Fogo Estranho
Diante de Deus
A presente lição tem
como objetivo geral mostrar que o Deus Santo requer de seus
obreiros uma postura igualmente santa, zelosa e de comprovada excelência. E
como objetivos específicos:
Discutir
os privilégios de Nadabe e Abiú.
Mostrar
os perigos de se colocar fogo estranho no altar do Senhor.
Compreender
o porquê do luto no santo ministério.
Há necessidade por parte de quem foi chamado valorizar a vocação, fato
que não ocorreu com Nadabe e Abiú, homens vocacionados ao santo ministério que
se envolveram com fogo estranho.
[...] Ter
privilégios não constitui pecado algum. Mas fazer deles o fim de nosso
ministério pode levar-nos à perdição eterna. Zelemos, pois, pelo ofício com que
Jesus, por intermédio do Espírito Santo, agraciou-nos (ANDRADE, 2018, 77).
I – OS
PRIVILÉGIOS DE NADABE E ABIÚ
1- Ascendência levítica.
2- Ascendência araônica.
3- Participantes da glória de Deus.
Comentário:
Nadabe
e Abiú eram os filhos mais velhos de Arão. Eles acompanharam Moisés, junto com
Arão e os setenta líderes, na subida ao monte Sinai e viram Deus (Êx
24.1,9-11). Os irmãos também participaram, em companhia do pai, dos primeiros
sacrifícios registrados no capítulo 9 de Levítico. Até então, obedeceram a
Deus, e Ele aceitou tudo o que tinha sido feito naquele dia (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p.221).
Conforme a citação
percebe-se que Nadabe e Abiú eram filhos de Arão, logo eram eles descentes da
tribo de Levi, fato que os tornavam separados para o santo ministério
sacerdotal, corroboração também salientada por serem eles ascendentes de Arão.
Conforme Êxodo
24.1,9-11 Nadabe e Abiú, viram Deus, ou seja, participaram da exata
manifestação da glória divina, fato inédito ver a Deus e não serem atingidos
por nenhum dano.
Portanto, o
privilégio alcançado por serem descentes de Arão e de terem participado do
grupo seleto de ter contemplado a glória de Deus não outorgava aos filhos de
Arão o direito de pecarem, isto é, o de oferecerem fogo estranho.
II –
FOGO ESTRANHO NO ALTAR
1- Ignoraram a Deus.
2- Impaciência profana.
3- Apresentaram fogo estranho ao Senhor.
Comentário:
Em toda a Bíblia
Sagrada percebe-se que o fogo é símbolo direto de tudo o que se deve ser
respeitado, incialmente por Deus. Porém, Nadabe e Abiú fizeram menção do fogo
estranho. Há duas possíveis explicações a respeito do fogo estranho:
Primeira explicação: todo
fogo que não era retirado do altar tornava-se estranho. Possivelmente os filhos
de Arão pegaram fogo que possuía origem diferente da que Deus tinha instruído os
filhos de Levi.
Andrade assim
corrobora a presente explicação:
Não bastava
ter o incenso prescrito pelo Senhor; era imperioso ter igualmente a brasa
certa, para que Deus fosse dignamente honrado (Êx 30.9; Lv 16.12). Se o incenso
era exclusivo, a brasa também o era (Êx 30.37). Mas, pelo contexto da narrativa
sagrada Nadabe e Abiú não estavam preocupados nem com o incenso, nem com o fogo (ANDRADE,
2018, p.84).
Segunda explicação: o
termo estranho era utilizado para os estrangeiros anexando a estes os deuses
estranhos. É possível que eles estivessem seguindo o
exemplo de seu genitor incorporando a adoração de um deus pagão neste caso, no
exato momento em que Israel estava começando a adoração a Yahweh de acordo com
as normas que Ele indicara (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.222).
III –
LUTO NO SANTO MINISTÉRIO
1- A morte de Nadabe e Abiú.
2- A remoção dos cadáveres.
3- O luto é proibido.
Comentário:
Nadabe e Abiú utilizaram
fogo estranho, logo foram consumidos pelo fogo santo. O fogo que consumiu os
filhos de Arão corresponde com uma forma de punição.
Portanto, com a perca
dos filhos, Arão foi proibido por Deus de guardar o luto. Pois, era necessário
se resguardar em estado de pureza. Mas, sabe-se que o luto de Arão se
intensificou por causa da lembrança da desobediência de seus filhos para com os
princípios divinos.
Por fim, o luto serve
para enfraquecer o povo o que pode outorgar uma dispersão. Já o fogo santo
proporciona a unidade do corpo e o fortalecimento proveniente da parte divina.
Referência:
ANDRADE, Claudionor de. Adoração Santidade e Serviço: os princípios de Deus para a sua Igreja
em Levítico. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Velho Testamento.
Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário