HABACUQUE: A FÉ COMO FORMA DE VIDA
A presente lição tem como Síntese:
A fé é o fundamento da
vida cristã. Devemos confiar em Deus mesmo quando aparentemente as peças não se
encaixam, pois Ele está no controle de todas as coisas.
E apresenta os seguintes objetivos
específicos:
Explicar o contexto
histórico, estrutura e mensagem do livro de Habacuque;
Apresentar as dificuldades
do profeta Habacuque em compreender os caminhos de Deus;
Esclarecer a importância
da fé como elemento essencial da vida cristã.
É necessário compreender que No livro de Habacuque, não é só o país que está em grande
tensão, mas também o profeta. Ele não sabia, mas Deus purificaria o seu povo
por meio do juízo. Por meio da guerra, Deus traria uma paz porvindoura para
Jerusalém. Por meio do cativeiro, os judeus seriam libertos da idolatria. Além do
mais, a nação precisava reaver os seus pecados. Depois, Deus trataria com a
Babilônia. Porém, essas questões não foram percebidas pelo profeta; por isso,
Habacuque viu-se alcançado por uma grande crise (TROTA, 2021, p.
105).
I – HABACUQUE
O profeta Habacuque profetizou no período
auge do império babilônico. O império babilônico na sua humilde origem
pertenceu ao império Assírio, porém no ano 622 a.C., Nabopolassar pai de
Nabucodonozor foi proclamado rei em Babilônia. Com este passo iniciava-se uma
nova dinastia na mesopotâmia. Nos dias de Nabucodonozor houve a reconstrução da
babilônia que tinha sido destruída por Senaqueribe rei da Assíria.
É neste período de auge babilônico que Deus
levanta o profeta Habacuque. Deus consolou a Judá ao falar por intermédio de
Naum sobre a destruição de Nínive, porém Habacuque questiona a Deus sobre a
ação cruel dos babilônicos aos judeus.
Segundo alguns estudiosos Habacuque pertencia
à família sacerdotal e provavelmente era um profeta bem aceito pela sociedade.
Assim como Naum o profeta Habacuque transmite
o peso de Deus aos judeus (Hc 1.5-11) e aos babilônicos (Hc 1. 12-2.1).
II – A CRISE DO
PROFETA
Os dois primeiros capítulos do livro são
marcados por queixas, exortações e por palavras de consolo. Habacuque é o
primeiro profeta a questionar o agir de Deus no mundo, Deus é santo porque
então Ele tolera o mal (Hc 1.13-17). Portanto, a queda de Nínive não resolveu o
problema de Judá, de fato, somente houve mudança da origem da opressão, porém a
opressão continuava. O profeta não queria justificar os judeus, porém não
aceitava que Deus castigasse os judeus usando uma nação pior do que eles.
A contenda existe pela frouxidão da lei e na
ausência da lei aumenta-se a corrupção.
No que tange a resposta divina compreende que
o pior sobreviria sobre Judá e posteriormente o pior sobreviria aos caldeus,
era apenas uma questão de tempo. O profeta Habacuque deveria entender que Deus
estava no controle de tudo.
Judá sofreria o cativeiro, enquanto o império
babilônico sofreria o colapso final. Tal império não teve uma vida longa, em
menos de um século demonstrava sinal de fraqueza e no ano 538 a.C., foi
conquistado e destruído pelo império Medo-persa.
III – A FÉ COMO
FORMA DE VIDA
Dois são os textos mais citados do livro do
profeta Habacuque: primeiro; “o justo viverá pela
sua fé” (Hc 2.4) e o segundo é “Ouvi,
Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no
meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc
3.2).
Os efeitos do primeiro texto tem sido
marcante na história da igreja, principalmente no período da reforma
protestante, com Martinho Lutero. Já o segundo também tem sido presente no dia
a dia da igreja, pois pela misericórdia de Deus o avivamento tem sido presente
em cada período, quando em algum lugar as chamas se apagam em outros elas se
acendem e o avivamento torna-se presente e veemente.
E sobre a fé prática descrita por Habacuque argumenta
Trota:
Para testemunhar sua fé,
Habacuque fez um cântico de adoração ao Senhor. A verdadeira fé gera frutos
visíveis. Não se trata de um conhecimento escondido e camuflado, mas de uma
certeza tão forte e evidente que transborda em nossas vidas e ações. Ele
começou seu livro com lamento e desespero, mas terminou com cântico e ações. Essa
mudança repentina foi fruto de sua convicção na soberania de Deus na história.
Ele creu, em seu íntimo, que Deus estava no controle de tudo (2021, p. 115).
REFERÊNCIA:
TROTA,
Israel Thiago. Vigilância, justiça e o
culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores.
Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário