados, a igreja desenvolve ações que outorgam as correções necessárias e bênçãos de Deus se manifestam por meio das profecias proferidas.

REFERÊNCIA

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 4. São Paulo: Hagnos, 2014.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RENOVATO. Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

domingo, 23 de agosto de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Como Vencer as Oposições à Obra de Deus

 

Como Vencer as Oposições à Obra de Deus

A verdade prática permite compreender que Quando depositamos nossa confiança em Deus, descobrimos que Ele é muito maior do que todos os obstáculos que encontramos.

Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que:

As provações e as dificuldades listadas no versículo v. 35 não apenas não podem nos separar do amor de Cristo, mas também nos tornam mais do que vencedores, pois elas nos forçam a depender cada vez mais de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 386).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Destacar as medidas adotadas por Neemias a fim de vencer as oposições à realização da obra de Deus.

E como objetivos específicos:

Restaurar o que a Bíblia afirma sobre a natureza dos ataques espirituais à obra de Deus.

Identificar os meios que o Inimigo utiliza para neutralizar a fé do crente.

Destacar quais armas espirituais Neemias utilizou para vencer as oposições à obra de Deus.

I – QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?

O presente tópico proporciona entender dois pontos básicos e práticos correspondentes à caminhada cristã:

A luta do crente é contra os principados, potestades e os príncipes das trevas.

Já o segundo ponto, refere-se aos objetivos da armadura espiritual, que são: resistir no dia mau e ficar firme.

 No que tange a luta é necessário compreender que conforme Efésios 6.12 o cristão não tem que lutar contra carne e sangue, isto é, a batalha não é humana, pois não é contra pessoas, mas contra os principados, potestades e os príncipes das trevas, ou seja, a batalha é contra seres espirituais demoníacos que habitam nos lugares celestiais, sendo então uma batalha espiritual.

Portanto, no que corresponde ao “dia mau” pode compreender que para alguns, é uma referência ao final dos tempos, quando o maligno iniciará uma campanha violenta contra Cristo e Seu exército. Uma visão comum é que qualquer luta espiritual na vida de um cristão pode estar em questão aqui (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 514). Sendo que o objetivo final da armadura espiritual é que o crente permaneça firme.

II – O INIMIGO PROCURA ATINGIR A NOSSA FÉ

Analisando os dias de Neemias percebe-se que os inimigos atacaram a comunidade judaica com a utilização das seguintes armas: desprezo (que fazem estes fracos judeus? – Ne 4.2), escárnio (vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas? – Ne 4.2), mentira (Ne 6.8), astúcia (Ne 6.3) e ameaça (Ne 4.9).

Porém, tendo como foco a pessoa do líder Neemias, conforme bem define Renovato conclui-se que:

1) Ele não perdeu o foco de sua missão. Estou fazendo uma grande obra...

2) Não desceu ao nível dos adversários... Neemias se encontrava em posição mais elevada não só geograficamente, mas acima de tudo, espiritualmente. Fazer acordo com inimigos da obra é descer ao nível deles...

3) Não quis perder tempo... Os inimigos não se conformaram com a resposta de Neemias. Tentaram vencer sua resistência à exaustão. “E da mesma maneira enviaram a mim quatro vezes; e da mesma maneira lhes respondi.” (2020, p. 68,69).

III – QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS JUDEUS?

A ida de Neemias à Jerusalém foi fruto da oração. As conquista desfrutadas por Israel no decorrer histórico em análise também foi fruto da oração. Logo, é direito e dever do cristão orar sem cessar (1 Ts 5.17).

Lembrando que o termo oração é definido pela palavra diálogo, ou seja, oração significa conversa que se dá entre o cristão e a pessoa de Deus. A oração na prática não é um sacrifício, mas ao contrário é um privilégio outorgado aos que descobriram o seu valor.

A oração não pode ser desenvolvida por palavras soltas, mas a oração deve ser o momento em que o cristão fala com Deus e escuta a voz de Deus. Pois, oração não é um monólogo em que apenas uma pessoa fala, se o crente tem algo a falar, tem muito mais o que ouvir da parte de Deus. Portanto, na oração o cristão também escuta a voz de Deus.

Jesus constantemente em seu ministério utilizou (Mc 6.46) e ensinou sobre a oração (Mt 6.9-13). De fato que a oração sacerdotal de Jesus passa a ser modelo para a Igreja dos de hoje, assim como também é riquíssima ao apresentar a vontade de Deus para com o seu povo.

A oração realizada por Jesus no capítulo 17 do evangelho de João é considerada a conclusão do ministério particular do Mestre com os seus discípulos. Ou seja, após as instruções de Jesus para com os discípulos, o Mestre encerrou com uma oração, sendo esta, sacerdotal. Esta oração é considerada sacerdotal pelo seguinte motivo: é intercessora.

REFERÊNCIA

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RENOVATO. Elinaldo. Livro de Neemias: Integridade e Coragem em Tempos de Crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

domingo, 16 de agosto de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: As causas da desunião devem ser eliminadas

 

As causas da desunião devem ser eliminadas

A verdade prática permite compreender que A união é uma força indispensável para a Igreja. É um testemunho diante do mundo e um estímulo para o crescimento da obra de Deus.

Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que:

Oh! Quão bom e quão suave pode ser reformulado para que grande deleite ou que agradável prazer. Há uma impressão de admiração serena nestas palavras, que descrevem a unidade do povo de Deus.

É como o óleo precioso. Os sacerdotes eram ungidos com azeite fragrante, como símbolo da bênção de Deus sobre seu cargo sagrada (Êx 30. 22-33). O salmista imagina azeite em tal quantidade que fluísse da cabeça à barba e à veste de Arão, que representava os sacerdotes de Deus. Quando o povo de Deus vive em união e harmonia, é abençoado por Deus. (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 934).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Destacar que a união é indispensável para o crescimento e sustentabilidade da obra de Deus

E como objetivos específicos:

Explicar que a união caracterizada no período pós-exílio serve de referência para a Igreja.

Expor a injustiça social que ameaçava a união dos judeus nos tempos de Neemias.

Mostrar as medidas adotadas por Neemias para manter o povo unido em só propósito.

I – A UNIÃO CARATERIZAVA OS JUDEUS LIBERTOS DO CATIVEIRO

A base da união dos judeus se firmava na seguinte frase: Os judeus formavam um mesmo povo e confessavam uma mesma fé. Fato que corrobora para com a prática da união na Igreja nos dias hodiernos, pois:

Os crentes sentem apoio espiritual para com a sua vida na Igreja local.

Na Igreja local, há um auxílio em levar as cargas uns dos outros. Que conforme João Calvino o termo cargas no presente texto (Gl 6.2) corresponde com fraqueza ou pecado. Aos cristãos espirituais cabe instruir aos demais a viverem uma vida justa em toda a maneira. Ou seja, ação desenvolvida por meio da união no seio eclesiástico.

A unidade cristã outorga força espiritual.

E por fim, a unidade na Igreja local corrobora para com a evangelização. As pessoas descrentes perceberam o amor de Deus na vida dos crentes por meio da ação, ou seja, é por meio do amor ao próximo que os crentes provam o grande amor de Deus para com os homens.

II – A UNIÃO ENTRE OS JUDEUS ESTAVA AMEAÇADA

O capítulo 5 apresenta três tipos de queixosos:

O primeiro grupo de queixosos correspondia com as famílias grandes e que não dispunha de comida o suficiente.

No que corresponde ao segundo grupo, tratava-se dos que possuíam altas hipotecas para serem pagas, assim sendo como resultado não poderia comprar o alimento necessário para a manutenção.

Já o terceiro grupo tratava-se daqueles que deveriam pagar altos impostos, por isso foram forçados a hipotecar suas propriedades e até mesmo a venderem os próprios filhos.

Os três tipos de queixosos descreviam na vivência que existiam uma injustiça social e esta ameaçava a unidade dos judeus.

No versículo 1, o povo refere-se ao pobre; os irmãos, aos nobres (v.7). resumindo, havia uma luta de classes. O menos favorecido financeiramente havia hipotecado suas terras, vinhas e casas, tomado dinheiro emprestado e, até mesmo, vendido seus filhos e suas filhas como escravos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 753).

III – NEEMIAS SOLUCIONOU O PROBLEMA

Neemias solucionou o problema, ação perceptível por três ângulos:

Primeiramente: convocou uma reunião para tratar dos atos injustos acometidos no meio do povo judeu.

Em segundo: Neemias como liderança fez uma proposta, que tinha como objetivo reconciliar os judeus. Ter uma proposta é mais do que louvável, porém o que faz a diferença é o propósito da proposta.

E por fim, a terceira ação de Neemias foi alcançar a aceitação dos judeus para com a proposta.

IV – A PAZ VOLTOU A REINAR ENTRE OS JUDEUS

Tendo como foco a palavra paz, percebe-se que a paz é um favor divino para com os cristãos, logo é dever de cada crente viver em paz e unidade para com os outros. A paz em Deus é uma realidade mediante a obra de Cristo na cruz. Portanto, para a obtenção da paz: sacrifícios são necessários; renunciar é preciso; e, dedicação para com a vida das demais pessoas é indispensável.

A existência da paz no interior do indivíduo é possível. A paz é Boas Novas e a missão da Igreja é propagar as Boas Novas em Cristo Jesus.

Por fim, a paz é o relacionamento certo em todas as esferas da vida (BARCLAY, 2010, p. 85,86).

Certo dentro do lar (1Co 7.12-16).

Certo entre judeus e gentios (Ef 2.14-17).

Certo que deve existir dentro da Igreja (Ef 4.3).

Certo entre os homens (Hb 12.14).

Certo entre o homem e Deus (Rm 5.1).

Por fim, tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1).

REFERÊNCIA

BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

CALVINO, João. Gálatas. São José dos Campos – SP: Editora Fiel, 2007.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 9 de agosto de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: O Povo de Deus deve separar-se do mal

 

O Povo de Deus deve separar-se do mal

A verdade prática permite compreender que O mundanismo na Igreja corrompe os bons costumes e extingue a santidade. Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que O texto do versículo 17 foi retirado de Isaías 52.11, com o acréscimo de algumas palavras de Ezequiel 20.34 [...]

Saí … e apartai-vos. Paulo não estimulava o isolamento em relação aos descrentes (1 Co 9.5-13), mas desaconselhava o envolvimento com os valores e as práticas pecaminosas deles. Ele instigava os cristãos a preservar a integridade, assim como fez Cristo (Jo 15.14-16; Fp 2.14-16) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 465).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Compreender que o relacionamento harmonioso com Deus exige a separação do pecado e do mundanismo.

E como objetivos específicos:

Destacar que Deus não aceita mistura do seu povo com o mundo.

Entender que Deus exige plena santidade do seu povo.

Ressaltar que a santidade resulta em bênçãos para o povo de Deus.

Lembrando que o termo mundanismo corresponde com:

Conformação ideológica e emocional ao sistema implantado por Satanás, cujo principal objetivo é levar o ser humano a deificar o material em detrimento do espiritual [...].

Três coisas caracterizam o mundanismo: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Esta última é tônica de todos os que fazem do mundanismo a norma de sua vida (ANDRADE, 1997, p. 185).

I – SOMENTE OS JUDEUS RETORNARIAM A JUDÁ

O presente tópico discorrerá a respeito do novo nascimento, que pode ser definido por regeneração, transformação de vida pelo poder atuante do Espírito Santo na vida do pecador (Tt 3.5). (SOARES, 2017, p.97).

O novo nascimento é definido pela palavra regeneração, que significa gerar novamente. Termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.

O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.

II – OS JUDEUS NÃO ACEITARAM A AJUDA DOS SAMARITANOS

É necessário recordar que os samaritanos eram descendentes de uma mistura de gente que o rei da Assíria tinha deslocado para as cidades da Samaria, depois de ele ter levado as dez tribos do Reino do Norte em cativeiro para a Assíria (2 Rs 17.23) (Revista, p. 27).

No que tange a reconstrução do muro os samaritanos que se posicionaram como inimigos dos judeus propuseram um falso acordo (Ne 6.1,2), porém Neemias com sábia direção tomou a decisão correta que outorga aos líderes da Igreja atual três lições:

1) Ele não perdeu o foco de sua missa. “Estou fazendo uma grande obra...” [...]

2) Não desceu ao nível dos adversários. “... de modo que não poderei descer” [...]

3) Não quis perder tempo. “... por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (RENOVATO, 2020, p. 68,69).

III – DEUS EXIGE SANTIDADE DO SEU POVO

Quando o povo de Deus anda em santidade, grandes coisas se notabilizam na vida dos servos de Deus. Fato que é corroborado no período de conquistas no povo israelita, particularmente quando subiram contra a cidade de Ai. Israel subiu confiante da vitória e saiu derrotado por causa do anátema. No segundo instante a confiança era por parte dos habitantes da cidade de Ai. Porém, a confiança dos habitantes de Ai não garantiu a vitória para si, pois agora o povo de Israel tinha se santificado diante de Deus, fato que corroborou para com a vitória israelita.

A respeito da vitória pode sintetizar nas seguintes palavras interpretativas de Josué 8.30-35:

A vitória em Jericó, a derrota e o subsequente sucesso em Ai representavam importantes acontecimentos de tomada da terra. Vitórias posteriores, mesmo que tivessem sido tão dramáticas quanto as anteriores, receberam menos atenção individual na narrativa (capítulos 10 e 11) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 381).

IV – DEVEMOS MANTER UMA VIDA DE SEPARAÇÃO DO MAL

Discorrendo ainda sobre a santificação, compreende-se que a palavra santificar significa separar. Entretanto, a santificação é a doutrina bíblica que explica a ação do indivíduo em ser separado do mundo para uso exclusivo de Deus.

A santificação difere da justificação no que corresponde ao estado e a posição. A santificação indica o estado em que se encontra o cristão diante de Deus, enquanto a justificação corresponde com a posição do cristão diante de Deus.

Porém, existem outras diferenças importantes que ajuda a compreensão dos termos justificação e santificação.

Na justificação o indivíduo é declaro justo, já na santificação o indivíduo se torna justo.

A justificação é a ação de Deus para o bem daqueles que entregam a sua vida Cristo, enquanto a santificação é ação de Deus no indivíduo.

Por fim, a justificação outorga segurança ao cristão, enquanto a santificação torna os cristãos sãos.

Por fim, há três tipos de santificação:

Santificação pretérita. Vale ressaltar que a santificação tem início no começo da salvação do cristão. E esta santificação só é possível graça a ação divina em doar o seu único filho para salvar a humanidade (Jo 3.16).

Santificação presente. Também conhecida como santificação progressiva, isto é, aquela que se dá constantemente.

Conforme os Escritos Sagrados à santificação se dá mediante a fé na obra redentora de Jesus; “para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.18).

Também se dá mediante a palavra de Deus. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).

A santificação progressiva também se dá mediante uma vida de oração, “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

 Assim também como no frequentar a igreja, pois na congregação os santos se reúnem para louvarem a Deus, buscarem a face de Deus e aprenderem de Deus mediante o ensino da Escritura Sagrada.

Santificação futura. A santificação se inicia na aceitação do cristão a Cristo, porém tem o seu clímax e perfeição no retorno de Jesus para buscar a igreja, isto é, no arrebatamento.

REFERÊNCIA

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

LIÇÕES BÍBLICAS EDIÇÃO ESPECIAL. Os Princípios Divinos em Tempos de Crise: A reconstrução de Jerusalém e o Avivamento Espiritual como exemplos para os nossos dias. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

__________________________. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RENOVATO. Elienaldo. Livro de Neemias: Integridade e coragem em tempos de crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

SOARES, Esequias. A Razão da nossa fé: assim cremos, assim vivemos. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

sábado, 1 de agosto de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Neemias Reconstrói os Muros de Jerusalém


Neemias Reconstrói os Muros de Jerusalém
A verdade prática permite compreender que Somente despertados, podemos vencer qualquer obstáculo para realizarmos a obra de Deus. Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que A julgar pela linguagem figurada dos versículos 15-22, principalmente o versículo 17, a salvação de Deus e o louvor de Israel serão a defesa da cidade (Zc 2.4,5) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1100).
Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Mostrar que foi Deus quem despertou em Neemias o desejo de restaurar os muros de Jerusalém.
E como objetivos específicos:
Mostrar como Deus respondeu às orações de Neemias.
Saber como foi a ida e a chegada de Neemias a Jerusalém.
Explicar como Neemias iniciou a reconstrução dos muros.
Compreender que o levantamento dos muros provocou grande oposição.
Apontar como foi a inauguração solene dos muros.
Conscientizar a respeito dos ensinos que a construção dos muros traz.
I – DEUS RESPONDE ÀS ORAÇÕES DE NEEMIAS
Hanani contou a Neemias a situação em que se encontrava a cidade de Jerusalém:
Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo (Ne 1.3).
A vida era difícil para o povo em Jerusalém, em grande parte, devido às condições do muro da cidade. No antigo Oriente Médio, o muro de uma cidade fornecia proteção aos habitantes e, conforme criam, era sinal da proteção do deus (ou deuses) cultuado(s) por aquele povo. Logo, o estado arruinado do muro de Jerusalém envergonhava o nome de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 746).
Com a má notícia recebida, Neemias se angustiou, jejuou e orou. Deus atentou à oração em despertar o rei a atender ao pedido de Neemias. Fato que corrobora com o que está escrito em Mateus 21.22:
E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis.
II – NEEMIAS CHEGA A JERUSALÉM (Ne 2.7-11)
A saída de Neemias ocorreu à noite na companhia de poucos. Ação que permite compreender alguns pontos fundamentais na atitude de quem tem propósito diante da presença de Deus.
Nem todas as pessoas próximas estão preparadas para apoiarem os propósitos que o servo do Senhor tem para realizar na obra.
É necessário conhecer e somar com pessoas que tem o mesmo propósito.
E ao chegar à cidade, Neemias declara o propósito de sua viagem à Jerusalém:
Então lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que estamos, que Jerusalém está assolada, e que as suas portas têm sido queimadas a fogo; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém, e não sejamos mais um opróbrio.
Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito; então disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem. (Ne 2. 17,18).
Para Radmacher; Allen e House:
Neemias encorajou todo o povo a ajudar na reconstrução dos muros da cidade.
Neemias enfatizou que não era sua a ideia de reconstruir o muro de Jerusalém. Antes, o plano chegou até ele vindo do Senhor (v.8,12). Em resposta ao desafio deste servo de Deus, o povo declarou: Levantemo-nos e edifiquemos (2013, p. 746).
III – NEEMIAS INICIA O LEVANTAMENTO DOS MUROS
A palavra chave para compreender o presente tópico é planejamento. Neemias planejou a execução da reconstrução em partes, sendo que cada parte teria uma porta. O termo porta do grego poderá ter três significados.
A primeira palavra, tura (θυρα), outorga acesso, oportunidade, ou seja, acesso livre e abundante a privilégios e bênçãos. Já a segunda palavra, tureós (θυρεόϛ), porta ou pedra fechando uma entrada, proteção ou escudo. E como terceira palavra, turís (θυρίϛ), pequena porta, isto é, uma janela que corresponde com a prosperidade proveniente de Deus para os que são fiéis.
Aplicando ao contexto histórico pode concluir que as portas dos muros teria como significado: acesso livre a privilégios, proteção e prosperidade para com o povo de Jerusalém.
IV – O LEVANTAMENTO DOS MUROS PROVOCOU GRANDE OPOSIÇÃO
Quem de fato se posiciona em realizar o melhor para Deus encontrará opositores. Triste, porém é um fato autêntico. Sambalate e Tobias utilizaram de inúmeras maneiras para limitar o trabalho dos israelitas no processo da construção do muro.
Entretanto, o muro foi concluído em cinquenta e dois dias, pois Deus fizera esta obra (Ne 6.15, 16).
[...] Uma pessoa de sua posição não poderia fugir nem esconder-se com medo. Segundo, Neemias recusou-se a ir ao templo para salvar a sua vida porque a Lei o proibia de entrar no Santo dos Santos sob pena de morte (Nm 18.7) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 755).
V – O MURO FOI SOLENEMENTE INAUGURADO
O capítulo 12 do livro de Neemias descreve a solenidade de inauguração do muro, e vale relatar que após o término do muro ocorreu um avivamento no meio do povo. Já o capítulo seis descreve o término do muro. Enquanto, o capítulo sete outorga a compreensão da ação de Neemias em providenciar meios para o repovoamento da cidade.
Então Neemias e todo o povo ofereceram sacrifícios a Deus e passaram oito dias em festas e banquetes de regozijo, o que causou aos sírios visível desprazer. Neemias, vendo que Jerusalém não estava bastante povoada, induziu os sacerdotes e os levitas que moravam no campo a vir para a cidade morar nas casas que ele mandara construir e obrigou os camponeses a lhes trazer os dízimos (o que eles fizeram com prazer), a fim de que nada os pudesse impedir de se dedicar inteiramente ao serviço de Deus (JOSEFO, 2015, p. 518).
VI – OS MUROS TRAZEM ENSINO SIMBÓLICO IMPORTANTE
O símbolo descritivo dos muros se associa com o termo salvação. Salvação protetiva que proporciona abrigo seguro para os que estão dentro da muralha. E também pode se associar com divisão entre os que estão em Cristo (dentro dos limites do muro) e os que estão no mundo (na parte externa do muro).
A Palavra salvação deriva do grego, soteria, tendo por significado, liberdade ou ser livre de um perigo iminente. O termo salvação no Novo Testamento insere como compreensão o propósito de Deus, que é a salvação da humanidade.
Nos livros do Antigo Testamento percebe-se que a palavra salvação diz respeito à libertação da escravidão e também se associa com a preservação da vida, pois o termo hebraico, yasha, que é traduzido por salvar tem como significados: ajudar, libertar, livrar e salvar. Corresponde com livramento de grandes perigos e de risco de morte.
Referência:
JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.