Ministério
Público de Jesus: Ensinado a respeito das últimas coisas
Texto: 4- Jesus,
respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; 5- Porque
muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. 6- E
ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é
mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. 7- Porquanto se levantará
nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e
terremotos, em vários lugares. 8- Mas todas estas coisas são o princípio de
dores (Mt 24. 4-8).
Os ensinos do Mestre Jesus abrangem instruções voltadas para a obtenção da salvação, preparação dos discípulos para a propagação do Evangelho e além de tudo, Jesus ensinou aos seus ouvintes a respeito de temas voltados para os últimos acontecimentos. Dois pontos merecem atenção a respeito dos ensinos de Jesus no que se trata a temática referente à escatologia: ensino a respeito do fim e ensino a respeito da sua volta.
Ensinando a respeito do fim
(Mt 24. 1-12)
Tendo como base Mateus 24 percebe-se que os sinais
que antecedem o arrebatamento da igreja são divididos de forma didática em duas
partes. A primeira parte corresponde com sinais nos céus e a segunda com sinais
na terra.
1-
Sinais nos céus. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas
(Lc 21.25). A lua desviou da órbita em cerca de vinte quilômetros, logo, a
mudança na órbita define sinais presentes nesta obra criada. Para Dr. Crommeli,
“algumas influências desconhecidas estão agindo sobre a lua, e não temos a
menor ideia do que sejam” (apund BANCROFT, 2006, p. 330).
Sobre as estrelas assim descreve Bancroft:
[...] em
1918, uma nova estrela de primeira grandeza foi descoberta por diversos olhos
ao mesmo tempo, e imediatamente foi verificada pelo observatório de Greenwich.
Outras
descobertas importantes no céu têm seguido em ordem e com suficiente frequência
para trazer o mundo ciente dos sinais nas estrelas, que aumentarão, apontando a
vinda de Cristo e o fim da dispensação (2006, p. 330).
2-
Sinais na terra. Sinais que estão divididos em: naturais,
políticos, tecnológicos e espirituais. Os sinais naturais se cumprem na
natureza física e na humana. Na natureza física haverá terremotos (Mt 24.7) e
na humana haverá pestilência (Mt 24.7). Já os sinais na política serão notáveis
nos acordos entre as nações (Dn 2.7) e nas guerras entre os povos (Mt 24.7).
Por outro lado, os sinais tecnológicos (Dn 12.4; Na 2.4) se definem com “o
aumento dos transportes, tanto nacionais como internacionais, nada é senão
verdadeiramente fenomenal, quer visto em relação aos indivíduos que participam
dos mesmos, quer aos meios e métodos empregados” (BANCROFT, 2006, p.331).
Por fim, os espirituais se tornarão notórios
com o aumento da iniquidade (Mt 24.12), logo haverá a apostasia (1 Tm 4.1).
Sendo
que a apostasia poderá se concretizar em três etapas progressivas: negação,
renúncia e distorção.
A primeira etapa da apostasia corresponde com
a negação de Cristo e de tudo que pertence a Cristo. Enquanto na segunda etapa
ocorre à renúncia de Cristo, ou seja, o indivíduo não reque seguir a Cristo e
tem vergonha do Evangelho. E como terceira etapa percebe-se a distorção do
Evangelho, assim como a aceitação e a propagação de outra mensagem, totalmente
contrária aos princípios de Deus.
Jesus ensinando a respeito
da sua vinda
Há um dualismo no que se refere ao retorno do
Senhor Jesus, pois a segunda vinda se desenvolverá em duas fases: na primeira
fase, será nos ares com o objetivo arrebatar a igreja (1 Ts 4.16,17), não será
visível a todos; já a segunda fase, Jesus virá juntamente com os santos para
reinar por mil anos na terra, esta vinda será visível a todos (Mt 24.26,27).
No que se associa ao arrebatamento da Igreja
nos ensinos de Jesus torna-se notável que Ele requer dos seus servos a
vigilância, pois daquele dia e hora ninguém sabe (Mt 24. 36). Pois, assim como
foi nos dias de Noé em que a vida era seguida da melhor maneira possível, sem
preocupações e com toda a atividade diária; comiam, bebiam, casavam e davam em
casamento (Mt 24.37). Porém, a relação social e espiritual não era focada pela
harmonia, pois, a terra estava cheia de práticas com o uso da violência (Gn
6.11), e viu Deus a terra, e eis que a mesma estava corrompida (Gn 6.12).
Nos dias hodiernos a realidade é idêntica aos
dias de Noé, por isso, que Jesus alerta a Igreja à vigilância. A maldade, a
violência e a corrupção são fenômenos espirituais marcantes desta geração.
Assim, como Noé foi fundamental para marcação de um novo tempo, tempo de
restauração, a Igreja deverá ser nos dias atuais o instrumento de Deus para
fazer deste tempo um tempo de restauração e bênção para muitas vidas.
O cristão deverá lembra-se de estar vigilante,
pois em breve Cristo voltará!
Referência:
BANCROFT,
Emery H. Teologia Elementar, doutrina e
conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
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