COMO LER AS ESCRITURAS
Torna-se necessário introduzir o presente
subsídio citando a seguinte frase:
Ler e estudar as
Escrituras são um dever e um privilégio (BAPTISTA, 2022, p.
57).
A presente lição apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
As técnicas de interpretação
auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis; por isso, não podem
ser colocadas acima da autoridade da Palavra de Deus.
Sendo que a presente lição tem como objetivos
específicos: Expor que a Bíblia precisa ser
interpretada; Pontuar os pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia; e,
Apresentar os princípios básicos de interpretação bíblica.
I – A BÍBLIA
PRECISA SER INTERPRETADA
A exegese e a hermenêutica fazem parte da Teologia
Exegética. Campo de estudo teológico que tem como objetivo compreender o texto
Sagrado. A compreensão torna-se possível quando o estudante da Bíblia procura
responder as seguintes perguntas: O que o texto disse? E o que o texto quer
dizer?
A exegese e a hermenêutica podem ser
diferenciadas com a seguinte descrição: a hermenêutica é o método, enquanto a
exegese é a prática do método para interpretar os significados conforme o
contexto histórico e cultural da época.
[...] Por exemplo, o estudo
das línguas bíblicas, dos fatos da história, das questões sociopolíticas das
particularidades da cultura e dos recursos literários usados no texto sagrado
coopera para a compreensão do real significado das palavras inspiradas (Ef
3.10-18). Portanto, a exegese não deve e não pode ser menosprezada durante a
leitura e o estudo da Bíblia (BAPTISTA,
2022, p. 57).
Em virtude da necessidade de interpretar a
Bíblia é necessário que o cristão compreenda que a primeira regra para o uso
coerente da analise interpretativa das Escrituras Sagradas é que a Bíblia
interpreta a própria Bíblia. Assim sendo, o conhecimento inicial das línguas
utilizadas na escrita dos originais é necessária para que haja coerência na
interpretação. As línguas utilizadas de maneira majoritária foram o hebraico e
o grego.
II –
PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA
A autoridade da Bíblia é a primeira
justificativa para o cristão por em prática a leitura das Escrituras. O Senhor
Jesus em seus ensinos ratificou a autoridade do Antigo Testamento, assim
também, os apóstolos confirmaram a autoridade divina nos escritos narrados na
Antiga Aliança.
Na tangência do Novo Testamento percebe-se
que os primeiros cristãos aprovaram e vivenciaram a autoridade dos escritos dos
apóstolos e demais escritores do Novo Testamento. Portanto, a autoridade da
Bíblia é o primeiro pressuposto para os cristãos lerem, praticarem e crerem nas
Escrituras Sagradas.
Ao ler a Bíblia o Espírito Santo outorga por
meio da iluminação a compreensão prática dos textos. Logo, a compreensão
prática permite compreender que por meio do conhecimento da Palavra de Deus o
crente desfrutará de maior comunhão por meio da oração, presença na igreja e na
prática do jejum. Em suma, o conhecimento da Bíblia produz a santificação.
[...] A iluminação não
aumenta e nem altera a Bíblia; apenas elucida o que já foi revelado pelo
Espírito. Assim, o conhecimento da Palavra produz comunhão com Deus, vida de
oração, obediência e santificação (2 Pe 1.3-10) (BAPTISTA, 2022, p. 63).
Por fim, a leitura da Bíblia proporciona uma
vida abençoada em todas as esferas das relações do ser humano.
III – REGRAS BÁSICAS
DE INTERPRETAÇÃO
A Bíblia é a sua própria interprete. Esta é a
primeira regra para a interpretação eficaz dos textos Sagrados.
A Bíblia interpreta a si mesma, pois há
coesão na objetividade de seus relatos, lembrando que o tema central da Bíblia
é Jesus, logo, os pentateucos, os profetas, os escritos e os livros históricos
do Antigo Testamento têm como foco mostrar para o Caminho.
Enquanto que o Novo Testamento mostra que os
biográficos, o histórico, as cartas e o profético demonstram como Cristo viveu,
morreu e ressuscitou, assim como a igreja primitiva seguiu no Caminho, como
instruiu no Caminho e como será a consumação de todas as coisas sob a liderança
de Jesus Cristo.
É importante na interpretação da Bíblia a
compreensão que há abundância de linguagens na narrativa, sendo as principais
linguagens presentes: o tipo, os símbolos, as metáforas e as parábolas.
No que corresponde ao sentido do texto é
importante registrar que:
A mensagem da Bíblia
encerra dois grandes sentidos.
1. O literal. É o sentido
natural das palavras como em Atos caps. 27 e 28. A acidentada viagem de Paulo a
Roma.
2. O figurado. A Bíblia é
rica em linguagens figurada. O sentido figurado é expresso através de várias
categorias de figuras de linguagens. As principais são os tipos, os símbolos,
as metáforas e parábolas (SILVA,
1999, p. 58).
Entretanto, um cuidado é necessário e essencial
para a igreja nos dias hodiernos, usar o texto Sagrado para justificar
correntes ideológicas, pois é o texto Sagrado que define o que é certo e o que
é errado e não a corrente filosófica e o comportamento dos indivíduos que
deverão conduzir se a Escritura é coerente ou não as suas práticas e ideologias.
Referência:
BAPTISTA,
Douglas. A Supremacia das Escrituras:
a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
SILVA,
Antônio Gilberto da. Manual da Escola
Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
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