Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 25 de abril de 2021

Subsídio da Lição: Dons de Elocução

 Dons de Elocução

Os dons de elocução correspondem com os tipos de dons em que Deus exprime a sua vontade. Elocução significa dicção, locução ou expressão. Nesta classificação encontram-se os dons de profecia, variedades de línguas e o dom de interpretação, ambos possuem como propósito edificar, exortar e consolar a Igreja de Jesus.

Sendo que a presente lição tem como objetivo geral: apresentar os dons de elocução. E como objetivos específicos: expor biblicamente o dom de profecia; explicar o dom de variedade de línguas; e, examinar o dom de interpretação de línguas.

I – DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)

1- O que é o dom de profecia?

2- A relevância do dom de profecia.

3- Propósito da profecia.

O dom de profecia corresponde com a mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo na língua conhecida pelo mensageiro e pelo destinatário. Sendo que a mensagem é divina.

[...] profecia significa a declaração do que não pode ser conhecido por naturais (Mt 26.68, é a descrição antecipada da vontade de Deus, quer com referência ao passado, presente e futuro (veja Gn 20.7; Dt 18.18; Ap 10.11; 11.3). Profetizar, no grego, se resume numa palavra, propheteuein, que significa falar em nome de alguém, em favor de alguém (VINE apud Renovado, 2021, p. 55).

Porém, a igreja deve ser ciente que há três tipos de profecia, conforme a origem: pode ser de ordem divina, ordem carnal ou de ordem diabólica. A mensagem quando é de origem divina conforta, consola e edifica. Já a mensagem humana e a diabólica provocam no seio da comunidade confusão, não edifica e nem consola.

Toda profecia de origem divina se cumpre:

A profecia de Gêneses 3.15 se cumpriu (Mt 1.25).

A profecia presente no Salmo 22.16, “transpassaram-me as mãos e os pés” se cumpriu na cruz.

A profecia que Jesus nasceria em Belém (Mq 5.2) se cumpriu.

Logo, toda profecia que tem como origem em Deus se cumprirá.

Dom de profecia

Erro

Certo

Profecia utilizada para guiar a igreja

A igreja é guiada pelo Espírito Santo. O espírito Santo guia a igreja pela Bíblia e pela consciência do cristão. Há oficiais de Deus na terra para ensinarem a autêntica Palavra do Senhor.

Dom de profecia como um oráculo

Deus fala quando quer, logo não há necessidade de sair ao encontro de vasos para saber o que Deus manda.

Dom de profecia como fonte de doutrina

Toda sã doutrina tem sua origem em Deus e está presente nos Escritos Sagrados.

 

Logo, a profecia tem como finalidade edificar (na formação do caráter e da personalidade do cristão), exortar (isto é, confortar, inspirar, defender e guiar) e consolar (que corresponde com a doação de alegria e de paz).

II – VARIEDAE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)

1- O que é o dom de variedade de línguas?

2- Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas?

3- Atualidade do dom.

Tendo como base as seguintes palavras:

Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar (At 2.39).

Percebe-se que a abrangência da promessa corresponde com tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.

Lembrando que:

O fenômeno pentecostal do falar em línguas estranhas (gr. Glossolalia) tem dois aspectos. O primeiro é o falar línguas estranhas como evidência do batismo com o Espírito Santo. O segundo é o dom de variedade de línguas (RENOVATO, 2021, p. 61).

No Novo Testamento tanto os judeus como os gentios foram cheios do Espírito Santo, isto sem ocorrência de acepção de pessoas conforme a profecia de Joel. Assim, como Deus usou o profeta Joel para profetizar o dia de pentecoste com a descida do Espírito Santo, em Atos capítulo dois, Deus usa o apóstolo Pedro para confortar e esclarecer aos crentes a respeito do batismo no Espírito Santo.

Portanto, para receber o Batismo no Espírito Santo é necessário ter a convicção da promessa, pois o próprio Jesus descreve o batismo como uma promessa do Pai (Lc 24.49), e além da convicção é necessário viver uma vida de oração, consagração, obediência e por fim, cuidar da espiritualidade.

Em suma, o dia de pentecoste é bíblico e o batismo no Espírito Santo é para os dias de hoje. Porém, o dom de variedades de línguas corresponde com algo além do batismo no Espírito Santo. Para que haja eficácia o dom de línguas precisa de interpretação. Com este dom o Espírito Santo toca em nosso espírito. Outorga liberdade para a exaltação proporcionando edificação (HORTAN, 2003).

III – INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)

1- Definição do dom.

2- Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia?

O dom de interpretação corresponde com a identificação da mensagem divina e não com a tradução de uma língua.

O dom de interpretação difere do dom da profecia por ser um dom associado a outro. Alguém fala em línguas e outra pessoa interpreta. Por fim, o presente dom não foge do propósito dos anteriores; edificar, exortar e consolar.

Portanto, os dons de elocução estão associados com três palavras chaves para uma igreja local saudável. Estas palavras são ministério, adoração e dom. Ministério é o executar do dom. Adoração é a ação de gratidão em forma de louvor e oração. E dom é o ministério em ação.

Referência

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 20 de abril de 2021

Quando o evangelho é a principal preocupação: Em Cristo somos mais que vencedores

 Quando o evangelho é a principal preocupação: Em Cristo somos mais que vencedores

Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou (Rm 8.37).

A carta aos Romanos é tipicamente conhecida como o evangelho do apóstolo Paulo e com base na leitura desta epístola percebe-se que Paulo torna-se notável como grande teólogo e também se destaca pelo exercício do ministério pastoral.

Os relatos escritos nos dezesseis capítulos podem ser sintetizados em duas palavras: doutrina e exortação. No que se refere às doutrinas percebe-se que elas são didaticamente bem explicadas e no que se descreve a exortação o apóstolo aconselha os cristãos a terem comunhão com Deus (Rm 12.1-8), a viverem o verdadeiro amor (Rm 12.9-21), a serem submissos às autoridades por Deus constituídas, e, por fim, Paulo exorta aos irmãos a tolerarem os mais fracos (Rm 14. 1-12).

Compreendendo a Epístola

A carta apresenta o seguinte esboço, dividido em quatro partes:

1. Introdução (1.1-15). Parte em que Paulo se apresenta e saúda a igreja.

2. Salvação somente pela fé (1.16-11.36). Nestes capítulos referentes à segunda parte o apóstolo comenta a respeito do tema: o justo viverá pela fé (1.16-17); descreve a respeito da indesculpável culpa humana (1.18-3.20); argumenta no que se refere à Justificação mediante a redenção efetuada por Cristo (3.21-4.25); fala a respeito da nova vida de liberdade do justificado pela fé (5.1-8.39); e, disserta a respeito da incredulidade de Israel (9.1-11.36).

3. Exortações: a justificação pela fé (12.1-15.13). A terceira parte está associada com a palavra exortação. E as exortações compreendem ao verdadeiro amor (12.1-21); a submissão às autoridades instituídas por Deus (13.1-14); e, a não menosprezar os mais fracos (14.1-15.13).

4. Planos evangelísticos e saudações finais (15.14- 16.27).  Parte conclusiva em que as relações interpessoais são categoricamente descritas, e lembrando que a existência das relações interpessoais corresponde com a sabedoria e soberania de Deus, assim como também em razão da graça de Deus.

O que concerne à soberania de Deus se identifica no plano da salvação desenvolvido pelo Senhor para outorgar o livramento do pecado a todos àqueles que se aproximarem de Deus. Já o encontrar a fonte das relações interpessoais em razão da graça de Deus é possível mediante a ação do Senhor em aproximar dEle a todos os que estavam distantes e isto é mediante a graça.

Deus ordenou nas Escrituras que o evangelho do reino seja pregado a todas as nações, a fim de que todas as pessoas possam obedecer à Sua ordem de crer.

Deus, em sua sabedoria, salva aqueles que, ao ouvirem a pregação da Sua Palavra, a Bíblia, especialmente o evangelho, confiem em Jesus Cristo para todo o sempre (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.404, 405).

Não me envergonho do Evangelho

O tema da epístola é encontrado nos seguintes versículos:

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé (Rm 1.16,17).

A Epístola aos Romanos em seu tema central define a doutrina da salvação associada diretamente com o elo da salvação em especial a fé. Lembrando que a frase de fé em fé (Rm 1.17), significa fé do começo ao fim. Portanto, através da escrita da carta Paulo queria consolar os cristãos a permanecerem firmes na fé em meio às perseguições contra o Evangelho, sabendo que o cristão autêntico não envergonha do Evangelho porque este é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê.

Somos mais do que vencedores

O cristão em meio a todo o sofrimento permanece fiel a Deus, pois a esperança do crente que tem como origem a promessa divina é maior do que toda a aflição.

1. O que não define a vitória espiritual. A vitória cristã não é definida pela estatura física, pois se assim fosse Saul seria um exemplo de personalidade vitoriosa e não de personagem desobediente. A obediência é a chave para conquistas espirituais.

Assim também como a vitória não é definida pela força, pois se assim fosse Golias venceria facilmente ao jovem Davi, porém compreende-se que a vitória tem sua origem em Deus e não na força do braço humano.

2. Em Cristo Jesus a igreja é vitoriosa. O termo vencedor deriva do grego, nikon, ou seja, aquele que permanece em constante vitória. Na Bíblia de Estudo Pentecostal a explanação a respeito da palavra Nikon se define da seguinte maneira: É aquele que, mediante a graça de Deus recebida através da fé em Cristo, experimentou o novo nascimento e permanece constante na vitória sobre o pecado, o mundo e satanás (p. 1985).

Vencer o pecado, o mundo e satanás, é apenas para aqueles que permanecerem em Jesus Cristo.

Referência

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Edição Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

domingo, 18 de abril de 2021

Subsídio da Lição: Dons de Poder

 Dons de Poder

Na narrativa bíblica há cada quatro capítulos lidos um milagre será evidente. No NT os cinco primeiros livros narram os milagres operados por Jesus e também os milagres operados por intermédio da igreja.

A presente lição tem como objetivo geral: examinar os dons de poder. E como objetivos específicos: definir o que significa o dom da fé; evidenciar biblicamente os dons de curar; e, discorrer a respeito do dom de maravilhas.

Sendo que os três tipos de dons que compõe a classificação dos de poder correspondem com: dom de fé, dons de curar e dom de operação de maravilhas. Estes dons estão à disposição da igreja e para recebê-los é necessário que haja busca em oração.

I – O DOM DA FÉ (1 Co 12.9)

1- O que significa fé?

2- A fé como dom.

3- Exemplo bíblico do dom da fé.

Para que haja uma ação extraordinária por parte da igreja, a fé como dom é a capacidade outorgada pelo Espírito Santo ao cristão para que coisas sobrenaturais ocorram. A fé como dom sobrenatural ultrapassa a esfera natural das coisas. Pois, a fé como dom espiritual corresponde com:

[...] a capacidade concedida pelo Espírito Santo para o crente realizar coisas que transcendem à esfera natural, visando o benefício e a edificação da igreja. Podemos entender melhor o significado do dom da fé, através de declarações negativas em relação a outros tipos de fé (RENOVATO, 2021, p. 45).

A fé como dom não corresponde com a fé natural, pois a fé natural é o resultado das observações da natureza.

A fé como dom não corresponde com a fé salvífica, pois a fé salvífica é o resultado da pregação do Evangelho.

A fé como dom não corresponde com a fé como fruto do espírito, pois a fé como fruto do Espírito está relacionada com a fidelidade. Ser fiel a alguém corresponde a estar bem consigo e faz com que o indivíduo compreenda o valor e os efeitos da fidelidade. A ausência da fidelidade no mundo estar associada com a multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se manifesta não há lugar para insegurança.

Moisés no AT é um exemplo categórico de alguém que possuía o dom da fé. Pois a fé como dom leva o indivíduo a obedecer a voz de Deus em circunstância improvável de resultados benéficos. A morte ou escravidão era o certo para os israelitas, porém Deus ordenou a Moisés ir em direção ao mar vermelho. Pela fé Moisés obedeceu e viu o milagre de Deus.

Em suma, a fé em si é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Logo, a fé é o firme fundamento da esperança e a certeza do cristão.

II – DONS DE CURAR (1 Co 12.9)

1- O que são os dons de curar?

2- A redenção e as curas.

3- A necessidade desses dons.

Três nomes identificam o autor da Bíblia. Deus é o primeiro nome e ensina que o autor da Bíblia tem poder absoluto. O segundo nome é Senhor que tem como ênfase o amor de Deus. E por fim, o terceiro nome é Aba que tem como ênfase a relação íntima entre Deus e os crentes. Porém, em Êxodo 15.26 Deus é apresentado como Jeová Rafá, ou seja, o Senhor que sara.

A Bíblia cita que onde Jesus passava havia a manifestação de milagres. Isto já tinha sido proferido por Isaías; O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas – novas aos mansos; enviou – me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos, a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chame árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado (Is 61.1-3).

Os dons de cura são importantes para a igreja nos dias de hoje pelos seguintes motivos:

A cura proporciona evangelização, nota-se que na realização de milagres as portas para a evangelização se abrem, com isto se entende que os milagres proporcionam para a pessoa curada o ouvir a palavra de Deus,

 Segundo, a cura proporciona glorificação, o milagre é nosso e a glória é de Deus, esta verdade é clara na cura dos dez leprosos citados pelo evangelista Lucas no capítulo 17 e versículos 11 – 19, onde dez homens foram curados, porém somente um voltou para agradecer, este foi o único que entendeu: o milagre é nosso e a glória é de Deus.

E, terceiro, a cura proporciona vitória, imagine uma mulher que há doze anos padecia de um fluxo de sangue, ao chegar por detrás de Jesus, tocou a orla da veste do Mestre com uma determinação; se eu tão somente tocar a sua veste, ficarei sã (Mt 9.21).

Em suma, Os dons de curar são recursos espirituais, de caráter sobrenatural, que atuam na cura de enfermidades físicas, psicossomáticas ou emocionais. Sua concessão à igreja deve-se ao fato de que Deus quer dar saúde a seu povo (RENOVATO, 2021, p. 46).

III – O DOM DE OPERAÇÃO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10)

1- O dom de operação de maravilhas.

2- Exemplos bíblicos.

3- Distorções no uso dos dons de curar e de operações de maravilhas.

O dom de operações de maravilhas altera a ordem natural das coisas consideradas impossíveis e impensáveis. Como exemplo, a ressurreição e o acalmar o vento e a tempestade.

[...] O dom de milagres provoca “o desprendimento da energia divina, a fim de operar grandes mudanças na ordem natural das coisas. Um milagre é uma manifestação de poder sobrenatural no reino natural”. Esse dom também é chamado de operações de maravilhas (RENOVATO, 2021, p. 48).

Os milagres operados na igreja pelo intermédio do Espírito Santo não são para aplausos e nem para glória do indivíduo, de fato são para que o nome de Deus seja glorificado.

O dom é um meio eficaz de Deus para abençoar e usar pessoas. O dom não torna o indivíduo maior ou superior aos outros, mas outorga oportunidades a este de ser uma bênção para os demais, por isso, procurai com zelo os melhores dons.

Que Deus vos abençoe!

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 13 de abril de 2021

O apóstolo Paulo e seu legado escrito

 O apóstolo Paulo e seu legado escrito

O meu coração ferve com palavras boas; falo do que tenho feito no tocante ao rei; a minha língua é a pena de um destro escritor (Sl 45.1).

Paulo personagem bíblico que tem de certa maneira contribuído para o crescimento espiritual da obra do Senhor, tanto no período vigente de seu ministério apostólico, assim como no período posterior a sua morte. Sendo que em pleno século XXI o apóstolo dos gentios é considerado como símbolo exemplar e fundamental para o elevo espiritual, e que eficientemente tem contribuindo para a formação de novos obreiros.

Escritos Paulino no que tange as obras

Para Scofield os 66 livros da Bíblia podem ser resumidos em cinco palavras: preparação, manifestação, propagação, explanação e consumação (SILVA, 1999).

Conforme a descrição das palavras resumidas os escritos de Paulo compõem a explanação, ou seja, parte das Escrituras que correspondem com as Epístolas. Das 21 cartas, 13 foram escritas por Paulo e delas podem compreender que:

Romanos fala da salvação.

1 e 2 Coríntios falam da vida cristã disciplinada.

Efésios, Filipenses e Colossenses falam da vida consagrada.

1 e 2 Tessalonicenses falam da vinda de Jesus.

1 e 2 Timóteo, Tito falam de obreiros e ministérios (SILVA, 1999, p. 47).

 Já Gálatas fala do poder e os benefícios da obra vicária de Jesus. Enquanto Filemom segundo Myer Pearlman apun Lopes, apresenta cinco valores:

O valor pessoal, ao descrever o caráter de Paulo;

O valor providencial, separado de ti por algum tempo, para que o retivesses para sempre (v.15);

Valor prático, não há causa perdida para Deus;

Valor social, a mensagem de Jesus vence a escravidão;

E, valor espiritual, ao apresentar símbolos referentes à salvação, por exemplo: arrependimento, reconciliação, amor e perdão.

Compreendendo as cartas sobre o prisma do quando

As treze epístolas escritas pelo apóstolo Paulo foram escritas sobre o aspecto do quando, ou seja, existia um motivo básico para que as epístolas fossem escritas.

Quando o fim é a principal preocupação. Aqui corresponde diretamente com 1 e 2 Tessalonicenses. Carta em que temas que se referem ao arrebatamento e a grande tribulação são eficazmente bem explicados por Paulo.

Quando a igreja é a principal preocupação. Aqui corresponde a 1 e 2 Coríntios. A igreja não é perfeita, pois é composta por seres humanos. Porém, a igreja de Coríntios por mais que tinha os dons espirituais estavam sobre o regime da carnalidade.

Quando o evangelho é a principal preocupação. Aqui corresponde às seguintes cartas: Gálatas e Romanos. Lembrando que o evangelho é poder de Deus para salvar.

Quando a prisão é uma realidade. As cartas são Filipenses, Colossenses, Filemon e Efésios. Preso fisicamente, porém livre para propagar o ensino da Palavra do Senhor.

Quando a morte se aproxima. Corresponde com as cartas de 1 e 2 Timóteo e Tito. Cartas em que Paulo registra informações necessárias e essenciais para a formação de novos obreiros.

Referência

LOPES, Hernandes Dias. Tito e Filemom: doutrina e vida, um binômio inseparável. São Paulo: Hagnos, 2009.

SILVA, Antônio Gilberto da. Manual da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

EBD - Subsídio da Lição: Dons de Revelação

 Dons de Revelação

A verdade prática afirma que os dons de revelação são indispensáveis à igreja e é necessário compreender que eles estão divididos em três distintos dons:

Palavra da sabedoria;

Palavra da ciência;

E, discernimento de espíritos.

Os dons de revelação manifestam o saber de Deus. Sendo que estes dons são outorgados para que haja aconselhamento e orientação para o pleno palmilhar da igreja do Senhor Jesus.

E, nos dias presentes, será que não há necessidade da revelação especial de Deus, através de sua palavra e de dons ou carismas que façam a diferença, para que os cristãos saibam discernir o “joio do trigo”? Certamente hoje, mais do que nunca, a igreja de Jesus, em toda a parte, necessita desses recursos. Os dons de revelação podem identificar a origem, os meios e os propósitos de muitas falsas doutrinas que surgem a cada dia, no meio evangélico. Pela revelação sobrenatural, pode-se desmascarar os falsos pastores, os “obreiros fraudulentos”, “de torpe ganância” (RENOVATO, 2014, p. 33).

Logo, os dons de revelação demonstram o agir provedor de Deus para com a sua igreja. Os decretos de Deus se resumem em um número de quatro; criação, providência, remissão e consumação. A providência de Deus no uso dos dons se concretiza por Deus conduzir sua igreja segundo o seu querer.

I – PALAVRA DA SABEDORIA

1- Conceito.

2- A Bíblia e a palavra de sabedoria.

3- Uma liderança sábia.

O dom da palavra da sabedoria corresponde “a uma capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões sábias e em circunstâncias extremas e difíceis”. Para Bergstén o dom de sabedoria é uma força para a evangelização, a defesa do Evangelho e para o trabalho da igreja (2019, p. 110, 111).

No contexto bíblico três personagens do Velho Testamento são considerados os mais sábios homens que já existiram na terra. E estes homens foram José, Salomão e Daniel.

José foi o escape para o Egito, pois era homem sábio em quem o Espírito Santo habitava (Gn 41.38,39).

Salomão teve a oportunidade de escolher o que bem quisesse, porém pediu a Deus sabedoria para governar o povo de Israel.

Já Daniel foi um dos administradores do império persa, e isto, tornou se possível pelo dom da Sabedoria.

Deus em sua infinita bondade outorga dons espirituais aos homens para que outros tantos sejam abençoados. Não é ao contrário com o dom da Palavra da Sabedoria. Deus outorga para que pelo dom de um até mesmo uma nação seja abençoada. O exemplo bem claro está em José.

A respeito de José, assim completa Renovato:

José, filho de Jacó, teve momentos especiais em sua vida, em que demonstrou ter a sabedoria concedida por Deus, em situações extremamente significativas. Na prisão, interpretou sonhos de servos de Faraó, os quais se cumpriram plenamente. Chamado ao palácio real, diante de todos os sábios, adivinhos e conselheiros do rei, interpretou os sonhos proféticos que Deus concedera ao monarca egípcio, e, ainda por cima, deu instruções e consultoria gratuita sobre planejamento, economia, contabilidade e finanças a Faraó. Se não fosse a sabedoria do Espírito de Deus, jamais o jovem hebreu teria tamanha capacidade para interpretar os misteriosos sonhos das vacas gordas e das vacas magras, e foi elevado à posição de Governador do Egito (2014, p. 34).

Bons conselhos vêm de pessoas que possui conformidade com Deus. A boa liderança é refletora dos conselhos divinos. E os bons conselhos vêm de Deus e são transmitidos por pessoas especiais.

II – PALAVRA DA CIÊNCIA

1- O que é?

2- Sua função.

3- Exemplos bíblicos da palavra da ciência.

O dom da Palavra da Ciência corresponde com o resultado da iluminação do Espírito Santo proporcionando ao cristão o conhecimento a respeito das profundezas da Escritura Sagrada e também o conhecimento de fatos e circunstâncias atuais que estão ocultos.

A finalidade deste dom é outorgar escape à igreja do Senhor, e não tornar do detentor do dom, um status pessoal para culto.

Esse dom consiste em penetração nas profundezas da ciência de Deus (cf. Ef 3.3), pelo qual podemos saber (cf. Ef 1.17-19) e, assim, compreender e conhecer (cf. Ef 3.18,19) aquilo que, pelo entendimento humano, jamais poderíamos alcançar (cf. 1 Co 2.9,10). Enquanto o dom de ciência penetra nas profundezas da ciência de Deus, o dom de sabedoria nos faz aptos a expô-la com palavras que o Espírito Santo ensina (cf. 1 Co 2.13) (BERGSTÉN, 2019, p. 111).

Jesus em seu ministério público demonstrou que possuía o dom da Ciência quando conversava com a mulher samaritana, e isto quando disse a ela “tivesse cinco maridos”.

Outros exemplos são:

Eliseu ao notificar ao rei de Israel os planos do governador sírio (2 Rs 6.8-12).

Samuel ao informar ao jovem Saul a respeito da localização das jumentas (1 Sm 9.15-20).

Outro exemplo e no Novo Testamento é de Pedro que pela ciência de Deus desmentiu a ação de Ananias e Safira (At 5.3-10).

III – DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS

1- O dom de discernir os espíritos.

2- As fontes das manifestações.

3- Discernimento as manifestações espirituais.

As manifestações espirituais possuem como origem três meios específicos: humana ou carnal, diabólica e divina.

[...] O dom de discernir os espíritos é útil, pois constitui uma proteção divina, pela qual a Igreja fica guardada de más influências (BERGSTÉN, 2019, p. 111).

A manifestação humana ocorre por meninice. Há pessoas que por buscarem admiração da parte da igreja se apresentam como detentores de dons espirituais. Estes querem a atenção para si, e não querem servir a Deus e nem tão pouco querem servir ao próximo.

Já a manifestação diabólica ocorre com o objetivo de enganar o cristão. Satanás como ladrão tem missão tríplice: roubar, matar e destruir.

Já a manifestação de Deus não produz confusão, pois esta liberta, edifica, uni os membros entre si, e fortalece a noiva de Cristo.

Por fim, o dom da Palavra da Sabedoria é a capacitação do crente para a tomada de decisões. Já o dom da Palavra da Ciência é a revelação de fatos já ocorridos ou de fatos ocultos. E o dom de discernimento de espíritos permite que a igreja de Deus não seja enganada.

Referência

BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

EBD - Subsídio da Lição: O Propósito dos Dons Espirituais

 O Propósito dos Dons Espirituais

Conforme o texto áureo (“Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja.” -1 Co 14 12), os cristãos deveram ter anseio pelos dons espirituais tendo como objetivo a edificação da igreja.

Já conforme a verdade prática os dons são recursos de Deus concedido à igreja para fortalecê-la e edifica-la. Portanto, a igreja é composta por sistema (recurso) humano, detentora de recursos espaciais (área física), mantida por recursos financeiros e edificada, unida e fortalecida pelos recursos espirituais.

Portanto, o sistema humano é a composição da igreja. Recursos espaciais são as propriedades em que as igrejas locais estão estabelecidas. Recursos financeiros são os elementos essenciais para a manutenção da igreja provenientes dos dízimos e das ofertas. E os dons espirituais são os recursos espirituais que outorgam maior harmonia e interação entre Deus e os cristãos e entre os cristãos para com o próximo.

Apresente lição tem como objetivo geral: Mostrar que os dons não são para elitizar o crente, mas edificá-lo. E como objetivos específicos: Conscientizar que os dons espirituais não são para elitizar o crente; Explicar que os dons devem ser utilizados para edificar a si mesmo e aos outros; e, Expor que o propósito dos dons é a edificação do Corpo de Cristo.

I – OS DONS NÃO SÃO PARA ELITIZAR O CRENTE

Paulo ao escrever para a igreja em coríntio tinha como objetivo resolver problemas internos. As treze epístolas escritas pelo apóstolo Paulo foram escritas sobre o aspecto do quando, ou seja, existia um motivo básico para que as epístolas fossem escritas.

Quando o fim é a principal preocupação. Aqui corresponde diretamente com 1 e 2 Tessalonicenses.

Quando a igreja é a principal preocupação. Aqui corresponde a 1 e 2 Coríntios.

Quando o evangelho é a principal preocupação. Aqui corresponde às seguintes cartas: Gálatas e Romanos.

Quando a prisão é uma realidade. As cartas são Filipenses, Colossenses, Filemon e Efésios.

Quando a morte se aproxima. Corresponde com as cartas 1 e 2 Timóteo e Tito.

Portanto, a primeira carta para igreja em Coríntios tinha o objetivo de resolver problemas internos como: desunião, dissensões, atitudes egoístas, impureza sexual, sensualidade, crise no relacionamento, alimentos impuros, prática incorreta da ceia, mau uso dos dons, ausência do amor e a desordem.

A igreja em coríntios possui todos os tipos de dons espirituais (1 Co 1.7), porém, faltava a espiritualidade. Dons espirituais não define espiritualidade do crente o que caracteriza a espiritualidade são os frutos do Espírito (Gl 5.22-23).

Por serem mérito e graça divina aos crentes, os dons não outorga a origem de uma elite no seio da igreja, mas capacita e encoraja os revestidos a proferirem com autoridade e entusiasmo a Palavra da Salvação (At 1.8).

Na realidade, dons, ministérios e operações formam o arsenal espiritual que equipam a igreja para o cumprimento de sua missão, ante as forças que se opõem a ela. O que seria da igreja se não houvesse esses recursos sobrenaturais? Certamente, já teria desaparecido da face da terra há muito tempo (RENOVATO, 2014, p. 26).

II – EDIFICANDO A SI MESMO E AOS OUTROS

O falar em língua edifica o crente em si mesmo. A profecia edifica os crentes no geral. E a atitude desenvolvida pelo cristão por meio dos dons espirituais edifica os descrentes. Portanto, o propósito dos dons espirituais quanto ao edificar é tríplice, pois beneficia o crente, a igreja e a sociedade.

[...] A edificação da igreja é como a edificação da vida do crente. Se Deus não edificar, todo o trabalho será vão, como diz o salmista: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” (RENOVATO, 2014, p. 20).

O crente é edificado pela Palavra pregada, pela oração e pela presença do mesmo na igreja. E os dons proporciona maior interação espiritual entre os membros da igreja.

É fundamental que o crente busque o batismo no Espírito Santo e os que são batizados busque com alegria os dons espirituais.

III – EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO

Os dons na igreja, para produzirem frutos eficientes e eficazes, deveram ter o acompanhamento do amor.  O amor divino (ágape) é imutável, sacrificial e espontâneo. Por amou Jesus foi entregue para salvar a humanidade (Jo 3.16). Quando este amor é operante na vida do indivíduo o mesmo passa a amar até mesmo os inimigos (Mt 5.44). Este amor não corresponde com sentimentos e nem com ações que esperam recompensas, porém trata-se de um dom divino. E é este tipo de amor que Paulo cita (1 Co 13), sendo o caminho mais excelente (1 Co 12.31).

Cristo está edificando sua igreja. A edificação da igreja é realizada pela Palavra e para a transmissão da mesma, os oficiais do Senhor são vasos responsáveis pela sã doutrina.

Sobre os oficias de Deus deve ser ressaltado as responsabilidades. Pois, está escrito na Bíblia algumas figuras que representam os oficiais. 

Em Isaías 43.10, diz; Vós sois as minhas testemunhas... Toda testemunha tem como responsabilidade testificar de algo ou de alguém. Logo o obreiro tem como missão testificar do Reino de Cristo.

Em Mateus 5.13, diz; Vós sois o sal da terra... O sal só é fazendo. O obreiro só é obreiro se fazer a preservação.

Em Mateus 5.14, diz; Vós sois a luz do mundo... Aqui estar mais uma missão do obreiro iluminar.

Em João 15.5 diz; Eu sou a videira, vós, as varas... Segundo o texto lido se as varas estiverem ligas ou unidas na videira, produzirão frutos. O obreiro tem como missão produzir frutos.

Em 2 Coríntios 3.2, diz; vós sóis a nossa carta... A carta instrui, logo o obreiro tem como missão instruir aqueles que estão ligados diretamente ou indiretamente a sua pessoa.

Em 2 Coríntios 5.20, diz; de sorte que somos Embaixadores... O obreiro é representante direto de Cristo Jesus.

Em 1 Pedro 4.10, diz; cada um administre aos outros...O mordomo tem como função básica distribuir. O obreiro como mordomo de Cristo tem a missão de distribuir aos outros o dom como recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.