Deus é Fiel

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terça-feira, 31 de agosto de 2021

EBD - Subsídio da Lição: O CATIVEIRO DE ISRAEL: REINO DO NORTE

 O CATIVEIRO DE ISRAEL: REINO DO NORTE

A verdade prática apresenta a seguinte descrição:

Deus sempre adverte seu povo sobre os perigos da idolatria e suas terríveis consequências.

O cativeiro de Israel foi à demonstração que o reino do norte estava em decadência política, social, econômica e principalmente em decadência religiosa.

[...] As advertências de Deus para que abandonassem a idolatria e fossem poupados não surtiu efeito. A nação afundava-se nos seus pecados cada vez mais. A solução de Deus para o seu povo escolhido foi dispersão por meio do cativeiro, não sem antes agir com misericórdia e amor, como demonstrado pelo profeta Oseias (POMMERENING, 2021, p. 111).

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Compreender que nossas transgressões nos afastam de Deus. E como objetivos específicos: Destacar as injustiças cometidas por Israel; Ressaltar a insistência de Israel no pecado da idolatria; Salientar o sincretismo em Samaria.

I – SAMARIA É CERCADA PELO REI DA ASSÍRIA

Sobre o cerco de Samaria pelo o rei da Assíria percebem-se dois fatores predominantes: primeiro, a rebelião de Oseias; e, como segundo fator, nota-se a consequência do pecado de idolatria dos israelitas. Deus é bondoso e ama o pecador, porém Deus reprova o pecado cometido pelo o ser humano.

No que tange a pessoa do rei Oseias conforme 2 Reis 17 pode citar que:

Fez o que era mal aos olhos do Senhor (v. 2).

Conspirou inutilmente contra Salmanseser, rei da Assíria (v. 4).

 Já referente a Israel no capítulo em apreço torna-se evidente que:

Temeram outros deuses (v. 7).

Seguiram os estatutos das outras nações (v. 8).

Desenvolveram imagens e as cultuaram (v. 10,11).

Não atentou para com a Palavra do Senhor ministrada pelos os profetas (v. 14).

Sacrificaram seus filhos aos deuses ao passarem estes ao fogo (v. 17).

Deus não se deixa escarnecer. Ele especialmente não tolera quando o coração está dividido com outros deuses que disputam lugar e dão ordens ao coração humano; ou seja, o ser humano passa a fazer escolhas segundo o seu falso deus em detrimento das sábias escolhas da Palavra de Deus, que são vida.

Todos os pecados de Israel foram amplamente incluídos nas profecias com sérias advertências ao arrependimento e apelando à misericórdia e ao amor de Deus (POMMERENING, 2021, p. 114).

II – OS PECADOS DO POVO E SUA QUEDA

O império assírio exercia supremacia militar e política na época em que Oseias profetizava. A mensagem do profeta era voltada para Samaria, capital do Reino do Norte. No período havia prosperidade econômica, mas os passos da nação eram motivados pela apostasia.

Apostasia é o abandono premeditado da fé, isto é, desvio dos princípios fundamentais da fé cristã. Os israelitas em vários momentos da história judaica se desviaram, como por exemplo: no período dos juízes e no período do reino dividido.

Neste último os profetas comparava apostasia ao adultério. E esta é a realidade encontrada nos três primeiros capítulos do livro de Oseias.

Portanto, a história de Oséias relata o amor do marido para com a esposa, situação que corresponde diretamente com a demonstração de amor de Deus para com Israel. Amor incondicional. O único que ama de maneira incondicional é Deus, explicação categoricamente definida na Sua pessoa e no Seu nome, pois Deus é amor.

Ele nunca deixará de ser quem Ele é. Eis aí algo, que parece que Deus não pode fazer: Ele não pode escolher não amar, pois isso fere sua essência (POMERENING, 2017, p. 42,43).

III – OS ESTRANGEIROS OCUPAM SAMARIA

No ano de 722 a.C o reino do norte tornou-se cativo da Assíria (1 Re 17. 6,7). Os assírios tinham como prática de colonização misturar povos diferentes em um mesmo ambiente, fato que ocorreu com as dez tribos do norte (2 Rs 17.24-31), resultando que os descendentes dos israelitas não eram completamente judeus e nem gentios, daí o surgimento dos samaritanos.

Provavelmente 27.280 israelitas foram levados cativos, ficando após o exílio uns poucos pobres. Estes que ficaram se misturaram com os povos que se instalaram na região sobre o domínio da Assíria e desta mistura pode-se afirmar que:

Essa mistura de gente em Israel após o cativeiro assírio deu início ao povo samaritano, uma raça mista e odiada pelos judeus, em que qualquer pessoa era nomeada sacerdote ao bel-prazer daquele que tinha condições de sustentar um sacerdote. Como a terra ficou muito menos habitada do que era antes, leões começaram a proliferar e atacar as pessoas. Foi daí que surgiu a lenda de que atacaram pelo motivo de que não estavam adorando o deus da terra. Por causa disso o imperador assírio enviou um sacerdote de Betel que conhecia os costumes judaicos para tentar aplacar a ira de Deus. Israel, no entanto, já não adorava mais ao Senhor Deus fazia muito tempo (POMERENING, 2021, p. 118,119).

Referência

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação: Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Subsídio para aula da EBD – HABACUQUE: A FÉ COMO FORMA DE VIDA

 HABACUQUE: A FÉ COMO FORMA DE VIDA

A presente lição tem como Síntese:

A fé é o fundamento da vida cristã. Devemos confiar em Deus mesmo quando aparentemente as peças não se encaixam, pois Ele está no controle de todas as coisas.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Explicar o contexto histórico, estrutura e mensagem do livro de Habacuque;

Apresentar as dificuldades do profeta Habacuque em compreender os caminhos de Deus;

Esclarecer a importância da fé como elemento essencial da vida cristã.

É necessário compreender que No livro de Habacuque, não é só o país que está em grande tensão, mas também o profeta. Ele não sabia, mas Deus purificaria o seu povo por meio do juízo. Por meio da guerra, Deus traria uma paz porvindoura para Jerusalém. Por meio do cativeiro, os judeus seriam libertos da idolatria. Além do mais, a nação precisava reaver os seus pecados. Depois, Deus trataria com a Babilônia. Porém, essas questões não foram percebidas pelo profeta; por isso, Habacuque viu-se alcançado por uma grande crise (TROTA, 2021, p. 105).

I – HABACUQUE

O profeta Habacuque profetizou no período auge do império babilônico. O império babilônico na sua humilde origem pertenceu ao império Assírio, porém no ano 622 a.C., Nabopolassar pai de Nabucodonozor foi proclamado rei em Babilônia. Com este passo iniciava-se uma nova dinastia na mesopotâmia. Nos dias de Nabucodonozor houve a reconstrução da babilônia que tinha sido destruída por Senaqueribe rei da Assíria.

É neste período de auge babilônico que Deus levanta o profeta Habacuque. Deus consolou a Judá ao falar por intermédio de Naum sobre a destruição de Nínive, porém Habacuque questiona a Deus sobre a ação cruel dos babilônicos aos judeus.

Segundo alguns estudiosos Habacuque pertencia à família sacerdotal e provavelmente era um profeta bem aceito pela sociedade.

Assim como Naum o profeta Habacuque transmite o peso de Deus aos judeus (Hc 1.5-11) e aos babilônicos (Hc 1. 12-2.1).

II – A CRISE DO PROFETA

Os dois primeiros capítulos do livro são marcados por queixas, exortações e por palavras de consolo. Habacuque é o primeiro profeta a questionar o agir de Deus no mundo, Deus é santo porque então Ele tolera o mal (Hc 1.13-17). Portanto, a queda de Nínive não resolveu o problema de Judá, de fato, somente houve mudança da origem da opressão, porém a opressão continuava. O profeta não queria justificar os judeus, porém não aceitava que Deus castigasse os judeus usando uma nação pior do que eles.

A contenda existe pela frouxidão da lei e na ausência da lei aumenta-se a corrupção.

No que tange a resposta divina compreende que o pior sobreviria sobre Judá e posteriormente o pior sobreviria aos caldeus, era apenas uma questão de tempo. O profeta Habacuque deveria entender que Deus estava no controle de tudo.

Judá sofreria o cativeiro, enquanto o império babilônico sofreria o colapso final. Tal império não teve uma vida longa, em menos de um século demonstrava sinal de fraqueza e no ano 538 a.C., foi conquistado e destruído pelo império Medo-persa.

III – A FÉ COMO FORMA DE VIDA

Dois são os textos mais citados do livro do profeta Habacuque: primeiro; “o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4) e o segundo é “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).

Os efeitos do primeiro texto tem sido marcante na história da igreja, principalmente no período da reforma protestante, com Martinho Lutero. Já o segundo também tem sido presente no dia a dia da igreja, pois pela misericórdia de Deus o avivamento tem sido presente em cada período, quando em algum lugar as chamas se apagam em outros elas se acendem e o avivamento torna-se presente e veemente.

E sobre a fé prática descrita por Habacuque argumenta Trota:

Para testemunhar sua fé, Habacuque fez um cântico de adoração ao Senhor. A verdadeira fé gera frutos visíveis. Não se trata de um conhecimento escondido e camuflado, mas de uma certeza tão forte e evidente que transborda em nossas vidas e ações. Ele começou seu livro com lamento e desespero, mas terminou com cântico e ações. Essa mudança repentina foi fruto de sua convicção na soberania de Deus na história. Ele creu, em seu íntimo, que Deus estava no controle de tudo (2021, p. 115).

REFERÊNCIA:

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

EBD - Subsídio da Lição: O REINADO DE JOÁS

 O REINADO DE JOÁS

A verdade prática apresenta a seguinte descrição:

Para ter uma vida de constante comunhão com Deus é necessário abandonar todo tipo de idolatria, e confiar nEle inteiramente.

Joás começou a reinar sobre Judá com a idade de sete anos. Por ser novo, necessário foi que alguém conduzisse Joás por meio de conselhos, coube esta nobre função ao sacerdote Joiada. Durante o período em que Joiada conduziu conselhos a Joás, o reinado deste foi bem-sucedido diante do Senhor, porém com a morte do sacerdote, Joás foi conduzido por maus conselheiros, que o conduziu à idolatria.

No reinado de Joás e sob a influência de Joiada, foram feitas várias reformas religiosas importantes, dentre elas: extirpou-se parcialmente o culto a Baal e foi derrubado o seu templo; renovou-se o pacto com o Deus de Israel; os levitas foram reorganizados em grupos conforme havia sido na época de Davi e descritas por Moisés; e foram feitas reparações importantes no templo (POMMERENING, 2021, p. 106).

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Afirmar que o pecado leva o homem à ruína. E como objetivos específicos: Apontar o livramento de Joás das mãos de Atalia; Assinalar a restauração do Templo; e, Caracterizar a idolatria de Joás e a decadência de seu reinado.

I – O LIVRAMENTO DE JOÁS

A ganância pelo o poder era notável nos dias e pela própria Atalia. Após a morte de Jorão, esposo de Atalia, esta usurpou o trono e começou a reinar seguindo os passos de Acabe e de Jezabel. A demonstração gananciosa era tamanha que Atalia matou até mesmo os próprios netos, apenas Joás escapou.

[...] Atalia foi uma rainha perversa e má, tanto ao cometer assassinatos em série quanto em promover a adoração a falsas divindades. Seguramente, ela era uma rainha difícil de conviver, tendo em vista a sua índole de matar os próprios familiares para ter acesso ao trono. Sendo assim, qualquer outra atrocidade cometida contra o povo seria possível da parte dela (POMMERENING, 2021, p. 104).

Por mais que uma geração esteja corrompida pelos os atos pecaminosos, sempre haverá alguém fiel diante do Senhor que fará a diferença. E em plena corrupção social, percebe que Joiada foi essencial para conduzir espiritualmente o povo em momento obscuro. Joiada foi de fato o remanescente de Deus no reino de Judá e de fato em um período pecaminoso.

[...] A linhagem messiânica por pouco não foi extirpada, e a lâmpada de Davi, apagada (1 Rs 11.36; Sl 132.17). Somente foi poupada por causa do zelo do sacerdote Joiada, usado por Deus, que prometeu a Davi um herdeiro perpétuo: “A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim” (Sl 89.36) (POMMERENING, 2021, p. 105).

II – O REINADO DE JOÁS E A REPARAÇÃO DO TEMPLO

O presente tópico tem como objetivo assinalar a restauração do templo, e por este olhar proporciona compreender que a palavra chave para o presente tópico é fidelidade. Portanto, a palavra fidelidade no grego πιστιϛ significa fé, confiança, compromisso, fidelidade, confiabilidade, lealdade e comprometimento.

[...] frequentemente significa a confiança expressa numa vida de fé. Nesse contexto, significa fidelidade. A fidelidade reflete a natureza do nosso Pai celeste. Ele é fidedigno. Sua paciência para conosco nunca se esgota, por mais vezes que o tenhamos decepcionado. Ele tem um compromisso conosco, à altura do seu grande plano de redenção! Devemos refletir diante dos outros as características divinas (HORTON, 1996, p. 491).

Portanto, a fidelidade é uma virtude desenvolvida pela ação do Espírito Santo, quando mais o cristão se consagra a Deus, por meio da leitura das Sagradas Escrituras, da presença na Igreja tendo como objetivo adorar a Deus, e por meio da oração e jejum, o cristão desenvolverá as virtudes do Espírito.

Deus é fiel. A fidelidade de Deus corresponde a um atributo moral, que expressa a majestade da natureza divina. A fidelidade de Deus é constatada no cumprimento das promessas.

Fidelidade é uma palavra importante, pois descreve o homem em cujo serviço fiel podemos confiar e cuja palavra podemos aceitar sem reservas. Descreve o homem com a fidelidade inflexível de Jesus Cristo e a total fidedignidade de Deus (BARCLAY, 2010, p. 105).

III – A CONSPIRAÇÃO CONTRA JOÁS

Joás teve um final trágico, isto por causa do caráter fraco. Após a morte de seu mentor espiritual, Joiada, o monarca de Judá não se firmou nas boas obras, mas no que tange as ações se enveredou por caminhos maus. O fim do reinado de Joás se compara com os anos finais de Salomão, que também não soube ser fiel até o fim de sua trajetória monárquica.

[...] Ele reparou o Templo e mandou construir vários artefatos para o ofício sagrado; todavia, por influência de pessoas que o levaram para o mau caminho, Joás levou o povo de Judá a adorar ídolos. Assim, a consequência dos seus erros sobreveio-lhe de tal maneira que ele perdeu completamente a noção de justiça, chegando ao ponto de mandar assassinar um profeta de Deus (POMMERENING, 2021, p. 110).

Referência:

BARCLAY, W. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

HORTON, S.M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Subsídio para aula da EBD – NAUM: ATÉ ONDE VAI PACIÊNCIA DE DEUS

 NAUM: ATÉ ONDE VAI PACIÊNCIA DE DEUS

A presente lição tem como Síntese:

A misericórdia de Deus nos oferece novas oportunidades, porém, há um momento em que a paciência de Deus cede lugar a sua justiça, pois o culpado jamais será tratado como inocente na hora do juízo.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Apresentar o livro e a mensagem de Naum;

Refletir sobre a natureza de Deus, seu amor, sua longanimidade, sua justiça e sua ira;

Explicar o porquê de um juízo divino tão rigoroso sobre a Assíria.

É necessário compreender que Naum é um profeta de um único tema: o juízo divino contra a Assíria. Ele prognosticou a derrocada do opressor assírio e a resultante libertação do oprimido Judá. Assim como Jonas, Naum endereçou sua mensagem aos assírios, mas enquanto Jonas apresentou (contrariamente à sua vontade) a suspensão do juízo para aquele povo, Naum previu a sua destruição (TROTA, 2021, p. 95).

I – NAUM

O profeta Naum se apresenta como elcosita, cidade assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive. Porém, Cafarnaum é apresentada como cidade de nascimento do profeta. Na obra de Naum Deus é apresentado em sua teofania que vem em uma ventania muito forte e o seu grito faz com que toda a natureza trema de medo (Na 1.2-8).

O juízo sobre Nínive era certo. Nínive foi fundada por Ninrode, homem que se tornou conhecido e respeitado em sua época. Há relatos históricos que Ninrode foi o primeiro homem a domar cavalos. Após a morte de Ninrode iniciou-se na terra o pecado da idolatria, pois com a morte do mesmo a geração daquele período passou a venerá-lo, e com resultado negativo a região entre rios, Mesopotâmia, passou a ser conhecida como região pagã.

Porém, os assírios tornam-se conhecidos pela extrema crueldade em que tratava os povos vencidos. Mas, agora era o fim.

No que tange os capítulos do livro assim disserta Trota:

Os três capítulos do livro podem ser vistos como um único poema. O primeiro reflete sobre a natureza de Deus, o segundo descreve a queda de Nínive e, por último, o terceiro capítulo apresenta os motivos que levaram Nínive à destruição. O tom do livro é severo. A mensagem constitui um peso, ou seja, é uma sentença judicial austera da parte de Deus (Na 1.2). (TROTA, 2021, p. 98).

Em suma, o livro tem como tema central a queda de Nínive. O termo usado no versículo 1º do capítulo 1 indica peso como carga, sentença, ou seja, o livro tem como tema a queda de Nínive. O livro de Naum reforça a mensagem do Novo Testamento: Deus não permitirá que o pecador permaneça impune (Na 1.3).

II – A NATUREZA DE DEUS

O Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança (v.2a). Vingança refere à colheita, ou seja, tomar vingança por ter feito algo errado que não agradara a Deus. Os ninivitas tinham plantado e agora iriam colher conforme o plantio. Deus vingará daqueles que se opuserem à sua palavra e ao seu reino. Deus usa de longanimidade para com os seres humanos, porém, Deus espera o arrependimento do pecador, caso isto não aconteça virá à justiça divina.

[...] A benevolência divina não deixa Deus vulnerável ou fragilizado na hora de executar os seus juízos; pelo contrário, quando necessário, Ele persegue os seus inimigos com trevas (Na 1.8). O juízo sobre Nínive é comparado à metáfora da inundação transbordante que a tudo destrói (Na 1.8). É provável que o profeta esteja fazendo menção ao exército invasor que atacaria Nínive, tal como um dilúvio inundante penetraria em todos os espaços provocando destruição (TROTA, 2021, p. 100).

Deus não destruiu os ninivitas porque lhe faltou o poder ou por não ter poder, mas porque Deus foi bondoso e tardio para ira-se, porém o juízo estava próximo.

III – OS PECADOS DA ASSÍRIA: ATÉ ONDE VAI A PACIÊNCIA DE DEUS

A ganância a injustiça em Nínive era prescrita socialmente por dois vícios: mentira e roubo. Entretanto, o mal praticado na comunidade Assíria era materializado por meio da força e por meio da persuasão. Da ganância atos injustos eram praticados. Por meio da força a maldade era propagada na comunidade. Pois, os assírios eram:

[...] mestres do terror. Essa reputação foi conquistada por todas as crueldades cometidas ao longo dos anos: decepar as mãos, os pés, orelhas e narizes, esfolhar os cativos vivos, etc. também era uma cidade cheia de mentiras e roubos. Os acordos e tréguas com nações próximas eram quebradas, e as suas palavras, descumpridas (TROTA, 2021. p. 103).

E sobre o fim do império da Assíria é fundamental compreender que:

[...] mesmo quando Deus usa uma nação pra cumprir Seus propósitos voltados para o juízo, isso não a isenta de sua culpa diante do Senhor. Era a vez de Nínive sentir a ira de Deus. O último grande imperador da Assíria foi Osnapar [mais conhecido como Assurbanípal] (669-627 a.C). Após sua morte, a nação não subsistiu por muito tempo, pois o Senhor estava contra ela (Na 2.13-3.3) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1364).

REFERÊNCIA:

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

EBD - Subsídio da Lição: NAAMÃ É CURADO DA LEPRA

EBD - Subsídio da Lição: NAAMÃ É CURADO DA LEPRA

A verdade prática apresenta a seguinte descrição:

Deus não opera milagres necessariamente segundo nossas expectativas. Ele faz da forma e no momento que lhe apraz.

A presente lição, além do profeta Eliseu, apresenta outros três personagens importantes para compreender o contexto histórico e a narrativa do milagre descrito em 2 Reis 5, que são: a menina cativa, Naamã e Geazi.

Sendo que a lição tem como objetivo geral: Revelar que Deus deseja curar e salvar a todos. E como objetivos específicos: Relatar a busca de Naamã por sua cura; Salientar o orgulho e a falta de fé de Naamã; e, Identificar a ambição de Geazi.

I – NAAMÃ, O CHEFE DO EXÉRCITO SÍRIO

Naamã é apresentado em 2 Reis 5.1 com um título (chefe do exército do rei da Síria), com reconhecimento do rei (grande homem diante do seu senhor), com virtude social (homem valoroso), porém, com um grave problema físico (leproso).

Esse general arameu, Naamã, é uma figura marcante entre os inúmeros relatos bíblicos. Este versículo é cheio de expressões que descrevem sua personalidade, sua honra e sua habilidade. Surpreendentemente, lê-se que suas vitórias militares foram garantidas pelo Senhor. A palavra hebraica traduzida como leproso designa qualquer doença séria de pele (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 602).

Neste relato bíblico há uma personagem importante que pouco é notável, uma menina, que foi presa em uma da investidas militares do reino Sírio sobre Israel. Menina levada cativa, sem nome que a identifique no relato sagrado, porém, torna-se um exemplo em ser notável por sua fé e convicções em Deus, e a credibilidade desta ao ministério profético de Eliseu.

Deus usou o testemunho de uma jovem serva judia para levar o general do maior inimigo militar de Israel a ter fé na Sua Palavra.

Apesar de Eliseu ter viajado com frequência e, às vezes, ter habitado no monte Carmelo (2 Rs 4.25), ele aparentemente manteve uma residência na cidade de Samaria (2 Rs 5.9,24;2.25;6.9-7.20). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 602).

O presente tópico oferece aos cristãos da atualidade a seguinte lição prática: O status social não limita ou possibilita a ação do cristão testemunhar a respeito da pessoa de Deus. Pois, sendo a menina serva, fato que não há impossibilitou de testemunhar.

II – O MERGULHO NO RIO JORDÃO

Eliseu não foi cativado pelo o grande luxo apresentado por Naamã, mas de fato foi conduzido a testemunhar que em Israel o Deus de Abraão é o único Deus. Assim como instruir a Naamã que a humildade é o passo inicial para o milagre. Milagre não se compra, milagre não se negocia. Naamã tentou pagar por um milagre, porém Deus usou o profeta para mostrar que milagre se conquista pela humildade e se concretiza pela vontade suprema do Senhor.

O milagre não foi o mergulhar nas águas do Jordão, o milagre foi uma operação divina sobre a vida de Naamã tendo Eliseu como o instrumento necessário e certo para o momento.

Eliseu mandou o comandante exercitar a sua obediência e fé mergulhando no rio Jordão, o que certamente foi humilhante para Naamã, porém necessário, pois, além da cura física, ele também precisava da cura do seu orgulho e da idolatria, e todas essas bênçãos foram alcançadas na sua vida (POMMERENING, 2021, p. 97).

Por fim, o presente tópico oferece aos cristãos da atualidade a seguinte lição prática: O milagre não está em um objeto específico (amuleto da fé), mas no ato humilde e obediente.

III – GEAZI É ACOMETIDO DA LEPRA

O profeta Eliseu rejeitou os presentes exuberantes que Naamã queria outorgar-lhe, pois o homem honesto consigo e com Deus não se deixa vender. O profeta perderia os presentes, mas não perderia a presença de Deus na sua vida, pois essa presença era a garantia de que o seu ministério era abençoado e frutífero (POMMERENING, 2021, p. 100).

Por outro lado, Geazi conduzido pela ganância mentiu e como fruto deste ato pecaminoso foi acometido de lepra, pois:

[...] Geazi dispensou os homens antes de chegar a um lugar onde os presentes obtidos pela ganância poderiam ser observados pelas pessoas que sabiam acerca de Naamã e Eliseu.

Como Geazi já havia mentido para Naamã (v.22), certamente mentiria para Eliseu.

Não foi contigo o meu coração...? O uso do termo coração sugere não somente o conhecimento, mas também o forte sentimento que Eliseu tinha por Geazi (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 603).

Por fim, o presente tópico oferece aos cristãos da atualidade a seguinte lição prática: O milagre não se compra. E há consequência para com as pessoas que praticarem os pecados de ganância e de mentira.

Referência:

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Subsídio para aula da EBD – MIQUEIAS: DEUS QUER OBEDIÊNCIA DE CORAÇÃO

 MIQUEIAS: DEUS QUER OBEDIÊNCIA DE CORAÇÃO

A presente lição tem como Síntese:

Miqueias nos confronta em relação ao tipo de cristianismo que estamos vivendo. O que Deus deseja realmente de nós é a obediência, a justiça e a humanidade.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Explicar o contexto histórico em volta da mensagem de Miqueias;

Conscientizar sobre os perigos do formalismo religioso;

E, Definir as evidências de um cristianismo autêntico.

É necessário compreender que Em livro é considerado o evangelho da justiça social. Miqueias foi um homem corajoso que não teve receio de condenar o pecado. Proveniente da zona rural, era oriundo de uma família camponesa e humilde (TROTA, 2021, p. 77).

I – MIQUEIAS

Miqueias exerceu seu ministério profético contra as injustiças de Jerusalém e criticou a opressão e a riqueza opulenta.

Nos dias do profeta Miqueias a incredulidade era gritante e a nação não outorgava crédito a verdadeira profecia. Pois, era uma geração que valorizava os falsos profetas outorgando a estes, livre acesso, enquanto os profetas vocacionados por Deus eram rejeitados.

No primeiro versículo do livro o profeta Miqueias notifica sua naturalidade, seu tempo e a abrangência do seu ministério.

Naturalidade: “morastita” natural de Moresete, povoado situado a uns 40 Km a sudoeste de Jerusalém, também conhecido como Moresete-Gate (v.14).

Tempo: Miqueias cita os seguintes reis; Jotão, Acaz e Ezequias. Logo, o profeta Miqueias é mais um dos profetas do período pré-exílico.

Destino da mensagem: tanto ao Reino do Norte como ao Reino do Sul.

O principal assunto do livro é a ira divina em relação aos pecados dos descendentes de Abraão. Sendo que a principal profecia de Miqueias é basicamente a que trata do nascimento do Messias “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).

II – DENÚNCIAS E EXORTAÇÕES

Obediência é acatar ordens de autoridade religiosa, civil ou familiar. A obediência é precedida pela compreensão e pelo amoroso acatamento da mensagem divina. Portanto, o termo “ouvi” nas seguintes referencias do livro de Miqueias 1.2;3.1,9;6.1,2,9 correspondem à obediência.

Pela desobediência as nações têm sofrido inúmeras catástrofes naturais o que torna compreensivo o gemido da natureza citado pelo apóstolo Paulo (Rm 8.22).

III – JUÍZOS E PROMESSAS

Os 613 preceitos encontrados no Antigo Testamento se resume nas três praticas definidas em Miqueias 6.8: praticar justiça, amar a beneficência e andar humildemente com Deus.

Os dois primeiros correspondem ao compromisso do individuo com o próximo, já o terceiro relata do compromisso do individuo com Deus.

REFERÊNCIA:

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

EBD - Subsídio da Lição: O MINISTÉRIO DE ELISEU

 O MINISTÉRIO DE ELISEU

A verdade prática apresenta a seguinte descrição:

Deus usou, e ainda usa, seus servos para realizar milagres. Basta ter fé e confiança no Senhor, que Ele opera maravilhas.

O ministério profético de Eliseu é definido sistematicamente por três virtudes: fé, obediência e unção. Tais virtudes podem explicar os seguintes pontos fundamentais da vida de Eliseu citados em 2 Reis, que são:

(1) Pede uma porção dobrada de graça, (2.9).

(2) Divide o Jordão, (2.14).

(3) Sara as águas, (2.19-22).

(4) Amaldiçoa os rapazes que zombaram dele, (2.23-24).

(5) Consegue água para um exército, (3.15-20).

(6) Aumenta o azeite da viúva, (4.1-7).

(7) Ressuscita a um menino, (4.18-37).

(8) Purifica o alimento nocivo, (4.38-41).

(9) Alimenta a multidão, (4.42-44).

(10) Sara a Naamã, o leproso, (5.5-15).

(11) Faz que Gezi fique leproso, (5.20-27).

(12) Faz flutuar o ferro de um machado, (6.1-7).

(13) Revela os planos do rei da Síria, cap. 6.

(14) Provoca cegueira nos sírios, (6.18-20).

(15) Profetiza abundância para uma cidade açoitada pela fome, (7.1-18).

(16) Garante à mulher sunamita a restauração da sua terra, (8.3-6).

(17) Profetiza a exaltação de Hazael, (8.7-15).

(18) Ordena a unção de Jeú como rei, (9.1-6).

(19) Conserva o poder profético até em seu leito de morte, (13.14-19).

(20) O poder divino se manifesta em seu túmulo, mesmo após a sua morte, (13.20-21).

Portanto, o segredo de seu poder seu desejo de receber porção dobrada de graça o capacitou a viver numa atitude de contínua vitória. Porém, o que mais chama atenção na vida de Eliseu é o inicio do seu ministério. A primeira obra desenvolvida por Eliseu foi lavar as mãos do profeta Elias (2 Rs 3.11), ou seja, os filhos que muito serve, muito será usado por Deus.

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Destacar alguns dos milagres de Eliseu como confirmação de seu ministério profético. E como objetivos específicos: Evidenciar que o Senhor zela por seu povo; Demonstrar a fé e a confiança da viúva de Sarepta; e, Sinalizar o ato de fé de Eliseu.

I – ELISEU SALVA TRÊS REIS E SEUS EXÉRCITOS

Os três reis em análise sintetizam a realidade proveniente da prática dos líderes do cenário político da época. Lideranças que eram apresentadas por serem bons ou maus. Porém, a descrição destes líderes se associava com a interatividade deles para com Deus. O ser mau não correspondia basicamente a uma má administração pública, mas tratava-se de como o monarca se interagia com Deus.

Sobre o milagre das águas em abundância comenta Radmacher; Allen e House:

A rota era muito difícil, o que se verifica pela afirmação não tinham água. Em uma campanha militar como essa, tanto os homens como os animais precisariam de mais águas do que podiam carregar consigo.

[...]

Assim como em muitos milagres do Antigo Testamento, as palavras do profeta instruem o homem sobre como ele deve agir (2 Rs 4.3,4,41;6.6), para que a fé humana e a provisão caminhem juntas (2013, p. 599).

II – ELISEU AUMENTA O AZEITE DA VIÚVA

O milagre da multiplicação do azeite da viúva foi motivado por duas questões: a necessidade da mulher e a ação misericordiosa de Deus. O relato bíblico de 2 Reis capítulo 4, descreve a história de uma viúva que teria o perdão de uma dívida do falecido marido, com a retirada de seus dois filhos, para tonarem servos do credor. Porém, o texto mostra que onde há necessidades, haverá possibilidades de milagres pela misericórdia do Senhor.

O profeta Eliseu em diálogo com a viúva inicia-se com uma pergunta: declara-me. Este termo expõe o conhecimento de causa por parte da viúva. Ninguém melhor do que ela para descrever o que possuía ou o que se passava em sua casa. A mulher tinha perdido o marido que era dos filhos dos profetas e servo de Eliseu e tinha como padrão de vida o temor ao Senhor. E agora estava preste a perder os seus filhos.

Na indagação do profeta aprende a seguinte lição: as soluções do problema estão mais próximas do que imaginamos. A resolução de qualquer problema estar relacionado com a ação do indivíduo, pois se o mesmo desiste de lutar como vencerá? Por outra ótica nota-se que a viúva desconhecia a solução e nem imaginava que a vitória estaria na sua própria casa.

No histórico de 2º Reis capítulo 4, encontra-se a perfeita definição para visão. Saiba a quem procurar quando não souber aonde ir. A viúva foi ao encontro do profeta e este ato foi definitivo para a sua vitória.

III – A MORTE QUE HAVIA NA PANELA

A frase-chave para a compreensão do presente tópico é “ESCOLA DE PROFETAS”. Frase que indica a um lugar, em que funciona uma instituição voltada para com o ensino. A Escola de Profetas era uma instituição do Antigo Testamento que tinha como objetivo primordial a transmissão de valores morais e espirituais aos discentes.

A Escola de Profetas não ensinava aos discentes a profetizar, pois a profecia é de origem divina, ou seja, é mensagem provinda de Deus para alguém, com isto percebe se que a Escola de Profetas transmitia os valores culturais e espirituais de Israel, tendo em vista a passagem cronológica da nação israelita que de fato teve sua origem com a escolha do patriarca Abraão, foi formada no Egito e estabelecida como nação forte no auge dos governos de Davi e Salomão. Portanto, a escola de profetas era uma instituição preocupada com os valores espirituais de Israel.

A Escola de Profetas era uma organização e para isto necessitava de espaço físico para atender a demanda necessária de seus alunos. E por outra ótica a Escola era um organismo vivo, isto é, tinha uma relação direta para com Deus.

Como organismo a Escola de Profetas venceu reinos e anos. O surgimento da referida Escola se deu nos dias ministeriais de Samuel, homem íntegro e temente a Deus que preocupava com a educação dos filhos da nação israelita, porém a Escola como organismo cresceu, frutificou e se fortaleceu, tal fortalecimento se concretizou nos dias dos profetas Elias e Eliseu.

Referência

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico AntigoTestamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.