Deus é Fiel

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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

EBD - Subsídio da Lição: JESUS CRISTO, E ESTE CRUCIFICADO – A MENSAGEM DO APÓSTOLO

JESUS CRISTO, E ESTE CRUCIFICADO – A MENSAGEM DO APÓSTOLO

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática: O Cristo crucificado, o centro da mensagem da cruz, é a encarnação da verdadeira sabedoria para a salvação.

A verdade prática proporcionar compreender que:

Ø    A mensagem da cruz é o centro do Evangelho de Cristo.

Ø    A mensagem da cruz descreve a sabedoria de Deus ao mundo.

Sendo que a presente lição tem como objetivo geral:

Ressaltar que Jesus Cristo, e este crucificado, é o centro da mensagem cristã. E como objetivos específicos: Destacar a centralidade da pregação de Paulo; Elencar as expressões-chave na doutrina de Paulo; e, Pontuar os efeitos da mensagem da cruz.

I – ACENTRALIDADE DA PREGAÇÃO DE PAULO

Para os que se consideravam sábios a mensagem da cruz era descrita como afronta, pois os pensadores da época consideravam a pregação do Cristo da cruz em uma tolice. Logo, enquanto os filósofos rejeitavam a cruz por ser considerada sem atração de princípios de sabedoria, já para os cristãos a mensagem da cruz representa a sabedoria de Deus.

Compreende ainda que a mensagem da cruz é o centro “de toda revelação de Deus [...] A cruz constitui-se a centralidade da fé para a salvação” (CABRAL, 2021, p. 64).

Vale ressaltar que a pregação da cruz anula a sabedoria dos homens, pois Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são (1 Co 1.27,28).

A sabedoria que tem a sua origem em Deus é libertadora, pois outorga ao ser humano o conhecimento do bem e conduz o mesmo a tomar decisões que agrade a Deus.

Todos que desejam a sabedoria deverão pedir a Deus e a busca-la. Salomão assim escreveu: “eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8.17). Os que buscarem a sabedoria a encontrarão. Buscar significa desejar e correr atrás para obtê-la. Salomão no início do seu reinado pediu a Deus sabedoria para governar um povo grande e numeroso. Por fim, a sabedoria é fundamental para a liderança eficiente e eficaz (Gn 41.39), e também muito importante para a tomada de decisões (At 15.13-34).

II – EXPRESSÕES-CHAVE NA DOUTRINA DE PAULO

Há três expressões fundamentais e essenciais para a compreensão do presente tópico:

Ø    Evangelho de Cristo.

Ø    Cristo crucificado.

Ø    Cristo ressurreto.

O evangelho de Cristo corresponde com a libertação ministrada aos corações dos homens mediante a graça do Senhor. Enquanto, a frase Cristo crucificado permite compreender que há demonstração do poder e da sabedoria de Deus, assim como descreve a necessidade de pregar a doutrina da expiação.

Portanto, a essência da mensagem se notabiliza em pregar Cristo ressurreto e como prova da ressurreição de Jesus é válido citar que:

O sepulcro estava vazio. A primeira prova da ressurreição do Messias é o sepulcro vazio “mas ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus” (Jo 20.1-8). A pedra que estava no sepulcro pesava em média duas toneladas e possuía o selo romano, fato que impedia a qualquer um de tocar na pedra. A pedra foi removida e o sepulcro ficou vazio.

As aparições do Messias. Jesus apareceu a Maria – como consolador; às mulheres – como restaurado da alegria; a Pedro – como restaurador; aos dez discípulos – como doador da paz; aos dois discípulos no caminho para Emaús – como instrutor; aos onze e a Tomé – como confirmador da fé; a Pedro e a João – como interessado nas atividades da vida e; aos quinhentos – como chefia e com autoridade.

Os discípulos foram transformados. Pedro agia por impulso, porém após a ressurreição de Jesus o apóstolo passou a pensar conforme o querer do Espírito Santo. Logo esta é mais uma prova da ressurreição de Jesus.

A mudança do dia de descanso. Na Antiga Aliança o sábado era o dia em que as atividades religiosas eram realizadas, porém com a ressurreição de Jesus os discípulos não mais observaram o sábado como dia santo, mas utilizaram do domingo para as principais celebrações da igreja (At 20.7).

A existência da igreja. A igreja existe não por ser uma organização perfeita, mas porque Jesus ressuscitou dos mortos. O trabalho do Senhor Jesus continua a ser realizado na terra, sendo que esta atividade nos dias atuais é desenvolvida pela igreja, portanto porque Jesus vive a igreja continua.

III – EFEITOS DA MENSAGEM DA CRUZ

Para o crente transformado pelo o Senhor a mensagem da cruz produz os seguintes efeitos:

Ø Vida no poder de Deus.

Ø Vida de humildade.

Ø Vida de dependência do Espírito Santo.

Logo, a salvação permite compreender que o cristão é nova criatura e está de acordo com a vontade de Deus. A mensagem da cruz é poder de Deus para salvação de todos aqueles que crerem.

Referências

CABRAL, Elienai. O apóstolo Paulo: lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

sábado, 23 de outubro de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – O TRIBUNAL DE CRISTO

 O TRIBUNAL DE CRISTO

Conforme a Síntese:

Todos os salvos em Jesus Cristo, um dia, deverão comparecer diante do Tribunal de Cristo. Ali cada um será recompensado por suas atitudes e obras.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    O tribunal de Cristo é para os salvos.

ü    Atitudes e obras definirão as recompensas.


 A presente lição tem como objetivos:

Explicar como será o Tribunal de Cristo;

Evidenciar o que acontecerá no Tribunal de Cristo;

E, Compreender o que receberemos no Tribunal de Cristo.

I – O QUE É O TRIBUNAL DE CRISTO

O tribunal de Cristo é o julgamento das obras dos crentes (Rm 14.10).

A razão é que todos os cristãos são responsáveis diante do seu Senhor, Jesus Cristo, diante de quem comparecerão um dia. Diante do tribunal de Cristo, a vida de todo cristão será avaliada para determinar a cada um a sua recompensa (RADMACHER; ALLEN;HOUSE, 2013, p. 399).

No Juízo Final serão analisados os pecados e as obras dos indivíduos para condenação ou justificação. Já no Tribunal de Cristo os salvos de todos os tempos serão julgados por suas obras para receberem o galardão e não para serem condenados, pois o Tribunal de Cristo não tem a finalidade para condenar, mas para galardoar.

Logo, o Tribunal de Cristo ocorrerá no céu, enquanto que os ímpios estarão passando pela Grande Tribulação na terra. Já o Juízo do Grande Trono Branco ocorrerá após o milênio e no momento deste evento passará o céu e terra.

Para o cristão é necessário que este esteja em Jesus Cristo, pois esta é a condição para ser salvo e para permanecer salvo. O escritor aos Hebreus assim afirmou: segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). A santificação é o elo da salvação que não poderá ser ausente da vida do crente, pois o santificar é o separar de tudo aquilo que desagrada a Deus para ser por Deus usado.

Passar por sofrimento não indica que o indivíduo será salvo. Mas, o sofrimento enfrentado pelos cristãos indica que estes receberão galardão por tudo que passaram e ainda passarão pelo amor a Cristo e ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. E o consolo para os que sofreram perseguições, naquele dia receberá o galardão das mãos do próprio Senhor Jesus (2 Tm 4.8; Jo 5.22).

II – O QUE ACONTECERÁ NO TRIBUNAL DE CRISTO

As obras a serem julgadas serão divididas em dois grupos: obras que não perecerão e as obras que perecerão.

Obras que não perecerão. Corresponde com as obras de ouro, prata e pedras preciosas.

Obras comparadas ao ouro correspondem com as obras realizadas pelos crentes para a glória de Deus. Indica também que estas obras foram realizadas em parceria com Deus, ou seja, em comunhão com Deus.

Para Lima: Se tratamos os irmão e os outros com o amor de Deus, isso é comparado a ouro (2015, p. 69).

Já as obras de prata correspondem com as obras desenvolvidas com a intenção básica a redenção das pessoas, ou seja, correspondem com atitudes voltadas para a pregação do Evangelho aos pecadores.

Sobre as obras de prata acrescenta Lima:

O crente que ganha almas, que prega a Palavra, que dá bom testemunho da sua fé em Jesus, está realizando obras de prata. Os obreiros do Senhor que cuidam bem do rebanho realizam obras de prata. Visitar os enfermos, os carentes, evangelizar, podem ser obras de prata (2015, p. 69).

Por fim, as obras comparadas a pedras preciosas correspondem com as obras desenvolvidas pelo poder do Espírito Santo na vida do cristão. Diretamente se associa com as obras desenvolvidas com o auxilio do Espírito Santo em outorgar ao crente os dons espirituais.

Para Lima: São obras na unção do Espírito Santo. Evangelizar, pregar, cantar na unção, podem ser pedras preciosas. (2015, p. 69).

Obras que perecerão. Correspondem com as obras de madeira, feno e palha.

As obras comparadas a madeira são comparadas às obras desenvolvidas pelas pessoas sem a intenção plena de fazerem para a glória de Deus.

Já as de feno correspondem com as atividades desenvolvidas com o interesse próprio, isto é, com o intuito da fama.

E por fim, as de palha indicam atividades desenvolvidas por pessoas inconstantes, isto é, obras sem firmeza da pessoa que a desenvolve.

O texto (1 Co 3.15) fala sobre o elemento fogo. O fogo aqui não corresponde com condenação, mas com avaliação das obras desenvolvidas pelos cristãos.

O fogo prova a qualidade do ouro, mas consome a madeira, o feno e o restolho. Algumas boas obras, na verdade, consistem em uma busca por reconhecimento. O verdadeiro valor desse serviço ficará óbvio para todos no dia do Juízo de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 416).

III – O QUE ACONTECERÁ NO TRIBUNAL DE CRISTO

Todos os que serão arrebatados prestarão contas perante Deus, por tudo que fizerem e como fizeram. Deus tem outorgado aos cristãos talentos para que estes venham desenvolver atividades para a salvação de todos os que ainda não conhecem o Salvador. Sendo que todas as atividades realizadas pelos cristãos até mesmo aquelas que são consideradas mínimas no contexto eclesiástico, haverá galardão.

Referência

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

EBD - Subsídio da Lição: PAULO, A VOCAÇÃO PARA SER APÓSTOLO

PAULO, A VOCAÇÃO PARA SER APÓSTOLO

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática: Deus chama pessoas para realizar grandes feitos no reino divino.

No contexto bíblico percebe-se a existência de três tipos de chamados: para ser salvo, para servir e para ser glorificado. Compreende-se que todos os seres humanos possui um chamado específico outorgado por Deus. Porém, Deus tem como plano que todos sejam salvos em Cristo Jesus, fato que corresponde com o primeiro tipo de chamado.

Sendo que a presente lição tem como objetivo geral:

Revelar que Deus vocaciona atualmente os crentes para a sua obra. E como objetivos específicos: Salientar o ponto de partida para a vocação de Paulo; Enfatizar que a vocação de Paulo foi efetivada pelo Cristo Ressurreto; e, Relacionar a vocação de Paulo com o aprendizado no deserto.

I – O PONTO DE PARTIDA PARA A VOCAÇÃO DE PAULO

Saulo, o mesmo que Saul, tem como significado o desejado foi em sua prática de fé judaica assolador da igreja primitiva (At 8.3), invadia as casas, arrastava e lançava na prisão os cristãos, porém Deus o chamou para ser propagador do evangelho aos gentios, aos reis e aos filhos de Israel (At 9.15).

Portanto, a conversão de Paulo demonstrada pelo o escrito de Lucas revela que o apóstolo foi impactado intelectualmente e emocionalmente. Esta verdade ocorrida com Paulo demonstra que a igreja ao pregar o evangelho precisa conduzir os descrentes ao conhecimento da verdade para impactá-los em meio aos saberes interiorizado.

O apóstolo Paulo em suas 13 cartas se apresenta de três maneiras: servo, apóstolo e prisioneiro. As cartas antigas começam com o nome e credenciais do remetente e também uma saudação ao destinatário. Com estas três credenciais torna-se notório que o apóstolo Paulo exercia com primazia o ministério no qual tinha sido chamado.

Como servo (Rm 1.1,Fp 1.1, Tt 1.1), o apóstolo Paulo foi submisso a Deus e não teve medo de assumir riscos em prol do Evangelho. Por tal atitude Paulo foi um servo sofredor (2 Co 11.23-28).

Além de servo, Paulo em algumas das suas cartas se apresenta como apóstolo (Rm 1.1,  1Co 1.1, Cl 1.1), como apóstolo Paulo queria demonstrar para as igrejas a validade de seu chamado.

E por fim, como prisioneiro Paulo se apresenta a Filemon tanto para demonstrar a sua situação no momento como prisioneiro e para introduzir o assunto que tinha a expor com o destinatário (Fm 1.1).

II – UMA VOCAÇÃO EFETIVADA PELO O CRISTO RESSURRETO

A vocação de Paulo assim como de cada cristão tem como fundamento a mensagem da ressurreição de Jesus, pois se Cristo não tivesse ressuscitado seria vã a pregação do evangelho, assim como a eficácia proporcionada pela pregação do evangelho não seria evidente.

O poder não está na pessoa que prega, mas está no dono do Evangelho. A diferença da mensagem corresponde com a descrição da veracidade do evangelho. E uma verdade que produz efeito ao pecador ao escutar a pregação corresponde com a mensagem da ressurreição de Jesus.

Compreende que a ressurreição de Jesus confirmou suas palavras, sua pessoa e obra, e assim como comprovou a validade de sua morte.

Confirmação das palavras do Messias. No testemunho da morte e ressurreição prevista o mestre expressou as seguintes palavras: “derribai este templo, e em três dias o levantarei” (Jo 2.13-25). Se o Messias não tivesse ressuscitado estas palavras não teriam a confirmação.

Confirmação da pessoa e das obras do Messias. As obras messiânicas são divididas nas seguintes partes: vida do Messias, morte do Messias e a ressurreição do Messias. Porém, quando é citado que as obras de Jesus são confirmadas pela ressurreição, as obras inseridas são: os milagres e os ensinos. Portanto, na ressurreição do Senhor Jesus as suas obras foram confirmadas.

Confirmação da morte. Nenhum efeito teria a morte de Jesus se não houvesse a ressurreição, pois na morte do Messias a lei, o pecado, a enfermidade, satanás e a própria morte seriam vencidos, mas caso Ele não ressuscitasse não haveria vitória. Portanto, com a ressurreição de Jesus sua morte foi confirmada como sacrifício aceitável para salvação de todos aqueles que nEle crerem.

III – VOCAÇÃO DE PAULO E O APRENDIZADO NO DESERTO

Deserto é lugar de aprendizagem e assim pode definir que no deserto Paulo aprendeu a:

A dominar as paixões, substituindo-as pelo o gozo da salvação.

A ser dependente de Deus em qualquer circunstância.

A ser íntimo de Deus por meio da oração e consagração.

A ser um grande líder que dialogou com os cristãos primitivos instruindo-os a serem fiéis a Deus.

Por fim, o deserto é lugar de manifestação e de revelação. No deserto as pessoas serão manifestadas, não a quem elas aparentam ser, mas quem de fato elas são. Logo, isto é uma revelação direta. Nos dias atuais com o avanço tecnológico e com os efeitos da globalização a sociedade não busca entender e aceitar o ser humano, mas querem conhecer o que as pessoas possuem. Não o que tem, mas quem são as pessoas deverá ser a nossa preocupação.

sábado, 16 de outubro de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – O ARREBATAMENTO DA IGREJA

 O ARREBATAMENTO DA IGREJA

Conforme a Síntese:

O Arrebatamento da Igreja será tão repentino que não haverá chance para arrependimento ou preparo de última hora.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    O arrebatamento será repentino.

ü    O arrebatamento não tem aos olhos dos homens uma data definida.

ü    É necessário que o cristão ande vigilante.

A presente lição tem como objetivos:

Explicar o que e quando se dará o arrebatamento;

Evidenciar que o arrebatamento da Igreja é para os crentes;

E, Compreender que precisamos aguardar o arrebatamento da Igreja com vigilância.

Palavras-chave para compreensão da lição: segunda vinda de Cristo e arrebatamento.

1- Segunda vinda de Cristo. A segunda vinda de Jesus ocorrerá em duas fases que são compreendidas da seguinte maneira:

1.1- A primeira fase. Será nos ares com o objetivo arrebatar a igreja (1 Ts 4.16,17). Não será visível a todos.

1.2- A segunda fase. Juntamente com os santos Jesus virá a terra para reinar por mil anos. Esta vinda será visível a todos (Mt 24.26,27).

Soares complementa com a seguinte explicação:

Semelhantemente, quando for cumprir a promessa de voltar a este mundo, fá-lo-á em duas fases: a primeira em oculto para o mundo, num piscar de olhos, ante o ressoar da última trombeta, e a outra, sete anos depois, publicamente, em glória, quando todo o olho o verá. Ambos os eventos de manifestação do poder de Deus serão marcantes para o mundo e trarão surpresas aos que habitam na Terra. Serão intervenções incisivas divinas no curso da história, que alterarão drasticamente as condições da vida (2021, p. 33).

2- Arrebatamento. O mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Ts 4.16).

Sobre a ressurreição é válido descrever que biblicamente há três tipos específicos que são: ressurreição de mortos, ressurreição dentre os mortos e ressurreição dos mortos.

2.1- Ressurreição de mortos. É o tipo de ressurreição que abrange todos aqueles que por milagre divino tiveram suas vidas restabelecidas. Os exemplos são: o filho da viúva de Sarepta (1 Rs 17.21-22), o filho da Sunamita (2 Rs 4.34,35), o homem que tocou os ossos de Eliseu (2 Rs 13.43,44), o filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17), a filha de Jairo ( Mc 5. 40-42), Lázaro (Jo 11.43,44), Tabita (At 9.40,41) e o jovem Êutico (At 20.9-12).

2.2- Ressurreição dentre os mortos. Neste segundo tipo de ressurreição encontra pela ordem a ressurreição do Senhor Jesus (1 Co 15.23), os que ressuscitarão no momento do arrebatamento da igreja (1 Co 15.23,24), as duas testemunhas (Ap 11.11,12) e a ressurreição dos mártires da grande tribulação (Ap 20.4).

2.3- Ressurreição dos mortos. É o tipo de ressurreição que abrange a todos aqueles que morreram em seus delitos e pecados, ou seja, é a ressurreição geral (Jo 5.29).

2.4- O instante do arrebatamento. Alarido significa grande barulho. No texto corresponde ao fato da ressurreição dentre os mortos que ocorrerá no momento do arrebatamento. Voz de arcanjo indica que israelitas convertidos ao Senhor Jesus serão também arrebatados para estarem com Cristo Jesus. Já a trombeta de Deus corresponde com a participação daqueles que estiverem vivos no momento do arrebatamento da igreja.

O arrebatamento será no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os mortos (1 Co 15.22,23), a transformação dos vivos (1 Co 15.51,52), o arrebatamento dos fiéis e a apresentação da igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9).

Referência

SOARES, Reynaldo O. Martins. Jesus Cristo voltará: fé e perseverança para o glorioso dia com o Senhor da Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

EBD - Subsídio da Lição: A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO

 A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A verdadeira conversão a Cristo leva em conta o arrependimento, a fé em Jesus e uma completa transformação no pensamento, vontade e ação do homem.

Palavra chave para a presente lição é conversão, lembrando que a conversão é o momento em que o indivíduo aceita a Cristo e permite que o Espírito Santo habite em sua vida. No instante em que o indivíduo se arrepende de seus pecados, o mesmo estará aceitando o julgamento e o castigo na intenção de receber perdão e esperança pela transformação alcançada em Cristo Jesus, logo, a condição para a salvação é o arrependimento e a salvação ocorre mediante a fé.

Uma mudança radical de comportamento foi notada em Saulo não apenas fisicamente, mas a mudança de pensamento acerca de Cristo, a quem ele perseguia também foi percebida (CABRAL, 2021, p. 42).

Sendo que a presente lição tem como objetivo geral:

Asseverar que a salvação é por meio da graça, acompanhada de arrependimento e fé do pecador como resposta à salvação. E como objetivos específicos: Apresentar a conversão de Saulo como ato da graça de Deus; Relacionar a conversão de Saulo com a doutrina bíblica da conversão; e, Elencar três faculdades interiores que são transformadas na conversão.

I – A CONVERSÃO DE SAULO: UM ATO DA GRAÇA DE DEUS

Dois sentidos do físico humano sempre estão relacionados com a conversão a Cristo: a visão e a audição. O apóstolo Paulo viu a luz e ouviu de Jesus a seguinte frase: Saulo, Saulo, porque me persegues? (At 9.4). Sobre a interrogação de Jesus direcionada a Saulo pode-se compreender que:

Por que me persegues? Perseguindo a Igreja, Saulo estava perseguindo o próprio Cristo (1 Co 12.27). Os argumentos de Estevão no fim de seu discurso diante do Sinédrio, a expansão do evangelho e a resposta extraordinária dos cristãos diante da perseguição impactaram Saulo, mas ele, em sua fúria e zelo  religioso, continuou resistindo  tais ações e influências do Espírito Santo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2010, p. 316).

Tendo como base a vida do apóstolo Paulo compreende-se que a graça divina justifica. O amor de Deus é a manifestação direta da graça reconciliadora para com os homens. Portanto, os homens não possuem capacidade para retribuir a Deus tão grande salvação, mas em contra partida deve ser grato a Deus por maravilhosa obra desenvolvida para o bem espiritual da humanidade.

O crente precisa conhecer três verdades básicas: quão grande é o nosso pecado, quão grande é a graça de Deus que nos redimiu e quão grande deve ser nossa gratidão a Deus por sua graça (STAM apud POMMERENING, 2017, p. 83).

II – SAULO E A DOUTRINA BÍBLICA DA CONVERSÃO

O arrependimento poderá se manifestar de maneira negativa, assim como de maneira positiva. O arrependimento quando negativo é descrito no reconhecimento do pecado, porém a pessoa não volta para Deus, enquanto o arrependimento positivo se manifesta quando a pessoa reconhece que pecou e volta para Deus.

Arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).

O arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, 2006, p. 235).

O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias no interior do cristão.

Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.467).

III – AS TRÊS FACULDADES INTERIORES TRANSFORMADAS NA CONVERSÃO

A alma humana se notabiliza por três faculdades que são: intelecto, emoções e vontade. Quando o ser humano se converte o seu saber deverá ser nutrido pelo o Espírito Santo, assim como as emoções deverão ser conduzidas em prol dos sentimentos de Cristo e a vontade deverá ser sempre em fazer a vontade de Deus. Fator que descreve que houve o novo nascimento.

Sendo que o novo nascimento é definido pela palavra regeneração, que significa gerar novamente. Termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.

Referências

CABRAL, Elienai. O apóstolo Paulo: lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar: doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

RADMACHER, Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

sábado, 9 de outubro de 2021

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – SINAIS DA SEGUNDA VINDA DE JESUS CRISTO

 SINAIS DA SEGUNDA VINDA DE JESUS CRISTO

Conforme a Síntese:

Ninguém sabe o dia em que se dará o Arrebatamento da Igreja. Esse dia não pode ser marcado, mas há consideráveis sinais que mostram a proximidade do Dia do Senhor.

Com base na descrição acima da verdade prática, conclui-se que:

ü    O dia do arrebatamento da Igreja não é notório.

ü    O dia do arrebatamento da Igreja não poderá ser marcado.

ü    Porém, há sinais consideráveis que mostram a proximidade do dia do arrebatamento da Igreja.

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar alguns dos sinais da volta de Jesus Cristo;

Evidenciar mais alguns sinais da volta de Jesus Cristo;

E, Compreender o que o Senhor Jesus Cristo ensinou a respeito da vigilância.

Palavras-chaves para compreensão da lição: Sinais e vigilância.

Sinais. Os sinais que antecedem o arrebatamento da igreja são divididos de forma didática em duas partes. A primeira parte corresponde com sinais nos céus e a segunda com sinais na terra.

1- Sinais nos céus. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas (Lc 21.25). A lua desviou da órbita em cerca de vinte quilômetros, logo, a mudança na órbita define sinais presentes nesta obra criada. Para Dr. Crommeli, “algumas influências desconhecidas estão agindo sobre a lua, e não temos a menor ideia do que sejam” (apud BANCROFT, 2006, p. 330).

Sobre as estrelas assim descreve Bancroft:

[...] em 1918, uma nova estrela de primeira grandeza foi descoberta por diversos olhos ao mesmo tempo, e imediatamente foi verificada pelo observatório de Greenwich.

Outras descobertas importantes no céu têm seguido em ordem e com suficiente frequência para trazer o mundo ciente dos sinais nas estrelas, que aumentarão, apontando a vinda de Cristo e o fim da dispensação (2006, p. 330).

2- Sinais na terra. Sinais que estão divididos em: naturais, políticos, tecnológicos e espirituais. Os sinais naturais se cumprem na natureza física e na humana. Na física haverá terremotos (Mt 24.7) e na humana haverá pestilência (Mt 24.7).

Os sinais na política serão notáveis nos acordos entre as nações (Dn 2.7) e nas guerras existenciais entre os povos (Mt 24.7).

Já os tecnológicos (Dn 12.4; Na 2.4) se define com o aumento dos transportes, tanto nacionais como internacionais, nada é senão verdadeiramente fenomenal, quer visto em relação aos indivíduos que participam dos mesmos, quer aos meios e métodos empregados (BANCROFT, 2006, p. 331).

Por fim, os espirituais se tornarão notórios com o aumento da iniquidade (Mt 24.12), logo haverá a apostasias (1 Tm 4.1).

Vigilância. A vigilância está diretamente relacionada com os cuidados próprios para com a vida espiritual, assim como para com a vinda do Senhor Jesus. No que corresponde com a vida espiritual é necessário que o cristão venha dedica-se a cada dia ao Senhor, já no que corresponde à vinda de Jesus é necessário que os cristãos estejam atentos para com os sinais.

Sinais que se cumprirão na Igreja, nos céus e na terra. É necessário que os cristãos vigiem no que corresponde à apostasia que é um sinal que demonstra que Jesus breve virá.

A apostasia é tipo o adultério, porém espiritual, ou seja, é traição a Deus. E assim escreveu Lima:

Apostasia (gr. apostasia) significa desvio, afastamento, abandono. Tem o sentido também de revolta, rebelião, no sentido religioso. Numa definição clara, apostasia quer dizer abandono da fé [...] Apostasia, no original do Novo Testamento, vem do verbo aphistemi, com o sentido de rejeitar uma posição anterior, aderindo a posição diferente e contraditória à primeira fé, repelindo-a em favor de nova crença (2015, p. 23).

A apostasia é o abandono premeditado da fé. E conforme os ensinos bíblicos é um tipo de adultério espiritual. No contexto ministerial há líderes que se apostataram da fé, abraçando posições que outrora eram rejeitas pelo mesmo. Porém, o maior problema causado por tal atitude se refere ao desvio de uma comunidade. Líderes que mudam suas concepções erroneamente levam consigo inúmeras pessoas. E pelo o passar do tempo percebe o fracasso espiritual de inúmeras famílias. Logo, é necessário que o cristão seja vigilante para não cair em tentação.

Referência:

BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar: doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

LIMA, Elinaldo Renovato de. O Final de todas as coisas: esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.