Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A última defesa de Jó

 A última defesa de Jó

A verdade prática permite compreender que Ao olhar retrospectivamente para o passado, lembre o quanto Deus trabalhou nele. Sendo que a presente lição outorgará como tópicos essências de aprendizagem: a olhar para o passado de glória, o lamento no que se refere ao presente e o futuro que se encontra em aberto.

O longo debate entre Jó e os seus amigos terminou com um primoroso discurso de Jó sobre a sabedoria (Jó 28). Um novo ciclo está para ter início. Todavia, antes que Eliú entre em cena (cap. 32), Jó faz a sua última defesa em prol da sua inocência. Os capítulos 29 – 31 apresenta esse solilóquio de Jó como composto de três partes: (1) um olhar para o passado; (2) uma reflexão do seu estado presente; e (3) um olhar para um futuro que ainda se mostra aberto e incerto (GONÇALVES, 2020, p. 113).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral:

Mostrar que Jó, profundamente afetado pelo sofrimento, recorda nostalgicamente do seu passado de glória.

E como objetivos específicos:

Mostrar que Jó lembra os tempos passados quando era visto e reconhecido socialmente por todos.

Contrastar o estado passado de Jó com o presente, quando se tornara motivo de escárnio.

Elucidar a insistência de Jó na defesa de sua inocência.

I – JÓ RELEMBRA SEU PASSADO DE GLÓRIA

Ao olhar para o passado o patriarca lembra-se da prosperidade divina sobre a sua vida, assim como do reconhecimento que o mesmo possuía da parte de seus contemporâneos.

No que tange a prosperidade percebe-se que o patriarca cita:

Proteção (v. 2-4).

A presença dos filhos (v. 5).

Provimentos em abundância (v. 6).

Já no que se refere ao reconhecimento percebe-se as seguintes descrições nas falas de Jó:

Respeito dos mais jovens (v. 8).

Reverência dos idosos (v. 8).

Admiração dos mais importantes (v. 9).

Submissão das autoridades (v. 10).

Jó lembra também de suas ações no tempo da prosperidade. Fato que corrobora para com as práticas sociais desenvolvidas pela Igreja. Deus prospera os teus para que estes auxiliem os necessitados.

Para finalizar o tópico em apreço percebe-se que:

Não há dúvida de que Jó era um defensor do pobre, da viúva e do órfão (GONÇALVES, 2020, p. 118).

II – JÓ LAMENTA SEU ESTADO PRESENTE

O lamento de Jó demonstra que há um contraste do seu passado para com o presente, pois se no passado os jovens o admirava, agora no presente a juventude menosprezam o patriarca.

E para piorar a situação o patriarca encontra-se abatido, isto é, emocionalmente esgotado. Verdade que é enfatizada na seguinte expressão:

Derrama-se em mim a minha alma como água, Jó enfatizava que suas forças físicas e emocionais estavam esgotadas (Lm 2. 11, 12) por causa de seus dias da aflição (v. 1-31). Estas palavras se parecem muito com as de Davi encontradas no Salmo 22. 14,15 (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 808).

III – O FUTURO EM ABERTO DE JÓ

Mesmo com o futuro incerto o patriarca apresenta seus princípios no que tange à intimidade, assim como no que se refere ao ato social. Os versículos chaves para compreender a descrição ética do patriarca Jó, são:

Fiz aliança com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem? (Jó 31.1). Neste versículo começa o juramento de inocência de Jó (cap. 31). Quando ele fez concerto com os seus olhos, reconheceu com sabedoria que o olhar é o sentido mais explorado na tentação (v. 7,9,26,27) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 810).

Se retive o que os pobres desejavam, ou fiz desfalecer os olhos da viúva, Ou se, sozinho comi o meu bocado, e o órfão não comeu dele (Porque desde a minha mocidade cresceu comigo como com seu pai, e fui o guia da viúva desde o ventre de minha mãe) (Jó 31. 16-18). Jó alega ter satisfeito o que os pobres desejavam (v. 16), possivelmente para insinuar que Deus não estava tratando-o assim (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 810).

Por fim, compreende-se que o desejo de Jó era que Deus lhe respondesse. Pois, para um futuro incerto a garantia de sucesso só virá do Senhor.

E conforme a dor e o que estava enfrentando o patriarca compreende-se que o mesmo esperava uma resposta de Deus que o inocentasse diante das acusações consoladoras de seus amigos.

REFERÊNCIA

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Subsídio para aulas da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – José: Fazendo a diferença aceitando a Jesus

 José: Fazendo a diferença aceitando a Jesus

A Síntese da lição em apreço permite compreender que Deus viu em José uma pessoa justa, a ponto de ser considerado o pai do Senhor Jesus Cristo.

Sendo que o Texto do Dia outorga como aplicabilidade a seguinte compreensão:

[...] José poderia divorciar-se formalmente de Maria, alegando a infidelidade dela, uma vez que eles já tinham feito uma aliança matrimonial, embora ainda não tivessem consumado o casamento. Ele poderia ter tornado público o divórcio, ou ter feito isso de uma forma mais discreta na presença de duas testemunhas. Mas como José era justo e piedoso, e como a não queria infamar, intentou deixa-la secretamente (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 15).

A presente lição tem como objetivos:

Conhecer a vida de José antes de Jesus.

Mostrar a vida de José como pai de Jesus.

Apresentar José como modelo de obediência.

I – JOSÉ, ANTES DE JESUS

José antes do nascimento de Jesus se destacava pelas seguintes virtudes: justiça, respeito e obediência.

A respeito de ser José um homem justo compreende-se que ele no processo prático:

Possuía uma atitude compreensiva. Fato que proporciona ao indivíduo perceber o lado do outro.

Não possuía atos vingativos. José poderia despertar sentimentos de vingança contra Maria, porém o que a narrativa bíblica mostra é que o carpinteiro não dirigiu atos que expressa ódio.

Por fim, José corajosamente demonstra ação no que tange a revelação do Senhor, de não deixar Maria (COELHO, 2020).

Já no que refere ao respeito percebe-se que José respeitava os princípios da fé judaica, assim como se tornam visível a nota desta ação em respeitar a Maria como feitura das mãos do Senhor.

Sobre obediência compreende-se que é uma característica que Deus espera ver em nós. E, pela Escritura, percebemos que José era um homem obediente. Ao saber da gravidez da sua noiva, quando pensou em deixa-la, voltou atrás na sua decisão por orientação de Deus (COELHO, 2020, p. 102).

II – JOSÉ, PAI DE JESUS

Uma das características que se torna necessária na formação do indivíduo como chefe de uma família corresponde em ser este dedicado ao serviço, ou seja, ser trabalhador. Esta é uma característica nítida na pessoa de José que tinha como ofício a carpintaria.

[...] O pai terreno de Jesus não era um homem preguiçoso. O seu trabalho consistia em escolher madeiras de qualidade para que fossem trabalhadas e colocadas em estruturas de construções. Barcos eram geralmente feitos de madeira. Portas, telhados e mesas também eram feitos com essa matéria prima.

Ele honrou a Deus com a sua profissão. Sendo pai terreno de Jesus, deu-nos o exemplo de ser um homem que agradava ao Senhor com o seu profissionalismo. Aqui cabe uma observação: o trabalho dignifica o ser humano e devemos ser exemplos de profissionais reconhecidos por excelentes trabalhos feitos em nossos labores (COELHO, 2020, p. 106, 107).

III – EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA

Pela obediência de José a profecia de Deus se cumpriu. O que aos olhos humanos seriam um peso, ser pai adotivo, para José foi uma grande honra, servir ao Senhor no cumprimento da profecia. Logo, compreende-se que por meio da obediência benefícios são outorgados, ou seja, pessoas obedientes desfrutam de bênçãos.

Um dos benefícios da obediência é que o ato de obedecer retira o medo.

À medida que obedecemos a Deus, garantimos não apenas o cumprimento do projeto dEle para nossas vidas, mas igualmente a presença dEle guardando-nos. Deus utilizou-se de meios simples e discretos para proteger a família de Jesus. Ele não disponibilizou um exército de anjos de forma visível para intimidar Herodes. Da mesma forma simples com que Jesus foi usado no seu ministério, Deus usou José para garantir a integridade da família na qual Jesus foi criado. O segredo está em ser fiel a Deus, substituindo o medo pela obediência. Á medida que José obedecia, Deus trazia-lhe outra orientação, garantindo, assim, a sua segurança (COELHO, 2020, p. 109).

Referência

COLEHO, Alexandre. Os Bons e Maus exemplos: aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 22 de novembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus

Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus

A verdade prática permite compreender que A verdadeira sabedoria está associada ao temor do Senhor e não ao mero acúmulo de conhecimento. E com base no Texto Áureo percebe-se que Aqui está o clímax da argumentação de Jó sobre a sabedoria e a sua origem. Ela é divina! Não apenas divina, mas, também relacional. Jó mostra não apenas a origem da sabedoria, de onde ela vem, mas também delineia o caminho que nos conduzirá até ela. Deus é a fonte da sabedoria, e o temor do Senhor é o meio de chegar-se até ela (GONÇALVES, 2020, p. 113).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral:

Mostrar que a verdadeira sabedoria consiste no temor do Senhor.

E como objetivos específicos:

Expor que todos os esforços humanos são inúteis para a aquisição da sabedoria divina.

Destacar que a sabedoria tem seu preço, e que excede todos os bens materiais existentes.

Revelar que o verdadeiro valor da sabedoria é de natureza espiritual.

I – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM NATURAL

Deus outorga habilidade aos homens para explorar os minérios naturais. Os onze primeiros versículos do capítulo (28) são palavras introdutórias de Jó em seu discurso, onde descreve que os homens possuem a ciência terrena, enquanto que a sabedoria é um dom divino e tem sua origem em Deus.

Por meio das habilidades o homem passa a usufruir dos bens terreno, transformando a matéria bruta em metal trabalhado (v.2), põe fim nas trevas (v.3) e consegue povoar áreas até então despovoada. Tais ações são habilidades humanas outorgadas por Deus para a sobrevivência do ser humano.

Já no versículo 12 o patriarca faz duas perguntas:

Mas onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?

Sobre este versículo pode concluir-se que:

A palavra sabedoria (v. 20) está enfatizando a verdadeira sabedoria que só o Senhor conhece (v. 23-27) e que as pessoas podem aprender ao relacionar-se com Ele (v. 28).

[...] As perguntas a respeito do paradeiro da sabedoria e da inteligência (v. 12), portanto, recebem uma resposta enfática: Não está em parte alguma da terra dos viventes (versículo 14, complementado pelos versículos 21 e 22) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 807).

II – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM COMERCIAL

Jó ensina que a sabedoria tem valor e não preço. No que tange ao valor indica que a sabedoria contribui com o bem-estar, porém por não possuir preço indica que a sabedoria não se negocia, ou seja, a sabedoria não estar à venda.

Todos que desejam a sabedoria deverão pedir a Deus e a buscá-la. Salomão assim escreveu: “eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8.17). Os que buscarem a sabedoria a encontrarão. Buscar significa desejar e correr atrás para obtê-la. Porém, o patriarca Jó conforme os versículos 13 ao 19, chegou a seguinte conclusão:

Todos os versículos dessa estrofe contém pelo menos uma vez a palavra não em hebraico, ressaltando a ausência da sabedoria e até mesmo do desejo de obtê-la (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 807).

Lembrando que Salomão no início do seu reinado pediu a Deus sabedoria para governar um povo grande e numeroso.  Pois, sobre a importância da sabedoria é necessário compreender que ela é fundamental para o desenvolvimento da liderança eficiente e eficaz (Gn 41.39), e também é importante para a tomada de decisões (At 15.13-34).

III – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM ESPIRITUAL

O terceiro parágrafo do capítulo se inicia com a seguinte pergunta:

De onde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? (v. 20).

Percebe-se que há uma repetição de palavras igualmente como iniciou o segundo parágrafo. Mas, a diferença pode ser notável no que o patriarca passa a defender, pois no segundo parágrafo a ideia era a respeito da sabedoria comercial, porém agora a ideia corresponde com a sabedoria espiritual que em sua essência suprema consiste em adorar a Deus, não em cair na inútil ideia de emitir opiniões (GONÇALVES, 2020, p. 113).

REFERÊNCIA

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Subsídio para aulas da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A Sunamita: quando a fé faz a diferença em atitudes

A Sunamita: quando a fé faz a diferença em atitudes

A Síntese da lição em apreço permite compreender que A Sunamita nos mostra que a bondade e a generosidade são importantes aos olhos de Deus, e que tais atos têm sua recompensa.

Sendo que o Texto do Dia outorga como aplicabilidade a seguinte compreensão:

A amizade de Eliseu com a mulher de Suném também se parece com a de Elias com a viúva de Sarepta (1 Rs 17.8-16). O adjetivo com que ela descreve Eliseu, santo homem de Deus, indica que ela percebeu que o profeta era verdadeiramente separado para o ministério (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 601).

A presente lição tem como objetivos:

Conhecer a respeito da mulher que viva em Suném.

Mostrar os milagres e adversidades enfrentados pela Sunamita.

Refletir a respeito da ação de Deus na vida da Sunamita.

I – A MULHER QUE VIVA EM SUNÉM

Sobre Suném pode ser citado que:

Significa, Lugar de repouso; uma cidade da herança de Issacar, Js 19.18. Onde Eliseu ressuscitou o filho da sunamita, 2 Rs 4.8 (BOYER, p. 718).

A respeito da sunamita pode ser compreendido que ela era:

Uma mulher com recursos financeiros (2 Rs 4.8).

Uma mulher sensível para com o cuidado com as pessoas. Pois, para com Eliseu a sunamita utilizou com primazia o dom do compartilhamento (Rm 12.8). Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidades da obra ou do povo de Deus (2 Co 8.1-8; Ef 4.28) (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, 1995, p.1722).

II – MILAGRE E ADVERSIDADE

A hospitalidade desta mulher era tão grande que a sunamita em comum acordo com o esposo constrói um cômodo onde o profeta poderia descansar enquanto viajava por aquela região. Fazendo justiça ao significado de Suném, lugar de repouso, a sunamita construiu um quarto para que o profeta Eliseu tivesse naquela cidade o repouso necessário.

Ao observar a ação da sunamita em cuidados para como o profeta, Eliseu anelou em retribuiu a generosidade. Atitude esta permitiu que a sunamita que até então não era mãe, torna-se mãe de um garoto.

Portanto a generosidade da sunamita lhe outorgou um filho.

Passando o tempo da gestação, conforme a palavra de Eliseu, nasceu um menino, trazendo alegria àquela casa. O Senhor surpreendeu aquela família, completando o lar com uma criança. Isso pode parecer estranho em dias como os nossos, em que há um clamor de certos ramos da sociedade para dar permissão à mulher dar cabo da vida de crianças que ainda não nasceram. Deus valoriza a vida, e o presente que Ele deu para a sunamita foi um filho (COELHO, 2020, p. 95).

III – A AÇÃO DE DEUS NA VIDA DA SUNAMITA

Nem sempre a fonte da palavra de Deus para com o profeta será direta. Deus não falou ao profeta Eliseu que o filho da mulher tinha morrido.

Porém, a sunamita foi até o profeta e revelou a morte da criança. Compreende-se que Deus utiliza de multiformes maneiras para expressar a Sua palavra para com os santos profetas.                                                           

Assim como também fica bem nítido que Deus requer que todos apresentem a Ele as suas próprias demandas. A sunamita vivia em um período histórico em que para se chegar até Deus era necessário um mediador que estivesse sobre o desenvolvimento de um ministério. Portanto, nos dias hodiernos, Cristo é o mediador de todos os homens, logo não é necessário que os crentes aguardem por outros para orarem.

Sob o ministério de Eliseu o Senhor ressuscita o garoto. Pois, Deus protege em meio a adversidade.

Referência

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

BOYER. Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD.

COLEHO, Alexandre. Os Bons e Maus exemplos: aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 15 de novembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Teologia de Zofar – O justo não passa por tribulação?

A Teologia de Zofar – O justo não passa por tribulação?

A verdade prática permite compreender que Segundo as Escrituras, até mesmo o justo passa por tribulação. A palavra tribulação pode ser compreendida pelos seguintes termos: frustração, sofrimento, pressão, perseguição e abandono.

Jesus não morreu para nos tornar materialmente ricos, para garantir saúde física, ou nos imunizar contra as tribulações durante nossa vida terrena. Jesus morreu para nos dar bênçãos muito mais ricas do que estas! (...)

O sofrimento ajudará a nos proteger do erro de fixar nossas esperanças naquilo que podemos ganhar aqui, amanhã, e não em Deus (...).

Deus pode usar a pobreza e o sofrimento, para manter nossos olhos fixados na riqueza espiritual que já possuímos, e nossas esperanças fixadas nele (RICHARDS, 2008, p. 297).

O gloriar nas tribulações segundo Paulo se relaciona diretamente aos resultados desta na vida do cristão, pois A tribulação produz paciência, e a paciência, a experiência, e a experiência, a esperança (Rm 5. 3,4). Sendo que através da tribulação Deus desenvolve no cristão a perseverança e o caráter. Compreendendo que o caráter é o complexo de características mentais e éticas que marcam e, geralmente, individualizam uma pessoa, grupo ou nação (MUNROE, 2015, p. 34).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral:

Mostrar que Zofar, assim como seus amigos, defende que os ímpios sempre serão punidos e os justos recompensados.

E como objetivos específicos:

Destacar no entendimento de Zofar que o sofrimento de Jó fazia parte de um sábio julgamento divino.

Explicar que a conversão defendida por Zofar era de natureza legalista.

Esclarecer que a teologia de Zofar limita a soberania de Deus na sua capacidade de julgar.

I – DEUS SE MOSTRA SÁBIO QUANDO AFLIGE O PECADOR

O terceiro amigo de Jó, assim como os demais apresentou de certa maneira acertos e erros em suas palavras. O grande acerto de Zofar foi reconhecer a sabedoria de Deus, porém seu grande erro está associado com o acerto, pois Zofar acreditava que o sofrimento de Jó fazia parte do sábio julgamento do Senhor.

Bildade foi duro com o patriarca ao associar a morte dos filhos ao pecado atual cometido por eles. Enquanto que Zofar foi rígido com Jó ao descrever o comportamento do patriarca ao de um animal irracional (Jó 11.12).

[...] Para revidar à pergunta de Jó (6.5), em que ele comparou seus gritos ao zurrar de um jumento, Zofar emprega o que pode ser uma declaração proverbial sobre o jumento. Ele insinua que as mentiras (v.3) de Jó são um indício de que ele é um homem vão (v.12) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 796).

Portanto, no que corresponde com a sabedoria de Deus o patriarca Jó reconhecia que os seus amigos não tinha o conhecimento da sabedoria do alto e quando esta se manifestasse ficaria do seu lado. Porque para Jó a obtenção da verdadeira sabedoria estava diretamente relacionada com o relacionamento com o Senhor (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 807).

II – A CONVERSÃO COMO RESPOSTA À AFLIÇÃO

Para Zofar, o patriarca Jó estava em pecado, então na visão deste era necessário que três condições fossem executadas por Jó:

Conduta correta (v.13).

Oração (v.13).

Renúncia ao pedado (v.14).

Presumindo que Jó sofria por causa de sua iniquidade, Zofar repudia cruamente a sua afirmação de que o amigo não tem pecado em sua língua (Jó 6.30), alegando que, na verdade, são as tendas de Jó que estão cheias de injustiça. Talvez seja uma insinuação caluniosa de que Jó adquirira sua riqueza por meios escusos ou tolerara o mal em sua casa (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 796).

Ao ouvir o terceiro amigo o patriarca apresenta desesperança, pois as palavras deles não o alegravam, mas ao contrário o condenava com duros julgamentos.

III – DEUS JULGA E CASTIGA OS PECADORES

A visão de Zofar a respeito do castigo aos maus se assemelha com a ótica de João Batista que esperava que Jesus julgasse os pecadores no período do Seu ministério aqui na Terra. Porém, mais uma vez percebe-se que Zofar acertou ao descrever que Deus julga e puni, porém errou ao associar este julgamento e punição aqui na terra, associando à teologia tradicional que se comprara à teologia da prosperidade.

Em contrapartida Jó exemplifica que os ímpios gozam de longevidade e prosperidade. Pois, [...] Se era verdade que os maus sempre experimentavam um juízo severo aqui na terra, então por que os ímpios desfrutam de longevidade? Por que eles desfrutam de prosperidade? Por que a sua fazenda cresce? Por que os seus filhos vivem em plena alegria? Por que isso é assim se eles não querem saber de Deus (Jó 21.14,15). Isso era uma coisa visível, de fácil constatação, mas os amigos de Jó, especialmente Zofar, não atentavam para isso (GONÇALVES, 2020, p. 103).

Por fim, compreende que os justos também sofrem.

 

REFERÊNCIA

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

MUNROE, Myles. O Poder do caráter na liderança como os valores, a moral, a ética e os princípios afetam os líderes. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel Ltda, 2015.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Subsídio para aulas da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – Jezabel: Fazendo a diferença para o mal

 

 Jezabel: Fazendo a diferença para o mal

A Síntese da lição em apreço permite compreender que Jezabel, na história sagrada, é um ícone da maldade, do desvio do culto a Deus e da perseguição aos que temem ao Senhor.

Sendo que o Texto do Dia outorga como aplicabilidade a seguinte compreensão:

A resposta de Jeú a Jorão apontou as prostituições de Jezabel, mãe de Jorão. O adultério espiritual dessa mulher produziu abomináveis práticas demoníacas no reino e selou sua destruição (1 Rs 21.25,26). Como Deus havia ameaçado, tais atividades certamente causariam a ruína da nação (Dt 28.25,26). Jeú justificou seus atos como um julgamento pelos pecados de Jezabel (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 609).

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar que Jezabel foi uma mulher com fé para o mal.

Explicar como era a influência de Jezabel em Israel.

Saber como se deu o fim de Jezabel.

I – UMA MULHER COM FÉ PARA O MAL

Conforme Coelho algumas observações de Jezabel merecem bastante atenção:

Jezabel tinha origem fenícia, um povo que se dedicava à construção de embarcações e ao comércio (2020, p. 82).

Jezabel foi criada na cultura dos fenícios. A sua adoração a Baal certamente lhe foi ensinada na infância, e essa mentalidade de adoração seguiu os passos dela até a sua morte. Como fiel ao culto a Baal, ela não hesitou em levar a sua crença à terra de Israel (2020, p. 83).

A influência de Jezabel na história de Israel é registrada na Palavra de Deus por causa do casamento dela com o rei Acabe, que é descrito na Bíblia como um rei que “fez o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (1 Rs 16.30). Acabe conseguiu superar, dos reis que vieram antes dele, toda a maldade que eles fizeram juntos (2020, p. 84).

A primeira citação permite compreender a origem de Jezabel. É necessário recordar que os fenícios foram destaque na história por desenvolverem o alfabeto, porém este sem as vogais. O comércio e o desenvolvimento marítimo proporcionaram aos fenícios a prosperidade.

Já a segunda citação permite compreender que Jezabel foi educada na cultura fenícia no que tange a adoração a Baal. Ao casar com o monarca de Israel, Jezabel não se envergonhou de sua cultura, ao contrário ela divulgou os princípios religiosos em que ela acreditava serem princípios autênticos.

Por fim, a terceira citação, permite olhar para o casamento como jugo desigual. Jezabel conduziu Acabe e Israel ao colapso espiritual.

II – A SUA INFLUÊNCIA EM ISRAEL

Jezabel como líder teve a capacidade de influenciar os israelitas à idolatria.

Devota a Baal, deus da fertilidade, Jezabel conduziu o povo ao costume da prostituição cultual. No culto a Baal os adoradores, principalmente no período de seca, ofertavam pessoas em holocaustos. Geralmente os primogênitos eram oferecidos vivos, ou seja, eram queimados vivos, ação que tinha como objetivo apaziguar a ira da divindade.

Sob as ordens de Jezabel profetas foram perseguidos e Nabote foi assassinado.

O que mais pesa nesse crime é o fato de que Nabote foi morto por causa de um falso testemunho, sob a acusação de que tinha blasfemado contra Deus. Jezabel não servia ao Senhor, mas usou o nome dEle para promover uma acusação contra Nabote e matá-lo. Nabote havia respeitado o direito de manter a herança da sua família, mas foi acusado de ser blasfemo e, ainda por cima, por homens que tinham deixado de lado a fé no Deus Eterno.

Gente sem Deus pode usar o nome dEle quando lhe convém. Dois homens, filhos de Satanás, deram um falso testemunho, e Nabote foi apedrejado até morrer (COELHO, 2020, p. 87).

III – O FIM DE JEZABEL

Jezabel foi morta segundo a Palavra do Senhor.

A morte de Jezabel levou um tempo para ocorrer. Entretanto, não devemos pensar que o Senhor deixou de punir a impiedade dela. Deus fez justiça contra as maldades dela quando Jeú, que foi ungido rei por Eliseu, entrou no palácio de Jezreel e mandou jogá-la de uma das janelas da habitação real.

Findava-se, portanto, a vida da feiticeira e prostituta Jezabel (COELHO, 2020, p. 89).

Pode durar, porém, Deus no momento certo punirá a impiedade cometida por alguém. Fato que é perceptível na pessoa de Jezabel que perseguiu os santos profetas e procurou com todas as forças matar a Elias. No entanto, o fim de Jezabel que foi trágico.

Referência

COLEHO, Alexandre. Os Bons e Maus exemplos: aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Teologia de Bildade – Se há sofrimento, há pecado oculto?

 

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Teologia de Bildade – Se há sofrimento, há pecado oculto?

A verdade prática permite compreender que A existência do sofrimento não quer dizer que haja pecado oculto.

Com base na descrição da verdade prática, conclui-se que:

Justos e injustos passam por sofrimento.

Sofrimento nem sempre está associado com o pecado.

Sobre o texto áureo pode-se afirmar:

Nesse texto, Bildade causa mais dor e sofrimento a Jó quando envolve os seus filhos na sua argumentação. Segundo Bildade, os filhos de Jó morreram porque cometeram pecado. Deus punira-os com a morte. Ele estava convencido de que isso só aconteceu porque as ações pecaminosas deles haviam transbordado. Dessa forma, Deus foi totalmente justo em tê-los matado. Como ficará demonstrado posteriormente, Jó sentiu-se muito ferido com essas palavras. O amigo nem mesmo lembrou que Jó intercedia pelos seus filhos e santificava-se por eles (GONÇALVES, 2020. p. 88,89).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Mostrar que nem sempre o sofrimento é consequência de um pecado oculto, como pensava Bildade.

E como objetivos específicos:

Destacar o argumento de Bildade que contrastava o pecado com o caráter santo e reto de Deus.

Explicar a concepção de Bildade que associava o pecado à quebra da moralidade religiosa.

Esclarecer a argumentação de Bildade que contrapunha a pequenez humana com a grandeza de Deus.

I – O PECADO EM CONTRASTE COM O CARÁTER JUSTO E SANTO DE DEUS

Bildade assim como Elifaz, apresenta argumentação voltada para a teologia tradicional. Enquanto Elifaz argumentava sobre a justiça retributiva como resultado do pecado de Jó, Bildade argumenta sobre a linha de pensamento desta teologia que corresponde com a existência do sofrimento, tendo como origem o pecado oculto. O que de comum ocorre entre os argumentos destes amigos de Jó corresponde à teologia tradicional.

O que se pode afirmar de positivo da visão de Bildade corresponde com a argumentação retórica de que Deus é justo e reto. Porém, no que corresponde a negatividade da ótica de Bildade, percebe-se na limitação deste conselheiro em compreender a natureza de Deus.

Bildade usa metáforas da natureza para amparar sua crença de que, nesta vida, Deus castiga apenas os maus e sempre recompensa os retos. Ele deduz equivocadamente que se pode determinar a causa observando apenas o efeito. O simplismo excessivo que resulta em respostas prontas e inadequadas é um erro comum dos conselheiros de Jó (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 793).

II – O PECADO VISTO COMO QUEBRA DA MORALIDADE TRADICIONAL

Bildade transcreve no seu segundo conselho a respeito do moralismo tradicional. Sendo que moral corresponde a Princípios que regem a vida do ser humano, mostrando-lhe o que é certo e o que é errado (ANDRADE, 1997, p. 184).

Porém, dos argumentos de Bildade não há possibilidade em compreender a respeito da ética e da moral, no sentido prático e universal, mas ao contrário compreende-se a respeito da moral tradicional.

Em afirmação ao moralismo tradicional Bildade utiliza o termo perverso, tendo como sentido injusto, termo em que Bildade associa à pessoa de Jó. Em resposta, o patriarca inicia o seu argumento com a seguinte fala: Até quando vocês continuarão a atormentar-me, e a esmagar-me com palavras? (Jó 19.2).

Texto em que Jó se mostra cansado em ouvir os argumentos interrogativos de Bildade, assim como angustiado pelas palavras de seus amigos. Mas, o patriarca em resposta ao seu segundo amigo outorga como aprendizagem para os cristãos da atualidade, a contemplação da cruz: Eu sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra (Jó 19.25).

[...] Aqui se entreve uma esperança forte e resoluta em um Intercessor entre Deus e a humanidade. No fim das contas, o anelo de Jó por um Advogado foi atendido em um anseio pela manifestação de Jesus Cristo (1 Tm 2.5) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 801).

III – O PECADO EM CONTRASTE COM A MAJESTADE DE DEUS

O terceiro discurso de Bildade está registrado no capítulo 25, neste momento o argumento se resume em exaltar a Deus e humilhar o patriarca Jó. Porém, conforme se ler no capítulo fica nítido a criação de um abismo entre Deus e o homem.

João Crisóstomo observa que Bildade não deve ser reprovado por ter defendido um atributo de Deus, o que é normal. No entanto, ele não deveria ter condenado Jó. Era possível defender os atributos de Deus sem acusar o seu amigo (GONÇALVES, 2020, p. 95).

Em resposta Jó apresenta a transcendência divina. Pois, Deus é:

[...] diferente e independente da sua criação [...]. Seu ser e sua existência são infinitamente maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada [...]. Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele mesmo é incriado e existe à parte da criação [...] A transcendência de Deus não significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como Deus (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, p. 915).

Por fim, mesmo sendo onipotente Deus está presente com a criação.

Referência:

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico VelhoTestamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.