Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 26 de agosto de 2018

Subsídio da EBD: Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz


Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz
A presente lição tem como objetivo geral compreender que o crente oferece sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo. E como objetivos específicos:
Mostrar a excelência da oferta pacífica.
Discutir a respeito da oferta pacífica na história sagrada.
Compreender a oferta pacífica na vida diária.
A presente lição proporciona o conhecimento a respeito da polemologia versus irenologia, polemologia corresponde com a arte da guerra, enquanto irenologia descreve o estudo sistemático da paz de acordo com várias culturas.
A respeito da paz, assim escreveu o apóstolo Paulo: se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens (Rm 12.18).
A aspiração do cristão deveria ser a de viver uma vida em paz. Mas, às vezes, a paz não depende unicamente de nós; é por isso que Paulo limita assim o mandamento: se for possível (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.396).
O termo paz proporciona a formação das seguintes bases propicias para relacionamentos satisfatórios: harmonia, saúde, integridade e bem-estar.
A paz é condição fundamental para progredirmos na união, para acolhermos os ministérios de outras pessoas e para aprendermos, ainda que através dos fracassos. O exercício dos dons deve levar à maior união e paz... Por isso, é fundamental aprendermos a tratar com ternura uns aos outros e a buscar o sumo bem de todos (HORTON, 1996, p.489).
A paz tem sua origem em Deus, isto é, paz de Deus. Porém, também há possibilidade do ser humano viver a paz com Deus, sendo que a possibilidade para tamanho ato só é possível mediante a justificação.
I – A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
1- Oferta pacífica.
2- Tipos de ofertas pacíficas.
3- Objetivos das ofertas pacíficas.
Comentário:
Esta é a regulamentação da oferta de comunhão que pode ser apresentada ao Senhor: Se alguém a fizer por gratidão, então, junto com sua oferta de gratidão, terá que oferecer bolos sem fermento e amassados com óleo, pães finos sem fermento e untados com óleo, e bolos da melhor farinha bem amassados e misturados com óleo (Lv 7.11,12).
Ofertas pacíficas eram apresentadas ao Senhor com louvor e declarava publicamente a bondade de Deus com ações benevolentes para com os israelitas. Em outras palavras a oferta pacífica era o reconhecimento de que Deus era o outorgador de todas as bênçãos transformadas em benefícios para com o povo.
Portanto, as ofertas pacíficas eram divididas em: ofertas de agradecimento (Lv 7.12), oferta de voto (Lv 7.16), e oferta movida ou voluntária (Lv 7.16).
Portanto, as ofertas pacíficas tinham como objetivos: [...] aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto temos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1). (ANDRADE, 2018, p.116).
II – A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA
1- Jacó, filho de Isaque.
2- Ana, mãe de Samuel.
3- Davi, rei de Israel.
Comentário:
O voto de Jacó é perceptível em Gênesis 28.20,21 e 22, onde está escrito: Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fazendo, prover-me de comida e roupa, e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus. E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Deus; e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo. Com Jacó se aprende que é necessário que o crente entenda que fazer voto não é pecado, porém o voto não poderá ser desenvolvido entorno do que é ordinário à obrigação cristã, exemplo prometer se caso receba algo passar a ser dizimista, sendo que o dízimo já é uma obrigação espiritual ao cristão.
Já a respeito da oferta de Ana percebe-se nas seguintes descrições: Ó Senhor dos Exércitos, se tu deres atenção à humilhação de tua serva, te lembrares de mim e não te esqueceres de tua serva, mas lhe deres um filho, então eu o dedicarei ao Senhor por todos os dias de sua vida, e o seu cabelo e a sua barba nunca serão cortados (1Sm 1.11). Deus honrou a Ana outorgando a ela além de Samuel três filhos e duas filhas (1Sm 2.21).
Por fim, ninguém é obrigado a realizar um voto, porém caso o faça é necessário que o cumpra, pois o comprometimento com o voto feito demonstra amor espontâneo do votante ao Senhor (Dt 23.21,22;Ec 5.4,5). Entretanto, fazer um voto era uma atitude espontânea e não necessária para o desenvolvimento da comunhão com Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.344).
III – A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
1- Consagração incondicional.
2- Sacrifício de louvores.
3- Adoração contínua.
Comentário:
Atualmente os cristãos podem ofertar a Deus como oferta pacífica a santificação (consagração incondicional), a entrega de louvores, sendo esta adoração contínua.
A respeito da santificação cabe-se compreender que a santificação é a doutrina bíblica que explica a ação do indivíduo em ser separado do mundo para o uso exclusivo de Deus.
A santificação difere da justificação no que corresponde ao estado e a posição. A santificação indica o estado em que se encontra o cristão diante de Deus, enquanto a justificação corresponde com a posição do cristão diante de Deus.
Porém, existem outras diferenças importantes que ajuda a compreensão dos termos justificação e santificação.
Na justificação o indivíduo é declaro justo, já na santificação o indivíduo se torna justo.
A justificação é a ação de Deus para o bem daqueles que entregam a sua vida Cristo, enquanto a santificação é ação de Deus no indivíduo.
Por fim, a justificação outorga segurança ao cristão, enquanto a santificação torna os cristãos sãos.
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
HORTON, S.M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Doutrina: Crescei na Graça e no Conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo


Crescei na Graça e no Conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
Texto: Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém! (2Pe 3.18).
Pedro encerra sua segunda carta aconselhando aos cristãos dispersos a crescerem, sendo este crescimento desenvolvido em duas vertentes, graça e conhecimento. Entretanto, o crescimento no conhecimento deve ser do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ponto fundamental notável no texto corresponde também com a descrição que Pedro faz de Jesus, chamando-lhe de Senhor.
Crescimento na graça é o antídoto eficaz para vencer os efeitos do pecado
O crescimento na graça descreve a ação transformadora do Espírito Santo na vida do cristão que passa a refletir a glória do Senhor Jesus (2 Co 3.18), poder transformador visível também na outorga dos frutos do Espírito: amor, gozo, paz longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança.
Logo, os frutos do Espírito se dividem em três grupos: os frutos que interligam o relacionamento com Deus, os que interligam o relacionamento do cristão com o próximo e os que interligam o ao relacionamento pessoal.
1- Frutos que interligam ao relacionamento com Deus. O homem foi criado para manter ralação direta com Deus, porém, com o surgimento do pecado este relacionamento foi alterado. Mas, com a obra realizada por Jesus na cruz foi proporcionado à abertura de um novo relacionamento, sendo este agora debaixo da graça.
1.1- Amor. O termo utilizado indica amor divino (ágape) que é imutável, sacrificial e espontâneo.
1.2- Alegria. O relacionamento com Deus quando é espontâneo produz júbilo.
1.3- Paz. Como fruto do Espírito a paz corresponde com o amor em repouso, isto é, ação divina que tranquiliza o cristão.
2- Frutos interligados ao relacionamento com os outros. Assim como o pecado afetou o relacionamento do homem para com Deus, também afetou o relacionamento do homem para com o seu próximo.
2.1- Longanimidade. Corresponde com a paciência contínua, isto é, a paciência que leva o indivíduo a suportar a falta de amabilidade dos outros para consigo. É o saber esperar a vontade de Deus no tempo de Deus (Ec 3.1).
2.2- Benignidade. É o amor em ação para com o próximo, pois é a condição que o cristão desenvolve em expressar ternura e gentileza para todos que estão a sua volta. Logo, é a atitude de fazer o bem.
2.3- Bondade. O fruto da bondade indica que houve capacitação divina em transformar o indivíduo em bom cidadão. Deus não transforma o homem para ser bom para com uns e mal para com outros.
3- Frutos interligam ao relacionamento pessoal. Para alcançar um relacionamento satisfatório com Deus e com o próximo o indivíduo deverá está bem consigo mesmo, pois não há possibilidade de desenvolver um relacionamento agradável com Deus e não amar a si mesmo, isto é, uma impossibilidade.
3.1- Fé. A fé como fruto do Espírito está relacionada com a fidelidade.
3.2- Mansidão. O fruto conhecido como mansidão outorga sabedoria e permite aos indivíduos a agirem com autoridade e a se submetam de forma humilde. Mansidão é a prática correta da humildade.
3.3- Temperança. É capacidade de controlar a si mesmo. Três são os pontos fundamentais para serem controlados: a língua, as paixões e os desejos que são contrários à vontade de Deus.
Com a autoaplicabilidade dos frutos do Espírito, dificilmente alguém desviará da presença do Senhor Jesus Cristo. Mas, em contrapartida se manterá firme mediante os levantes do inimigo e mediante a proliferação do pecado, pois o crescimento na graça proporciona manutenção fidedigna do cristão ao Senhor.
Crescimento no conhecimento do Senhor Jesus
Pedro inicia a segunda epístola relando a respeito dos benefícios do conhecimento: graça e paz multiplicadas, e vida e piedade no cumprimento das promessas (1 Pe 1.2,3).
Portanto, o crescimento na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo se dá por meio de uma vida de oração e leitura da Bíblia Sagrada. Pedro não trata do conhecimento profano em que o pecado está inserido, mas sintetiza o conhecimento outorgado pela iluminação do Espírito Santo (Ef 1.17).

domingo, 19 de agosto de 2018

Subsídio da EBD: Jesus, o Holocausto Perfeito


Jesus, o Holocausto Perfeito
A presente lição tem como objetivo geral conscientizar de que os holocaustos da Antiga Aliança eram transitórios e imperfeitos, mas o sacrifício de Jesus Cristo é perfeito e eterno. E como objetivos específicos:
Mostrar que o holocausto é o sacrifício mais antigo.
Discutir a respeito do holocausto na história de Israel.
Compreender que Jesus Cristo é o holocausto perfeito.
Portanto, a presente lição tem como texto áureo Hebreus 10.10 que descreve a respeito da santificação pretérita que se concretizou por meio da oblação do corpo de Cristo realizada uma única vez na cruz.
Um dos aspectos da vida de Cristo que o autor de Hebreus põe em relevo é o da sua obediência, como Filho à vontade de Deus. Esse texto faz eco com Filipenses, onde Paulo diz que a obediência de Cristo levou-o à morte e morte de Cruz (Fp 2.6-8). Essa obediência levou-o a sacrificar-se pelo pecador. A palavra grega prosphora, traduzida aqui como oblação, tem o sentido de oferta. Foi por meio da oferta ou sacrifício de Cristo que nós fomos santificados. A palavra egiasmenoi é um particípio perfeito no texto grego, que mostra essa santificação como sendo posicional. Esse fato é demonstrado pelo uso da palavra ephapaks, que tem o sentido de de uma vez por todas. Em palavras mais simples, Cristo santificou-nos quando cremos nEle e continua santificando-nos ainda hoje quando permanecemos nEle. (GONÇALVES, 2017, p.99).
I – O HOLOCAUSTO, O SACRIFÍCIO MAIS ANTIGO
1- Definição de holocausto.
2- Objetivo do holocausto.
3- A tipologia do holocausto.
Comentário:
Holocausto elemento presente na adoração dos israelitas, sendo observável tal atitude no decorrer da descendência de Sem, filho de Noé. O holocausto abria as solenidades, como oferta oferecida a Deus, respeitando assim a liturgia do culto levítico redigida pelo o Senhor aos filhos de Israel.
Os objetivos do holocausto eram:
Tornar o homem propício a Deus.
E aprofundar a comunhão de Israel com o Senhor (Lv 1.9) – (Revista do professor, p.62).
Já como tipologia concretizada no modelo do cumprimento das profecias no Antigo Testamento na vida de Jesus, percebe-se que a oferta foi única, realizada por um único ofertante e apenas uma única vez, sem ser necessária a repetição das oblações pelos pecados. Verdade presente de maneira rica nos seguintes versículos:
Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez [...] Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus (Hb 10.10,12).
Santificados pela oblação do corpo de Jesus, feita uma vez em um único sacrifício. Logo, conclui-se que o sacrifício de Jesus Cristo foi definitivo, isto é, não é necessário que outro sacrifício seja desenvolvido, e também foi eficaz, pois outorga a santificação definitiva, proporcionando a regeneração. Pelo sacrifício definitivo de Cristo, os crentes foram afastados de seus pecados e separados para Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 656).
II – O HOLOCAUSTO NA HISTÓRIA DE ISRAEL
1- No período patriarcal.
2- No período mosaico.
3- No período nacional.
Comentário:
No período patriarcal o holocausto era notável como oferenda ao Senhor, exemplo à oferta de Abel. Abel está entre os heróis da fé que são citados na carta aos Hebreus. As realizações executadas por Abel fizeram do mesmo um homem fiel às oferendas outorgadas a Deus, feito pelo qual Abel alcançou testemunho de que era justo (Hb 11.4). Portanto, o sacrifício de Abel foi aceito por causa das suas características de homem justo (Mt 23. 35), dedicado e obediente a Deus.
Já no período mosaico o holocausto foi instituído no culto israelita, tendo como propósito a não contaminação de Israel com o modelo de culto pagão do Egito e dos demais povos daquela região.
Após a conquista de Canaã, os holocaustos continuaram a ser oferecidos livremente ao Deus de Abraão (ANDRADE, 2018, p.101).
III – JESUS CRISTO, O HOLOCAUSTO PERFEITO
1- A encarnação de Cristo.
2- O sofrimento de Cristo.
3- A morte e ressurreição de Cristo.
Comentário:
Conforme João 1.14, o Verbo se fez carne, verdade que se trata da encarnação do Verbo, ou seja, Jesus se fez carne. A necessidade da encarnação do Verbo, tendo como foco a morte de Jesus na cruz, pode ser definida em:
1- A Santidade de Deus tornou-a necessária (Hc 1.13).
2- O amor de Deus tornou-a necessária (1 Jo 4.10).
3- O pecado do homem tornou-a necessária ( 1 Pe 2.25).
4- O cumprimento das Escrituras tornou-a necessária (Lc 24.25-27).
5- O propósito de Deus tornou-a necessária (At 2.23). (BANCROF, 2006, p. 143-145).
Por fim, as palavras, as obras e a morte do Senhor Jesus foram confirmadas na ressurreição. As palavras do Messias não teriam valor algum se o mesmo não ressuscitasse dos mortos. As obras de Jesus foram confirmadas no momento em que a morte foi vencida pela ressurreição. O ápice do ministério terreno de Cristo foi a morte, porém, significado algum teria se Jesus dormisse com os mortos. Portanto, no momento que Jesus ressuscitou Ele tinha suas palavras, obras e morte confirmada pelo Pai.
Para concluir:
O autor de Hebreus contrasta os sacerdotes levíticos com Jesus, nosso Sumo Sacerdote. Os sacerdotes levíticos sempre ficavam de pé diante de Deus. Não havia assento no santuário, porque o serviço dos sacerdotes nunca terminava. Havia sempre pecados para serem expiados. Por sua vez, Cristo se assentou à destra do Pai (Hb 1.3;8.1) depois de haver oferecido a si mesmo como sacrifício. Isso indica que Seu trabalho de expiação terminara. Suas palavras finais na cruz, está consumado (Jo 19.30), declaram essa realidade espiritual (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 656).
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Subsídio da EBD: A Sobriedade na Obra de Deus


A Sobriedade na Obra de Deus
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que o exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo e os maus costumes. E como objetivos específicos:
Explicar o vinho na história sagrada.
Discutir a respeito do vinho no ofício sagrado.
Compreender que o ministro precisa ser cheio do Espírito Santo.
Portanto, a presente lição tem como texto áureo Efésios 5.18 que exorta aos cristãos a serem cheios do Espírito e a não se embriagarem com o vinho em que há contenda.
Assim como a pessoa embriagada com vinho está sob o efeito do álcool, o cristão cheio do Espírito é controlado pelo Espírito Santo.
Enchei-vos. Encher-se indica uma ação que vai além de receber o selo do Espírito Santo (Ef 1.13). Selar é uma ação feita por Deus no momento de nosso novo nascimento. O tempo e o modo do verbo grego traduzido como enchei-vos [imperativo afirmativo] indica que a ação no presente de encher-se pode ser repetida, acontecendo em vários momentos. É algo que Paulo ordena que os cristãos de Éfeso façam. Em outras palavras, nem todos os cristãos são cheios do Espírito quando se entregaram a Cristo (Ef 4.30). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.512).
I – O VINHO NA HISTÓRIA SAGRADA
1- A embriaguez de Noé.
2- A devassidão das filhas de Ló.
3- O vinho como instrumento de corrupção.
Comentário:
No Antigo Testamento duas palavras são utilizadas para descreverem a palavra vinho no nosso português: yayin (que corresponde a vários tipos de vinho fermentado ou não-fermentado), já a outra palavra utilizada é tirosh (palavra que corresponde à bebida não fermentada). Há também no Antigo testamento uma terceira palavra para vinho que é shekar, sendo esta aplicada somente para bebidas fermentadas com origem do fruto da palmeira, ou de romã, ou da maça, ou ainda da tâmara.
No Novo Testamento o termo utilizado para vinho é oinos que era utilizado para vinho fermentado e vinho não fermentado.
Conforme o presente tópico o vinho tornou-se um vilão na história de Noé, homem íntegro que se desviou da corrupção de uma geração condenada pelo dilúvio, mas não venceu os desejos carnais aprisionado no consumo do vinho fermentado. Percebe-se também que o vinho causou a degeneração moral na perpetuação da descendência de Ló, homem que se resguardara dos vícios de Sodoma e de Gomorra, não soube como resguardar-se diante do vinho (ANDRADE, 2018, p.92). E por fim, o vinho tornou-se um instrumento de corrupção nas mãos do homem segundo o coração de Deus. A que ponto chega um homem fora da orientação do Espírito Santo. O rei e pastor de Israel usou o vinho para corromper um de seus heróis mais celebrado (ANDRADE, 2018, p.93).
Não tem como um cristão autêntico corroborar para com o uso do vinho fermentado (hoje com teor de álcool) ao compreender que os efeitos do uso do mesmo tornam-se danosos e não benéfico.
II – O VINHO NO OFÍCIO DIVINO
1- No Antigo Testamento.
2- No Novo Testamento.
3- Advertência quanto ao uso do vinho.
Comentário:
O consumo de vinho ou bebida forte poderia conduzir os sacerdotes à ruína (Lv 10.9-11). Pois, era esperado dos sacerdotes santidade ao Senhor. Uma vida de santidade serve como modelo para os demais membros de uma comunidade. No caso dos sacerdotes realmente estes eram os representantes de Deus para com a nação de Israel e tinha como função básica conduzir os israelitas à presença do Senhor.
Já no Novo Testamento o primeiro milagre de Jesus foi o de transformar água em vinho, lembra-se também nas narrativas Neotestamentária que a Santa Ceia instituída por Cristo tem como um dos elementos o vinho.
No contexto Bíblico percebe-se que o vinho é símbolo de alegria espiritual, portanto, torna-se necessário a desvinculação da simbologia com a prática do consumo do vinho. Sendo um símbolo não corresponde que os cristãos estão liberados para consumirem bebidas alcoólicas.
O uso do vinho proporciona como consequências drásticas:
Morte (Lv 10.9).
Esquecimento do estatuto do Senhor (Pv 31.5).
Perecimento físico e espiritual (Pv 31.6).
Perca da inteligência (Os 4.11).
III – MINISTROS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
1- Recomendações aos ministros.
 2- Recomendações à Igreja.
3- Ministros usados pelo Espírito Santo.
Comentário:
Conforme primeira Timóteo 3.3 o ministro do Senhor não pode ser dado ao vinho, descrição que tem como explicação, o obreiro da Casa do Senhor não pode beber vinho embriagante, ou seja, não pode ser visto como viciado em bebida alcoólica.
Andrade deixa o seguinte conselho:
Cuidado com o álcool. Fuja dos colegas de ministério que, por serem já alcoólicas, querem induzi-lo a esse vício maldito e perverso. Mantenha-se continuamente sóbrio. A caminhada ainda é longa. Nessa peregrinação, não podemos andar tropegamente. Sejamos firmes em cada passo (2018, p.97).
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Subsídio da EBD: Fogo Estranho Diante de Deus


Fogo Estranho Diante de Deus
A presente lição tem como objetivo geral mostrar que o Deus Santo requer de seus obreiros uma postura igualmente santa, zelosa e de comprovada excelência. E como objetivos específicos:
Discutir os privilégios de Nadabe e Abiú.
Mostrar os perigos de se colocar fogo estranho no altar do Senhor.
Compreender o porquê do luto no santo ministério.
Há necessidade por parte de quem foi chamado valorizar a vocação, fato que não ocorreu com Nadabe e Abiú, homens vocacionados ao santo ministério que se envolveram com fogo estranho.
[...] Ter privilégios não constitui pecado algum. Mas fazer deles o fim de nosso ministério pode levar-nos à perdição eterna. Zelemos, pois, pelo ofício com que Jesus, por intermédio do Espírito Santo, agraciou-nos (ANDRADE, 2018, 77).
I – OS PRIVILÉGIOS DE NADABE E ABIÚ
1- Ascendência levítica.
2- Ascendência araônica.
3- Participantes da glória de Deus.
Comentário:
Nadabe e Abiú eram os filhos mais velhos de Arão. Eles acompanharam Moisés, junto com Arão e os setenta líderes, na subida ao monte Sinai e viram Deus (Êx 24.1,9-11). Os irmãos também participaram, em companhia do pai, dos primeiros sacrifícios registrados no capítulo 9 de Levítico. Até então, obedeceram a Deus, e Ele aceitou tudo o que tinha sido feito naquele dia (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.221).
Conforme a citação percebe-se que Nadabe e Abiú eram filhos de Arão, logo eram eles descentes da tribo de Levi, fato que os tornavam separados para o santo ministério sacerdotal, corroboração também salientada por serem eles ascendentes de Arão.
Conforme Êxodo 24.1,9-11 Nadabe e Abiú, viram Deus, ou seja, participaram da exata manifestação da glória divina, fato inédito ver a Deus e não serem atingidos por nenhum dano.
Portanto, o privilégio alcançado por serem descentes de Arão e de terem participado do grupo seleto de ter contemplado a glória de Deus não outorgava aos filhos de Arão o direito de pecarem, isto é, o de oferecerem fogo estranho.
II – FOGO ESTRANHO NO ALTAR
1- Ignoraram a Deus.
2- Impaciência profana.
3- Apresentaram fogo estranho ao Senhor.
Comentário:
Em toda a Bíblia Sagrada percebe-se que o fogo é símbolo direto de tudo o que se deve ser respeitado, incialmente por Deus. Porém, Nadabe e Abiú fizeram menção do fogo estranho. Há duas possíveis explicações a respeito do fogo estranho:
Primeira explicação: todo fogo que não era retirado do altar tornava-se estranho. Possivelmente os filhos de Arão pegaram fogo que possuía origem diferente da que Deus tinha instruído os filhos de Levi.
Andrade assim corrobora a presente explicação:
Não bastava ter o incenso prescrito pelo Senhor; era imperioso ter igualmente a brasa certa, para que Deus fosse dignamente honrado (Êx 30.9; Lv 16.12). Se o incenso era exclusivo, a brasa também o era (Êx 30.37). Mas, pelo contexto da narrativa sagrada Nadabe e Abiú não estavam preocupados nem com o incenso, nem com o fogo (ANDRADE, 2018, p.84).
Segunda explicação: o termo estranho era utilizado para os estrangeiros anexando a estes os deuses estranhos. É possível que eles estivessem seguindo o exemplo de seu genitor incorporando a adoração de um deus pagão neste caso, no exato momento em que Israel estava começando a adoração a Yahweh de acordo com as normas que Ele indicara (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.222).
III – LUTO NO SANTO MINISTÉRIO
1- A morte de Nadabe e Abiú.
2- A remoção dos cadáveres.
3- O luto é proibido.
Comentário:
Nadabe e Abiú utilizaram fogo estranho, logo foram consumidos pelo fogo santo. O fogo que consumiu os filhos de Arão corresponde com uma forma de punição.
Portanto, com a perca dos filhos, Arão foi proibido por Deus de guardar o luto. Pois, era necessário se resguardar em estado de pureza. Mas, sabe-se que o luto de Arão se intensificou por causa da lembrança da desobediência de seus filhos para com os princípios divinos.
Por fim, o luto serve para enfraquecer o povo o que pode outorgar uma dispersão. Já o fogo santo proporciona a unidade do corpo e o fortalecimento proveniente da parte divina.
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.