Deus é Fiel

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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Subsídio para aula da EBD – NAUM: ATÉ ONDE VAI PACIÊNCIA DE DEUS

 NAUM: ATÉ ONDE VAI PACIÊNCIA DE DEUS

A presente lição tem como Síntese:

A misericórdia de Deus nos oferece novas oportunidades, porém, há um momento em que a paciência de Deus cede lugar a sua justiça, pois o culpado jamais será tratado como inocente na hora do juízo.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Apresentar o livro e a mensagem de Naum;

Refletir sobre a natureza de Deus, seu amor, sua longanimidade, sua justiça e sua ira;

Explicar o porquê de um juízo divino tão rigoroso sobre a Assíria.

É necessário compreender que Naum é um profeta de um único tema: o juízo divino contra a Assíria. Ele prognosticou a derrocada do opressor assírio e a resultante libertação do oprimido Judá. Assim como Jonas, Naum endereçou sua mensagem aos assírios, mas enquanto Jonas apresentou (contrariamente à sua vontade) a suspensão do juízo para aquele povo, Naum previu a sua destruição (TROTA, 2021, p. 95).

I – NAUM

O profeta Naum se apresenta como elcosita, cidade assíria, situada a 38 quilômetros de Nínive. Porém, Cafarnaum é apresentada como cidade de nascimento do profeta. Na obra de Naum Deus é apresentado em sua teofania que vem em uma ventania muito forte e o seu grito faz com que toda a natureza trema de medo (Na 1.2-8).

O juízo sobre Nínive era certo. Nínive foi fundada por Ninrode, homem que se tornou conhecido e respeitado em sua época. Há relatos históricos que Ninrode foi o primeiro homem a domar cavalos. Após a morte de Ninrode iniciou-se na terra o pecado da idolatria, pois com a morte do mesmo a geração daquele período passou a venerá-lo, e com resultado negativo a região entre rios, Mesopotâmia, passou a ser conhecida como região pagã.

Porém, os assírios tornam-se conhecidos pela extrema crueldade em que tratava os povos vencidos. Mas, agora era o fim.

No que tange os capítulos do livro assim disserta Trota:

Os três capítulos do livro podem ser vistos como um único poema. O primeiro reflete sobre a natureza de Deus, o segundo descreve a queda de Nínive e, por último, o terceiro capítulo apresenta os motivos que levaram Nínive à destruição. O tom do livro é severo. A mensagem constitui um peso, ou seja, é uma sentença judicial austera da parte de Deus (Na 1.2). (TROTA, 2021, p. 98).

Em suma, o livro tem como tema central a queda de Nínive. O termo usado no versículo 1º do capítulo 1 indica peso como carga, sentença, ou seja, o livro tem como tema a queda de Nínive. O livro de Naum reforça a mensagem do Novo Testamento: Deus não permitirá que o pecador permaneça impune (Na 1.3).

II – A NATUREZA DE DEUS

O Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança (v.2a). Vingança refere à colheita, ou seja, tomar vingança por ter feito algo errado que não agradara a Deus. Os ninivitas tinham plantado e agora iriam colher conforme o plantio. Deus vingará daqueles que se opuserem à sua palavra e ao seu reino. Deus usa de longanimidade para com os seres humanos, porém, Deus espera o arrependimento do pecador, caso isto não aconteça virá à justiça divina.

[...] A benevolência divina não deixa Deus vulnerável ou fragilizado na hora de executar os seus juízos; pelo contrário, quando necessário, Ele persegue os seus inimigos com trevas (Na 1.8). O juízo sobre Nínive é comparado à metáfora da inundação transbordante que a tudo destrói (Na 1.8). É provável que o profeta esteja fazendo menção ao exército invasor que atacaria Nínive, tal como um dilúvio inundante penetraria em todos os espaços provocando destruição (TROTA, 2021, p. 100).

Deus não destruiu os ninivitas porque lhe faltou o poder ou por não ter poder, mas porque Deus foi bondoso e tardio para ira-se, porém o juízo estava próximo.

III – OS PECADOS DA ASSÍRIA: ATÉ ONDE VAI A PACIÊNCIA DE DEUS

A ganância a injustiça em Nínive era prescrita socialmente por dois vícios: mentira e roubo. Entretanto, o mal praticado na comunidade Assíria era materializado por meio da força e por meio da persuasão. Da ganância atos injustos eram praticados. Por meio da força a maldade era propagada na comunidade. Pois, os assírios eram:

[...] mestres do terror. Essa reputação foi conquistada por todas as crueldades cometidas ao longo dos anos: decepar as mãos, os pés, orelhas e narizes, esfolhar os cativos vivos, etc. também era uma cidade cheia de mentiras e roubos. Os acordos e tréguas com nações próximas eram quebradas, e as suas palavras, descumpridas (TROTA, 2021. p. 103).

E sobre o fim do império da Assíria é fundamental compreender que:

[...] mesmo quando Deus usa uma nação pra cumprir Seus propósitos voltados para o juízo, isso não a isenta de sua culpa diante do Senhor. Era a vez de Nínive sentir a ira de Deus. O último grande imperador da Assíria foi Osnapar [mais conhecido como Assurbanípal] (669-627 a.C). Após sua morte, a nação não subsistiu por muito tempo, pois o Senhor estava contra ela (Na 2.13-3.3) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1364).

REFERÊNCIA:

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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