Deus é Fiel

Deus é Fiel

quarta-feira, 31 de março de 2021

EBD - Subsídio da Lição: E deu dons aos homens

 E deu dons aos homens

A verdade prática desta primeira lição é categórica ao afirmar que os dons são dádivas divinas para a Igreja cumprir sua missão até que o Noivo venha buscá-la. A missão da Igreja é pregar o Evangelho a toda criatura, cuidar dos órfãos e das viúvas, proporcionar paz e alívio a todos os cansados e dentre outros trabalhar para a edificação dos santos (Mc 16.15; Tg 1.27; Mt 11.28; Ef 4.11).

As habilidades dadas a cada pessoa pelo Espírito Santo são chamadas de dons espirituais. E capacidade a quem os recebe para ministrar às necessidades principalmente do Corpo de Cristo que é a Igreja. Nesta análise, de natureza introdutória, chamamos de “dons de Deus” a todos os carismas concedidos por Deus, de diversas formas, como recursos de origem divina, que têm o propósito de capacitar os salvos em Cristo Jesus, como membros da Igreja, para que esta alcance sua Missão e seus objetivos, definidos pelo seu Senhor, Cabeça e Mestre (RENOVATO, 2014, p. 11).

A palavra dom tem como significado dádiva, presente oferecido pelo Espírito Santo aos crentes para os encorajarem a irem além no executar da missão.  De maneira mais prática dom quer dizer “ministério em ação”. Em suma os dons são dádivas do Espírito Santo aos santos para a execução da evangelização e para a edificação da igreja.

I – OS DONS NA BÍBLIA

Os reis, os profetas e os sacerdotes, dentre outros, foram vocacionados por Deus na Antiga Aliança pra exercerem o ministério da liderança, da ministração da Palavra e da ministração da bênção por meio da intercessão. Ao serem vocacionados receberam eles dons para servirem ao Senhor.

Sendo assim também na Nova Aliança onde que a Igreja tem recebido dádivas ministeriais para proporcionar bênçãos na vida de muitos. Deus levantou apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres para a edificação e união do corpo Cristo.

Porém, os dons de maneira didática no Novo Testamento são apresentados em três categorias: dons de serviço, dons espirituais e dons ministeriais. Que serão minuciosamente estudados no próximo tópico.

II – OS DONS DE SERVIÇO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS

Dons de serviço correspondem com o ofício diaconal, exortação, repartir, presidir exercer misericórdia. Os dons de serviço correspondem com atos em benefício ao próximo.

A palavra diácono no grego tem como significado servo. A missão do diácono conforme o texto de Atos 6.1-6 é servir às mesas e também cuidar das viúvas. Há exemplo de excelentes diáconos na Bíblia e dentre eles: Estevão e Filipe. O termo diácono aparece 30 vezes no Novo Testamento, sendo que em 20 casos a palavra é traduzida por ministro, que de fato tem como significado e representação o servo (1 Tm 3.10,13).

Já os dons espirituais são nove e são divididos em três grupos.

Primeiro grupo o de revelação: sabedoria, palavra da ciência e discernimento dos espíritos.

Segundo grupo o de poder: dom da fé, dons de curar e dons de operações de maravilhas.

E o terceiro e último grupo os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação de línguas.

Sobre a escrita de Paulo em 1 Coríntios 13.1,2 pode compreender que:

Fica bem claro que, se os crentes tiverem dons espirituais em abundância, mas não tiverem amor, o exercício desses carismas de nada adianta diante de Deus. Nesses dois versículos Paulo mostra a síntese da inutilidade dos dons, quando usados sem amor (RENOVATO, 2014, p. 19).

Acerca dos dons ministeriais os classificados são: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Os apóstolos são aqueles diretamente chamados por Deus para exercerem um ministério que agrega outras funções como: a de profeta, a de pastor, a de evangelista e a de doutor. O ministério profético corresponde ao ato de apresentar Deus aos homens. Evangelista ao ministro externo sempre preocupado com as almas perdidas. Pastores são servos com a missão de pastorear o rebanho. Doutor corresponde com os sábios que foram levantados por Deus para instruir o rebanho do Senhor.

Apóstolo – dom especial e agregador dos demais ofícios.

Profeta – dom revelador e anunciador das maravilhas do Senhor.

Evangelista – dom que corresponde ao ato de ir ao encontro dos perdidos.

Pastor – dom administrativo.

Doutor – dom solucionador que proporciona conhecimento aos membros do corpo de Cristo.

Ministérios são serviços ou funções exercidos na igreja local, como parte do Corpo de Cristo, que é a sua Igreja. No âmbito cristão, ministérios são serviços que devem ser exercidos por pessoas que tenham a mentalidade de servas de Cristo. Quem não pode ser servo não pode ser ministro na Igreja de Cristo. Ele disse que não veio para ser servido, mas para ser servo (Mt 20.28) (RENOVATO, 2014, p. 20).

III – CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMÁTICA NA ADMINISTRAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS

Os dons são importantes para a execução do ministério no qual o cristão foi vocacionado. Portanto, o dom espiritual não caracteriza se o cristão que o possui é superior ao cristão que não possui o determinado dom. Há uma diversidade de dons e estes existem para suprir as necessidades da igreja.

O apóstolo Paulo nos capítulos 12, 13 e 14 da primeira carta aos Coríntios deixa três palavras importantes para a igreja. No capítulo 12 a palavra é poder, já no 13 a palavra é amor e no 14 a palavra é ordem. A mensagem de Paulo aos irmãos é a seguinte: “sem poder, sem amor e sem ordem não há crescimento da igreja”. Pois a igreja que cresce possui poder, ama a todos e é organizada.

Referência

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A oração de Paulo em favor do seu espinho

 A oração de Paulo em favor do seu espinho

Conforme a Síntese:

Paulo ao orar para se ver livre de seu espinho recebe de Deus uma resposta diferente, porém mais excelsa do que imaginava.

Para Tedesco:

O apóstolo dos gentios, ao escrever a sua segunda carta aos crentes da igreja em Corinto, faz revelações impressionantes em relação a alguns episódios de sua vida [...]

Ao nos ensinar acerca das suas três orações não atendidas como inicialmente desejava, mostra-nos vividamente como a graça de Deus torna-se suficiente em nossas vidas, permitindo-nos uma maravilhosa relação de dependência daquele que tanto nos ama. Ao precisar viver com o seu espinho na carne, bem como sobre as demais dificuldades, aprendeu a confiar e a descansar na magnífica certeza de que a graça do nosso Senhor nos basta. Pensemos nisso! (2020, p. 151).

A presente lição tem como objetivos:

Dimensionar o valor da experiência na vida cristã.

Compreender o contexto da oração de Paulo pelo seu “espinho”.

I – AS VISÕES CELESTIAIS

O apóstolo Paulo inicia a narrativa do parágrafo do capítulo 12 relatando a respeito da revelação recebida da parte de Deus. Fato que se notabiliza em ser um testemunho vivenciado mediante as experiências por servir ao Senhor. A palavra que sintetiza a revelação descrita no texto é pelo o apóstolo, chamada de “inefável”, ou seja, não tem como definir em palavras.

Paulo foi levado ao terceiro céu. Teologicamente o primeiro céu corresponde ao céu atmosférico, o segundo céu ao céu espacial, e o terceiro céu, corresponde com a presença de Deus.

Segundo certas crenças tradicionais, supõe-se que existam sete céus, mas as próprias Escrituras se referem apenas a três: o céu atmosférico (At 14.17); o céu estelar (Gn 1.14), e o terceiro céu (2 Co 12.2; Dt 10.14) (BRANCOFT, 2006, p. 366).

Por fim, pode se aplicar dois pontos essenciais para a vida cristã conforme o tópico em estudo:

As revelações de Deus para com o cristão às vezes são inefáveis, não tem como explicar, porém devem ser sentidas.

E em segundo, as experiências espirituais edificam tanto o que a vivencia, assim como os que escutam a narrativa do testemunho.

II – O ESPINHO NA CARNE

O espinho na carne corresponde a um mensageiro de satanás enviado para esbofetear o apóstolo Paulo, tendo como finalidade que o mesmo não se gloriasse. O fato que se aprende com o relato do apóstolo Paulo, o que o poderia prejudica-lo acabou contribuindo para a concretização dos planos de Deus na vida do mesmo.

O espinho na carne conduziu o apóstolo a ser mais dependente de Deus, fator que outorgou crescimento espiritual. A dependência para com Deus outorga crescimento ministerial e salvação de vidas. Pois a dedicação de quem se entrega à obra permite que vidas sejam alcançadas.

Por fim, Deus respondeu ao apóstolo, não da maneira que Paulo queria escutar, porém da maneira que Deus orquestrava em aperfeiçoa-lo: a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.

Referência

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

terça-feira, 23 de março de 2021

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical: Voltados os Olhos para a Bendita Esperança

 Voltados os Olhos para a Bendita Esperança

A Verdade Prática da presente lição tem como descrição:

A nossa esperança é algo vívido e real, não se baseia em utopia e nem em imaginação humana, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História.

Sendo que o objetivo geral do estudo é Voltar os olhos para Bendita Esperança. E como objetivos específicos: Afirmar que breve Jesus virá; destacar a necessidade da vigilância; e, estimular a viver com fidelidade.

[...] Assim, a nossa esperança é algo vívido e real, não se baseia em utopia e nem imaginação humana, mas em fatos revelados na Palavra de Deus e confirmados pela História (SOARES, 2020, p. 151, 152).

I – BREVE O SENHOR VIRÁ

O presente tópico tem como objetivo afirmar que breve Jesus virá. E, para consolar os discípulos em meio à turbação, Jesus assim ensina: credes em Deus, credes também em mim; na casa de meu Pai a muitas moradas; e, vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.

Crede em Deus, credes também em mim (v.1). Coração turbado, vida desolada e o fracasso em todas as áreas tem uma solução simples, porém profunda, o crer em Deus. A travessia do mar Vermelho teve como solução simples, porém profunda, o crer em Deus. Assim são caracterizadas as ações dos crentes do passado e do presente nas convicções mais fortes em Deus, pois a questão deferida está na pessoa em que os cristãos deveriam e devem crer.

Crer em Deus faz com que os cristãos pensem de forma correta. Pensar da forma correta é a base de uma atitude correta, e nós começamos a pensar da forma correta quando pensamos em Deus. Assim, em todo o capítulo 14 do Evangelho de João vemos Jesus, o Mestre eterno, falando a nós acerca de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 265).

 Na casa de meu Pai a muitas moradas (v.2). Estas palavras foram tão importantes para o apóstolo Pedro que posteriormente assim escreve: bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós (1 Pe 1.3,4). No presente o cristão enfrentará tribulações, já no futuro o cristão terá um lugar de descanso, consolo e paz.

Jesus retornará (v.3). A segunda vinda de Cristo será dividida em duas fases: na primeira, Ele virá para arrebatar a Igreja, e na segunda, Ele virá com a Igreja para governar sobre a terra por mil anos. Portanto, o arrebatamento será no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os mortos (1 Co 15.22,23), a transformação dos vivos (1 Co 15.51,52), o arrebatamento dos fiéis e a apresentação da Igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9).

Portanto, com palavras motivacionais conclui-se esta análise Bíblica: não se preocupe, existe um lugar maravilhoso esperando por nós. Lá não haverá doença, nem morte, nem traumas ou sofrimento algum. Haverá então uma alegria maravilhosa e sensacional, com as maiores surpresas a cada dia da eternidade. Não se preocupe porque Jesus voltará com poder, glória e majestade, acompanhado de milhões de anjos, justamente nesta época de medo, insegurança e angústia. Está chegando o grande dia em que o Senhor virá nos buscar (HAYNES, 2010, p. 553).

II – A NECESSIDADE DE VIGILÂNCIA

A vigilância está diretamente relacionada com os cuidados próprios para com a vida espiritual, assim como para com a vinda do Senhor Jesus. No que corresponde com a vida espiritual é necessário que o cristão venha dedica-se a cada dia ao Senhor, já no que corresponde à vinda de Jesus é necessário que os cristãos estejam atentos para com os sinais.

Sinais que se cumprirão na Igreja, nos céus e na terra. É necessário que os cristãos vigiem no que corresponde à apostasia que é um sinal que demonstra que Jesus breve virá.

A apostasia é um adultério espiritual, ou seja, é uma traição a Deus. Assim comenta Lima:

Apostasia (gr. apostasia) significa desvio, afastamento, abandono. Tem o sentido também de revolta, rebelião, no sentido religioso. Numa definição clara, apostasia quer dizer abandono da fé [...] Apostasia, no original do Novo Testamento, vem do verbo aphistemi, com o sentido de rejeitar uma posição anterior, aderindo a posição diferente e contraditória à primeira fé, repelindo-a em favor de nova crença (2015, p.23).

A apostasia é o abandono premeditado da fé. E conforme os ensinos bíblicos é um tipo de adultério espiritual. No contexto ministerial há líderes que se apostataram da fé, abraçando posições que outrora eram rejeitas pelo mesmo. Porém, o maior problema causado por tal atitude se refere ao desvio de uma comunidade. Líderes que mudam suas concepções erroneamente levam consigo inúmeras pessoas. E pelo o passar do tempo percebe o fracasso espiritual de inúmeras famílias. Logo, é necessário que o cristão seja vigilante para não cair em tentação.

III – VIVENDO COM FIDELIDADE

A fidelidade no grego πιστιϛ significa fé, confiança, compromisso, confiabilidade, lealdade e comprometimento.

... frequentemente significa a confiança expressa numa vida de fé. Nesse contexto, significa fidelidade. A fidelidade reflete a natureza do nosso Pai celeste. Ele é fidedigno. Sua paciência para conosco nunca se esgota, por mais vezes que o tenhamos decepcionado. Ele tem um compromisso conosco, à altura do seu grande plano de redenção! Devemos refletir diante dos outros as características divinas (HORTON, 1996, p. 491).

Portanto, a fidelidade é uma virtude desenvolvida pela ação do Espírito Santo, quando mais o cristão se consagra a Deus, por meio da leitura das Sagradas Escrituras, da presença na Igreja tendo como objetivo adorar a Deus, e por meio da oração e jejum, o cristão desenvolverá as virtudes do Espírito.

Deus é fiel. A fidelidade de Deus corresponde a um atributo moral, que expressa a majestade da natureza divina. A fidelidade de Deus é constatada no cumprimento das promessas.

Fidelidade é uma palavra importante, pois descreve o homem em cujo serviço fiel podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem reservas. Descreve o homem com a fidelidade inflexível de Jesus Cristo e a total fidedignidade de Deus (BARCLAY, 2010, p. 105).

Referência

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

BARCLAY, W. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

HAYNES, Gary. Manual bíblico de promessas. Belo Horizonte: Atos, 2010.

HORTON, S.M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas, esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

terça-feira, 16 de março de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A oração de Paulo pelos efésios

 A oração de Paulo pelos efésios

Conforme a Síntese:

A oração de Paulo pelos cristãos em Éfeso é um marco de ousadia, intimidade e fé para com Deus. Seus efeitos, ainda hoje, têm uma total influência nos crentes que formam o Corpo de Cristo.

Para Tedesco:

O apóstolo fez impressionantes pedidos: que Deus, no poder do Espírito Santo, fortaleça os irmãos em seu homem interior; que a fé de Cristo habite em cada um para que sejam arraigados e fundados em amor; que possam compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conheçam o amor de Cristo, afim de que sejamos participantes do Corpo; que sejamos cheios da plenitude de Deus (2020, p. 140).

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar a ousada oração de Paulo aos cristãos em Éfeso.

Perceber o poder do amor de Cristo para a Igreja.

I – UMA ORAÇÃO OUSADA

Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 3.14).

A descrição inicial “por causa disso” demonstra o cuidado do apóstolo Paulo para com a Igreja que tange a sua continuidade mediante as perseguições e sofrimentos.

Ponho de joelhos. Paulo demonstra submissão à vontade divina e dedicação para com os irmãos da Igreja em Éfeso. Sobre orar de joelhos pode se afirmar que:

Quando o apóstolo menciona sua posição no momento da oração (Ef 3.14), refere-se a algo que vai muito além de uma simples postura física. Paulo curva-se perante Deus com um ardente desejo de que suas palavras ditas na oração alcancem graça diante do Senhor e venham a edificar a todos os que seguem a Cristo fazendo com que “sua” experiência venha a se tornar “nossa” experiência e assim possamos sentir a maravilhosa presença de Deus em nossa vida, como o apóstolo também sentia (TEDESCO, 2020, p. 142).

II – O PRIMEIRO PEDIDO DE PAULO

Os propósitos da oração de Paulo conforme os versículos 16 e 17 são:

Que a Igreja em Éfeso fosse corroborada com poder do Espírito (v. 16), isto é, que a Igreja fosse fortalecida pelo poder que emana do Espírito Santo.

Assim também Paulo orou para que a Igreja fosse a habitação de Cristo (v. 17). Sendo que o termo original usado pelo apóstolo permite compreender que a petição de Paulo ao Senhor era para que a Igreja fosse a habitação permanente de Deus, e não uma habitação transitória.

Corroborando com os argumentos acima, seguem-se as descrições argumentativas abaixo:

Parece que Paulo estava falando daquela segunda experiência do cristão na qual o Espírito Santo purifica e fortalece o coração. Portanto, ser corroborados pelo Espírito, ter Cristo no íntimo e estar arraigados em amor é o princípio básico para o crescimento cristão. Devemos estar arraigados como uma árvore e fundados no amor que Deus tem por nós e nos dá.

O verbo habite vem de uma palavra grega usada para designar moradia, residência permanente (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 508).

Os versículos 17, 18 e 19 permite compreender a respeito do amor. Lembrando que as virtudes são qualidades morais e também intelectuais que caracterizam o indivíduo conduzindo-o à prática do bem. O cristão é seguidor de Jesus Cristo. O termo Cristo tem como significado ungido, e apenas os reis, sacerdotes e profetas eram ungidos na sociedade judaica. Sendo seguidor de Cristo indica que o cristão tem os sentimentos de Jesus Cristo e pratica as obras do Messias. Assim sendo a vida de Jesus proporciona aos cristãos a terem uma vida de fé, esperança e amor. Estas virtudes identificam o autêntico servo de Deus.

Sendo que o termo amor do grego αγάπη, tem como significado afeição o que estima a mais sublime virtude cristã.  Porém, refere-se ao amor de Deus ou de Cristo aos homens Rm 5.8. Também se define como sendo a essência de Deus 1 Jo 4.8, 16. Assim também como pode caracterizar o amor de homens, a Deus ou a Cristo, Jo 5.42; ou a outras pessoas 2 Co 8.7 (GINGRICH & DANKER, 1993, p. 10).

Lembrando que o amor de Cristo é tão grande que vai além de nosso entendimento. A plenitude de Deus implica a abundância de dons que procedem dele (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.508).

Portanto, no que corresponde a intensidade do amor de Cristo compreende que só por intermédio dEle que o cristão pode desfrutar a grandeza do amor, assim como praticá-lo.

Já os versículos 20 e 21 expressam a dimensão das bênçãos divinas. Esses dois versículos formam uma doxologia, louvor, a Deus, em que Paulo mostra que o Senhor pode fazer tudo muito mais abundantemente além de qualquer coisa que pedimos. Nem o amor de Deus nem Seu poder são limitados pela imaginação humana (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 508).

O apóstolo Paulo utiliza o termo περισσοϛ (perissos) que tem como significado estar a mais, exceder, ultrapassar em número ou em medida, resumidamente pode ser definido em ser mais que o suficiente. Outros termos que podem definir a palavra abundantemente no Novo Testamento são: deixar sobrar, superabundar, abundar ricamente, riqueza de alguém, e ir além de certa medida. O muito mais abundantemente de Deus é pós-estabelecido ao dia da angústia e é o resultado das orações e dos pensamentos desenvolvidos em Cristo Jesus.

Referência

GINGRICH, F. Wilbur. DANKER, Frederick W. LÉXICO DO NOVO TESTAMENTO GREGO / PORTUGUÊS. São Paulo: Edições Vida Nova, 1993.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical: A Urgência do Discipulado

 A Urgência do Discipulado

A Verdade Prática da presente lição tem como descrição:

Chamamos de discipulado na fé o aprendizado de um discípulo por meio de seu mestre, na igreja, para ajudar a desenvolver o seu crescimento espiritual.

Sendo que o objetivo geral do estudo é Esclarecer a urgência do discipulado. E como objetivos específicos: Conceituar o discipulado; elencar o tripé do discipulado: palavra, comunhão e serviço; e, mostrar que o discipulado gera um crescimento sadio para a igreja.

A necessidade do discipulado é urgente e desde o princípio é uma atividade imprescindível da igreja [...] O discipulado já é o ponto de partida. O Senhor mandou que a igreja fizesse as duas coisas: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19) (SOARES, 2020, p. 143).


I – O QUE É O DISCIPULADO

Compreende que o termo discipulado deriva-se de discípulo. Discípulo corresponde ao aluno ou aprendiz que segue a um mestre, ou seja, a um instrutor. Logo, discipulado indica o estado de quem está sendo instruído por um mestre.

A abrangência da instrução corresponde com aspectos espirituais (vida cristã), emocionais (que corresponde com a inteligência emocional) e sociais (práticas cotidianas do indivíduo em sociedade).

A Grande Comissão trata-se da ordenança do Senhor Jesus para com a Igreja, para que esta viesse a pregar o Evangelho, ensinar os novos convertidos, fazendo destes discípulos, e por fim, batizar em no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

A Grande Comissão fornece a força motriz das missões cristãs. Ela também nos lembra de uma realidade vital, Cristo tinha todo o poder (RICHARDS, p. 97).

Logo, a Grande Comissão é o mandamento da Igreja, mandamento nítido no texto original, “fazei discípulos”, termo que aparece no imperativo, isto é, uma ordem.

A Igreja é edificada se a mesma instrui os membros na Palavra.

Mas, na verdade, a Grande Comissão gira em torno do mais imperativo deles: fazer, discípulos. Fazer discípulos envolve três passos: ir, batizar e ensinar, principalmente os dois últimos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 88).

Fazer discípulos se faz com o ensino da Palavra de Deus e é necessário que os líderes das Igrejas façam discípulos e assim a Igreja em pleno século XXI alcançará milhões para Jesus Cristo.

Fazer discípulo envolve confiar no outro, incentivar o outro, cooperar com o outro e acreditar no outro. Jesus chamou doze homens, sendo Ele o Mestre confiou naqueles homens, incentivou-os por meio do ministério particular, cooperou com as necessidades dos mesmos, e acreditou neles quando ninguém mais acreditaria.

II – O TRIPÉ DO DISCIPULADO: PALAVRA, COMUNHÃO E SERVIÇO

Discípulo se faz dom instruções, sendo estas: ensino da Palavra (conteúdo), convivência em Comunhão (ação prática do conteúdo no aspecto individual que nasce no interior do indivíduo) e por meio do Serviço (ação prática do conteúdo no aspecto abrangente, a exterioridade e visibilidade da comunhão).

Sobre o serviço compreende-se que há dons de serviço que correspondem com o ofício diaconal, exortação, repartir, presidir exercer misericórdia. Os dons de serviço correspondem com atos em benefício ao próximo.

A palavra diácono no grego tem como significado servo. A missão do diácono conforme o texto de Atos 6.1-6 é servir às mesas e também cuidar das viúvas. Há exemplo de excelentes diáconos na Bíblia e dentre eles: Estevão e Filipe. O termo diácono aparece 30 vezes no Novo Testamento, sendo que em 20 casos a palavra é traduzida por ministro, que de fato tem como significado e representação o servo (1 Tm 3.10,13).

III – O DISCIPULADO E O CRESCIMENTO SADIO DA IGREJA

O apóstolo Pedro inicia a segunda epístola relando a respeito dos benefícios do conhecimento: graça e paz multiplicadas, e vida e piedade no cumprimento das promessas (1 Pe 1.2,3).

Portanto, o crescimento na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo se dá por meio de uma vida de oração e leitura da Bíblia Sagrada. Pedro não trata do conhecimento profano em que o pecado está inserido, mas sintetiza o conhecimento outorgado pela iluminação do Espírito Santo (Ef 1.17).

REFERÊNCIA

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

SOARES, Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – A oração sacerdotal de Jesus

 A oração sacerdotal de Jesus

Conforme a Síntese:

A oração sacerdotal de Jesus nos permite sentir o quão profundo é o amor de Cristo por sua Igreja.

Para Tedesco:

Essa oração, que faz parte de um momento tão decisivo da vida de Jesus e de seus discípulos, permite-nos um alento e um refrigério diante de tantas dificuldades enfrentadas por nós no mundo e nos lembra de que, em Deus, somos mais que vencedores (2020, p. 128).

A presente lição tem como objetivos:

Demonstrar o contexto em que foi proferida a Oração Sacerdotal.

Dimensionar a importância da santificação para o cristão.

Enfatizar a continuação da missão da Igreja.

I – JESUS ENSINA A RESPEITO DA ORAÇÃO

Há dois indicadores que confere a esta oração à identificação de oração sacerdotal, eles estão diretamente associados com a função do sacerdote em conduzir os sacrifícios e em interceder pelo o povo. Jesus se posiciona sendo Ele próprio o sacrifício e intercede pelos discípulos. A oração sacerdotal está dividida em três partes: Jesus ora por si mesmo; Jesus ora pelos discípulos; e, Jesus ora pela Igreja.

Logo, a mensagem da cruz está proferida na oração sacerdotal no momento em que Jesus ora por si mesmo. Momento em que Ele faz apenas um pedido “glorifica a teu Filho” (v.1). Porém, neste pedido há duas razões: primeira, para que o teu Filho te glorifique (v.1), e; segunda, eu glorifiquei-te na terra (v.4).

O pedido glorifica a teu Filho, indica que Jesus estava pronto para ser o sacrifício que justificaria a humanidade.

Para que o Filho fosse glorificado necessário seria que houvesse o sacrifício, isto é, que o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo fosse morto. Mas, que ao terceiro dia viesse a ressuscitar para que a sua vida fosse confirmada, sua morte fosse confirmada e suas palavras fossem confirmadas perante o Pai.

II – SANTIFICA-OS NA VERDADE

Quando o Senhor Jesus ora pelos discípulos Ele pede ao Pai que os guarde, os santifique na Palavra e os livre do mal (vv. 12,15 e 17).

Essa proteção pleiteada por Jesus para os seus nada mais era do que a continuação e o aperfeiçoamento de uma condição moral já existente [...] No entanto, apesar de sua sinceridade, os onze ainda precisavam não só da guarda divina, mas também de aperfeiçoamento; por esta razão seu Mestre continuou a orar por sua santificação, tendo em vista, na verdade, não apenas sua perseverança, crescimento e maturidade na graça como soldados cristãos, mas especialmente que fossem equipados para a função do apostolado (BRUCE, 2007, p.490).

No que tange a santificação compreende-se que a vida plena em santidade tem como origem a Palavra do Senhor. Santifica-os na verdade pois a tua Palavra é a verdade (v.17).

A Palavra de Deus tem um grande valor para aqueles que seguem a Jesus. Quando o Mestre ora pedindo proteção, alegria, santificação, união e amor, faz isso se referindo aos que atendem a requisitos básicos: pertencem a Deus; creem em Jesus; são separados do mundo; guardam a Palavra (TEDESCO, 2020, p. 128).

III – PARA QUE O MUNDO CONHEÇA QUE ME ENVIASTE

No que tange quando a oração se direciona para com a Igreja “Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim” (v.20), percebe-se que obra continua, ou seja, o presente versículo mostra a abrangência da oração sacerdotal de Jesus, pois Ele intercede em prol dos que em um dia iria recebê-lo como salvador. Sendo que ara a Igreja o pedido de Jesus é que haja unidade.

Portanto, a oração sacerdotal apresenta os seguintes pedidos do Senhor Jesus Cristo: para si (glorifica ao teu Filho – Jo 17.1); pedidos de Jesus para que os discípulos sejam guardados do mundo (Jo 17.11); e, pedidos de Jesus para que os membros da Igreja vivam em unidade (Jo 17.21). Logo, para cada pedido o Mestre faz uma consideração básica do seu desejo, isto é, Ele indica o propósito.

De fato o objetivo de guardá-los do mundo corresponde em guardá-los dos desejos carnais produzidos e motivados pela vivência da sociedade. Desejos que impedem ao cristão de manter uma vida santificada. Por isso, Jesus roga ao Pai que santifique-os na verdade; a tua palavra é a verdade (Jo 17.17). A santificação é produzida pela Palavra, pela oração e pela presença do cristão na casa do Senhor, pois tais ações proporcionam a saída do mundo de dentro do coração do ser humano.

Referência

BRUCE, A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

segunda-feira, 8 de março de 2021

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical: Compromissados com a Evangelização

 Compromissados com a Evangelização

A Verdade Prática da presente lição tem como descrição:

A nossa responsabilidade para a salvação de todos os seres humanos, mediante o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, nos torna servo de todos.

Sendo que o objetivo geral do estudo é Conscientizar a respeito do compromisso com a evangelização. E como objetivos específicos: Mostrar a evangelização como uma prioridade dos pentecostais; enfatizar que Jesus morreu para salvar todos os seres humanos; e, argumentar que o Novo Testamento destaca a obra missionária na esfera local e transcultural.

Lembrando que a existência da igreja está diretamente associada com a sua missão, pregar o evangelho a toda criatura. Mas, a missão da igreja é abrangente, isto é, fazer discípulos. A igreja é um organismo vivo, fato que explica o motivo de seu forte crescimento, e para que haja crescimento cada crente tem que testemunhar de Jesus Cristo. Se não evangeliza, deixa de ser um organismo divino para apequenar-se numa organização humana falida e já em vias de apagar-se (ANDRADE, 2016, p. 29).

I – A EVANGELIZAÇÃO COMO PRIORIDADE

A evangelização como prioridade foi desenvolvida pela igreja primitiva que em poucas décadas pregou o Evangelho até os confins da terra. A pregação do Evangelho deverá ser realizada com ordem e com amor, porém o poder de Deus não poderá se ausentar, pois é mediante a graça divina que as manifestações sobrenaturais ocorrem.

Certamente existem muitos métodos para este nobre e grandioso ministério. Ao olhar para o exemplo de Cristo aprendemos que, embora sejam vários os meios, jamais podemos perder de vista o fim, a conversão da alma (SILVA, 2014, p. 36).

Percebe-se que a evangelização como prioridade poderá ser definida como evangelização integral que é definida como a proclamação simultânea do Evangelho em todos os âmbitos: local, nacional e transcultural, tendo como propósito a apresentação das Boas-Novas aos não salvos em Jesus Cristo. Sendo que a ação da evangelização integral deverá ser realizada através da proclamação do Evangelho em Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra (At 1.8b).

Isto significa que os discípulos que formam a igreja de Jesus devem ser testemunhas dEle em Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra ao mesmo tempo. A igreja deve anunciar a Cristo em todos os rincões, por mais longínquos e remotos que sejam, ao mesmo tempo que o anuncia em sua própria cidade, estado, região ou país. Isto só é possível pela ação do Espírito Santo, que a faz obedecer a Comissão, enviando missionários por todas as tribos, línguas, povos e nações (PAULA, 1997, p.54).

II – JESUS MORREU PARA SALVAR TODOS OS SERES HUMANOS

Portanto, é necessário saber que a morte de Jesus foi uma expiação pelos pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o transgressor. A morte de Jesus também foi uma propiciação, isto é, foi o aplacar da ira de Deus. Em terceiro a morte de Jesus foi uma substituição (Rm 5.6). Por fim, a morte de Jesus na cruz foi e é redenção e reconciliação para todos aqueles que se aproximam da mensagem do evangelho.

Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício, sendo Ele o verdadeiro e eficaz sacrifício que aplacou a justa ira de Deus contra o pecado que reina nas ações da humanidade (Hb 7.27; 9.23,28). Logo, Jesus foi o sacrifício completo, que não necessitou e nem necessita que outro sacrifício seja realizado, pois por meio desta obra o pecado pode ser coberto (na Antiga Aliança o sangue do cordeiro era posto sobre o propiciatório da Arca, feito que significava o cobrir do pecado), porém, o sacrifício de Jesus de fato perdoa o pecador, lançando ao esquecimento toda ação pecaminosa por parte dos indivíduos, isto ocorre quando há o verdadeiro arrependimento (Is 43.25).

A cruz não era para Jesus, então o Messias é o substituto, por ser o substituto percebe-se que a morte de Cristo na cruz é vicária, isto é, substitutiva.

Ela é vicária, isto é, substitutiva, no sentido de alguém que toma o lugar de outro, como bem afirma Isaías: “[...] mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6 – conforme ainda 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24; 3.18), portanto, Cristo morreu pelos nossos pecados; Ele, porém, era sem pecado (POMMERENING, 2017, p. 55).

O termo grego ἱλαστήριον permite compreender que a morte vicária de Jesus foi um sacrifício expiatório, ou seja, uma propiciação pelos pecados da humanidade, tornando assim possível a aproximação dos que creem na pessoa de Deus.

III – EVANGELIZAÇÃO LOCAL E TRANSCULTURAL

A igreja deverá sempre promover a pregação do evangelho. A promoção do evangelho desenvolvida pela igreja faz com esta seja conhecida como igreja evangelística ou igreja missionária.  

A igreja missionária existe para a realização da missão evangelística.

Já a comissão corresponde com o dever da igreja em se situar como agência evangelizadora, pois nenhuma instituição poderá substituir a igreja nesta missão.

Por fim, a evangelização deverá ser mantida. A evangelização é feita com oração, com o envio de pessoas e com dinheiro. Quando o cristão doa oferta ao trabalho missionário Deus o prospera em tudo. Lembrando que a prosperidade está relacionada aos cuidados com a obra missionária. Quando o servo de Deus se entrega a obra missionária colherá todos os frutos provindos da dedicação e entrega à proclamação do Reino de Deus

Referência

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. O desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

PAULA, Oséas Macedo de. Manual de Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

SILVA, Roberto S. O Perfil do ganhador de almas. Goiânia: Manancial Edições; Mundial Gráfica, 2014.