JOEL: O PODER DO ESPÍRITO SANTO NOS ÚLTIMOS DIAS
A presente lição tem como Síntese:
Mesmo em um contexto de
desastre natural e apatia religiosa, Joel profetizou o derramar do Espírito
Santo sobre toda a carne.
E apresenta os seguintes objetivos
específicos:
Expor o contexto histórico
de calamidade pública apresentada na profecia de Joel;
Explicar a importância de
uma conversão sincera como ato antecipatório ao recebimento do batismo com o
Espírito Santo;
E, Explanar o cumprimento
da profecia de Joel na dispensação da Igreja.
É necessário compreender que [...] Joel utilizou-se de uma calamidade nacional para
escrever as linhas do seu sermão profético. Oseias e Joel ensinam-nos uma
grande lição: nossas experiências têm muito a ensinar-nos, sobretudo do ponto
de vista espiritual (TROTA, 2021,
p. 33).
I – O PROFETA JOEL
O profeta Joel quando jovem, segundo dados
históricos, conhecia o profeta Eliseu e provavelmente conheceu o profeta Elias.
O nome Joel tem como significado Jeová é Deus.
Já no que tange ao livro de Joel percebe-se
que este tem como chave o Dia do Senhor. Na Bíblia o Dia do Senhor é diferente
do Dia de Cristo. O primeiro corresponde ao juízo e será destinado aos que
recusaram a ouvir e a obedecer à voz do Senhor, enquanto o segundo, Dia de
Cristo, corresponde com o arrebatamento e será destinado à igreja.
Para muitos estudiosos Joel escreveu suas
profecias em 835 a.C, mas a sua mensagem corresponde ao período pós-exílico. O
livro de Joel tem como assuntos: escatologia, ameaças e promessas.
Escatologia: o profeta
Joel tem como tema proeminente “O Dia do Senhor” (Jl 2.11).
Ameaça: a praga de
gafanhotos (Jl 1.1-12).
Promessa: o derramamento
do Espírito Santo (Jl 2.28-32).
Pode-se concluir que a mensagem profética
proferida por intermédio de Joel é atemporal, ou seja, vai além de seu tempo,
não tendo um período como fechamento profético.
II – O CONTEXTO
HISTÓRICO DE SUA PROFECIA
O presente tópico analisará a ameaça
pronunciada nos anúncios proféticos de Joel, sendo esta, a praga dos
gafanhotos. Conforme o capítulo 1.4 os seguintes animais são citados: lagarta,
gafanhoto, locusta e pulgão. Entretanto, na narrativa original dos textos
sagrados não há distinção nos nomes dos insetos citados no presente versículo,
ou seja, no original trata-se de um mesmo inseto, sendo este o gafanhoto,
apresentado em quatro estágios.
Aplicabilidade corresponde em entender que a
as pragas tem como origem um mesmo ser.
A lagarta corresponde com o primeiro estágio
do gafanhoto, ação implícita, o animal consegue roer.
Gafanhoto, no presente texto corresponde com
a capacidade de reprodução, ou seja, ocorre o aumento quantitativo dos insetos.
Locusta trata-se do estágio do salto e da
ação implícita no ato de devorar.
Por fim, o último estágio é apresentado o
pulgão, que corresponde com o ato de devorar o todo.
A devastação foi tão
grande que não havia material para oferecer a oferta de manjar, que acompanhava
o oferecimento diário que se fazia com o incenso (Jl 1.9). O mesmo ocorria com
as libações com o vinho. A seca alastrou-se pela terra (Jl 1.12). A interrupção
da adoração ao Senhor deveria ser considerada uma grande calamidade, sendo
motivo de grande lamentação (Jl 1.13)
(TROTA,
2021, p. 33).
III – O PODER DO
ESPÍRITO SANTO NOS ÚLTIMOS DIAS
Entretanto, o presente tópico trata-se da
promessa encontrado no livro que é o derramamento do Espírito Santo. Ou seja, no
livro do profeta Joel encontra se a citação clara do derramamento do Espírito
Santo:
E há de ser que, depois,
derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
Também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu
Espírito.
A profecia de Joel é abrangente, não se
limita a títulos nem tão pouco a classe social. O texto é claro a toda carne. A
profecia é também de abrangência ministerial, velhos e jovens serão renovados e
qualificados para o serviço ao Senhor.
A palavra sonhos utilizada no texto de Joel
se refere ao sonho que traz uma revelação de Deus sobre seu plano para o
momento correspondendo a um indivíduo ou a um grupo. Em Números 12.6-8: e
disse:
Ouvi agora as minhas palavras;
se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer, ou
em sonhos falarei com ele. Não é assim com o meu servo Moisés que é fiel em
toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois
ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar
contra o meu servo, contra Moisés? Enquanto, Deus falava boca a boca com Moisés
com os outros profetas a mensagem seria utilizada por sonhos ou visões.
Além de sonhos a profecia de Joel trata se
das visões que os jovens, não normais, pois seriam selecionados, totalmente
preparados, com cerca de 20 anos e cheios de vigor seriam. Visões que quer
dizer perceber ou prever. A palavra corresponde a visões sobrenaturais e
geralmente possuía um destino com o objetivo outorgar uma mensagem ao público.
Referência
TROTA,
Israel Thiago. Vigilância, justiça e o
culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores.
Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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