Resguardando-se de sentimentos ruins
A presente lição apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
A cólera e a ira não podem
dominar o coração do crente. Elas devem ser evitadas e vencidas com o ensino do
Evangelho.
Sendo que a presente lição tem como objetivos
específicos: Expor que o Evangelho não é Antinomista;
Pontuar que a cólera é o primeiro passo para o homicídio; e, Correlacionar o
ato de ofertar com a desavença.
I – O
EVANGELHO NÃO É ANTINOMISTA
Há duas palavras que se centralizam para com
a compreensão do presente tópico, são elas: antinomismo e legalismo.
Antinomismo corresponde em ser contrário a Lei, enquanto que o legalismo é ser
conduzido por normas legais, menosprezando a doutrina da salvação
principalmente o elo da justificação pela fé.
A Lei tem como significado seta. Seta serve
para indicar a direção, ou seja, mostrar o caminho. Logo, a Lei tem como significado
prático mostrar o Caminho, sendo que o Caminho é o Senhor Jesus. A Lei mostra
para o Evangelho. A Lei é a seta que mostra o Caminho, enquanto que o Evangelho
é a narrativa da ação do Caminho encarnado que teve como missão salvar a todos
aqueles que se entregam a Deus.
O cristão não pode ser extremista, pois quem
abraça o legalismo acaba por desconsiderar os princípios da graça, assim como
não pode ser antinomista, contrário ao processo divino correlacionado ao plano
da salvação.
Portanto, o cristão deverá entender que Jesus
veio cumprir a Lei e não destruir a Lei (Mt 5.17), e no cumprir a Lei Jesus
ensina que há três elementos essenciais na Lei que não era pelos os judeus
praticados, que são: a misericórdia, o juízo e a fé.
[...] Para Deus, os assuntos
centrais da fé estão relacionados com a justiça, com a misericórdia e a
fidelidade, e estes assuntos os fariseus ignoram (RICHARDS,
2008, p. 73).
II – A CÓLERA
É O PRIMEIRO ATO PARA O HOMICÍDIO
Conforme o versículo 22 Jesus não anula o
sexto mandamento, mas de certo modo o Senhor aprofunda no sentido prático e
autêntico do decálogo no que tange a compreensão e a prática do sexto
mandamento.
É necessário compreender que o sexto
mandamento abrange temas como guerra, pena capital, suicídio, aborto e
eutanásia. Os dois últimos (aborto e eutanásia) merecem atenção por estarem
interligados com projetos no cenário político que vai na contra mão dos ensinos
bíblicos.
A vida do indivíduo, na sua origem, tem
provocado várias discursões. No encontro
do gameta masculino com o feminino, há a origem de um novo ser. Então não cabe
ao pai, nem a mãe e nem a terceiros a decisão de dar o fim da vida de um novo
ser que está no interior do corpo de uma mãe.
Sobre a eutanásia, não cabe a ninguém
garantir uma boa morte para aqueles que até mesmo estão vegetando. Deus deu a
vida, então cabe a Ele tirar a vida das pessoas.
Por fim, o sexto mandamento expressa
objetivos específicos no campo religioso, assim como no contexto social, pois o
sexto mandamento garante vida e proporciona a paz entre as pessoas.
Quanto à questão da ira, o
melhor é seguir o conselho de Paul, que diz: “Agora, porém, despojai-vos,
igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem
obscena do vosso falar” (Cl 3.8). (GOMES, 2022, p. 53).
III – A
“OFERTA DO ALTAR” E A DESAVENÇA
O presente tópico está fundamentado nos
versículos 23 e 24 que permite a seguinte compreensão:
Se trouxeres a tua oferta – a oferta faz
parte da adoração.
Te lembrares de que teu irmão tem alguma
coisa contra ti – sempre haverá desavença no meio cristão, pois é uma aglomeração
de seres humanos, logo, a imperfeição será reinante.
Deixa ali diante do altar a tua oferta e vai
reconciliar-te primeiro com teu irmão – a reconciliação é necessária no
contexto prático da vida crista. Não pode existir divisão no meio cristão.
Reconciliar
é tornar um, aqueles que se separam por algum motivo, motivo este, com poder
totalmente destruidor.
Por fim, conclui-se que A melhor
coisa é não ter inimigos. Temos de buscar sempre a paz, porque nossos inimigos
podem causar-nos grandes danos (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 26).
Referências
GOMES,
Osiel. Os valores do Reino de Deus:
a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD,
2022.
RADMACHER.
Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE. H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: 2013.
Richards,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural
do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
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