Jó e a Inescrutável Sabedoria de Deus
A verdade prática permite compreender que A verdadeira sabedoria está associada ao temor do Senhor e
não ao mero acúmulo de conhecimento. E com base no Texto Áureo percebe-se que Aqui está o clímax da argumentação de Jó sobre a
sabedoria e a sua origem. Ela é divina! Não apenas divina, mas, também
relacional. Jó mostra não apenas a origem da sabedoria, de onde ela vem, mas
também delineia o caminho que nos conduzirá até ela. Deus é a fonte da
sabedoria, e o temor do Senhor é o meio de chegar-se até ela (GONÇALVES,
2020, p. 113).
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral:
Mostrar que a verdadeira
sabedoria consiste no temor do Senhor.
E como objetivos específicos:
Expor que todos os esforços
humanos são inúteis para a aquisição da sabedoria divina.
Destacar que a sabedoria
tem seu preço, e que excede todos os bens materiais existentes.
Revelar que o verdadeiro
valor da sabedoria é de natureza espiritual.
I – A SABEDORIA VISTA COMO
UM BEM NATURAL
Deus outorga habilidade aos homens para
explorar os minérios naturais. Os onze primeiros versículos do capítulo (28) são
palavras introdutórias de Jó em seu discurso, onde descreve que os homens
possuem a ciência terrena, enquanto que a sabedoria é um dom divino e tem sua
origem em Deus.
Por meio das habilidades o homem passa a usufruir
dos bens terreno, transformando a matéria bruta em metal trabalhado (v.2), põe fim
nas trevas (v.3) e consegue povoar áreas até então despovoada. Tais ações são
habilidades humanas outorgadas por Deus para a sobrevivência do ser humano.
Já no versículo 12 o patriarca faz duas
perguntas:
Mas onde se achará a
sabedoria? E onde está o lugar da inteligência?
Sobre este versículo pode concluir-se que:
A palavra sabedoria (v. 20)
está enfatizando a verdadeira sabedoria que só o Senhor conhece (v. 23-27) e
que as pessoas podem aprender ao relacionar-se com Ele (v. 28).
[...] As perguntas a
respeito do paradeiro da sabedoria e da inteligência (v. 12), portanto, recebem
uma resposta enfática: Não está em parte alguma da terra dos viventes
(versículo 14, complementado pelos versículos 21 e 22) (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 807).
II – A SABEDORIA VISTA COMO
UM BEM COMERCIAL
Jó ensina que a sabedoria tem valor e não
preço. No que tange ao valor indica que a sabedoria contribui com o bem-estar,
porém por não possuir preço indica que a sabedoria não se negocia, ou seja, a
sabedoria não estar à venda.
Todos que desejam a sabedoria deverão pedir a
Deus e a buscá-la. Salomão assim escreveu: “eu amo
aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão” (Pv
8.17). Os que buscarem a sabedoria a encontrarão. Buscar significa desejar e
correr atrás para obtê-la. Porém, o patriarca Jó conforme os versículos 13 ao
19, chegou a seguinte conclusão:
Todos os versículos dessa
estrofe contém pelo menos uma vez a palavra não em hebraico, ressaltando a
ausência da sabedoria e até mesmo do desejo de obtê-la (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 807).
Lembrando que Salomão no início do seu
reinado pediu a Deus sabedoria para governar um povo grande e numeroso. Pois, sobre a importância da sabedoria é necessário
compreender que ela é fundamental para o desenvolvimento da liderança eficiente
e eficaz (Gn 41.39), e também é importante para a tomada de decisões (At
15.13-34).
III – A SABEDORIA VISTA COMO
UM BEM ESPIRITUAL
O terceiro parágrafo do capítulo se inicia
com a seguinte pergunta:
De onde, pois, vem a
sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? (v. 20).
Percebe-se que há uma repetição de palavras
igualmente como iniciou o segundo parágrafo. Mas, a diferença pode ser notável
no que o patriarca passa a defender, pois no segundo parágrafo a ideia era a
respeito da sabedoria comercial, porém agora a ideia corresponde com a
sabedoria espiritual que em sua essência suprema consiste
em adorar a Deus, não em cair na inútil ideia de emitir opiniões (GONÇALVES, 2020, p. 113).
REFERÊNCIA
GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração
de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro:
Editora Central Gospel, 2013.
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