ACABE E O PROFETA ELIAS
A presente lição apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
Deus é pai de amor, bondade e
misericórdia abundantes, contudo, todo pecado e desobediência ao Senhor trazem
consequências inevitáveis à vida humana.
O profetismo como movimento ocorreu entre o
século nove e quatro a.C., e é considerado um dos pontos mais característico da
religião bíblica. Elias faz parte da primeira repartição da divisão do profetismo,
a dos profetas anteriores. Período em que a profecia tinha como ênfase olhar
para trás, ou seja, olhar para o que tinha passado.
No que corresponde com a relação entre os
dois personagens do título compreende-se que Acabe foi confrontado duramente
por Elias em seu ministério, sendo que isto ocorreu por causa da maneira
injusta de Acabe agir.
Elias como profeta tinha como missão
restaurar o altar de Deus em Israel. Porém, nota-se que as dez tribos se
afastaram de Deus por serem movidas por seus líderes. Os lideres temeram a
perca da unidade das tribos e da submissão das mesmas para com o reino do norte
que construíram altares a outras divindades e também expulsaram os sacerdotes
de Deus de entre as suas tribos.
Portanto, a presente lição tem como objetivo
geral: Asseverar que todo pecado gera uma
consequência. E como objetivos específicos: Apresentar
a perversidade de Acabe e Jezabel; Demonstrar o cuidado de Deus para com os
seus filhos; e, Registrar a aridez espiritual do rei Acabe.
I – O
CASAMENTO DE ACABE COM JEZABEL
Conforme Coelho algumas observações de Jezabel
merecem bastante atenção:
Jezabel tinha origem
fenícia, um povo que se dedicava à construção de embarcações e ao comércio
(2020, p. 82).
Jezabel foi criada na
cultura dos fenícios. A sua adoração a Baal certamente lhe foi ensinada na
infância, e essa mentalidade de adoração seguiu os passos dela até a sua morte.
Como fiel ao culto a Baal, ela não hesitou em levar a sua crença à terra de
Israel (2020, p. 83).
A influência de Jezabel na
história de Israel é registrada na Palavra de Deus por causa do casamento dela
com o rei Acabe, que é descrito na Bíblia como um rei que “fez o que era mau
aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele” (1 Rs 16.30).
Acabe conseguiu superar, dos reis que vieram antes dele, toda a maldade que eles
fizeram juntos (2020, p. 84).
A primeira citação permite compreender a
origem de Jezabel. É necessário recordar que os fenícios foram destaque na
história por desenvolverem o alfabeto, porém este sem as vogais. O comércio e o
desenvolvimento marítimo proporcionaram aos fenícios a prosperidade. Já a
segunda citação permite compreender que Jezabel foi educada na cultura fenícia
no que tange a adoração a Baal. Ao casar com o monarca de Israel, Jezabel não
se envergonhou de sua cultura, ao contrário ela divulgou os princípios
religiosos em que ela acreditava serem princípios autênticos. Por fim, a
terceira citação, permite olhar para o casamento como jugo desigual. Jezabel
conduziu Acabe e Israel ao colapso espiritual.
Jezabel como líder teve a capacidade de
influenciar os israelitas à idolatria. Devota a Baal, deus da fertilidade,
Jezabel conduziu o povo ao costume da prostituição cultual. No culto a Baal os
adoradores, principalmente no período de seca, ofertavam pessoas em
holocaustos. Geralmente os primogênitos eram oferecidos vivos, ou seja, eram
queimados vivos, ação que tinha como objetivo apaziguar a ira da divindade.
Sob as ordens de Jezabel profetas foram
perseguidos e Nabote foi assassinado.
O que mais pesa nesse
crime é o fato de que Nabote foi morto por causa de um falso testemunho, sob a
acusação de que tinha blasfemado contra Deus. Jezabel não servia ao Senhor, mas
usou o nome dEle para promover uma acusação contra Nabote e matá-lo. Nabote
havia respeitado o direito de manter a herança da sua família, mas foi acusado
de ser blasfemo e, ainda por cima, por homens que tinham deixado de lado a fé
no Deus Eterno.
Gente sem Deus pode usar o
nome dEle quando lhe convém. Dois homens, filhos de Satanás, deram um falso
testemunho, e Nabote foi apedrejado até morrer (COELHO, 2020, p. 87).
Pode durar, porém, Deus no momento certo
punirá a impiedade cometida por alguém. Fato que é perceptível na pessoa de
Jezabel que perseguiu os santos profetas e procurou com todas as forças matar a
Elias. No entanto, o fim de Jezabel que foi trágico.
II – ELIAS PREVÊ A GRANDE
SECA
Elias não é conhecido por seu passado
anterior ao chamado ministerial e nem também é conhecido por sua família. De
fato há um silêncio bíblico no que corresponde à família e o passado do
profeta, mas no decorrer de sua trajetória Elias torna-se um arauto nas mãos de
Deus. Logo, não é a família que determina o sucesso do ministério de alguém,
mas a diferença se concretiza mediante o chamado de Deus na vida do
vocacionado.
Hodiernamente inúmeras pessoas migram de determinadas
denominações para tornarem notórios, ou seja, tornarem-se conhecidos. Porém,
com o profeta Elias aconteceu diferentemente, a região em que ele nasceu e
cresceu tornou-se conhecida por causa dele e não ele por causa do local em que
nasceu.
Tisbe, lugarejo situado na região de Gileade,
local de origem do profeta Elias tornou-se conhecido pelo ilustre filho. Que
cidades e denominações tornem-se conhecidas por cada crente salvo em Cristo
Jesus.
Por fim, a coragem e dedicação de Elias podem
ser descritas pela intimidade que ele tinha estabelecido com Deus.
Todas as suas investidas
contra a idolatria e a sua atuação profética eram fruto da intimidade que ele
estabeleceu com Deus. Percebe-se que não era apenas ele quem falava nos seus
momentos de oração, mas, algumas vezes, o próprio Deus estabeleceu diálogos com
ele, determinando-lhe claramente quais seriam os seus próximos passos. A sua
vida de comunhão com Deus deu autoridade e coragem a ele para confrontar os
desvarios do rei Acabe e da rainha Jezabel, com todas as consequências oriundas
desse enfrentamento (POMMERENING,
2021, p. 43).
III – O ENCONTRO DE ELIAS
COM ACABE
A desobediência do rei Acabe proporcionou
seca na terra de Israel. Pode-se compreender que a consequência do pecado de
alguém provoca distúrbios e catástrofes para outros tantos. Porém, o pecado ainda
não permite que a pessoa enxergue os seus limites e erros, fato que corrobora com
as palavras de Acabe que ao ver Elias o acusou de perturbador de Israel. Acabe não
enxergava o seu pecado, porém transfere seus erros para Elias.
Desta forma compreende as atitudes de Adão e
de Eva que ao pecarem justificaram seus erros em culpar um terceiro.
Por fim, é necessário que o cristão esteja
atento para com a convocação ao arrependimento, caso seja necessário.
Referência
COLEHO,
Alexandre. Os Bons e Maus exemplos:
aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
POMMERENING,
Claiton. O plano de Deus para Israel em
meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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