Deus é Fiel

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terça-feira, 27 de julho de 2021

EBD - Subsídio da Lição: O REINADO DE ACAZIAS

 O REINADO DE ACAZIAS

A verdade prática apresenta a seguinte descrição:

A coragem de Elias é exemplo e incentivo para os que são chamados a pregar e a exortar segundo a Palavra de Deus, independente de classe, raça ou credo.

Ser corajoso corresponde a alguém que é destemido ou a alguém que venceu o medo, pois a coragem demonstrada em determinadas circunstâncias não define em descrever o indivíduo como alguém que não possua medo. Mas, corrobora em afirmar que o indivíduo venceu o limite do medo. Elias em determinado momento de sua biografia se apresenta com medo, porém o mesmo não se destaca na narrativa bíblica com a um covarde, mas como profeta corajoso.

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Ressaltar a imprescindibilidade de se ter um relacionamento íntimo com Deus. E como objetivos específicos: Descrever a idolatria e a infidelidade de Acazias; Assinalar a coragem de Elias; e, Identificar as consequências dos atos de Acazias.

I – UM REINADO MARCADO PELA IDOLATRIA

O presente tópico apresenta dois pontos essências para a compreensão do monarca Acazias. O primeiro elemento corresponde com a caracterização idolatra do rei de Israel, cujo deus, Baal-Zebube foi consultado pelo o monarca, assim como também foi venerado. Já o segundo elemento interpretativo da vida do rei Acazias corresponde com o processo familiar educativo.

Acazias filho de Acabe e Jezabeel. Governou por dois anos sobre as dez tribos. Mesmo em pequeno período de tempo no trono Acazias conseguiu a descrição desagradável em ser conhecido como um dos reis que fez o que era mau aos olhos do Senhor.

Assim sendo compreende-se que o processo educacional possui forte inspiração no desenvolvimento do caráter do ser humano. Tendo como modelo educacional os ímpios reis Acabe e Jezabeel (seus pais) não teria como Acazias se destacasse como bom rei.

Os cristãos necessitam compreender que:

Sem dúvida é muito mais fácil liderar através do exemplo. Ensinar também! Todos nós somos carentes de modelos e crescemos procurando imitá-los. Quando não há modelos ou referenciais ficamos à deriva. Os modelos ou paradigmas fazem parte de nossa vida assim com o ar que respiramos (GONÇALVES, 2013, p. 68).

II – ELIAS DESAFIA A ADORAÇÃO A BAAL

O erro central de Acazias foi não consultar ao Senhor. Elias assim indaga aos emissários de Acazias: porventura, não há Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebube, deus de Ecron? (2 Rs 1.3).

[...] Trata-se de uma pergunta retórica que eles sabem a resposta. Elias precisou lembrar mais uma vez do que já havia dito tantas vezes: de que somente Jeová é Deus. A reprimenda de Elias foi corajosa e forte, como sempre foi característico do seu ministério. Ele não poderia admitir que o rei desprezasse o Deus verdadeiro e fosse atrás dos oráculos de um falso deus (POMMERENING, 2021, p. 68).

Ao ser notificado por seus emissários do recado recebido do profeta, Acazias compreendeu que se tratava de Elias. E ao encontro do profeta envia um capitão com 50 soldados e este (capitão) disse a Elias: Desce (2 Rs 1.9), porém em resposta disse o profeta ao capitão: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então fogo desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinquenta (2 Rs 1.10).

Enfurecido Acazias envia o segundo capitão com mais cinquenta soldados e este expressa as seguintes palavras ao profeta: Desce depressa (2 Rs 1.11), porém o profeta respondeu ao capitão as seguintes palavras:  Se eu sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinquenta. Então o fogo de Deus desceu do céu, e o consumiu a ele e aos seus cinquenta (2 Rs 1.12).

Os dois termos utilizados pelos os capitães devem ser analisados com cautela: desce e desce depressa. Ambos os termos fraseais denotam que o rei Acazias estava enfurecido e tinha como propósito demonstrar ao profeta que ele (o rei) estava no controle. Porém, Acazias desconhecia o fato de que Deus é que está no controle de todas as coisas, fato que parece ser compreensível para o terceiro capitão que automaticamente muda o formato do diálogo chegando, pôs-se de joelhos diante de Elias, e suplicou-lhe, dizendo: Homem de Deus, seja, peço-te, preciosa aos teus olhos a minha vida, e a vida destes cinquenta teus servos (2 Rs 1.13) E após as palavras deste o anjo do Senhor disse ao profeta: Desce com este, não temas (2 Rs 1.15).

III – A DOENÇA DE ACAZIAS E A SUA MORTE

Acazias conforme a Palavra do Senhor proferida por intermédio do profeta Elias chegou a falecer. Fato que corrobora para com a compreensão de que Deus é quem está no controle de todas as coisas.

Sobre o profeta Elias o presente tópico permite compreender que ele se destacou por ter intimidade com Deus e por ser zeloso para com a adoração ao verdadeiro e único Deus, o Deus de Israel. Intimidade se conquista por dedicação a uma vida de oração, leitura Bíblica e o desenvolvimento da adoração ao verdadeiro Deus.

Já sobre Elias pode-se concluir que:

[...] Elias foi o profeta a quem Deus falou com riqueza de detalhes para encontra-se imediatamente com os mensageiros no caminho de Ecrom e, assim, entregar uma mensagem que, humanamente falando, seria impossível alguém conhecer com antecedência (POMMERENING, 2021, p. 73).

Referência

GONÇALVES, José. Sábios conselhos para um viver vitorioso. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

sábado, 24 de julho de 2021

Subsídio para aula da EBD – AMÓS: ADORAÇÃO COM JUSTIÇA

AMÓS: ADORAÇÃO COM JUSTIÇA

A presente lição tem como Síntese:

A profecia de Amós nos ensina que justiça e retidão são elementos fundamentais para a adoração.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Expor os principais conteúdos apresentados na profecia de Amós;

Compreender quem foi o profeta Amós, sua origem, trabalho e estilo profético;

E, Defender que a prática da justiça é um elemento insubstituível para a verdadeira adoração.

É necessário compreender que [...] Ele expôs os dois principais pecados de Israel: a ausência da verdadeira adoração e a falta de justiça. O profeta não pensou duas vezes em tocar o dedo na ferida de Israel e desafiá-los ao arrependimento. Caso contrário, segundo o profeta, a nação receberia o juízo de Deus (TROTA, 2021, p. 44).

I – O PROFETA AMÓS

O livro de Amós é conhecido como o livro da justiça de Deus e enfatiza que na adoração a justiça e a retidão são elementos necessários. O profeta Amós profetizou no século VIII antes de Cristo e teve seu ministério voltado para o Reino do Norte. Os reis que governavam no período do ministério de Amós foram: Uzias (rei de Judá) e Jeroboão II (rei de Israel). Os profetas contemporâneos de Amós foram: Oséias, Jonas, Isaías e Miqueias.

Amós no hebraico significa, carregador de fardos, era um homem humilde que não fez parte da escola dos profetas, natural de Tecoa, pequeno vilarejo que ficava cerca de 20 km de Jerusalém. 

A vida de Amós era difícil, composta de muita labuta e suor, na tentativa de obter o seu ganha-pão. Podemos dizer que ele já estava acostumado a “carregar fardos”. Era procedente de uma classe humilde. Deus chamou um homem calejado para uma dura tarefa: falar aos ricos sobre os pobres (TROTA, 2021, p. 44).

Amós exerceu a profissão de boiadeiro. Amós profetizou em Betel, centro religioso de Israel, sendo ele de Judá não temeu entregar a mensagem de Deus. Em Israel existia profeta como, por exemplo, Oséias, porém, Deus levantou e enviou Amós de Judá para Israel para que o povo desse crédito a mensagem entregue por um estrangeiro.

A mensagem de Amós assim como dos demais profetas do Reino do Norte tratavam basicamente da crítica ao Estado, à religião e ao povo, por estarem na situação de miséria e não buscarem a Deus. Porém, o profeta Amós profetizou em período de prosperidade de uma minoria em que não compartilhavam com o restante do povo. Daí o enfoque de Amós referente à injustiça social.

II – O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA PROFECIA

A profecia de Amós foi proferida no período em que a nação de Israel estava sobre o regime da paz. A presença da segurança externa, provavelmente porque a potência do período o Egito estava passando por decadência o que proporcionou aos reinos do norte e do sul o desfrutar da paz.

A paz proporciona a ocorrência da prosperidade. Porém, a prosperidade da minoria estava se multiplicando por meio da injustiça social. O sistema judiciário não julgava mediante a justiça, mas mediante aos interesses da elite.

O problema de Israel naquela época não foi a riqueza em si, mas o fato de essa prosperidade não ter sido distribuída justamente. A luxúria dos ricos era conseguida à custa da opressão e exploração dos pobres (Am 2.6-8; 3.15; 4.1; 5.7;-12; 6.3-6; Os 4.1,2,11-13; 6.8,9;12.7,8). Eles controlavam tudo, inclusive o judiciário. As decisões dos tribunais eram favoráveis aos ricos e extremamente opressivas aos pobres (TROTA, 2021, p. 47).

Por fim, o paganismo religioso se alastrava no seio social da nação. A adoração desenvolvia-se com base na corrupção. A liderança religiosa não provinha da descendência sacerdotal, fato que corrobora em descrever que a religião no período estava corrompida por causa do sistema político.

III – ADORAÇÃO COM JUSTIÇA

A mensagem do profeta Amós focava nem três Ds: derrota, destruição e desterramento, ou seja, o fim de Israel está próximo (Am 2.13-16;3.15;4.2,3). O teor da mensagem é explicada por causa da decadência moral (corresponde à palavra prostituição, ato praticado por pai e filho com uma mesma moça (Am 2.7) para profanarem o nome de Deus), e pela decadência religiosa (correspondente à idolatria).

As festas religiosas dos israelitas não eram prazerosas a Deus, pois, não havia adoração sincera. Os israelitas não eram convertidos, pois a salvação é possível quando há conversão e santificação.

A oferta de manjares subentendia que toda a ação humana devia ser feita como para Deus, já a oferta pacifica era oferecida a Deus no sentido do ofertante ter comunhão com Deus.

Referência

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

EBD - Subsídio da Lição: ELIAS E OS PROFETAS DE ASERÁ E BAAL

ELIAS E OS PROFETAS DE ASERÁ E BAAL

A verdade prática apresenta a seguinte descrição:

O Senhor sustenta com sua forte mão todos os que estão dispostos a proclamar a verdade de que Ele é o único Deus digno de adoração.

Com Elias inicia se de fato a tradição profética. Sendo que nos dias de Jesus o profeta Elias era de fato um dos profetas com maior popularidade no meio dos israelitas. Jesus em seu ministério enfatizou a conduta e dedicação de Elias em suas citações. Portanto, o profeta Elias é citado e respeitado na narrativa do Novo Testamento. A mensagem de Elias tinha como propósito o arrependimento dos israelitas.

Pommereing acrescenta a respeito do profeta Elias:

[...] é um dos mais importantes personagens da Bíblia. Ele é o maior dos profetas orais – aqueles que não deixaram escritos –, tanto que, no episódio do monte da transfiguração, é ele que aparece conversando com Jesus (POMMERENING, 2021, p. 49).

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Revelar que Deus opera milagres através de seus filhos. E como objetivos específicos: Salientar que é necessário e urgente enfrentar o pecado; Relatar que Deus responde às nossas súplicas; e, Expor as fragilidades do ser humano.

I – O DESAFIO NO MONTE CARMELO

Palavra chave para compreensão do presente tópico é idolatria. Por meio da gestão de Acabe e Jezabel a idolatria se fortaleceu em Israel. A prática da idolatria está associada com o desconhecimento em que os indivíduos têm no que se refere a pessoa e a grandeza de Deus.

Nos dias de Elias os israelitas tornaram conhecidos por serem henoteítas, ou seja, acreditavam no Deus de Abraão, porém não desconsideravam a existência de outros deuses. No caso, acreditavam que Deus era limitado em determinadas ações. Por isso, conclui-se que a idolatria corresponde com o desconhecer a grandeza de Deus, e quando o indivíduo desconhece a grandeza do Senhor, desconhece o próprio Deus.

A grande atração que tinha por Baal pode ter vindo do fato de que, em uma sociedade agropastoril, a fé numa divindade que manda a chuva é bem-vinda. Israel, durante boa parte da sua história, era henoteísta, ou seja, acreditava em Javé, porém não negava a realidade de outros deuses. Sendo assim, Baal era uma divindade real para os israelitas. Além disso, para os judeus antigos, Javé era o Deus do êxodo, da libertação, mas não havia clareza quanto à sua condição de provedor da chuva e do seu poder de fertilizar a terra (POMMERENING, 2021, p. 54).

Entretanto, entre os desconhecedores da verdade, sempre haverá os que conhecem a veracidade dos fatos. Elias era antagônico a presente geração conduzida por Acabe. O profeta por saber que Deus é único desafiou os profetas de Baal. O conhecimento da pessoa de Deus possibilita certeza na concretização do agir divino mediante os fatos caóticos. Certeza em que Elias sustentou em suas palavras: e há de ser que o deus que responder por meio de fogo esse será Deus (1 Re 18.24).

II – A ORAÇÃO DE ELIAS

A oração de Elias foi bem sintetizada nas palavras, porém foi bem profunda em descrição teológica, antropológica e bíblica.

Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas.

Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração (1 Re 18.36,37).

Ao expressar “tu és Deus” o profeta Elias transmite a exata compreensão da coerente teologia. Já ao expressar “sou teu servo” compreende com Elias a exatidão da antropologia bíblica, o cristão foi chamado para servir. Por fim, “conforme a tua palavra” Elias salienta a respeito da preciosidade da Palavra do Senhor.

III – ELIAS EM HOREBE

O cansaço provoca fragilidade emocional, fator que pode terminar até mesmo o desenvolvimento de depressões e o profeta Elias é um exemplo claro de que o crente pode sofre de agravantes emocionais, logo é válido ressaltar que:

A depressão é uma doença comprovada cientificamente e deve ser tratada. Ao contrário do que normalmente se pensa, há evidências científicas que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido.

Normalmente, a depressão é classificada em três graus: leve, moderada e grave, e é um problema médico que afeta milhões de pessoas, cristãs e não cristãs, no mundo todo. É uma das condições clínicas menos diagnosticadas e mais debilitantes em nossa sociedade (LOPES, 2017, p. 463).

Por fim, em resposta divina pão e água foram outorgados ao profeta para que ele continuasse a trajetória, o que corresponde à força espiritual (santificação) e a força física para prosseguir a caminhada. Logo, o ambiente Horebe torna-se de espaço de sacrifício em lugar de refúgio e fortalecimento pela a presença do Senhor.

Referência

LOPES, Jamiel de Oliveira. Psicologia pastoral. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Subsídio para aula da EBD – JOEL: O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS ÚLTIMOS DIAS

JOEL: O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS ÚLTIMOS DIAS

A presente lição tem como Síntese:

Mesmo em um contexto de desastre natural e apatia religiosa, Joel profetizou o derramar do Espírito Santo sobre toda a carne.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Expor o contexto histórico de calamidade pública apresentada na profecia de Joel;

Explicar a importância de uma conversão sincera como ato antecipatório ao recebimento do batismo com o Espírito Santo;

E, Explanar o cumprimento da profecia de Joel na dispensação da Igreja.

É necessário compreender que [...] Joel utilizou-se de uma calamidade nacional para escrever as linhas do seu sermão profético. Oseias e Joel ensinam-nos uma grande lição: nossas experiências têm muito a ensinar-nos, sobretudo do ponto de vista espiritual (TROTA, 2021, p. 33).

I – O PROFETA JOEL

O profeta Joel quando jovem, segundo dados históricos, conhecia o profeta Eliseu e provavelmente conheceu o profeta Elias. O nome Joel tem como significado Jeová é Deus.

Já no que tange ao livro de Joel percebe-se que este tem como chave o Dia do Senhor. Na Bíblia o Dia do Senhor é diferente do Dia de Cristo. O primeiro corresponde ao juízo e será destinado aos que recusaram a ouvir e a obedecer à voz do Senhor, enquanto o segundo, Dia de Cristo, corresponde com o arrebatamento e será destinado à igreja.

Para muitos estudiosos Joel escreveu suas profecias em 835 a.C, mas a sua mensagem corresponde ao período pós-exílico. O livro de Joel tem como assuntos: escatologia, ameaças e promessas.

Escatologia: o profeta Joel tem como tema proeminente “O Dia do Senhor” (Jl 2.11).

Ameaça: a praga de gafanhotos (Jl 1.1-12).

Promessa: o derramamento do Espírito Santo (Jl 2.28-32).

Pode-se concluir que a mensagem profética proferida por intermédio de Joel é atemporal, ou seja, vai além de seu tempo, não tendo um período como fechamento profético.

II – O CONTEXTO HISTÓRICO DE SUA PROFECIA

O presente tópico analisará a ameaça pronunciada nos anúncios proféticos de Joel, sendo esta, a praga dos gafanhotos. Conforme o capítulo 1.4 os seguintes animais são citados: lagarta, gafanhoto, locusta e pulgão. Entretanto, na narrativa original dos textos sagrados não há distinção nos nomes dos insetos citados no presente versículo, ou seja, no original trata-se de um mesmo inseto, sendo este o gafanhoto, apresentado em quatro estágios.

Aplicabilidade corresponde em entender que a as pragas tem como origem um mesmo ser.

A lagarta corresponde com o primeiro estágio do gafanhoto, ação implícita, o animal consegue roer.

Gafanhoto, no presente texto corresponde com a capacidade de reprodução, ou seja, ocorre o aumento quantitativo dos insetos.

Locusta trata-se do estágio do salto e da ação implícita no ato de devorar.

Por fim, o último estágio é apresentado o pulgão, que corresponde com o ato de devorar o todo.

A devastação foi tão grande que não havia material para oferecer a oferta de manjar, que acompanhava o oferecimento diário que se fazia com o incenso (Jl 1.9). O mesmo ocorria com as libações com o vinho. A seca alastrou-se pela terra (Jl 1.12). A interrupção da adoração ao Senhor deveria ser considerada uma grande calamidade, sendo motivo de grande lamentação (Jl 1.13) (TROTA, 2021, p. 33).

III – O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS ÚLTIMOS DIAS

Entretanto, o presente tópico trata-se da promessa encontrado no livro que é o derramamento do Espírito Santo. Ou seja, no livro do profeta Joel encontra se a citação clara do derramamento do Espírito Santo:

E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

A profecia de Joel é abrangente, não se limita a títulos nem tão pouco a classe social. O texto é claro a toda carne. A profecia é também de abrangência ministerial, velhos e jovens serão renovados e qualificados para o serviço ao Senhor.

A palavra sonhos utilizada no texto de Joel se refere ao sonho que traz uma revelação de Deus sobre seu plano para o momento correspondendo a um indivíduo ou a um grupo. Em Números 12.6-8: e disse:

Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés? Enquanto, Deus falava boca a boca com Moisés com os outros profetas a mensagem seria utilizada por sonhos ou visões.

Além de sonhos a profecia de Joel trata se das visões que os jovens, não normais, pois seriam selecionados, totalmente preparados, com cerca de 20 anos e cheios de vigor seriam. Visões que quer dizer perceber ou prever. A palavra corresponde a visões sobrenaturais e geralmente possuía um destino com o objetivo outorgar uma mensagem ao público.

Referência

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

EBD - Subsídio da Lição: ACABE E O PROFETA ELIAS

 ACABE E O PROFETA ELIAS

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

Deus é pai de amor, bondade e misericórdia abundantes, contudo, todo pecado e desobediência ao Senhor trazem consequências inevitáveis à vida humana.

O profetismo como movimento ocorreu entre o século nove e quatro a.C., e é considerado um dos pontos mais característico da religião bíblica. Elias faz parte da primeira repartição da divisão do profetismo, a dos profetas anteriores. Período em que a profecia tinha como ênfase olhar para trás, ou seja, olhar para o que tinha passado.

No que corresponde com a relação entre os dois personagens do título compreende-se que Acabe foi confrontado duramente por Elias em seu ministério, sendo que isto ocorreu por causa da maneira injusta de Acabe agir.

Elias como profeta tinha como missão restaurar o altar de Deus em Israel. Porém, nota-se que as dez tribos se afastaram de Deus por serem movidas por seus líderes. Os lideres temeram a perca da unidade das tribos e da submissão das mesmas para com o reino do norte que construíram altares a outras divindades e também expulsaram os sacerdotes de Deus de entre as suas tribos.

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Asseverar que todo pecado gera uma consequência. E como objetivos específicos: Apresentar a perversidade de Acabe e Jezabel; Demonstrar o cuidado de Deus para com os seus filhos; e, Registrar a aridez espiritual do rei Acabe.

I – O CASAMENTO DE ACABE COM JEZABEL

Conforme Coelho algumas observações de Jezabel merecem bastante atenção:

Jezabel tinha origem fenícia, um povo que se dedicava à construção de embarcações e ao comércio (2020, p. 82).

Jezabel foi criada na cultura dos fenícios. A sua adoração a Baal certamente lhe foi ensinada na infância, e essa mentalidade de adoração seguiu os passos dela até a sua morte. Como fiel ao culto a Baal, ela não hesitou em levar a sua crença à terra de Israel (2020, p. 83).

A influência de Jezabel na história de Israel é registrada na Palavra de Deus por causa do casamento dela com o rei Acabe, que é descrito na Bíblia como um rei que “fez o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (1 Rs 16.30). Acabe conseguiu superar, dos reis que vieram antes dele, toda a maldade que eles fizeram juntos (2020, p. 84).

A primeira citação permite compreender a origem de Jezabel. É necessário recordar que os fenícios foram destaque na história por desenvolverem o alfabeto, porém este sem as vogais. O comércio e o desenvolvimento marítimo proporcionaram aos fenícios a prosperidade. Já a segunda citação permite compreender que Jezabel foi educada na cultura fenícia no que tange a adoração a Baal. Ao casar com o monarca de Israel, Jezabel não se envergonhou de sua cultura, ao contrário ela divulgou os princípios religiosos em que ela acreditava serem princípios autênticos. Por fim, a terceira citação, permite olhar para o casamento como jugo desigual. Jezabel conduziu Acabe e Israel ao colapso espiritual.

Jezabel como líder teve a capacidade de influenciar os israelitas à idolatria. Devota a Baal, deus da fertilidade, Jezabel conduziu o povo ao costume da prostituição cultual. No culto a Baal os adoradores, principalmente no período de seca, ofertavam pessoas em holocaustos. Geralmente os primogênitos eram oferecidos vivos, ou seja, eram queimados vivos, ação que tinha como objetivo apaziguar a ira da divindade.

Sob as ordens de Jezabel profetas foram perseguidos e Nabote foi assassinado.

O que mais pesa nesse crime é o fato de que Nabote foi morto por causa de um falso testemunho, sob a acusação de que tinha blasfemado contra Deus. Jezabel não servia ao Senhor, mas usou o nome dEle para promover uma acusação contra Nabote e matá-lo. Nabote havia respeitado o direito de manter a herança da sua família, mas foi acusado de ser blasfemo e, ainda por cima, por homens que tinham deixado de lado a fé no Deus Eterno.

Gente sem Deus pode usar o nome dEle quando lhe convém. Dois homens, filhos de Satanás, deram um falso testemunho, e Nabote foi apedrejado até morrer (COELHO, 2020, p. 87).

Pode durar, porém, Deus no momento certo punirá a impiedade cometida por alguém. Fato que é perceptível na pessoa de Jezabel que perseguiu os santos profetas e procurou com todas as forças matar a Elias. No entanto, o fim de Jezabel que foi trágico.

II – ELIAS PREVÊ A GRANDE SECA

Elias não é conhecido por seu passado anterior ao chamado ministerial e nem também é conhecido por sua família. De fato há um silêncio bíblico no que corresponde à família e o passado do profeta, mas no decorrer de sua trajetória Elias torna-se um arauto nas mãos de Deus. Logo, não é a família que determina o sucesso do ministério de alguém, mas a diferença se concretiza mediante o chamado de Deus na vida do vocacionado.

Hodiernamente inúmeras pessoas migram de determinadas denominações para tornarem notórios, ou seja, tornarem-se conhecidos. Porém, com o profeta Elias aconteceu diferentemente, a região em que ele nasceu e cresceu tornou-se conhecida por causa dele e não ele por causa do local em que nasceu.

Tisbe, lugarejo situado na região de Gileade, local de origem do profeta Elias tornou-se conhecido pelo ilustre filho. Que cidades e denominações tornem-se conhecidas por cada crente salvo em Cristo Jesus.

Por fim, a coragem e dedicação de Elias podem ser descritas pela intimidade que ele tinha estabelecido com Deus.

Todas as suas investidas contra a idolatria e a sua atuação profética eram fruto da intimidade que ele estabeleceu com Deus. Percebe-se que não era apenas ele quem falava nos seus momentos de oração, mas, algumas vezes, o próprio Deus estabeleceu diálogos com ele, determinando-lhe claramente quais seriam os seus próximos passos. A sua vida de comunhão com Deus deu autoridade e coragem a ele para confrontar os desvarios do rei Acabe e da rainha Jezabel, com todas as consequências oriundas desse enfrentamento (POMMERENING, 2021, p. 43).

III – O ENCONTRO DE ELIAS COM ACABE

A desobediência do rei Acabe proporcionou seca na terra de Israel. Pode-se compreender que a consequência do pecado de alguém provoca distúrbios e catástrofes para outros tantos. Porém, o pecado ainda não permite que a pessoa enxergue os seus limites e erros, fato que corrobora com as palavras de Acabe que ao ver Elias o acusou de perturbador de Israel. Acabe não enxergava o seu pecado, porém transfere seus erros para Elias.

Desta forma compreende as atitudes de Adão e de Eva que ao pecarem justificaram seus erros em culpar um terceiro.

Por fim, é necessário que o cristão esteja atento para com a convocação ao arrependimento, caso seja necessário.

Referência

COLEHO, Alexandre. Os Bons e Maus exemplos: aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Subsídio para aula da EBD – OSEIAS: O CASAMENTO COMO UM REFLEXO DA COMUNHÃO COM DEUS

 OSEIAS: O CASAMENTO COMO UM REFLEXO DA COMUNHÃO COM DEUS

A presente lição tem como Síntese: Oseias recebeu a missão de profetizar para Israel, um povo ingrato e obstinado. Na consecução deste propósito, vivenciou um drama particular ao ser traído por sua mulher. E apresenta os seguintes objetivos específicos: Refletir a respeito da vida de Oseias e seu drama pessoal; Compreender a linguagem do casamento como reflexo da comunhão de Deus com o seu povo; e, Explicar como experiência pessoal de Oseias contribuiu para fundamentar sua profecia.

É necessário compreender que [...] Oseias denunciou a corrupção religiosa de seus dias. Ao apresentar a imagem do casamento como reflexo da comunhão com Deus, ele acusou os líderes religiosos e o próprio povo de traição e infidelidade ao Senhor (TROTA, 2021, p. 14).

I – A VIDA DE OSEIAS

Uma palavra-chave para compreender a mensagem profética e ministerial de Oseias é “Matrimônio”. Matrimônio corresponde a união voluntária entre um homem e uma mulher.

O relacionamento de Oseias torna-se modelo descritivo da situação em que Israel se encontrava com Deus. Gomer desiste da família para viver uma vida leviana. Da mesma forma o povo israelita deixava de andar conforme os princípios da Bíblia Sagrada para adorarem a deuses estranhos.

Já na tangência escrita da obra percebe-se que a estrutura do livro está dividida em duas partes:

1ª parte: os capítulos 1,2 e 3.  Que descreve o relacionamento de Oseias com sua esposa infiel e compara tal situação à nação israelita.

2ª parte: estar dividida em dois subgrupos; do capítulo 4 ao 10 que trata da mensagem de julgamento e do capítulo 11 ao 14 que trata da mensagem de amor.

Lembrando que a mensagem principal do profeta Oseias é o Amor de Deus.

Amor (ágape) amor divino que doou o único filho para salvação da humanidade (Jo 3.16), já o amor (philis) é o amor entre amigos e amor (Eros) é o amor com conotações sexuais. Deus é amor (1 Jo 4.8) esta é a mensagem principal do profeta Oseias.

II – CONTEXTO HISTÓRICO

O império assírio exercia supremacia militar e política na época em que Oseias profetizava. A mensagem do profeta era voltada para Samaria, capital do Reino do Norte. No período havia prosperidade econômica, mas os passos da nação eram motivados pela apostasia.

Apostasia é o abandono premeditado da fé, isto é, desvio dos princípios fundamentais da fé cristã. Os israelitas em vários momentos da história judaica se desviaram, como exemplo: no período dos juízes e no período do reino dividido. Neste último os profetas considerava apostasia ao adultério. E esta é a realidade encontrada nos três primeiros capítulos do livro de Oseias.

III – O CASAMENTO COMO REFLEXO DA COMUNHÃO COM DEUS

O casamento foi instituído antes do pecado e tem sobrevivido no período pós o pecado em meio aos trancos e barrancos. Trata-se de uma união legal entre um homem e uma mulher com abrangência social e espiritual que outorga felicidade a ambos. O casamento torna-se símbolo do relacionamento entre Cristo e a igreja (2 Co 11.2, Ef 5.31-33).

Em suma, a história de Oséias relata o amor do marido à esposa situação que corresponde diretamente com a demonstração de amor de Deus para com Israel. Amor incondicional. O único que ama de maneira incondicional é Deus, explicação categoricamente definida na Sua pessoa e no Seu nome, pois Deus é amor “Ele nunca deixará de ser quem Ele é. Eis aí algo, que parece que Deus não pode fazer: Ele não pode escolher não amar, pois isso fere sua essência” (POMERENING, 2017, p. 42,43).

Referência

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

quarta-feira, 7 de julho de 2021

EBD - Subsídio da Lição: O Reino dividido – Jeroboão e Roboão

 O Reino dividido – Jeroboão e Roboão

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

Os maus conselhos levam o homem à ruína, mas o conselho amoroso tem o poder de nos livrar da morte.

O período do Reino dividido corresponde aos anos de 975 a.C até 606 a.C. Durou cerca de 350 anos. Sendo que os escritos Bíblicos deste período da história de Israel se encontram registrados nos livros de 1º Reis a 2º Crônicas.

A palavra de Deus não volta vazia (Is 55.11) para cumprimento profético o reino de Israel se dividiu, pois assim Deus usou o profeta Aías (1 Re 12.15). Todavia, há atitudes vivenciadas no contexto histórico que ocasionou tal discrepância nacional.

Sendo que a presente lição tem como objetivo geral: Ressaltar a importância de ouvir bons conselhos. E como objetivos específicos: Elencar as principais causas da divisão do reino; Apresentar as falhas e más decisões de Roboão; e, Pontuar o pecado de idolatria de Jeroboão.

I – AS PRINCIPAIS CAUSAS DA CISÃO

O nome Roboão significa ele faz o povo aumentar, porém com atitude egoísta ocorreu o contrário, Israel se dividiu. Roboão é descendente direto de Davi, com isto o mesmo é parte do cumprimento da promessa de Deus a Davi. A aliança de Deus com Davi é incondicional e assegura três elementos essenciais para com a nação israelita: um trono, um reino e um rei (2 Sm 7. 8-17).

Salomão em meio a sua sabedoria foi conduzido por desejos carnais. Nos livros de Provérbios e de Eclesiastes o rei Salomão expõe regras básicas para uma vida bem-sucedida, portanto na prática o próprio Salomão buscou ser bem-sucedido nos prazeres da carne e também na busca de poder.

Tais atitudes proporcionou ao rei Salomão alianças iníquas com nações pagãs (1 Re 11.1,2).   No decorrer das alianças realizadas por Salomão o seu coração foi pervertido e conduzido ao pecado da idolatria (1 Re 11.8). O que ocasionou a indignação do Senhor a Salomão, e por isso o reino seria rasgado da mão do filho de Salomão (1 Re 11.9-13). Se a primeira causa da divisão do reino de Israel foi o pecado de Salomão a segunda causa era propósito de Deus para manter um remanescente fiel através de Judá (1 Re 11.13).

II – OS ERROS DE ROBOÃO

O erro de Roboão foi o de não saber escolher o conselho ideal para a solução do problema vigente. Dois são os tipos de conselhos proferidos:

O conselho que outorgam êxito (1 Re 12.7);

E o conselho que proporciona o insucesso.

O primeiro tipo de conselho citado nem sempre corresponde ao tipo de palavras que o indivíduo deseja ouvir, porém é o tipo de palavras que a pessoa precisa ouvir. Já o segundo é o tipo de conselho que são desejados, todavia não é o tipo de conselho que dará fruto para a vida do cristão.

Para refletir: Que tipo de conselho define as suas escolhas?

[...] Ao tomar conselhos com os anciãos e com os jovens, decidiu acatar os conselhos dos jovens. Dessa forma, Roboão demonstrou total despreparo para exercer a posição em que estava. Os conselhos dos anciãos direcionavam para a resolução do problema [...] Certamente que os anciãos já estivessem plenamente apercebidos do perigo que o reino corria já na época de Salomão, pelo que queria evitar a divisão do reino, mas os seus sábios conselhos foram preteridos pelos dos mais jovens, que eram afoitos e inexperientes (POMMERENING, 2021, p. 30).

O conselho dos anciãos teve como início as seguintes palavras: “se hoje fores servo deste povo” (1 Re 12.7), logo o desejo de ser sobre todos e de ser servido por todos fará com que as pessoas se aproxime ou separe das demais. Com base no texto que trata dos conselhos a Roboão o orgulho é o primeiro elemento que proporciona a divisão. Além da ausência de submissão, outro fator que provoca a divisão de um grupo é a presença do pecado.

III – O REINADO E A IDOLATRIA DE JEROBOÃO

O Reino do norte, também conhecido como reino de Israel era formado por dez tribos e teve como primeiro rei Jeroboão. Em todo o período histórico do reino do norte 19 foi o número exato dos monarcas, porém não apenas de uma mesma, mas de 9 dinastias diferentes.

Jeroboão por medo de perder a sua liderança fundou um falso sistema religioso, fazendo dois bezerros de ouro e pondo os em Betel e em Dã (1 Re 12. 26-30). Portanto, com Onri foi fundada a cidade de Samaria que mais tarde seria a capital política do reino do norte.

[...] Onri comprou um monte de um cidadão chamado Semer, onde fundou uma cidade à qual deu o nome de Samaria, em homenagem ao dono anterior, e fez dela a capital do seu reino (1 Rs 16.24). Acabe construiu nela um templo a Baal (1 Rs 16.32) e desde então a cidade se tornou um centro de idolatria (Jr 23.23; Os 8.5,6) (SOARES & SOARES, 2018, p. 124).

Entretanto, no ano de 722 a.C o reino do norte tornou se cativo da Assíria (1 Re 17. 6,7). Os assírios tinham como prática de colonização misturar povos diferentes em um mesmo ambiente, fato que ocorreu com as dez tribos do norte (2 Rs 17.24-31), resultando que os descendentes dos israelitas não eram completamente judeus e nem gentios, mas daí o surgimento dos samaritanos.

Referências

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

SOARES & SOARES. Batalha Espiritual: o povo de Deus e a guerra contra as potestades do mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Subsídio para aula da EBD - Profetas menores: Grandes mensagens em pequenos livros

 Profetas menores: Grandes mensagens em pequenos livros

A presente lição tem como Síntese: Os profetas eram homens piedosos; em épocas de crises e corrupção generalizadas, eles foram o recurso emergencial de Deus para despertar o seu povo. E apresenta os seguintes objetivos específicos: Mostrar a importância dos profetas para o povo de Israel no Antigo Testamento; refletir a respeito dos propósitos da profecia bíblica; e, compreender a profundidade das mensagens registradas pelos profetas menores.

É necessário compreender que Os profetas menores foram herdeiros de uma tradição em Israel. Eles ensinaram de modo conciso verdades imprescindíveis para a nossa edificação [...] Ao entregarem os oráculos divinos, os profetas menores exortaram o povo, denunciaram os erros, anunciaram o juízo, convidaram as pessoas para o arrependimento, assim como previram dias de restauração. A ferramenta básica do ensino de um profeta era a profecia (TROTA, 2021, p. 5).

I – O MINISTÉRIO PROFÉTICO NO ANTIGO TESTAMENTO

Os profetas foram oficiais de Deus importantes e decisivos no contexto histórico do Antigo Testamento. O ministério profético no Antigo Testamento está divido historicamente em dois grupos no que correspondem as obras literárias.

O primeiro grupo é composto pelos profetas anteriores, ou seja, os livros de Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis.

Já no segundo grupo englobam os profetas posteriores que subdividem em profetas maiores e profetas menores.

No que tange a descrição profetas menores salienta Trota:

Os textos dos profetas menores são mais concisos em relação aos profetas maiores. Os oráculos são pequenos, porém a mensagem contida neles é grande, surpreendente, profunda e edificante. Os profetas menores ensinam-nos a lição de que o pecado contra o próximo por meio da injustiça social também representa um pecado contra Deus, e cabe à igreja atual o cuidado para não se fechar em seu ambiente interno religioso, virando as costas para o “mundo secular” (2021, p. 14).

Se a missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus, já a missão principal do profeta era possibilitar a relação entre Deus e o homem. O sacerdote levava até a pessoa de Deus as necessidades humanas por pedido e por necessidade humana, enquanto o profeta transmitia aos homens a vontade de Deus que se manifesta pelos decretos de Deus.

II – QUEM ERAM OS PROFETAS

Ao contrário do ministério sacerdotal que tinha requisitos probatórios, o profético requeria e requer a vocação. O ministério sacerdotal deveria ser desenvolvido por um descente de Arão, do sexo masculino, de aparência perfeita com a idade de 30 anos e que possuísse o conhecimento da Lei.

Deus chama e Deus capacita. No olhar e buscar compreensão diretamente relacionada com a vida dos profetas ficará nítido que estes foram na sua abrangência composto por [...] representantes da nobreza e da pobreza, homens e mulheres, adultos, jovens e crianças, pessoas das mais variadas profissões, gente com estudo e sem estudo (TROTA, 2021, p. 7).

Além da vocação divina para com a execução do ministério profético, percebe-se que estes foram inspirados em propagarem os anúncios pela plena inspiração do Espírito Santo. A inspiração do Espírito Santo ao ministério profético fazia com o desenvolvimento deste fosse dinâmico e corajoso, pois os profetas além aconselharem os monarcas, por inúmeras vezes os reprendeu.

Em suma, os profetas menores foram homens vocacionados e inspirados por Deus, sendo que por divisão histórica os profetas menores são representados da seguinte maneira:

Profetas pré-exílicos – Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque e Sofonias.

Profetas pós-exílicos – Ageu, Zacarias e Malaquias.

III – A MENSAGEM DOS PROFETAS MENORES

O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.

Portanto, compreende que a função do ministério profético era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o profeta ouvia a voz de Deus e em seguida transmitia ao homem, portanto, a função do profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir ao homem.

Assim sendo os profetas menores ouviam a voz de Deus no que tangia a injustiça dos homens e em seguida anunciava o juízo divino. Porém, seguidamente Deus usava os profetas para consolar e encorajar o seu povo.

Referência

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.