NAUM: ATÉ ONDE VAI PACIÊNCIA DE DEUS
A presente lição tem como Síntese:
A misericórdia de Deus nos
oferece novas oportunidades, porém, há um momento em que a paciência de Deus
cede lugar a sua justiça, pois o culpado jamais será tratado como inocente na
hora do juízo.
E apresenta os seguintes objetivos
específicos:
Apresentar o livro e a
mensagem de Naum;
Refletir sobre a natureza
de Deus, seu amor, sua longanimidade, sua justiça e sua ira;
Explicar o porquê de um
juízo divino tão rigoroso sobre a Assíria.
É necessário compreender que Naum é um profeta de um único tema: o juízo divino contra
a Assíria. Ele prognosticou a derrocada do opressor assírio e a resultante
libertação do oprimido Judá. Assim como Jonas, Naum endereçou sua mensagem aos
assírios, mas enquanto Jonas apresentou (contrariamente à sua vontade) a suspensão
do juízo para aquele povo, Naum previu a sua destruição (TROTA, 2021, p. 95).
I – NAUM
O profeta Naum se apresenta como elcosita,
cidade assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive. Porém, Cafarnaum é
apresentada como cidade de nascimento do profeta. Na obra de Naum Deus é
apresentado em sua teofania que vem em uma ventania muito forte e o seu grito
faz com que toda a natureza trema de medo (Na 1.2-8).
O juízo sobre Nínive era certo. Nínive foi
fundada por Ninrode, homem que se tornou conhecido e respeitado em sua época.
Há relatos históricos que Ninrode foi o primeiro homem a domar cavalos. Após a
morte de Ninrode iniciou-se na terra o pecado da idolatria, pois com a morte do
mesmo a geração daquele período passou a venerá-lo, e com resultado negativo a
região entre rios, Mesopotâmia, passou a ser conhecida como região pagã.
Porém, os assírios tornam-se conhecidos pela
extrema crueldade em que tratava os povos vencidos. Mas, agora era o fim.
No que tange os capítulos do livro assim
disserta Trota:
Os três capítulos do livro
podem ser vistos como um único poema. O primeiro reflete sobre a natureza de
Deus, o segundo descreve a queda de Nínive e, por último, o terceiro capítulo
apresenta os motivos que levaram Nínive à destruição. O tom do livro é severo.
A mensagem constitui um peso, ou seja, é uma sentença judicial austera da parte
de Deus (Na 1.2). (TROTA, 2021, p. 98).
Em suma, o livro tem como tema central a
queda de Nínive. O termo usado no versículo 1º do capítulo 1 indica peso como
carga, sentença, ou seja, o livro tem como tema a queda de Nínive. O livro de
Naum reforça a mensagem do Novo Testamento: Deus não permitirá que o pecador
permaneça impune (Na 1.3).
II – A NATUREZA DE
DEUS
O Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança
(v.2a). Vingança refere à colheita, ou seja, tomar vingança por ter feito algo
errado que não agradara a Deus. Os ninivitas tinham plantado e agora iriam
colher conforme o plantio. Deus vingará daqueles que se opuserem à sua palavra
e ao seu reino. Deus usa de longanimidade para com os seres humanos, porém,
Deus espera o arrependimento do pecador, caso isto não aconteça virá à justiça divina.
[...] A benevolência
divina não deixa Deus vulnerável ou fragilizado na hora de executar os seus
juízos; pelo contrário, quando necessário, Ele persegue os seus inimigos com
trevas (Na 1.8). O juízo sobre Nínive é comparado à metáfora da inundação
transbordante que a tudo destrói (Na 1.8). É provável que o profeta esteja
fazendo menção ao exército invasor que atacaria Nínive, tal como um dilúvio
inundante penetraria em todos os espaços provocando destruição (TROTA, 2021, p. 100).
Deus não destruiu os ninivitas porque lhe
faltou o poder ou por não ter poder, mas porque Deus foi bondoso e tardio para
ira-se, porém o juízo estava próximo.
III – OS PECADOS
DA ASSÍRIA: ATÉ ONDE VAI A PACIÊNCIA DE DEUS
A ganância a injustiça em Nínive era prescrita
socialmente por dois vícios: mentira e roubo. Entretanto, o mal praticado na
comunidade Assíria era materializado por meio da força e por meio da persuasão.
Da ganância atos injustos eram praticados. Por meio da força a maldade era
propagada na comunidade. Pois, os assírios eram:
[...] mestres do terror. Essa
reputação foi conquistada por todas as crueldades cometidas ao longo dos anos:
decepar as mãos, os pés, orelhas e narizes, esfolhar os cativos vivos, etc.
também era uma cidade cheia de mentiras e roubos. Os acordos e tréguas com
nações próximas eram quebradas, e as suas palavras, descumpridas
(TROTA, 2021. p. 103).
E sobre o fim do império da Assíria é
fundamental compreender que:
[...] mesmo quando Deus
usa uma nação pra cumprir Seus propósitos voltados para o juízo, isso não a isenta
de sua culpa diante do Senhor. Era a vez de Nínive sentir a ira de Deus. O
último grande imperador da Assíria foi Osnapar [mais conhecido como
Assurbanípal] (669-627 a.C). Após sua morte, a nação não subsistiu por muito tempo,
pois o Senhor estava contra ela (Na 2.13-3.3) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1364).
REFERÊNCIA:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo
Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel,
2013.
TROTA,
Israel Thiago. Vigilância, justiça e o
culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores.
Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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