Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 19 de abril de 2022

Subsídio para aula da Escola Bíblica Dominical – Lições Bíblicas Jovens – Desafiando a Deus no deserto

Desafiando a Deus no deserto

Conforme o Resumo da Lição:

A tentação da murmuração contra Deus fez os israelitas perderem uma geração inteira no deserto. Lembrando que, a aliança entre Deus e seus servos sempre abrangia uma promessa, uma condição e uma pena. Para com os israelitas a promessa era a Terra Prometida, enquanto que a condição era a obediência e a pena seria o não entrar na Terra Prometida. Fato que se concretizou para com muitos, que por desobedecerem, ou melhor, por menosprezarem a presença do Senhor murmuraram e foram penalizados por não entrarem na Terra Prometida.

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar que os hebreus desprezaram a presença de Deus durante a caminhada rumo a Terra Prometida;

Explicar as consequências de os espias terem infamado a terra que Deus disse que era boa;

E, Expor a causa do atraso de quarenta anos na entrada da Terra Prometida.

I – DESPREZANDO A PRESENÇA DE DEUS NA CAMINHADA

Murmuração do grego pode ter como significado:

Mais frequentemente com a ideia de queixa, indignação, murmurar, resmungar, expressar mau-humorado descontentamento (ROBINSON, 2012, p. 187).

Há uma sequência em Êxodo sobre atos de murmuração dos israelitas. Primeiro, no capítulo 15, murmuraram por causa da água amarga. Segundo, no capítulo 16, murmuraram por falta de comida. E, por terceiro, o capítulo 17, murmuraram por estarem com sede.

No primeiro caso Deus [...] Além de tornar as águas agradáveis, Deus lhes garantiu que, se lhe obedecessem, não teriam com eles nenhuma das enfermidades que foram vistas nos egípcios (COELHO, 2022, p. 45).

No capítulo 16, no episódio da murmuração referente à fome, percebe-se que os israelitas não se lembraram da ação divina em tirá-los do Egito e nem como Deus tornou as águas amargas em água potável, porém o povo lembrou-se do Egito no que se tratava em terem uma vida escrava com a presença de alimentos, outro fato marcante está no ato dos israelitas cobrarem de Moisés e de Arão o suprimento de suas necessidades.

[...] Eles não pediram a Deus alimentos. Era mais fácil colocar a culpa em Moisés do que se lembrarem de que haviam sido escravos de Faraó. As suas memórias não estavam nos milagres que haviam presenciado, mas nas panelas com carne e nos pães que comiam “até fartar”. É importante observar que o esquecimento é muito próximo da ingratidão (COELHO, 2022, p. 46).

Já capítulo 17 a murmuração torna-se nítida no ato dos israelitas reclamarem de Moisés e de duvidarem da presença do Senhor.

II – INFAMANDO A TERRA QUE DEUS DISSE QUE ERA BOA

Doze homens, doze líderes, doze motivadores do povo que deveriam conduzir os israelitas a possuírem a Terra Prometida.

Porém, de doze apenas dois acreditaram na possibilidade de receberem naqueles dias o cumprimento da promessa, Josué e Calebe, no entanto, os demais desacreditaram no agir de Deus, por isso:

Parece-nos que em nossos dias essa cena se repete: pessoas que deveriam ser úteis na obra de Deus, cooperando com o Senhor, acabam influenciando outras pessoas para direções opostas, tornando-se, assim inúteis, e entrando para a história como um tropeço, e não como um instrumento de Deus. Não basta cumprir uma missão: é preciso crer que, apesar das dificuldades, o mesmo Deus que nos comissionou estará conosco, abrindo o caminho para que a vontade dEle seja realizada por canais limitados, como nós (COELHO, 2022, p. 48).

Compreende-se que os dez espias conseguiram desmotivar o povo a prosseguirem, pois é fácil para o que não confia no Senhor desviar o pensamento e o propósito daquele que busca andar em retidão. Nem sempre a maioria pensa conforme a vontade de Deus, Josué e Calebe, representam a minoria, e apenas eles confiaram no Senhor, mesmo assim não foram as palavras destes eficazes para mudarem o pensamento do povo motivado pelos os dez.

III – UM ATRASO DE QUARENTA ANOS

A promessa de Deus revela a vontade do Senhor, porém é necessário compreender que a vontade do Senhor é permissiva e absoluta. A vontade do Senhor é permissiva quando o Senhor em algum momento permite algo diferente do Seu propósito inicial para que os teus servos compreendam a sua vontade absoluta.

A promessa era a Terra Prometida. Uma geração adulta não entrou na Terra Prometida, por murmurarem e desacreditarem da presença do Senhor, logo o atraso foi necessário para Deus preparar uma nova geração que saiu do Egito em sua infância e que em fase adulta entrariam na Canaã prometida.

Portanto, tentar a Deus é perder tempo para com o cumprimento da promessa. É necessário esperar no Senhor e no cumprimento de sua promessa, não é válido e nem prazeroso buscar antecipar os propósitos do Senhor.

Referência

COELHO, Alexandre. O Perigo das tentações: as orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

Nenhum comentário:

Postar um comentário