Deus é Fiel

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domingo, 30 de agosto de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Provai se os Espíritos São de Deus

 

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical – Edição Especial: Provai se os Espíritos São de Deus

A verdade prática permite compreender que Através dos dons espirituais, a Igreja discerne os espíritos enganadores.

Sendo que o Texto Áureo corrobora para entender que:

João fala dos espíritos dos mestres de forma semelhante ao que Paulo disse sobre os espíritos dos profetas em 1 Co 14.32. João não se refere, aqui, à possessão demoníaca, mas a mestres que induzem ao erro. Os cristãos possuem o Espírito Santo (1 Jo 3.24), mas os falsos profetas obedecem a espíritos malignos. O verdadeiro profeta recebe revelações diretas de Deus. O falso profeta alega ter recebido revelações diretamente de Deus, mas, na verdade, promove ideias errôneas (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 386).


Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Levar os alunos a refletirem sobre como discernir os espíritos e julgar a profecia.

E como objetivos específicos:

Destacar o cuidado que devemos ter com os falsos profetas.

Ressaltar que a Bíblia revela a existência dos falsos profetas.

Salientar que devemos julgar as profecias.

Mostrar por que devemos julgar as profecias.

Pontuar como devemos julgar as profecias.

I – CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS

O cristão tem que vigiar, pois quando não há vigilância até mesmo o que é um valor positivo poderá torna-se em um transtorno. No caso dos judeus percebe-se que eles outorgavam valor à palavra de Deus mediada por meio dos profetas. Fato que transformou em estratégias dos rivais do povo de Deus. Tobias e Sambalate subornaram alguns profetas para atemorizar Neemias.

Sobre Noadias pode afirmar que:

[...] falsa profetisa que se aliou a Tobias e a Sambalá em sua oposição a Neemias, quando ele procurava reerguer as muralhas de Jerusalém, após o cativeiro babilônico. É curioso que o texto massorético (vide) e a Septuaginta (vide) dão um sentido diferente ao texto de Nee 6.14, onde essa mulher é mencionada. Assim, o texto massorético a condena; mas a Septuaginta chega a elogiar Noadia entre as pessoas que teriam advertido a Neemias. Seja como for ela viveu por volta de 445 A.C (CHAMPLIN, 2014, p. 510).

O importante é que Neemias conhecia a voz de Deus e não foi enganado por profecia humana. Não apenas os líderes, mas todos os cristãos devem de fato compreender a voz de Deus mediante a qualquer circunstância.

Lembrando que há três tipos de profecias: divina, carnal e diabólica. A mensagem quando é de origem divina conforta, consola e edifica. Já a mensagem humana e a diabólica provocam no seio da comunidade confusão, não edifica e nem consola.

II – A BÍBLIA REVELA A EXISTÊNCIA DOS FALSOS PROFETAS

A missão dos falsos profetas é única: desviar os servos do Senhor do propósito conduzindo-os à desobediência. A revelação pronunciada pelos falsos profetas não tem como fonte inspiradora a pessoa de Deus. Sendo que os ensinamentos conduzidos pelos falsos profetas se tornam em instruções hereges.

Conforme o profeta Jeremias (6.14) os falsos profetas têm como característica propagarem a mentira, anulando qualquer aproximação para e com a verdade. Anunciam consolo quando a destruição se aproxima. Descrevem e anunciam a perseguição com o objetivo direto produzir medo.

Corroborando com a descrição citada acima, percebe-se que os falsos profetas mentem para conquistarem status, assim como, para alcançarem privilégios.

III – DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

O dom de profecia corresponde com a mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo na língua conhecida pelo mensageiro e pelo destinatário. Sendo que a mensagem é divina. Em suma, é necessário compreender que toda profecia de origem divina se cumpre:

A profecia de Gêneses 3.15, se cumpriu (Mt 1.25).

A profecia presente no Salmo 22.16, “transpassaram-me as mãos e os pés” se cumpriu na cruz.

A profecia que Jesus nasceria em Belém (Mq 5.2), se cumpriu.

Logo, toda profecia que tem a origem na pessoa de Deus se cumprirá. Assim como toda profecia divina tem como finalidade: edificar (na formação do caráter e da personalidade do cristão), exortar (isto é, confortar, inspirar, defender e guiar) e consolar (que corresponde com a doação de alegria e de paz).

IV – POR QUE DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

Em 1 Tessalonicenses 5.20,21 pode concluir que a profecia deve ser aceita a partir do momento em que ela for examinada. Portanto, é necessário julgar a profecia por que:

A profecia poderá ter origem fora da pessoa de Deus.

A profecia poderá ser fruto da opinião do indivíduo que a profetiza.

E porque a narrativa bíblica proporciona ao cristão a ação de julgar (1 Co 14.29). Os outros julguem indica que ninguém, nem mesmo uma pessoa exercendo um dom da graça, está isento de julgar a igreja (1 Co 6.5; 11.29,31). Esse julgamento poderia ser feito pelos outros profetas presentes (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 440).

V – COMO DEVEMOS JULGAR AS PROFECIAS

O presente tópico proporciona compreender que o dom de discernimento de espíritos é necessário e fundamental para julgar a profecia, pois a profecia se conhece pelo teor e pelo sabor. Lembrando que o dom de discernimento faz parte do grupo dos dons espirituais chamados de dons de revelação, isto é, juntamente com o dom da sabedoria e dom da ciência.

Os dons de revelação manifestam o saber de Deus. Estes dons são outorgados para que haja aconselhamento e orientação à igreja do Senhor. Logo, os dons de revelação demonstram o agir provedor de Deus para com a igreja.

Sobre o dom de discernimento os espíritos o pastor Renovato assim escreve:

Refere-se à capacidade sobrenatural, concedida por Deus, com a finalidade de identificarem-se as origens e natureza das manifestações espirituais. Tais manifestações podem ter basicamente, três origens: De Deus, do homem (da carne) ou do maligno. Em determinadas ocasiões, uma manifestação espiritual pode apresentar-se, no meio da congregação, ou diante de um servo de Deus, com aparência de genuína e ser mistificação diabólica, ou artimanha de origem humana. Pelo entendimento e pela lógica humana, nem sempre é possível avaliar a origem das manifestações espirituais. Mas, com o dom de discernir os espíritos o servo de Deus ou a igreja não será enganada (2014, p. 39,40).

VI – CONCUSÃO

Por fim, quando as profecias são provadas:

Os dons são conservados, a igreja desenvolve ações que outorgam as correções necessárias e bênçãos de Deus se manifestam por meio das profecias proferidas.

REFERÊNCIA

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 4. São Paulo: Hagnos, 2014.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RENOVATO. Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

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