Deus é Fiel

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segunda-feira, 16 de maio de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Sendo Verdadeiros

Sendo Verdadeiros

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

Jesus chamou de hipócritas as pessoas que praticam boas ações, não por compaixão ou outros bons motivos, mas para obter glória diante dos homens.

Uma das palavras-chave para a compreensão da presente lição é hipocrisia que corresponde com a atitude exterior que esconde uma realidade interior; prática de dizer uma coisa, mas fazer outra; atitude condenada pelas Escrituras (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 804).

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Contrastar o ato de dar esmola com a hipocrisia; colaborar no auxílio ao próximo sem alarde; e, concluir que Deus contempla o bem que realizamos.

I – O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA

Em Mateus capítulo 6 três princípios éticos são descritos como ações a serem concretizadas pelos os cristãos conforme o evangelista, que são: dar esmolas, orar e jejuar. Ambas as ações não devem ser executadas com o objetivo de ser o crente em Cristo a notoriedade visível, pois ao que dar esmola não saiba a mão esquerda o que faz a direita (Mt 6.3); assim como ao orares entre no aposento e fechando a porta, ore ao teu Pai que vê e está em oculto (Mt 6.6); e, ao jejuardes unge a cabeça e lava o rosto para que aos homens não pareça que jejuas (Mt 6.17,18).

O ato da caridade pode ser categoricamente associado com as palavras de Tiago que assim escreveu em sua Epístola:

Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo (Tg 1.26,27).

A falsa religião é composta por pessoas que querem um reino próprio e visam o bem próprio. Já a verdadeira religião visa o Reino de Deus, o bem do próximo e o guardar da corrupção. Portanto, duas missões da igreja são nítidas no presente texto: a assistência social aos desprovidos e a missão evangelizadora, pois apenas por meio da pregação da Palavra de Deus o homem não se corromperá com os manjares deste mundo.

II – AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE

A verdadeira motivação em auxiliar o próximo deve ser a de glorificar a Deus e contribuir para com o bem de quem precisa, lembrando que assim quem ajuda ao necessitado está agindo para o alívio da dor de alguém, assim como está adorando ao Senhor.

Porém, muitos eram motivados a darem esmola para serem ovacionados e engrandecidos no meio dos judeus, fato que não corresponde com o procedimento do cristão.

O papel do crente é agir com generosidade, pois a generosidade trata-se da virtude em que alguém dispõe em sacrificar os próprios interesses em benefício de outrem. Assim também pode ser definida como a virtude em que se acrescenta algo ao próximo. Nunca desejando a ostentação e aplausos para si, mas que o nome de Deus seja glorificado.

Ao dar prioridade a Deus naquilo que faz para com alguém, o cristão nunca agirá de modo contrário, querendo fama, popularidade, nome, reconhecimento por parte dos homens. Para viver sem qualquer intenção de exibição, da glorificação do eu, o que é preciso é só olhar para o exemplo de Cristo (Mt 11.29), e em tudo nos deu exemplo (Jo 13.15), pois em seu viver sempre procurou agradar ao Pai e fazer a sua vontade (GOMES, 2022, p. 94).

O auxílio a alguém, assim como o ato de ofertar nunca poderá ser feito como desenvolviam os fariseus e como desenvolvem hoje os políticos que tem como objetivo serem notabilizados pela sociedade, toda ação deverá ser desenvolvida sem alarme, ser voluntária e ser discreta.

III – DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS

Deus é onisciente, ou seja, a onisciência indica que Deus não é limitado pelo aspecto intelectual, porque Ele sabe todas as coisas (Hb 4.13). Logo, a onisciência divina é perfeita, pois conhece o externo assim como interior de cada ser humano. É perfeita por também conhecer as coisas em sua essência o que leva a compreender que nada está oculto do saber e do agir de Deus.

Portanto, o Deus que conhece todas as coisas é o mesmo que recompensará o cristão por toda a ação desenvolvida. Assim sendo, é necessário que a ação de doar aos que necessitam não pode ser para glorificação própria, mas de fato deve ser um ato que outorgue adoração ao Deus criador de todas as coisas que por sua onisciência retribuirá a cada um, segundo as suas obras.

Referências

GOMES, Osiel. Os valores do Reino de Deus: a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio de Janeiro: 2013.

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