Dons de Revelação
A verdade prática afirma que os dons de
revelação são indispensáveis à igreja e é necessário compreender que eles estão
divididos em três distintos dons:
Palavra da sabedoria;
Palavra da ciência;
E, discernimento de espíritos.
Os dons de revelação manifestam o saber de
Deus. Sendo que estes dons são outorgados para que haja aconselhamento e
orientação para o pleno palmilhar da igreja do Senhor Jesus.
E, nos dias presentes,
será que não há necessidade da revelação especial de Deus, através de sua
palavra e de dons ou carismas que façam a diferença, para que os cristãos saibam
discernir o “joio do trigo”? Certamente hoje, mais do que nunca, a igreja de
Jesus, em toda a parte, necessita desses recursos. Os dons de revelação podem
identificar a origem, os meios e os propósitos de muitas falsas doutrinas que
surgem a cada dia, no meio evangélico. Pela revelação sobrenatural, pode-se
desmascarar os falsos pastores, os “obreiros fraudulentos”, “de torpe ganância” (RENOVATO, 2014, p. 33).
Logo, os dons de revelação demonstram o agir
provedor de Deus para com a sua igreja. Os decretos de Deus se resumem em um
número de quatro; criação, providência, remissão e consumação. A providência de
Deus no uso dos dons se concretiza por Deus conduzir sua igreja segundo o seu
querer.
I – PALAVRA DA SABEDORIA
1-
Conceito.
2- A
Bíblia e a palavra de sabedoria.
3-
Uma liderança sábia.
O dom da palavra da sabedoria corresponde “a
uma capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões sábias e em
circunstâncias extremas e difíceis”. Para Bergstén o dom de sabedoria é uma
força para a evangelização, a defesa do Evangelho e para o trabalho da igreja
(2019, p. 110, 111).
No contexto bíblico três personagens do Velho
Testamento são considerados os mais sábios homens que já existiram na terra. E
estes homens foram José, Salomão e Daniel.
José foi o escape para o Egito, pois era
homem sábio em quem o Espírito Santo habitava (Gn 41.38,39).
Salomão teve a oportunidade de escolher o que
bem quisesse, porém pediu a Deus sabedoria para governar o povo de Israel.
Já Daniel foi um dos administradores do
império persa, e isto, tornou se possível pelo dom da Sabedoria.
Deus em sua infinita bondade outorga dons
espirituais aos homens para que outros tantos sejam abençoados. Não é ao contrário
com o dom da Palavra da Sabedoria. Deus outorga para que pelo dom de um até
mesmo uma nação seja abençoada. O exemplo bem claro está em José.
A respeito de José, assim completa Renovato:
José, filho de Jacó, teve
momentos especiais em sua vida, em que demonstrou ter a sabedoria concedida por
Deus, em situações extremamente significativas. Na prisão, interpretou sonhos
de servos de Faraó, os quais se cumpriram plenamente. Chamado ao palácio real,
diante de todos os sábios, adivinhos e conselheiros do rei, interpretou os
sonhos proféticos que Deus concedera ao monarca egípcio, e, ainda por cima, deu
instruções e consultoria gratuita sobre planejamento, economia, contabilidade e
finanças a Faraó. Se não fosse a sabedoria do Espírito de Deus, jamais o jovem
hebreu teria tamanha capacidade para interpretar os misteriosos sonhos das
vacas gordas e das vacas magras, e foi elevado à posição de Governador do Egito (2014, p. 34).
Bons conselhos vêm de pessoas que possui
conformidade com Deus. A boa liderança é refletora dos conselhos divinos. E os
bons conselhos vêm de Deus e são transmitidos por pessoas especiais.
II – PALAVRA DA CIÊNCIA
1- O
que é?
2-
Sua função.
3-
Exemplos bíblicos da palavra da ciência.
O dom da Palavra da Ciência corresponde com o
resultado da iluminação do Espírito Santo proporcionando ao cristão o
conhecimento a respeito das profundezas da Escritura Sagrada e também o
conhecimento de fatos e circunstâncias atuais que estão ocultos.
A finalidade deste dom é outorgar escape à
igreja do Senhor, e não tornar do detentor do dom, um status pessoal para
culto.
Esse dom consiste em
penetração nas profundezas da ciência de Deus (cf. Ef 3.3), pelo qual podemos
saber (cf. Ef 1.17-19) e, assim, compreender e conhecer (cf. Ef 3.18,19) aquilo
que, pelo entendimento humano, jamais poderíamos alcançar (cf. 1 Co 2.9,10). Enquanto
o dom de ciência penetra nas profundezas da ciência de Deus, o dom de sabedoria
nos faz aptos a expô-la com palavras que o Espírito Santo ensina (cf. 1 Co
2.13) (BERGSTÉN, 2019, p. 111).
Jesus em seu ministério público demonstrou
que possuía o dom da Ciência quando conversava com a mulher samaritana, e isto
quando disse a ela “tivesse cinco maridos”.
Outros exemplos são:
Eliseu ao notificar ao rei de Israel os
planos do governador sírio (2 Rs 6.8-12).
Samuel ao informar ao jovem Saul a respeito
da localização das jumentas (1 Sm 9.15-20).
Outro exemplo e no Novo Testamento é de Pedro
que pela ciência de Deus desmentiu a ação de Ananias e Safira (At 5.3-10).
III – DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1- O
dom de discernir os espíritos.
2-
As fontes das manifestações.
3-
Discernimento as manifestações espirituais.
As manifestações espirituais possuem como
origem três meios específicos: humana ou carnal, diabólica e divina.
[...] O dom de discernir
os espíritos é útil, pois constitui uma proteção divina, pela qual a Igreja
fica guardada de más influências (BERGSTÉN,
2019, p. 111).
A manifestação humana ocorre por meninice. Há
pessoas que por buscarem admiração da parte da igreja se apresentam como
detentores de dons espirituais. Estes querem a atenção para si, e não querem
servir a Deus e nem tão pouco querem servir ao próximo.
Já a manifestação diabólica ocorre com o
objetivo de enganar o cristão. Satanás como ladrão tem missão tríplice: roubar,
matar e destruir.
Já a manifestação de Deus não produz
confusão, pois esta liberta, edifica, uni os membros entre si, e fortalece a
noiva de Cristo.
Por fim, o dom da Palavra da Sabedoria é a
capacitação do crente para a tomada de decisões. Já o dom da Palavra da Ciência
é a revelação de fatos já ocorridos ou de fatos ocultos. E o dom de
discernimento de espíritos permite que a igreja de Deus não seja enganada.
Referência
BERGSTÉN,
Eurico. Teologia Sistemática. Rio de
Janeiro: CPAD, 2019.
RENOVATO,
Elinaldo. Dons Espirituais e
Ministeriais. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário