Deus é Fiel

Deus é Fiel

segunda-feira, 12 de julho de 2021

EBD - Subsídio da Lição: ACABE E O PROFETA ELIAS

 ACABE E O PROFETA ELIAS

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

Deus é pai de amor, bondade e misericórdia abundantes, contudo, todo pecado e desobediência ao Senhor trazem consequências inevitáveis à vida humana.

O profetismo como movimento ocorreu entre o século nove e quatro a.C., e é considerado um dos pontos mais característico da religião bíblica. Elias faz parte da primeira repartição da divisão do profetismo, a dos profetas anteriores. Período em que a profecia tinha como ênfase olhar para trás, ou seja, olhar para o que tinha passado.

No que corresponde com a relação entre os dois personagens do título compreende-se que Acabe foi confrontado duramente por Elias em seu ministério, sendo que isto ocorreu por causa da maneira injusta de Acabe agir.

Elias como profeta tinha como missão restaurar o altar de Deus em Israel. Porém, nota-se que as dez tribos se afastaram de Deus por serem movidas por seus líderes. Os lideres temeram a perca da unidade das tribos e da submissão das mesmas para com o reino do norte que construíram altares a outras divindades e também expulsaram os sacerdotes de Deus de entre as suas tribos.

Portanto, a presente lição tem como objetivo geral: Asseverar que todo pecado gera uma consequência. E como objetivos específicos: Apresentar a perversidade de Acabe e Jezabel; Demonstrar o cuidado de Deus para com os seus filhos; e, Registrar a aridez espiritual do rei Acabe.

I – O CASAMENTO DE ACABE COM JEZABEL

Conforme Coelho algumas observações de Jezabel merecem bastante atenção:

Jezabel tinha origem fenícia, um povo que se dedicava à construção de embarcações e ao comércio (2020, p. 82).

Jezabel foi criada na cultura dos fenícios. A sua adoração a Baal certamente lhe foi ensinada na infância, e essa mentalidade de adoração seguiu os passos dela até a sua morte. Como fiel ao culto a Baal, ela não hesitou em levar a sua crença à terra de Israel (2020, p. 83).

A influência de Jezabel na história de Israel é registrada na Palavra de Deus por causa do casamento dela com o rei Acabe, que é descrito na Bíblia como um rei que “fez o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (1 Rs 16.30). Acabe conseguiu superar, dos reis que vieram antes dele, toda a maldade que eles fizeram juntos (2020, p. 84).

A primeira citação permite compreender a origem de Jezabel. É necessário recordar que os fenícios foram destaque na história por desenvolverem o alfabeto, porém este sem as vogais. O comércio e o desenvolvimento marítimo proporcionaram aos fenícios a prosperidade. Já a segunda citação permite compreender que Jezabel foi educada na cultura fenícia no que tange a adoração a Baal. Ao casar com o monarca de Israel, Jezabel não se envergonhou de sua cultura, ao contrário ela divulgou os princípios religiosos em que ela acreditava serem princípios autênticos. Por fim, a terceira citação, permite olhar para o casamento como jugo desigual. Jezabel conduziu Acabe e Israel ao colapso espiritual.

Jezabel como líder teve a capacidade de influenciar os israelitas à idolatria. Devota a Baal, deus da fertilidade, Jezabel conduziu o povo ao costume da prostituição cultual. No culto a Baal os adoradores, principalmente no período de seca, ofertavam pessoas em holocaustos. Geralmente os primogênitos eram oferecidos vivos, ou seja, eram queimados vivos, ação que tinha como objetivo apaziguar a ira da divindade.

Sob as ordens de Jezabel profetas foram perseguidos e Nabote foi assassinado.

O que mais pesa nesse crime é o fato de que Nabote foi morto por causa de um falso testemunho, sob a acusação de que tinha blasfemado contra Deus. Jezabel não servia ao Senhor, mas usou o nome dEle para promover uma acusação contra Nabote e matá-lo. Nabote havia respeitado o direito de manter a herança da sua família, mas foi acusado de ser blasfemo e, ainda por cima, por homens que tinham deixado de lado a fé no Deus Eterno.

Gente sem Deus pode usar o nome dEle quando lhe convém. Dois homens, filhos de Satanás, deram um falso testemunho, e Nabote foi apedrejado até morrer (COELHO, 2020, p. 87).

Pode durar, porém, Deus no momento certo punirá a impiedade cometida por alguém. Fato que é perceptível na pessoa de Jezabel que perseguiu os santos profetas e procurou com todas as forças matar a Elias. No entanto, o fim de Jezabel que foi trágico.

II – ELIAS PREVÊ A GRANDE SECA

Elias não é conhecido por seu passado anterior ao chamado ministerial e nem também é conhecido por sua família. De fato há um silêncio bíblico no que corresponde à família e o passado do profeta, mas no decorrer de sua trajetória Elias torna-se um arauto nas mãos de Deus. Logo, não é a família que determina o sucesso do ministério de alguém, mas a diferença se concretiza mediante o chamado de Deus na vida do vocacionado.

Hodiernamente inúmeras pessoas migram de determinadas denominações para tornarem notórios, ou seja, tornarem-se conhecidos. Porém, com o profeta Elias aconteceu diferentemente, a região em que ele nasceu e cresceu tornou-se conhecida por causa dele e não ele por causa do local em que nasceu.

Tisbe, lugarejo situado na região de Gileade, local de origem do profeta Elias tornou-se conhecido pelo ilustre filho. Que cidades e denominações tornem-se conhecidas por cada crente salvo em Cristo Jesus.

Por fim, a coragem e dedicação de Elias podem ser descritas pela intimidade que ele tinha estabelecido com Deus.

Todas as suas investidas contra a idolatria e a sua atuação profética eram fruto da intimidade que ele estabeleceu com Deus. Percebe-se que não era apenas ele quem falava nos seus momentos de oração, mas, algumas vezes, o próprio Deus estabeleceu diálogos com ele, determinando-lhe claramente quais seriam os seus próximos passos. A sua vida de comunhão com Deus deu autoridade e coragem a ele para confrontar os desvarios do rei Acabe e da rainha Jezabel, com todas as consequências oriundas desse enfrentamento (POMMERENING, 2021, p. 43).

III – O ENCONTRO DE ELIAS COM ACABE

A desobediência do rei Acabe proporcionou seca na terra de Israel. Pode-se compreender que a consequência do pecado de alguém provoca distúrbios e catástrofes para outros tantos. Porém, o pecado ainda não permite que a pessoa enxergue os seus limites e erros, fato que corrobora com as palavras de Acabe que ao ver Elias o acusou de perturbador de Israel. Acabe não enxergava o seu pecado, porém transfere seus erros para Elias.

Desta forma compreende as atitudes de Adão e de Eva que ao pecarem justificaram seus erros em culpar um terceiro.

Por fim, é necessário que o cristão esteja atento para com a convocação ao arrependimento, caso seja necessário.

Referência

COLEHO, Alexandre. Os Bons e Maus exemplos: aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

POMMERENING, Claiton. O plano de Deus para Israel em meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

Nenhum comentário:

Postar um comentário