Deus é Fiel

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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Subsídio para aula da EBD – HABACUQUE: A FÉ COMO FORMA DE VIDA

 HABACUQUE: A FÉ COMO FORMA DE VIDA

A presente lição tem como Síntese:

A fé é o fundamento da vida cristã. Devemos confiar em Deus mesmo quando aparentemente as peças não se encaixam, pois Ele está no controle de todas as coisas.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Explicar o contexto histórico, estrutura e mensagem do livro de Habacuque;

Apresentar as dificuldades do profeta Habacuque em compreender os caminhos de Deus;

Esclarecer a importância da fé como elemento essencial da vida cristã.

É necessário compreender que No livro de Habacuque, não é só o país que está em grande tensão, mas também o profeta. Ele não sabia, mas Deus purificaria o seu povo por meio do juízo. Por meio da guerra, Deus traria uma paz porvindoura para Jerusalém. Por meio do cativeiro, os judeus seriam libertos da idolatria. Além do mais, a nação precisava reaver os seus pecados. Depois, Deus trataria com a Babilônia. Porém, essas questões não foram percebidas pelo profeta; por isso, Habacuque viu-se alcançado por uma grande crise (TROTA, 2021, p. 105).

I – HABACUQUE

O profeta Habacuque profetizou no período auge do império babilônico. O império babilônico na sua humilde origem pertenceu ao império Assírio, porém no ano 622 a.C., Nabopolassar pai de Nabucodonozor foi proclamado rei em Babilônia. Com este passo iniciava-se uma nova dinastia na mesopotâmia. Nos dias de Nabucodonozor houve a reconstrução da babilônia que tinha sido destruída por Senaqueribe rei da Assíria.

É neste período de auge babilônico que Deus levanta o profeta Habacuque. Deus consolou a Judá ao falar por intermédio de Naum sobre a destruição de Nínive, porém Habacuque questiona a Deus sobre a ação cruel dos babilônicos aos judeus.

Segundo alguns estudiosos Habacuque pertencia à família sacerdotal e provavelmente era um profeta bem aceito pela sociedade.

Assim como Naum o profeta Habacuque transmite o peso de Deus aos judeus (Hc 1.5-11) e aos babilônicos (Hc 1. 12-2.1).

II – A CRISE DO PROFETA

Os dois primeiros capítulos do livro são marcados por queixas, exortações e por palavras de consolo. Habacuque é o primeiro profeta a questionar o agir de Deus no mundo, Deus é santo porque então Ele tolera o mal (Hc 1.13-17). Portanto, a queda de Nínive não resolveu o problema de Judá, de fato, somente houve mudança da origem da opressão, porém a opressão continuava. O profeta não queria justificar os judeus, porém não aceitava que Deus castigasse os judeus usando uma nação pior do que eles.

A contenda existe pela frouxidão da lei e na ausência da lei aumenta-se a corrupção.

No que tange a resposta divina compreende que o pior sobreviria sobre Judá e posteriormente o pior sobreviria aos caldeus, era apenas uma questão de tempo. O profeta Habacuque deveria entender que Deus estava no controle de tudo.

Judá sofreria o cativeiro, enquanto o império babilônico sofreria o colapso final. Tal império não teve uma vida longa, em menos de um século demonstrava sinal de fraqueza e no ano 538 a.C., foi conquistado e destruído pelo império Medo-persa.

III – A FÉ COMO FORMA DE VIDA

Dois são os textos mais citados do livro do profeta Habacuque: primeiro; “o justo viverá pela sua fé” (Hc 2.4) e o segundo é “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).

Os efeitos do primeiro texto tem sido marcante na história da igreja, principalmente no período da reforma protestante, com Martinho Lutero. Já o segundo também tem sido presente no dia a dia da igreja, pois pela misericórdia de Deus o avivamento tem sido presente em cada período, quando em algum lugar as chamas se apagam em outros elas se acendem e o avivamento torna-se presente e veemente.

E sobre a fé prática descrita por Habacuque argumenta Trota:

Para testemunhar sua fé, Habacuque fez um cântico de adoração ao Senhor. A verdadeira fé gera frutos visíveis. Não se trata de um conhecimento escondido e camuflado, mas de uma certeza tão forte e evidente que transborda em nossas vidas e ações. Ele começou seu livro com lamento e desespero, mas terminou com cântico e ações. Essa mudança repentina foi fruto de sua convicção na soberania de Deus na história. Ele creu, em seu íntimo, que Deus estava no controle de tudo (2021, p. 115).

REFERÊNCIA:

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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