Deus é Fiel

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terça-feira, 10 de agosto de 2021

EBD - Subsídio da Lição: O MINISTÉRIO DE ELISEU

 O MINISTÉRIO DE ELISEU

A verdade prática apresenta a seguinte descrição:

Deus usou, e ainda usa, seus servos para realizar milagres. Basta ter fé e confiança no Senhor, que Ele opera maravilhas.

O ministério profético de Eliseu é definido sistematicamente por três virtudes: fé, obediência e unção. Tais virtudes podem explicar os seguintes pontos fundamentais da vida de Eliseu citados em 2 Reis, que são:

(1) Pede uma porção dobrada de graça, (2.9).

(2) Divide o Jordão, (2.14).

(3) Sara as águas, (2.19-22).

(4) Amaldiçoa os rapazes que zombaram dele, (2.23-24).

(5) Consegue água para um exército, (3.15-20).

(6) Aumenta o azeite da viúva, (4.1-7).

(7) Ressuscita a um menino, (4.18-37).

(8) Purifica o alimento nocivo, (4.38-41).

(9) Alimenta a multidão, (4.42-44).

(10) Sara a Naamã, o leproso, (5.5-15).

(11) Faz que Gezi fique leproso, (5.20-27).

(12) Faz flutuar o ferro de um machado, (6.1-7).

(13) Revela os planos do rei da Síria, cap. 6.

(14) Provoca cegueira nos sírios, (6.18-20).

(15) Profetiza abundância para uma cidade açoitada pela fome, (7.1-18).

(16) Garante à mulher sunamita a restauração da sua terra, (8.3-6).

(17) Profetiza a exaltação de Hazael, (8.7-15).

(18) Ordena a unção de Jeú como rei, (9.1-6).

(19) Conserva o poder profético até em seu leito de morte, (13.14-19).

(20) O poder divino se manifesta em seu túmulo, mesmo após a sua morte, (13.20-21).

Portanto, o segredo de seu poder seu desejo de receber porção dobrada de graça o capacitou a viver numa atitude de contínua vitória. Porém, o que mais chama atenção na vida de Eliseu é o inicio do seu ministério. A primeira obra desenvolvida por Eliseu foi lavar as mãos do profeta Elias (2 Rs 3.11), ou seja, os filhos que muito serve, muito será usado por Deus.

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Destacar alguns dos milagres de Eliseu como confirmação de seu ministério profético. E como objetivos específicos: Evidenciar que o Senhor zela por seu povo; Demonstrar a fé e a confiança da viúva de Sarepta; e, Sinalizar o ato de fé de Eliseu.

I – ELISEU SALVA TRÊS REIS E SEUS EXÉRCITOS

Os três reis em análise sintetizam a realidade proveniente da prática dos líderes do cenário político da época. Lideranças que eram apresentadas por serem bons ou maus. Porém, a descrição destes líderes se associava com a interatividade deles para com Deus. O ser mau não correspondia basicamente a uma má administração pública, mas tratava-se de como o monarca se interagia com Deus.

Sobre o milagre das águas em abundância comenta Radmacher; Allen e House:

A rota era muito difícil, o que se verifica pela afirmação não tinham água. Em uma campanha militar como essa, tanto os homens como os animais precisariam de mais águas do que podiam carregar consigo.

[...]

Assim como em muitos milagres do Antigo Testamento, as palavras do profeta instruem o homem sobre como ele deve agir (2 Rs 4.3,4,41;6.6), para que a fé humana e a provisão caminhem juntas (2013, p. 599).

II – ELISEU AUMENTA O AZEITE DA VIÚVA

O milagre da multiplicação do azeite da viúva foi motivado por duas questões: a necessidade da mulher e a ação misericordiosa de Deus. O relato bíblico de 2 Reis capítulo 4, descreve a história de uma viúva que teria o perdão de uma dívida do falecido marido, com a retirada de seus dois filhos, para tonarem servos do credor. Porém, o texto mostra que onde há necessidades, haverá possibilidades de milagres pela misericórdia do Senhor.

O profeta Eliseu em diálogo com a viúva inicia-se com uma pergunta: declara-me. Este termo expõe o conhecimento de causa por parte da viúva. Ninguém melhor do que ela para descrever o que possuía ou o que se passava em sua casa. A mulher tinha perdido o marido que era dos filhos dos profetas e servo de Eliseu e tinha como padrão de vida o temor ao Senhor. E agora estava preste a perder os seus filhos.

Na indagação do profeta aprende a seguinte lição: as soluções do problema estão mais próximas do que imaginamos. A resolução de qualquer problema estar relacionado com a ação do indivíduo, pois se o mesmo desiste de lutar como vencerá? Por outra ótica nota-se que a viúva desconhecia a solução e nem imaginava que a vitória estaria na sua própria casa.

No histórico de 2º Reis capítulo 4, encontra-se a perfeita definição para visão. Saiba a quem procurar quando não souber aonde ir. A viúva foi ao encontro do profeta e este ato foi definitivo para a sua vitória.

III – A MORTE QUE HAVIA NA PANELA

A frase-chave para a compreensão do presente tópico é “ESCOLA DE PROFETAS”. Frase que indica a um lugar, em que funciona uma instituição voltada para com o ensino. A Escola de Profetas era uma instituição do Antigo Testamento que tinha como objetivo primordial a transmissão de valores morais e espirituais aos discentes.

A Escola de Profetas não ensinava aos discentes a profetizar, pois a profecia é de origem divina, ou seja, é mensagem provinda de Deus para alguém, com isto percebe se que a Escola de Profetas transmitia os valores culturais e espirituais de Israel, tendo em vista a passagem cronológica da nação israelita que de fato teve sua origem com a escolha do patriarca Abraão, foi formada no Egito e estabelecida como nação forte no auge dos governos de Davi e Salomão. Portanto, a escola de profetas era uma instituição preocupada com os valores espirituais de Israel.

A Escola de Profetas era uma organização e para isto necessitava de espaço físico para atender a demanda necessária de seus alunos. E por outra ótica a Escola era um organismo vivo, isto é, tinha uma relação direta para com Deus.

Como organismo a Escola de Profetas venceu reinos e anos. O surgimento da referida Escola se deu nos dias ministeriais de Samuel, homem íntegro e temente a Deus que preocupava com a educação dos filhos da nação israelita, porém a Escola como organismo cresceu, frutificou e se fortaleceu, tal fortalecimento se concretizou nos dias dos profetas Elias e Eliseu.

Referência

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico AntigoTestamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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