Deus é Fiel

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quinta-feira, 28 de abril de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – Balaão: quando Deus diz não

Balaão: quando Deus diz não

Conforme o Resumo da Lição:

Devemos estar atentos para as ocasiões em que Deus nos orienta a não ultrapassar os limites impostos por Ele. Deus orienta os seus filhos no caminho coerente com a Sua vontade, logo é fundamental que o cristão entenda o valor de obedecer aos limites impostos pelo o Senhor.

A presente lição tem como objetivos:

Saber que Balaão ouviu a voz de Deus;

Mostrar que errar é humano, mas não devemos insistir no erro;

E, Apontar o que ocorre quando a ambição vence o discernimento.

I – UM HOMEM QUE OUVIU A VOZ DE DEUS

O fato de Balaão ter ouvido a voz de Deus não quer dizer que ele era profeta do Senhor. É tanto que um fator é visível para comprovar que ele não tinha contato direto com Deus. Ele pediu para os opositores de Israel que esperasse a definição da vontade de Deus mediante o propósito de destruir o povo de Israel. Pois, Balaão desconhecia a vontade do Senhor para com os israelitas.

Um dos primeiros pontos concernente ao ministério profético é o conhecimento do plano de Deus para com o seu povo, fato desconhecido por Balaão.

Balão foi vencido pela ganância. Amaldiçoar o povo ele não podia, porém ele conhecia as fraquezas dos israelitas. Um profeta do Senhor não passaria e nunca passará a fraqueza do povo de Deus para com os opositores, ao contrário, buscará como profeta fortalecer os que por Deus são vocacionados.

II – INSISTINDO NO ERRO

Há um risco grande para o cristão desenvolver a prática ministerial com o olhar ambicioso. A ambição proporciona a queda e o desvio do plano do Senhor. Percebe-se que Balaão inicialmente possuía um olhar caracterizado pelo caráter da compreensão de que a vontade de Deus para com o povo era soberana, porém, o mesmo foi corrompido por possuir um coração ambicioso. É necessário que haja cautela para com os desejos exagerados.

O desvio do plano do Senhor conduz o ser humano a passar por experiências sem precedentes.

Advertido por Deus a não dar prosseguimento ao seu plano, Balaão passa por uma experiência sem precedentes: ouvir um animal falando. A jumenta com a qual ele costuma viajar conversa com Balaão (COELHO, 2022, p. 60).

No íntimo Balaão esperava que Deus mudasse seus planos coletivos (por Israel) para agradar o desejo de um único indivíduo (Balaão). Os planos de Deus são imutáveis, Deus está no controle de todas as coisas. Logo, é necessário que os servos do Senhor vivam em conformidade com os desígnios de Deus.

III – QUANDO A AMBIÇÃO VENCE O DISCERNIMENTO

Dois pontos são essenciais no presente tópico como aprendizagem: a insistência de quem conhece a Palavra continuar a insistir no erro, assim como a crença de que por possuir dons espirituais já se encontra justificado e pode de certa maneira ser superior aos demais.

É válido ressaltar que um erro leva a outro erro. Logo, a vida de quem é conduzida pelo o erro torna-se enfadonha e propicia a cometer novos erros.

Os dons espirituais não justifica ninguém, assim como não salva. Os dons espirituais são manifestações na vida daqueles que acreditam no operar do Senhor e mesmo assim necessitam dedicar-se e permanecer na presença do Senhor.

Referência

COELHO, Alexandre. O Perigo das tentações: as orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Casamento é para sempre

Casamento é para sempre

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A vontade de Deus para o casamento é que ele seja vitalício. Na continuidade do Sermão do Monte, Jesus condena o adultério.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Apresentar a condenação do adultério; Mostrar que o que rege o coração regerá o corpo também; e, Afirmar a indissolubilidade do casamento.

I – A CONDENAÇÃO DO ADULTÉRIO

Adultério tem como significado dormir em cama alheia. O adultério é um ato condenado pela Palavra do Senhor, sendo que no Antigo Testamento a pessoa que adulterasse deveria ser apedrejado (Lv 20.10). O sexo em si não é pecado se o mesmo for realizado no casamento. Porém, antes ou fora do casamento o sexo deixa de ser uma bênção e passa a ser uma maldição.

Não adulterarás é um mandamento abrangente, no que corresponde aos pecados sexuais. Tanto a fornicação como a prostituição, são inseridos no foco do sétimo mandamento.

Fornicação corresponde a um deslize do jovem, ou seja, em algum momento o jovem acaba perdendo o controle das próprias emoções e mantem relação sexual. Enquanto, a prostituição corresponde à venda do próprio corpo.

Portanto, dois são os objetivos específicos do sétimo mandamento: proteger a vide e proteger a família.

Proteção da vida (quantos filhos são frutos de uma infidelidade e os mesmos pagam pelos erros dos pais. A vida dos filhos fica desprovida de proteção). E proteção da família (fidelidade proporciona confiança, alegria e reconhecimento. Mas, quando não há fidelidade, o lar será desconfortante e o reconhecimento não fará parte do ambiente familiar).

Os infratores do sétimo mandamento deveriam morrer. Tanto o homem como a mulher, pegos em adúltero, deveriam morrer. No relato do evangelista João (8.1-11), uma mulher foi apresentada diante do Senhor Jesus e pela Lei a mesma deveria ser morta por ter sido pega no ato de adultério, porém, da mesma forma o homem que tinha mantido relação sexual com ela deveria ser apresentado diante do Senhor Jesus, isto não aconteceu. Pois, os judeus queriam testar o Mestre, e sendo Ele o Mestre dos mestres respondeu de maneira categórica.

Vale ressaltar que:

O que cada cônjuge deve considerar é que para a vida a dois caminhar bem e em total harmonia, em uma relação social gloriosa, é preciso que entre ambos haja respeito, consideração e honra. A inclusão do sétimo mandamento no Decálogo busca salvaguardar a vida do casal e da família. O casal deve procurar viver em oração e santidade, e evitar toda e qualquer relação sexual ilícita, inclusive o adultério na mente, procurando sempre manter o matrimônio e o leito puros (Hb 13.4; Lv 20.10) (GOMES, 2022, p. 60).

II – O QUE REGE O CORAÇÃO REGERÁ O CORPO

O coração do cristão deve ser regido pela Palavra, pois do coração do homem procede todos os desejos, as paixões e as emoções. É perceptível que o termo coração corresponde ao aspecto moral, o que tange ou relaciona com a alma. A alma do ser humano tem como faculdade definidas e a definir: o intelecto, as emoções e as vontades.

A definir indica que o caráter moral da alma é construído por meio do que a alma é alimentada. Por isso, percebe-se no contexto bíblico do Novo Testamento que o homem é no ato o resultado de seus pensamentos.

[...] A mente do cristão caminha sempre para a perfeição desejando compreender a vontade do Senhor (Ef 5.17), a santidade (1Pe 1.13) e no desejo de viver cada vez mais no amor do Senhor (Mt 22.37).

Como nova criatura, o cristão pensa como Cristo Jesus, pois tem uma nova mente [...] (GOMES, 2022, p. 62).

III – A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO

O presente tópico para melhor compreensão apresenta duas palavras chave: casamento e divórcio.

Casamento é a união legítima entre um homem e uma mulher. Logo, casamento é monogâmico e heterossexual. Monogamia corresponde ao processo social de união entre um homem e uma mulher. E o casamento bíblico é heterossexual, pois é a união entre um homem e uma mulher.

Na perspectiva bíblica, o casamento é feito entre um homem e uma mulher debaixo da ordem divina (Gn 2.24). Isso é muito sério e tem que ser levado em consideração. Paulo disse que não podemos nos conformar com o modelo ou estilo de vida dessa sociedade (Rm 12.1,2). Por exemplo, é dito para os jovens hoje que antes de se casarem podem experimentar o sexo para ver se combinam com seu parceiro, contudo, a Bíblia ensina justamente o oposto (GOMES, 2022, p. 63).

Sobre o divórcio vale ressaltar que há causas, que são o orgulho, a infidelidade, a ausência de amor, os meios de comunicação e a ausência de harmonia; e, que por consequência apresentará a sequelas de um relacionamento fracassado.

Referências

GOMES, Osiel. Os valores do Reino de Deus: a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

terça-feira, 19 de abril de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – Desafiando a Deus no deserto

Desafiando a Deus no deserto

Conforme o Resumo da Lição:

A tentação da murmuração contra Deus fez os israelitas perderem uma geração inteira no deserto. Lembrando que, a aliança entre Deus e seus servos sempre abrangia uma promessa, uma condição e uma pena. Para com os israelitas a promessa era a Terra Prometida, enquanto que a condição era a obediência e a pena seria o não entrar na Terra Prometida. Fato que se concretizou para com muitos, que por desobedecerem, ou melhor, por menosprezarem a presença do Senhor murmuraram e foram penalizados por não entrarem na Terra Prometida.

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar que os hebreus desprezaram a presença de Deus durante a caminhada rumo a Terra Prometida;

Explicar as consequências de os espias terem infamado a terra que Deus disse que era boa;

E, Expor a causa do atraso de quarenta anos na entrada da Terra Prometida.

I – DESPREZANDO A PRESENÇA DE DEUS NA CAMINHADA

Murmuração do grego pode ter como significado:

Mais frequentemente com a ideia de queixa, indignação, murmurar, resmungar, expressar mau-humorado descontentamento (ROBINSON, 2012, p. 187).

Há uma sequência em Êxodo sobre atos de murmuração dos israelitas. Primeiro, no capítulo 15, murmuraram por causa da água amarga. Segundo, no capítulo 16, murmuraram por falta de comida. E, por terceiro, o capítulo 17, murmuraram por estarem com sede.

No primeiro caso Deus [...] Além de tornar as águas agradáveis, Deus lhes garantiu que, se lhe obedecessem, não teriam com eles nenhuma das enfermidades que foram vistas nos egípcios (COELHO, 2022, p. 45).

No capítulo 16, no episódio da murmuração referente à fome, percebe-se que os israelitas não se lembraram da ação divina em tirá-los do Egito e nem como Deus tornou as águas amargas em água potável, porém o povo lembrou-se do Egito no que se tratava em terem uma vida escrava com a presença de alimentos, outro fato marcante está no ato dos israelitas cobrarem de Moisés e de Arão o suprimento de suas necessidades.

[...] Eles não pediram a Deus alimentos. Era mais fácil colocar a culpa em Moisés do que se lembrarem de que haviam sido escravos de Faraó. As suas memórias não estavam nos milagres que haviam presenciado, mas nas panelas com carne e nos pães que comiam “até fartar”. É importante observar que o esquecimento é muito próximo da ingratidão (COELHO, 2022, p. 46).

Já capítulo 17 a murmuração torna-se nítida no ato dos israelitas reclamarem de Moisés e de duvidarem da presença do Senhor.

II – INFAMANDO A TERRA QUE DEUS DISSE QUE ERA BOA

Doze homens, doze líderes, doze motivadores do povo que deveriam conduzir os israelitas a possuírem a Terra Prometida.

Porém, de doze apenas dois acreditaram na possibilidade de receberem naqueles dias o cumprimento da promessa, Josué e Calebe, no entanto, os demais desacreditaram no agir de Deus, por isso:

Parece-nos que em nossos dias essa cena se repete: pessoas que deveriam ser úteis na obra de Deus, cooperando com o Senhor, acabam influenciando outras pessoas para direções opostas, tornando-se, assim inúteis, e entrando para a história como um tropeço, e não como um instrumento de Deus. Não basta cumprir uma missão: é preciso crer que, apesar das dificuldades, o mesmo Deus que nos comissionou estará conosco, abrindo o caminho para que a vontade dEle seja realizada por canais limitados, como nós (COELHO, 2022, p. 48).

Compreende-se que os dez espias conseguiram desmotivar o povo a prosseguirem, pois é fácil para o que não confia no Senhor desviar o pensamento e o propósito daquele que busca andar em retidão. Nem sempre a maioria pensa conforme a vontade de Deus, Josué e Calebe, representam a minoria, e apenas eles confiaram no Senhor, mesmo assim não foram as palavras destes eficazes para mudarem o pensamento do povo motivado pelos os dez.

III – UM ATRASO DE QUARENTA ANOS

A promessa de Deus revela a vontade do Senhor, porém é necessário compreender que a vontade do Senhor é permissiva e absoluta. A vontade do Senhor é permissiva quando o Senhor em algum momento permite algo diferente do Seu propósito inicial para que os teus servos compreendam a sua vontade absoluta.

A promessa era a Terra Prometida. Uma geração adulta não entrou na Terra Prometida, por murmurarem e desacreditarem da presença do Senhor, logo o atraso foi necessário para Deus preparar uma nova geração que saiu do Egito em sua infância e que em fase adulta entrariam na Canaã prometida.

Portanto, tentar a Deus é perder tempo para com o cumprimento da promessa. É necessário esperar no Senhor e no cumprimento de sua promessa, não é válido e nem prazeroso buscar antecipar os propósitos do Senhor.

Referência

COELHO, Alexandre. O Perigo das tentações: as orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Resguardando-se de sentimentos ruins

 Resguardando-se de sentimentos ruins

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A cólera e a ira não podem dominar o coração do crente. Elas devem ser evitadas e vencidas com o ensino do Evangelho.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Expor que o Evangelho não é Antinomista; Pontuar que a cólera é o primeiro passo para o homicídio; e, Correlacionar o ato de ofertar com a desavença.

I – O EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA

Há duas palavras que se centralizam para com a compreensão do presente tópico, são elas: antinomismo e legalismo. Antinomismo corresponde em ser contrário a Lei, enquanto que o legalismo é ser conduzido por normas legais, menosprezando a doutrina da salvação principalmente o elo da justificação pela fé.

A Lei tem como significado seta. Seta serve para indicar a direção, ou seja, mostrar o caminho. Logo, a Lei tem como significado prático mostrar o Caminho, sendo que o Caminho é o Senhor Jesus. A Lei mostra para o Evangelho. A Lei é a seta que mostra o Caminho, enquanto que o Evangelho é a narrativa da ação do Caminho encarnado que teve como missão salvar a todos aqueles que se entregam a Deus.

O cristão não pode ser extremista, pois quem abraça o legalismo acaba por desconsiderar os princípios da graça, assim como não pode ser antinomista, contrário ao processo divino correlacionado ao plano da salvação.

Portanto, o cristão deverá entender que Jesus veio cumprir a Lei e não destruir a Lei (Mt 5.17), e no cumprir a Lei Jesus ensina que há três elementos essenciais na Lei que não era pelos os judeus praticados, que são: a misericórdia, o juízo e a fé.

[...] Para Deus, os assuntos centrais da fé estão relacionados com a justiça, com a misericórdia e a fidelidade, e estes assuntos os fariseus ignoram (RICHARDS, 2008, p. 73).

II – A CÓLERA É O PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO

Conforme o versículo 22 Jesus não anula o sexto mandamento, mas de certo modo o Senhor aprofunda no sentido prático e autêntico do decálogo no que tange a compreensão e a prática do sexto mandamento.

É necessário compreender que o sexto mandamento abrange temas como guerra, pena capital, suicídio, aborto e eutanásia. Os dois últimos (aborto e eutanásia) merecem atenção por estarem interligados com projetos no cenário político que vai na contra mão dos ensinos bíblicos.

A vida do indivíduo, na sua origem, tem provocado várias discursões.  No encontro do gameta masculino com o feminino, há a origem de um novo ser. Então não cabe ao pai, nem a mãe e nem a terceiros a decisão de dar o fim da vida de um novo ser que está no interior do corpo de uma mãe.

Sobre a eutanásia, não cabe a ninguém garantir uma boa morte para aqueles que até mesmo estão vegetando. Deus deu a vida, então cabe a Ele tirar a vida das pessoas.

Por fim, o sexto mandamento expressa objetivos específicos no campo religioso, assim como no contexto social, pois o sexto mandamento garante vida e proporciona a paz entre as pessoas.

Quanto à questão da ira, o melhor é seguir o conselho de Paul, que diz: “Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar” (Cl 3.8). (GOMES, 2022, p. 53).

III – A “OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA

O presente tópico está fundamentado nos versículos 23 e 24 que permite a seguinte compreensão:

Se trouxeres a tua oferta – a oferta faz parte da adoração.

Te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti – sempre haverá desavença no meio cristão, pois é uma aglomeração de seres humanos, logo, a imperfeição será reinante.

Deixa ali diante do altar a tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão – a reconciliação é necessária no contexto prático da vida crista. Não pode existir divisão no meio cristão. Reconciliar é tornar um, aqueles que se separam por algum motivo, motivo este, com poder totalmente destruidor.

Por fim, conclui-se que A melhor coisa é não ter inimigos. Temos de buscar sempre a paz, porque nossos inimigos podem causar-nos grandes danos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 26).

Referências

GOMES, Osiel. Os valores do Reino de Deus: a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

RADMACHER. Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE. H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: 2013.

Richards, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

domingo, 10 de abril de 2022

É hora de despertarmos

 É hora de despertarmos

Texto: E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé (Rm 13.11).

Introdução

A palavra chave que sintetiza o presente tema é santificação. Santificação tem como significado direto ser separado para o uso, assim como significa ser consagrado para o uso exclusivo de Deus. A santificação permite compreender três tempos: o passado, o presente e o futuro. Assim como permite compreender três momentos históricos básicos para uma vida transformada: o dia da crucificação de Jesus, o dia de pentecostes e o dia de Cristo (o arrebatamento da Igreja).

I - Paulo e a epístola aos Romanos

Paulo se destaca ao escrever a Carta aos Romanos como grande teólogo e a epístola é sintetizada categoricamente por duas descrições: doutrina e exortação. No que tange as doutrinas o apóstolo relata a respeito da salvação, do pecado, assim também como a respeito dos elos da salvação (justificação, fé e santificação). E no contexto da exortação aconselha aos cristãos de Roma a atentarem para com os deveres civis, sociais, morais e principalmente aos deveres espirituais.

II - É hora de despertarmos

Despertar tem como significado acordar e levantar. Figuradamente pode definir sair da inatividade, da ruína ou até mesmo da inexistência. O fato é que o presente texto corresponde ao relato dos deveres do cristão perante as questões espirituais. O que permite compreender que se trata de uma exortação a uma vida santificada.

1- Por conhecer o tempo. Paulo tinha pleno conhecimento do tempo e o tempo impulsionava aos crentes em Roma a se despertarem para viverem o melhor de Deus como testemunhas oculares. Na atualidade percebe-se que o tempo em sua tangência não permite aos crentes a se envolverem com as coisas desta vida, e assim, se esqueçam da vida vindoura.

Os sinais mostram que é tempo de buscar ao Senhor de todo o coração, assim como é tempo para consagrar cada vez mais e dedicar-se cada vez mais com total afinco a vivência dos princípios bíblicos.

2- do sono. Figurativamente despertar do sono pode definir a situação daqueles que estão entregues as práticas do pecado e que por algum motivo estão sentados, isto é, param de agir em prol da obra do Senhor. O cristão não poderá dormir por nenhuma justificativa humanamente tida como coerente e lógica, mas de fato, o crente deverá ser baluarte em meio às perseguições e avivado em meio ao aumento do pecado.

III - A salvação está mais próxima do que quando aceitamos a fé

A santificação pode ser observada da seguinte forma sobre a ótica do tempo: pretérita, presente e futura.

1- Santificação pretérita. A santificação tem início no começo da salvação do cristão. E esta santificação só é possível graça a ação divina em doar o seu único filho para salvar a humanidade (Jo 3.16).

2- Santificação presente. Também conhecida como santificação progressiva, isto é, aquela que se dá constantemente. Conforme os Escritos Sagrados à santificação se dá mediante a fé na obra redentora de Jesus; “para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.18). Também se dá mediante a palavra de Deus. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). A santificação progressiva também se dá mediante uma vida de oração, “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9).

 Assim também como no frequentar a igreja, pois na congregação os santos se reúnem para louvarem a Deus, buscarem a face de Deus e aprenderem de Deus mediante o ensino da Escritura Sagrada.

3- Santificação futura. A santificação se inicia na aceitação do cristão a Cristo, porém tem o seu clímax e perfeição no retorno de Jesus para buscar a igreja, isto é, no arrebatamento.

Conclusão

Para os que precisam de ânimo e necessitam retornar a desenvolver o que sempre realizou na obra do Senhor deverá ter o apóstolo Paulo como modelo, pois o mesmo poderia ter desistido por causa das perseguições, porém mesmo enfrentando afrontas, perseguições e prisões, o apóstolo Paulo sempre se dedicou a fazer conforme a vontade de Deus. Por fim, é hora de despertarmos do sono, pois a nossa salvação está mais próxima do que quando aceitamos a fé.

domingo, 3 de abril de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Sal da Terra, Luz do Mundo

 Sal da Terra, Luz do Mundo

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A influência dos cristãos na sociedade é inevitável. Do ponto de vista bíblico, o mundo não pode estar indiferente aos verdadeiros seguidores de Cristo.

O valor do sal só é notável na ação. Pois, o sal é importante no agir. No contexto histórico o sal teve grande participação para uma das maiores inovações no mundo do trabalho, isto é, o salário. Porém, o sal tem seu valor no agir, e se para isto, o mesmo não serve, deverá ser lançado fora.

Já o valor da luz está notável no existir da luz. Pois, os benefícios da luz são inúmeros, como por exemplo: a visibilidade, o fornecimento de energia e a produção de alimentos.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Apontar a função do sal; Destacar a função da luz; e, Refletir a respeito da influência dos discípulos de Cristo no mundo.

I – O SAL TEMPERA E CONSERVA

O cristão é o sal, isto indica que o cristão é representante em um grande concerto e tem missão intrínseca. Se o primeiro Adão falhou, o segundo proporciona salvação a toda à humanidade. E todos os que são vocacionados tornam representantes diretos do concerto da salvação de Jesus Cristo para com toda a humanidade.

Ser cristão é saber que Jesus o chamou para ser representante de Deus na terra. A missão intrínseca da igreja corresponde a ministrar a reconciliação através da pregação do Evangelho, e de fato o vencer o mal é também missão da igreja. O vencer o mal indica que a igreja possui autoridade outorgada por Deus. Portanto, quando a igreja representa a Cristo na terra através da sua missão, a igreja estar exercendo o seu papel como sal da terra.

Duas são as principais ações do sal: outorgar sabor e preservar.

O outorgar sabor indica que o cristão como sal da terra deverá proporcionar:

Esperança para os que perderam a esperança. Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo (Rm 15.13). Isto porque a esperança proporciona ao indivíduo alegria e paz.

Amor para com o próximo. Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13.34,35). Portanto, amar o próximo indica que o cristão é discípulo do Senhor Jesus e tal verdade será conhecida por todos.

Fé para os que a perderam ou nunca tiveram. Ora sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). Pois, sem fé é impossível agradar a Deus.

E no que corresponde a preservar, o cristão como sal deverá viver uma vida de santidade. Isto é, uma vida separada para o uso de Deus. Pois o cristão é consagrado por Deus para ser bênção na vida de muitas pessoas.

II – À LUZ ILUMINA LUGARES EM TREVAS

A luz foi criada por Deus e duas verdades correspondem com a criação da luz: a primeira verdade, é que a luz criada no primeiro dia não correspondia ao sol, e a segunda verdade é que a luz era proveniente do próprio Deus.

As notificações acima levam a entender que a luz independe do sol, pois com o novo céu e a nova terra, quem há de brilhar será o Senhor Jesus, o Sol da Justiça.

A ciência categoricamente descreve que o sol e as estrelas possuem luz própria, enquanto que a lua não possui. Portanto, o sol através da atuação em liberar luz outorga benefícios para a humanidade, estes desde a vida do próprio indivíduo como dos elementos envolta do indivíduo.

Por outro lado, tendo como motivo maior o pecado. O sol passou a ser responsável por transmitir problemas ligados à saúde das pessoas, assim como também, com a própria duração da vida dos seres vivos.

Mas, mesmo assim, os benefícios são verdadeiros indicadores que a luz do sol é de total importância para os seres vivos.

O cristão como luz do mundo é comparado a uma cidade edificada sobre um monte. A cidade não poderá ser escondida. Não é possível passar por um cristão e não reconhecê-lo como servo de Deus. Portanto, apenas aqueles que não demonstram mais a luz de Cristo é que são ocultados por tamanha falta de luz.

O alqueire era um recipiente utilizado para medir grãos. Sendo o cristão a luz do mundo, o mesmo, deverá estar no lugar certo para realizar a vontade de Deus. A luz não foi criada para ser limitada, mas para resplandecer e dá a luz para todos.

Logo, a luz doada pelo cristão deverá atingir primeiramente os da própria casa para que em seguida venha alcançar as demais pessoas.

O Senhor Jesus disse: enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo (Jo 9.5).

Portanto, na atualidade quem tem a responsabilidade de agir como luz do mundo é o cristão, pois Jesus tem outorgado aos seus seguidores o poder para alterar o ambiente e alterar para o bem das pessoas. O resplandecer da luz deverá ter como objetivo único glorificar a Deus. Por fim, o cristão não tem luz própria, mas o cristão é a luz refletida da glória do Senhor Jesus.

III – DISCÍPULOS QUE INFLUENCIAM

Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que há de salgar? A maior parte do versículo fala do não ser sal, pois se o mesmo for insípido, como salgará? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. Há duas terríveis situações que são, a rejeição e a humilhação. O ser lançado fora indica rejeição, já ser pisado corresponde à humilhação.

Logo, o sal só tem seu valor no seu agir. Que a graça divina outorgue sabedoria à igreja para que esta exerça com cuidado o seu papel de sal da terra.

Já a luz possui como alcance aqueles que estão a sua volta. As casas das pessoas pobres necessitavam apenas de uma candeia, logo, os seres humanos são limitados, enquanto que Cristo não é limitado, por isso, é necessário que a luz de Cristo brilhe em todos. E para brilhar na atualidade Jesus possui os seus súditos, súditos do Reino para propagarem a mensagem da cruz.