Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 18 de abril de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Resguardando-se de sentimentos ruins

 Resguardando-se de sentimentos ruins

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A cólera e a ira não podem dominar o coração do crente. Elas devem ser evitadas e vencidas com o ensino do Evangelho.

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Expor que o Evangelho não é Antinomista; Pontuar que a cólera é o primeiro passo para o homicídio; e, Correlacionar o ato de ofertar com a desavença.

I – O EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA

Há duas palavras que se centralizam para com a compreensão do presente tópico, são elas: antinomismo e legalismo. Antinomismo corresponde em ser contrário a Lei, enquanto que o legalismo é ser conduzido por normas legais, menosprezando a doutrina da salvação principalmente o elo da justificação pela fé.

A Lei tem como significado seta. Seta serve para indicar a direção, ou seja, mostrar o caminho. Logo, a Lei tem como significado prático mostrar o Caminho, sendo que o Caminho é o Senhor Jesus. A Lei mostra para o Evangelho. A Lei é a seta que mostra o Caminho, enquanto que o Evangelho é a narrativa da ação do Caminho encarnado que teve como missão salvar a todos aqueles que se entregam a Deus.

O cristão não pode ser extremista, pois quem abraça o legalismo acaba por desconsiderar os princípios da graça, assim como não pode ser antinomista, contrário ao processo divino correlacionado ao plano da salvação.

Portanto, o cristão deverá entender que Jesus veio cumprir a Lei e não destruir a Lei (Mt 5.17), e no cumprir a Lei Jesus ensina que há três elementos essenciais na Lei que não era pelos os judeus praticados, que são: a misericórdia, o juízo e a fé.

[...] Para Deus, os assuntos centrais da fé estão relacionados com a justiça, com a misericórdia e a fidelidade, e estes assuntos os fariseus ignoram (RICHARDS, 2008, p. 73).

II – A CÓLERA É O PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO

Conforme o versículo 22 Jesus não anula o sexto mandamento, mas de certo modo o Senhor aprofunda no sentido prático e autêntico do decálogo no que tange a compreensão e a prática do sexto mandamento.

É necessário compreender que o sexto mandamento abrange temas como guerra, pena capital, suicídio, aborto e eutanásia. Os dois últimos (aborto e eutanásia) merecem atenção por estarem interligados com projetos no cenário político que vai na contra mão dos ensinos bíblicos.

A vida do indivíduo, na sua origem, tem provocado várias discursões.  No encontro do gameta masculino com o feminino, há a origem de um novo ser. Então não cabe ao pai, nem a mãe e nem a terceiros a decisão de dar o fim da vida de um novo ser que está no interior do corpo de uma mãe.

Sobre a eutanásia, não cabe a ninguém garantir uma boa morte para aqueles que até mesmo estão vegetando. Deus deu a vida, então cabe a Ele tirar a vida das pessoas.

Por fim, o sexto mandamento expressa objetivos específicos no campo religioso, assim como no contexto social, pois o sexto mandamento garante vida e proporciona a paz entre as pessoas.

Quanto à questão da ira, o melhor é seguir o conselho de Paul, que diz: “Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar” (Cl 3.8). (GOMES, 2022, p. 53).

III – A “OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA

O presente tópico está fundamentado nos versículos 23 e 24 que permite a seguinte compreensão:

Se trouxeres a tua oferta – a oferta faz parte da adoração.

Te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti – sempre haverá desavença no meio cristão, pois é uma aglomeração de seres humanos, logo, a imperfeição será reinante.

Deixa ali diante do altar a tua oferta e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão – a reconciliação é necessária no contexto prático da vida crista. Não pode existir divisão no meio cristão. Reconciliar é tornar um, aqueles que se separam por algum motivo, motivo este, com poder totalmente destruidor.

Por fim, conclui-se que A melhor coisa é não ter inimigos. Temos de buscar sempre a paz, porque nossos inimigos podem causar-nos grandes danos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 26).

Referências

GOMES, Osiel. Os valores do Reino de Deus: a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

RADMACHER. Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE. H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: 2013.

Richards, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário