Desafiando a Deus no deserto
Conforme o Resumo da Lição:
A tentação da murmuração contra
Deus fez os israelitas perderem uma geração inteira no deserto. Lembrando que, a aliança entre Deus e seus servos sempre abrangia uma promessa, uma
condição e uma pena. Para com os israelitas a promessa era a Terra Prometida,
enquanto que a condição era a obediência e a pena seria o não entrar na Terra
Prometida. Fato que se concretizou para com
muitos, que por desobedecerem, ou melhor, por menosprezarem a presença do
Senhor murmuraram e foram penalizados por não entrarem na Terra Prometida.
A presente lição tem como objetivos:
Mostrar que os hebreus
desprezaram a presença de Deus durante a caminhada rumo a Terra Prometida;
Explicar as consequências
de os espias terem infamado a terra que Deus disse que era boa;
E, Expor a causa do atraso
de quarenta anos na entrada da Terra Prometida.
I – DESPREZANDO A
PRESENÇA DE DEUS NA CAMINHADA
Murmuração
do grego pode ter como significado:
Mais frequentemente com a
ideia de queixa, indignação, murmurar, resmungar, expressar mau-humorado
descontentamento (ROBINSON, 2012, p.
187).
Há uma sequência em Êxodo sobre atos de
murmuração dos israelitas. Primeiro, no capítulo 15, murmuraram por causa da
água amarga. Segundo, no capítulo 16, murmuraram por falta de comida. E, por
terceiro, o capítulo 17, murmuraram por estarem com sede.
No primeiro caso Deus [...] Além de tornar as águas agradáveis, Deus lhes garantiu que,
se lhe obedecessem, não teriam com eles nenhuma das enfermidades que foram
vistas nos egípcios (COELHO,
2022, p. 45).
No capítulo 16, no episódio da murmuração
referente à fome, percebe-se que os israelitas não se lembraram da ação divina
em tirá-los do Egito e nem como Deus tornou as águas amargas em água potável,
porém o povo lembrou-se do Egito no que se tratava em terem uma vida escrava
com a presença de alimentos, outro fato marcante está no ato dos israelitas
cobrarem de Moisés e de Arão o suprimento de suas necessidades.
[...] Eles não pediram a Deus
alimentos. Era mais fácil colocar a culpa em Moisés do que se lembrarem de que
haviam sido escravos de Faraó. As suas memórias não estavam nos milagres que
haviam presenciado, mas nas panelas com carne e nos pães que comiam “até fartar”.
É importante observar que o esquecimento é muito próximo da ingratidão
(COELHO, 2022, p. 46).
Já capítulo 17 a murmuração torna-se nítida
no ato dos israelitas reclamarem de Moisés e de duvidarem da presença do
Senhor.
II – INFAMANDO A
TERRA QUE DEUS DISSE QUE ERA BOA
Doze homens, doze líderes, doze motivadores
do povo que deveriam conduzir os israelitas a possuírem a Terra Prometida.
Porém, de doze apenas dois acreditaram na
possibilidade de receberem naqueles dias o cumprimento da promessa, Josué e
Calebe, no entanto, os demais desacreditaram no agir de Deus, por isso:
Parece-nos que em nossos dias
essa cena se repete: pessoas que deveriam ser úteis na obra de Deus, cooperando
com o Senhor, acabam influenciando outras pessoas para direções opostas,
tornando-se, assim inúteis, e entrando para a história como um tropeço, e não
como um instrumento de Deus. Não basta cumprir uma missão: é preciso crer que,
apesar das dificuldades, o mesmo Deus que nos comissionou estará conosco,
abrindo o caminho para que a vontade dEle seja realizada por canais limitados,
como nós (COELHO, 2022, p. 48).
Compreende-se que os dez espias conseguiram
desmotivar o povo a prosseguirem, pois é fácil para o que não confia no Senhor
desviar o pensamento e o propósito daquele que busca andar em retidão. Nem sempre
a maioria pensa conforme a vontade de Deus, Josué e Calebe, representam a
minoria, e apenas eles confiaram no Senhor, mesmo assim não foram as palavras
destes eficazes para mudarem o pensamento do povo motivado pelos os dez.
III – UM ATRASO DE
QUARENTA ANOS
A promessa de Deus revela a vontade do
Senhor, porém é necessário compreender que a vontade do Senhor é permissiva e
absoluta. A vontade do Senhor é permissiva quando o Senhor em algum momento
permite algo diferente do Seu propósito inicial para que os teus servos
compreendam a sua vontade absoluta.
A promessa era a Terra Prometida. Uma geração
adulta não entrou na Terra Prometida, por murmurarem e desacreditarem da
presença do Senhor, logo o atraso foi necessário para Deus preparar uma nova
geração que saiu do Egito em sua infância e que em fase adulta entrariam na
Canaã prometida.
Portanto, tentar a Deus é perder tempo para
com o cumprimento da promessa. É necessário esperar no Senhor e no cumprimento
de sua promessa, não é válido e nem prazeroso buscar antecipar os propósitos do
Senhor.
Referência
COELHO,
Alexandre. O Perigo das tentações:
as orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa.
Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
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