AMÓS: ADORAÇÃO COM JUSTIÇA
A presente lição tem como Síntese:
A profecia de Amós nos
ensina que justiça e retidão são elementos fundamentais para a adoração.
E apresenta os seguintes objetivos
específicos:
Expor os principais conteúdos
apresentados na profecia de Amós;
Compreender quem foi o
profeta Amós, sua origem, trabalho e estilo profético;
E, Defender que a prática
da justiça é um elemento insubstituível para a verdadeira adoração.
É necessário compreender que [...] Ele expôs os dois principais pecados de Israel: a
ausência da verdadeira adoração e a falta de justiça. O profeta não pensou duas
vezes em tocar o dedo na ferida de Israel e desafiá-los ao arrependimento. Caso
contrário, segundo o profeta, a nação receberia o juízo de Deus (TROTA, 2021, p. 44).
I – O PROFETA AMÓS
O livro de Amós é conhecido como o livro da
justiça de Deus e enfatiza que na adoração a justiça e a retidão são elementos necessários.
O profeta Amós profetizou no século VIII antes de Cristo e teve seu ministério
voltado para o Reino do Norte. Os reis que governavam no período do ministério
de Amós foram: Uzias (rei de Judá) e Jeroboão II (rei de Israel). Os profetas
contemporâneos de Amós foram: Oséias, Jonas, Isaías e Miqueias.
Amós no hebraico significa, carregador de
fardos, era um homem humilde que não fez parte da escola dos profetas, natural
de Tecoa, pequeno vilarejo que ficava cerca de 20 km de Jerusalém.
A vida de Amós era difícil,
composta de muita labuta e suor, na tentativa de obter o seu ganha-pão. Podemos
dizer que ele já estava acostumado a “carregar fardos”. Era procedente de uma
classe humilde. Deus chamou um homem calejado para uma dura tarefa: falar aos
ricos sobre os pobres (TROTA,
2021, p. 44).
Amós exerceu a profissão de boiadeiro. Amós
profetizou em Betel, centro religioso de Israel, sendo ele de Judá não temeu
entregar a mensagem de Deus. Em Israel existia profeta como, por exemplo,
Oséias, porém, Deus levantou e enviou Amós de Judá para Israel para que o povo
desse crédito a mensagem entregue por um estrangeiro.
A mensagem de Amós assim como dos demais
profetas do Reino do Norte tratavam basicamente da crítica ao Estado, à
religião e ao povo, por estarem na situação de miséria e não buscarem a Deus.
Porém, o profeta Amós profetizou em período de prosperidade de uma minoria em
que não compartilhavam com o restante do povo. Daí o enfoque de Amós referente à
injustiça social.
II – O CONTEXTO
HISTÓRICO DE SUA PROFECIA
A profecia de Amós foi proferida no período
em que a nação de Israel estava sobre o regime da paz. A presença da segurança
externa, provavelmente porque a potência do período o Egito estava passando por
decadência o que proporcionou aos reinos do norte e do sul o desfrutar da paz.
A paz proporciona a ocorrência da
prosperidade. Porém, a prosperidade da minoria estava se multiplicando por meio
da injustiça social. O sistema judiciário não julgava mediante a justiça, mas
mediante aos interesses da elite.
O problema de Israel
naquela época não foi a riqueza em si, mas o fato de essa prosperidade não ter
sido distribuída justamente. A luxúria dos ricos era conseguida à custa da
opressão e exploração dos pobres (Am 2.6-8; 3.15; 4.1; 5.7;-12; 6.3-6; Os
4.1,2,11-13; 6.8,9;12.7,8). Eles controlavam tudo, inclusive o judiciário. As decisões
dos tribunais eram favoráveis aos ricos e extremamente opressivas aos pobres (TROTA, 2021, p. 47).
Por fim, o paganismo religioso se alastrava
no seio social da nação. A adoração desenvolvia-se com base na corrupção. A liderança
religiosa não provinha da descendência sacerdotal, fato que corrobora em
descrever que a religião no período estava corrompida por causa do sistema
político.
III – ADORAÇÃO COM
JUSTIÇA
A mensagem do profeta Amós focava nem três
Ds: derrota, destruição e desterramento, ou seja, o fim de Israel está próximo
(Am 2.13-16;3.15;4.2,3). O teor da mensagem é explicada por causa da decadência
moral (corresponde à palavra prostituição, ato praticado por pai e filho com
uma mesma moça (Am 2.7) para profanarem o nome de Deus), e pela decadência
religiosa (correspondente à idolatria).
As festas religiosas dos israelitas não eram
prazerosas a Deus, pois, não havia adoração sincera. Os israelitas não eram
convertidos, pois a salvação é possível quando há conversão e santificação.
A oferta de manjares subentendia que toda a
ação humana devia ser feita como para Deus, já a oferta pacifica era oferecida
a Deus no sentido do ofertante ter comunhão com Deus.
Referência
TROTA,
Israel Thiago. Vigilância, justiça e o
culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores.
Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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