Deus é Fiel

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domingo, 22 de novembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus

Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus

A verdade prática permite compreender que A verdadeira sabedoria está associada ao temor do Senhor e não ao mero acúmulo de conhecimento. E com base no Texto Áureo percebe-se que Aqui está o clímax da argumentação de Jó sobre a sabedoria e a sua origem. Ela é divina! Não apenas divina, mas, também relacional. Jó mostra não apenas a origem da sabedoria, de onde ela vem, mas também delineia o caminho que nos conduzirá até ela. Deus é a fonte da sabedoria, e o temor do Senhor é o meio de chegar-se até ela (GONÇALVES, 2020, p. 113).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral:

Mostrar que a verdadeira sabedoria consiste no temor do Senhor.

E como objetivos específicos:

Expor que todos os esforços humanos são inúteis para a aquisição da sabedoria divina.

Destacar que a sabedoria tem seu preço, e que excede todos os bens materiais existentes.

Revelar que o verdadeiro valor da sabedoria é de natureza espiritual.

I – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM NATURAL

Deus outorga habilidade aos homens para explorar os minérios naturais. Os onze primeiros versículos do capítulo (28) são palavras introdutórias de Jó em seu discurso, onde descreve que os homens possuem a ciência terrena, enquanto que a sabedoria é um dom divino e tem sua origem em Deus.

Por meio das habilidades o homem passa a usufruir dos bens terreno, transformando a matéria bruta em metal trabalhado (v.2), põe fim nas trevas (v.3) e consegue povoar áreas até então despovoada. Tais ações são habilidades humanas outorgadas por Deus para a sobrevivência do ser humano.

Já no versículo 12 o patriarca faz duas perguntas:

Mas onde se achará a sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?

Sobre este versículo pode concluir-se que:

A palavra sabedoria (v. 20) está enfatizando a verdadeira sabedoria que só o Senhor conhece (v. 23-27) e que as pessoas podem aprender ao relacionar-se com Ele (v. 28).

[...] As perguntas a respeito do paradeiro da sabedoria e da inteligência (v. 12), portanto, recebem uma resposta enfática: Não está em parte alguma da terra dos viventes (versículo 14, complementado pelos versículos 21 e 22) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 807).

II – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM COMERCIAL

Jó ensina que a sabedoria tem valor e não preço. No que tange ao valor indica que a sabedoria contribui com o bem-estar, porém por não possuir preço indica que a sabedoria não se negocia, ou seja, a sabedoria não estar à venda.

Todos que desejam a sabedoria deverão pedir a Deus e a buscá-la. Salomão assim escreveu: “eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão” (Pv 8.17). Os que buscarem a sabedoria a encontrarão. Buscar significa desejar e correr atrás para obtê-la. Porém, o patriarca Jó conforme os versículos 13 ao 19, chegou a seguinte conclusão:

Todos os versículos dessa estrofe contém pelo menos uma vez a palavra não em hebraico, ressaltando a ausência da sabedoria e até mesmo do desejo de obtê-la (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 807).

Lembrando que Salomão no início do seu reinado pediu a Deus sabedoria para governar um povo grande e numeroso.  Pois, sobre a importância da sabedoria é necessário compreender que ela é fundamental para o desenvolvimento da liderança eficiente e eficaz (Gn 41.39), e também é importante para a tomada de decisões (At 15.13-34).

III – A SABEDORIA VISTA COMO UM BEM ESPIRITUAL

O terceiro parágrafo do capítulo se inicia com a seguinte pergunta:

De onde, pois, vem a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? (v. 20).

Percebe-se que há uma repetição de palavras igualmente como iniciou o segundo parágrafo. Mas, a diferença pode ser notável no que o patriarca passa a defender, pois no segundo parágrafo a ideia era a respeito da sabedoria comercial, porém agora a ideia corresponde com a sabedoria espiritual que em sua essência suprema consiste em adorar a Deus, não em cair na inútil ideia de emitir opiniões (GONÇALVES, 2020, p. 113).

REFERÊNCIA

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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