Neemias Reconstrói os Muros de Jerusalém
A verdade prática permite compreender que Somente despertados, podemos vencer qualquer obstáculo para
realizarmos a obra de Deus. Sendo
que o Texto Áureo corrobora para entender que A
julgar pela linguagem figurada dos versículos 15-22, principalmente o versículo
17, a salvação de Deus e o louvor de Israel serão a defesa da cidade (Zc 2.4,5) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 1100).
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral: Mostrar que foi Deus quem despertou em
Neemias o desejo de restaurar os muros de Jerusalém.
E como objetivos específicos:
Mostrar como Deus
respondeu às orações de Neemias.
Saber como foi a ida e a
chegada de Neemias a Jerusalém.
Explicar como Neemias
iniciou a reconstrução dos muros.
Compreender que o
levantamento dos muros provocou grande oposição.
Apontar como foi a
inauguração solene dos muros.
Conscientizar a respeito
dos ensinos que a construção dos muros traz.
I – DEUS RESPONDE ÀS ORAÇÕES
DE NEEMIAS
Hanani contou a Neemias a situação em que se
encontrava a cidade de Jerusalém:
Os restantes, que ficaram do
cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de
Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo (Ne
1.3).
A vida era difícil para o
povo em Jerusalém, em grande parte, devido às condições do muro da cidade. No
antigo Oriente Médio, o muro de uma cidade fornecia proteção aos habitantes e,
conforme criam, era sinal da proteção do deus (ou deuses) cultuado(s) por
aquele povo. Logo, o estado arruinado do muro de Jerusalém envergonhava o nome
de Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 746).
Com a má notícia recebida, Neemias se
angustiou, jejuou e orou. Deus atentou à oração em despertar o rei a atender ao
pedido de Neemias. Fato que corrobora com o que está escrito em Mateus 21.22:
E, tudo o que pedirdes em
oração, crendo, o recebereis.
II – NEEMIAS CHEGA A
JERUSALÉM (Ne 2.7-11)
A saída de Neemias ocorreu à noite na
companhia de poucos. Ação que permite compreender alguns pontos fundamentais na
atitude de quem tem propósito diante da presença de Deus.
Nem todas as pessoas
próximas estão preparadas para apoiarem os propósitos que o servo do Senhor tem
para realizar na obra.
É necessário conhecer e
somar com pessoas que tem o mesmo propósito.
E ao chegar à cidade, Neemias declara o
propósito de sua viagem à Jerusalém:
Então lhes disse: Bem vedes
vós a miséria em que estamos, que Jerusalém está assolada, e que as suas portas
têm sido queimadas a fogo; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém, e
não sejamos mais um opróbrio.
Então lhes declarei como a mão
do meu Deus me fora favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha
dito; então disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos
para o bem. (Ne 2. 17,18).
Para Radmacher; Allen e House:
Neemias encorajou todo o
povo a ajudar na reconstrução dos muros da cidade.
Neemias enfatizou que não
era sua a ideia de reconstruir o muro de Jerusalém. Antes, o plano chegou até
ele vindo do Senhor (v.8,12). Em resposta ao desafio deste servo de Deus, o
povo declarou: Levantemo-nos e edifiquemos (2013, p. 746).
III – NEEMIAS INICIA O
LEVANTAMENTO DOS MUROS
A palavra chave para compreender o presente
tópico é planejamento. Neemias planejou a execução da reconstrução em partes,
sendo que cada parte teria uma porta. O termo porta do grego poderá ter três
significados.
A primeira palavra, tura (θυρα), outorga
acesso, oportunidade, ou seja, acesso livre e abundante a privilégios e
bênçãos. Já a segunda palavra, tureós (θυρεόϛ), porta ou pedra fechando uma
entrada, proteção ou escudo. E como terceira palavra, turís (θυρίϛ), pequena
porta, isto é, uma janela que corresponde com a prosperidade proveniente de
Deus para os que são fiéis.
Aplicando ao contexto histórico pode concluir
que as portas dos muros teria como significado: acesso livre a privilégios,
proteção e prosperidade para com o povo de Jerusalém.
IV – O LEVANTAMENTO DOS
MUROS PROVOCOU GRANDE OPOSIÇÃO
Quem de fato se posiciona em realizar o
melhor para Deus encontrará opositores. Triste, porém é um fato autêntico.
Sambalate e Tobias utilizaram de inúmeras maneiras para limitar o trabalho dos
israelitas no processo da construção do muro.
Entretanto, o muro foi concluído em cinquenta
e dois dias, pois Deus fizera esta obra (Ne 6.15, 16).
[...] Uma pessoa de
sua posição não poderia fugir nem esconder-se com medo. Segundo, Neemias
recusou-se a ir ao templo para salvar a sua vida porque a Lei o proibia de
entrar no Santo dos Santos sob pena de morte (Nm 18.7) (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 755).
V – O MURO FOI SOLENEMENTE
INAUGURADO
O capítulo 12 do livro de Neemias descreve a
solenidade de inauguração do muro, e vale relatar que após o término do muro
ocorreu um avivamento no meio do povo. Já o capítulo seis descreve o término do
muro. Enquanto, o capítulo sete outorga a compreensão da ação de Neemias em providenciar
meios para o repovoamento da cidade.
Então Neemias e todo o
povo ofereceram sacrifícios a Deus e passaram oito dias em festas e banquetes
de regozijo, o que causou aos sírios visível desprazer. Neemias, vendo que Jerusalém
não estava bastante povoada, induziu os sacerdotes e os levitas que moravam no
campo a vir para a cidade morar nas casas que ele mandara construir e obrigou
os camponeses a lhes trazer os dízimos (o que eles fizeram com prazer), a fim
de que nada os pudesse impedir de se dedicar inteiramente ao serviço de Deus
(JOSEFO, 2015, p. 518).
VI – OS MUROS TRAZEM ENSINO
SIMBÓLICO IMPORTANTE
O símbolo descritivo dos muros se associa com
o termo salvação. Salvação protetiva que proporciona abrigo seguro para os que
estão dentro da muralha. E também pode se associar com divisão entre os que
estão em Cristo (dentro dos limites do muro) e os que estão no mundo (na parte
externa do muro).
A Palavra salvação deriva do grego, soteria,
tendo por significado, liberdade ou ser livre de um perigo iminente. O termo
salvação no Novo Testamento insere como compreensão o propósito de Deus, que é
a salvação da humanidade.
Nos livros do Antigo Testamento percebe-se
que a palavra salvação diz respeito à libertação da escravidão e também se
associa com a preservação da vida, pois o termo hebraico, yasha, que é
traduzido por salvar tem como significados: ajudar, libertar, livrar e salvar.
Corresponde com livramento de grandes perigos e de risco de morte.
Referência:
JOSEFO,
Flávio. História dos Hebreus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2015.
RADMACHER,
Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central
Gospel, 2013.
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