Crescei
na Graça e no Conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
Texto: Antes, crescei na graça e conhecimento
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora
como no dia da eternidade. Amém! (2Pe 3.18).
Pedro encerra sua segunda carta aconselhando aos
cristãos dispersos a crescerem, sendo este crescimento desenvolvido em duas vertentes,
graça e conhecimento. Entretanto, o crescimento no conhecimento deve ser do
Senhor e Salvador Jesus Cristo, ponto fundamental notável no texto corresponde
também com a descrição que Pedro faz de Jesus, chamando-lhe de Senhor.
Crescimento na graça é o
antídoto eficaz para vencer os efeitos do pecado
O crescimento na graça descreve a ação
transformadora do Espírito Santo na vida do cristão que passa a refletir a
glória do Senhor Jesus (2 Co 3.18), poder transformador visível também na outorga
dos frutos do Espírito: amor, gozo, paz longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão e temperança.
Logo, os frutos do Espírito se dividem em três
grupos: os frutos que interligam o relacionamento com Deus, os que interligam o
relacionamento do cristão com o próximo e os que interligam o ao relacionamento
pessoal.
1-
Frutos que interligam ao relacionamento com Deus. O
homem foi criado para manter ralação direta com Deus, porém, com o surgimento
do pecado este relacionamento foi alterado. Mas, com a obra realizada por Jesus
na cruz foi proporcionado à abertura de um novo relacionamento, sendo este
agora debaixo da graça.
1.1-
Amor. O termo utilizado indica amor divino (ágape) que é
imutável, sacrificial e espontâneo.
1.2-
Alegria. O relacionamento com Deus quando é espontâneo produz
júbilo.
1.3-
Paz.
Como fruto do Espírito a paz corresponde com o amor em repouso, isto é, ação
divina que tranquiliza o cristão.
2-
Frutos interligados ao relacionamento com os outros. Assim
como o pecado afetou o relacionamento do homem para com Deus, também afetou o
relacionamento do homem para com o seu próximo.
2.1-
Longanimidade. Corresponde com a paciência contínua, isto
é, a paciência que leva o indivíduo a suportar a falta de amabilidade dos
outros para consigo. É o saber esperar a vontade de Deus no tempo de Deus (Ec
3.1).
2.2-
Benignidade. É o amor em ação para com o próximo, pois é
a condição que o cristão desenvolve em expressar ternura e gentileza para todos
que estão a sua volta. Logo, é a atitude de fazer o bem.
2.3-
Bondade. O fruto da bondade indica que houve capacitação divina
em transformar o indivíduo em bom cidadão. Deus não transforma o homem para ser
bom para com uns e mal para com outros.
3-
Frutos interligam ao relacionamento pessoal. Para alcançar um
relacionamento satisfatório com Deus e com o próximo o indivíduo deverá está
bem consigo mesmo, pois não há possibilidade de desenvolver um relacionamento
agradável com Deus e não amar a si mesmo, isto é, uma impossibilidade.
3.1-
Fé.
A fé como fruto do Espírito está relacionada com a fidelidade.
3.2-
Mansidão. O fruto conhecido como mansidão outorga sabedoria e
permite aos indivíduos a agirem com autoridade e a se submetam de forma
humilde. Mansidão é a prática correta da humildade.
3.3-
Temperança. É capacidade de controlar a si mesmo. Três
são os pontos fundamentais para serem controlados: a língua, as paixões e os
desejos que são contrários à vontade de Deus.
Com a autoaplicabilidade dos frutos do
Espírito, dificilmente alguém desviará da presença do Senhor Jesus Cristo. Mas,
em contrapartida se manterá firme mediante os levantes do inimigo e mediante a
proliferação do pecado, pois o crescimento na graça proporciona manutenção
fidedigna do cristão ao Senhor.
Crescimento no conhecimento do
Senhor Jesus
Pedro inicia a segunda epístola relando a
respeito dos benefícios do conhecimento: graça e paz multiplicadas, e vida e
piedade no cumprimento das promessas (1 Pe 1.2,3).
Portanto, o crescimento na graça e no
conhecimento do Senhor Jesus Cristo se dá por meio de uma vida de oração e leitura
da Bíblia Sagrada. Pedro não trata do conhecimento profano em que o pecado está
inserido, mas sintetiza o conhecimento outorgado pela iluminação do Espírito
Santo (Ef 1.17).
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