Subsídio
para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Provai se os Espíritos São de Deus
A verdade prática permite compreender que Através dos dons espirituais, a Igreja discerne os espíritos
enganadores.
Sendo que o Texto Áureo corrobora para
entender que:
João fala dos espíritos
dos mestres de forma semelhante ao que Paulo disse sobre os espíritos dos
profetas em 1 Co 14.32. João não se refere, aqui, à possessão demoníaca, mas a
mestres que induzem ao erro. Os cristãos possuem o Espírito Santo (1 Jo 3.24),
mas os falsos profetas obedecem a espíritos malignos. O verdadeiro profeta
recebe revelações diretas de Deus. O falso profeta alega ter recebido
revelações diretamente de Deus, mas, na verdade, promove ideias errôneas (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 386).
Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Levar os alunos a refletirem sobre como discernir os espíritos e julgar a profecia.
E como objetivos específicos:
Destacar o cuidado que
devemos ter com os falsos profetas.
Ressaltar que a Bíblia
revela a existência dos falsos profetas.
Salientar que devemos
julgar as profecias.
Mostrar por que devemos
julgar as profecias.
Pontuar como devemos
julgar as profecias.
I – CUIDADO COM OS FALSOS
PROFETAS
O cristão tem que vigiar,
pois quando não há vigilância até mesmo o que é um valor positivo poderá
torna-se em um transtorno. No caso dos judeus percebe-se que eles outorgavam
valor à palavra de Deus mediada por meio dos profetas. Fato que transformou em
estratégias dos rivais do povo de Deus. Tobias e Sambalate subornaram alguns
profetas para atemorizar Neemias.
Sobre Noadias pode afirmar
que:
[...] falsa profetisa que
se aliou a Tobias e a Sambalá em sua oposição a Neemias, quando ele procurava
reerguer as muralhas de Jerusalém, após o cativeiro babilônico. É curioso que o
texto massorético (vide) e a Septuaginta (vide) dão um sentido diferente ao
texto de Nee 6.14, onde essa mulher é mencionada. Assim, o texto massorético a
condena; mas a Septuaginta chega a elogiar Noadia entre as pessoas que teriam
advertido a Neemias. Seja como for ela viveu por volta de 445 A.C
(CHAMPLIN, 2014, p. 510).
O importante é que Neemias
conhecia a voz de Deus e não foi enganado por profecia humana. Não apenas os
líderes, mas todos os cristãos devem de fato compreender a voz de Deus mediante
a qualquer circunstância.
Lembrando que há três tipos
de profecias: divina, carnal e diabólica. A mensagem quando é de origem divina
conforta, consola e edifica. Já a mensagem humana e a diabólica provocam no
seio da comunidade confusão, não edifica e nem consola.
II –
A BÍBLIA REVELA A EXISTÊNCIA DOS FALSOS PROFETAS
A missão dos falsos profetas
é única: desviar os servos do Senhor do propósito conduzindo-os à
desobediência. A revelação pronunciada pelos falsos profetas não tem como fonte
inspiradora a pessoa de Deus. Sendo que os ensinamentos conduzidos pelos falsos
profetas se tornam em instruções hereges.
Conforme o profeta Jeremias
(6.14) os falsos profetas têm como característica propagarem a mentira,
anulando qualquer aproximação para e com a verdade. Anunciam consolo quando a
destruição se aproxima. Descrevem e anunciam a perseguição com o objetivo
direto produzir medo.
Corroborando com a descrição
citada acima, percebe-se que os falsos profetas mentem para conquistarem
status, assim como, para alcançarem privilégios.
III
– DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS
O dom de profecia
corresponde com a mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo na língua
conhecida pelo mensageiro e pelo destinatário. Sendo que a mensagem é divina.
Em suma, é necessário compreender que toda profecia de origem divina se cumpre:
A profecia de Gêneses 3.15,
se cumpriu (Mt 1.25).
A profecia presente no Salmo
22.16, “transpassaram-me as mãos e os pés” se cumpriu na cruz.
A profecia que Jesus
nasceria em Belém (Mq 5.2), se cumpriu.
Logo, toda profecia que tem a
origem na pessoa de Deus se cumprirá. Assim como toda profecia divina
tem como finalidade: edificar (na formação do caráter e da personalidade do
cristão), exortar (isto é, confortar, inspirar, defender e guiar) e consolar
(que corresponde com a doação de alegria e de paz).
IV –
POR QUE DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS
Em 1 Tessalonicenses 5.20,21
pode concluir que a profecia deve ser aceita a partir do momento em que ela for
examinada. Portanto, é necessário julgar a profecia por que:
A profecia poderá ter origem
fora da pessoa de Deus.
A profecia poderá ser fruto
da opinião do indivíduo que a profetiza.
E porque a narrativa bíblica
proporciona ao cristão a ação de julgar (1 Co 14.29). Os outros
julguem indica que ninguém, nem mesmo uma pessoa exercendo um dom da graça,
está isento de julgar a igreja (1 Co 6.5; 11.29,31). Esse julgamento poderia
ser feito pelos outros profetas presentes (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 440).
V –
COMO DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS
O presente tópico proporciona
compreender que o dom de discernimento de espíritos é necessário e fundamental
para julgar a profecia, pois a profecia se conhece pelo teor e pelo sabor. Lembrando
que o dom de discernimento faz parte do grupo dos dons espirituais chamados de
dons de revelação, isto é, juntamente com o dom da sabedoria e dom da ciência.
Os dons de revelação
manifestam o saber de Deus. Estes dons são outorgados para que haja
aconselhamento e orientação à igreja do Senhor. Logo, os dons de revelação
demonstram o agir provedor de Deus para com a igreja.
Sobre o dom de discernimento
os espíritos o pastor Renovato assim escreve:
Refere-se à capacidade
sobrenatural, concedida por Deus, com a finalidade de identificarem-se as
origens e natureza das manifestações espirituais. Tais manifestações podem ter
basicamente, três origens: De Deus, do homem (da carne) ou do maligno. Em
determinadas ocasiões, uma manifestação espiritual pode apresentar-se, no meio
da congregação, ou diante de um servo de Deus, com aparência de genuína e ser
mistificação diabólica, ou artimanha de origem humana. Pelo entendimento e pela
lógica humana, nem sempre é possível avaliar a origem das manifestações espirituais.
Mas, com o dom de discernir os espíritos o servo de Deus ou a igreja não será
enganada (2014, p. 39,40).
VI –
CONCUSÃO
Por fim, quando as profecias
são provadas:
Os dons são conservados, a
igreja desenvolve ações que outorgam as correções necessárias e bênçãos de Deus
se manifestam por meio das profecias proferidas.
REFERÊNCIA
CHAMPLIN.
R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e
Filosofia. Volume 4. São
Paulo: Hagnos, 2014.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo
B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
RENOVATO.
Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais:
servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro:
CPAD, 2014.
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