Deus é Fiel

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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

EBD - Subsídio da Lição: A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO

 A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A verdadeira conversão a Cristo leva em conta o arrependimento, a fé em Jesus e uma completa transformação no pensamento, vontade e ação do homem.

Palavra chave para a presente lição é conversão, lembrando que a conversão é o momento em que o indivíduo aceita a Cristo e permite que o Espírito Santo habite em sua vida. No instante em que o indivíduo se arrepende de seus pecados, o mesmo estará aceitando o julgamento e o castigo na intenção de receber perdão e esperança pela transformação alcançada em Cristo Jesus, logo, a condição para a salvação é o arrependimento e a salvação ocorre mediante a fé.

Uma mudança radical de comportamento foi notada em Saulo não apenas fisicamente, mas a mudança de pensamento acerca de Cristo, a quem ele perseguia também foi percebida (CABRAL, 2021, p. 42).

Sendo que a presente lição tem como objetivo geral:

Asseverar que a salvação é por meio da graça, acompanhada de arrependimento e fé do pecador como resposta à salvação. E como objetivos específicos: Apresentar a conversão de Saulo como ato da graça de Deus; Relacionar a conversão de Saulo com a doutrina bíblica da conversão; e, Elencar três faculdades interiores que são transformadas na conversão.

I – A CONVERSÃO DE SAULO: UM ATO DA GRAÇA DE DEUS

Dois sentidos do físico humano sempre estão relacionados com a conversão a Cristo: a visão e a audição. O apóstolo Paulo viu a luz e ouviu de Jesus a seguinte frase: Saulo, Saulo, porque me persegues? (At 9.4). Sobre a interrogação de Jesus direcionada a Saulo pode-se compreender que:

Por que me persegues? Perseguindo a Igreja, Saulo estava perseguindo o próprio Cristo (1 Co 12.27). Os argumentos de Estevão no fim de seu discurso diante do Sinédrio, a expansão do evangelho e a resposta extraordinária dos cristãos diante da perseguição impactaram Saulo, mas ele, em sua fúria e zelo  religioso, continuou resistindo  tais ações e influências do Espírito Santo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2010, p. 316).

Tendo como base a vida do apóstolo Paulo compreende-se que a graça divina justifica. O amor de Deus é a manifestação direta da graça reconciliadora para com os homens. Portanto, os homens não possuem capacidade para retribuir a Deus tão grande salvação, mas em contra partida deve ser grato a Deus por maravilhosa obra desenvolvida para o bem espiritual da humanidade.

O crente precisa conhecer três verdades básicas: quão grande é o nosso pecado, quão grande é a graça de Deus que nos redimiu e quão grande deve ser nossa gratidão a Deus por sua graça (STAM apud POMMERENING, 2017, p. 83).

II – SAULO E A DOUTRINA BÍBLICA DA CONVERSÃO

O arrependimento poderá se manifestar de maneira negativa, assim como de maneira positiva. O arrependimento quando negativo é descrito no reconhecimento do pecado, porém a pessoa não volta para Deus, enquanto o arrependimento positivo se manifesta quando a pessoa reconhece que pecou e volta para Deus.

Arrependimento significa retornar e se dedicar a Deus, isto é, corresponde com o abandono do pecado. O pecado é tudo aquilo que separa o ser humano de Deus. O autêntico arrependimento proporciona a ocorrência de dois elementos: ódio ao pecado (Sl 97.10) e a tristeza por causa do pecado (2 Co 7.10).

O arrependimento é o primeiro aspecto da experiência inicial da salvação experimentada pelo crente, experiência essa que é chamada conversão. A conversão autêntica é uma parte essencial e a prova da regeneração. A regeneração é a obra de Deus no íntimo e a conversão é a exteriorização da salvação, por parte do homem, através do arrependimento e da fé. O arrependimento tem muito de negativo e diz ao pecado em seus muitos aspectos e formas, especialmente ao pecado da incredulidade (BANCROFT, 2006, p. 235).

O arrependimento outorga liberdade das prisões manifestadas pela ação dominadora do pecado. Pois, o pecado escraviza o indivíduo e retira a alegria outorgada por Deus. O arrependimento corresponde com uma entrega à pessoa de Deus, para que por meio da santificação o Espírito Santo de Deus outorgue as transformações necessárias no interior do cristão.

Percebe-se também que o arrependimento positivo permite que o sentimento de culpa o acompanhe, assim também como a tristeza segundo Deus (2 Co 7.10). A genuína tristeza gerada pelo arrependimento quanto ao pecado cometido leva a pessoa a uma mudança de mentalidade e a uma reconciliação com Deus. Como o termo arrependimento significa voltar-se para Deus, que é o Salvador, o arrependimento resulta em libertação espiritual e salvação (2 Co 6.2). Infelizmente, o tipo de tristeza que o mundo gera opera a morte (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.467).

III – AS TRÊS FACULDADES INTERIORES TRANSFORMADAS NA CONVERSÃO

A alma humana se notabiliza por três faculdades que são: intelecto, emoções e vontade. Quando o ser humano se converte o seu saber deverá ser nutrido pelo o Espírito Santo, assim como as emoções deverão ser conduzidas em prol dos sentimentos de Cristo e a vontade deverá ser sempre em fazer a vontade de Deus. Fator que descreve que houve o novo nascimento.

Sendo que o novo nascimento é definido pela palavra regeneração, que significa gerar novamente. Termo grego para regeneração é παλιγγενεσία e significa novo nascimento, regeneração, reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada. Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.

Referências

CABRAL, Elienai. O apóstolo Paulo: lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar: doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

RADMACHER, Earl D.; ALLEN, Ronald B.; HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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