Deus é Fiel

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sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Subsídio para aula da EBD – JONAS: DEUS AMA QUEM VOCÊ DETESTA

JONAS: DEUS AMA QUEM VOCÊ DETESTA

A presente lição tem como Síntese:

Deus ama os pecadores mais desprezíveis, e está pronto a perdoá-los desde que eles se arrependam de seus pecados.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Defender a historicidade do livro de Jonas;

Esclarecer os motivos que levaram o profeta a desobedecer à ordem de Deus;

E, Mostrar como às vezes temos dificuldade de compreender o amor de Deus, principalmente quando este amor alcança àqueles a quem nós reprovamos.

É necessário compreender que O livro de Jonas tem uma mensagem singular em relação aos demais profetas. Enquanto Joel, Amós e Obadias apresentam mensagens de juízo para as nações estrangeiras, esse livro oferece-nos a lição de que o amor de Deus não está circunscrito apenas em Israel (TROTA, 2021, p. 61).

I – JONAS

O nome Jonas, no hebraico, significa pomba ou pacífico, porém, o profeta Jonas está longe de ser um homem pacífico, pois o profeta encontrava se em um confronto com Deus. Enquanto a vontade de Deus era vida e salvação para os ninivitas o profeta queria a morte e a destruição dos ninivitas.

O livro do profeta Jonas ensina que a salvação é uma dádiva oferecida a todos os povos e não se restringe a Israel (é importante lembrar que a chamada de Israel tinha uma missão centrípeta, ou seja, todas as nações chegariam a Israel pelo testemunho da nação eleita) e também apresenta a salvação como dádiva de Deus que é recebida pela fé e não pelas obras.

Portanto, o tema principal do livro é a infinita misericórdia de Deus. Deus é que intervém na história e ninguém pode impedir o seu agir. Pois, a misericórdia divina é demonstrada na ação de Deus em justificar os ninivitas e não em condená-los como queria o profeta Jonas (Jn 4.2).

Jonas tinha que entender que: quanto à pessoa de DEUS, Ele é um Pai bondoso, misericordioso, paciente e grande em benignidade. Ele tanto castiga como manifesta o seu grande amor, quando há verdadeiro arrependimento.

(...)

A lição que Deus ensina para Jonas por meio desse ato é que se ele não fosse nada para a sua existência, e declarava uma raiva por causa da sua perda, justificando assim a sua ira, como é que Deus não poderia manifestar compaixão para com o povo da cidade de Nínive?

Deus tem paciência com os pecadores, é isso que aprendemos nesse acontecimento envolvendo Jonas (GOMES, 2016, p. 73).

II – A EXPERIÊNCIA DO PROFETA

A chamada de Deus para com o profeta Jonas pode ser dividida didaticamente em dois momentos. Para compreensão torna-se necessário identificar em primeira chamada e segunda chamada.

Na primeira chamada de Deus para com Jonas percebe-se que o profeta teve como atitude a desobediência, obtendo como resultado a prática da desobediência e deixa como lição: quem desobedece nunca cresce sempre desce.

Enquanto na segunda chamada a atitude visível do profeta corresponde com a prática de obediência que obteve como resultado o arrependimento dos ninivitas e se notabiliza como a seguinte lição: quem obedece nunca desce sempre cresce.

No que corresponde ao grande peixe Trota (2021) enfatiza que o peixe não foi uma ação punitiva do Senhor para com o profeta, mas de fato foi um ato de livramento.

Jonas se arrependeu, logo é necessário compreender que arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).

O arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, 2006, p. 235).

O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias no interior do cristão.

Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (ALLEN; RADMACHER; HOUSE, p. 467).

III – A LIÇÃO DO LIVRO

No capítulo três nota-se a conversão dos ninivitas após o sermão de Jonas que foi ministrado com apenas sete palavras (no hebraico tal sermão não ultrapassou a cinco palavras – Jn 3.4). O resultado foi à conversão dos ninivitas pela graça do Senhor.

Os ninivitas demonstraram os seguintes sinais de autêntica conversão:

Arrependimento sincero (Jn 3.5);

Confiança profunda em Deus (Jn 3.5);

Abandono das práticas pecaminosas (Jn 3.8);

E, posição de humildade diante de Deus (Jn 3.9).

Para todo ministro do evangelho não há maior demonstração de um ministério bem-sucedido do que a salvação de almas. O profeta Jonas deveria está alegre, porém estava triste. O profeta Jonas queria a destruição dos ninivitas e o mesmo sabia que Deus é Deus de misericórdia (Jn 4.2).

Por fim, Deus teve compaixão de Nínive e do profeta Jonas.

REFERÊNCIA:

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar: doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

GOMES, Osiel. As obras da carne e o fruto do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

RADMACHER, Earl D; ALLEN, Ronaldo B;  HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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