Deus é Fiel

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domingo, 22 de maio de 2022

EBD - Subsídio da Lição: Orando e jejuando como Jesus ensinou

Orando e jejuando como Jesus ensinou

A presente lição apresenta a seguinte descrição na verdade prática:

A oração e o jejum são disciplinas espirituais que potencializam sensivelmente a vida piedosa do crente.

Oração é palavra-chave que outorga a compreensão da presente lição e é necessário saber que:

A oração é, primeiramente, uma forma de relacionamento. Quem ora quer se relacionar, conversar, ser respondido, abrir o coração e levar suas percepções e anseios a Deus. Oração é diálogo e troca; é uma ação que implica liberdade e aconchego com aquele a quem nos dirigimos (TEDESCO, 2020, p. 9).

Sendo que a presente lição tem como objetivos específicos: Conceituar a oração como um diálogo com o Pai; Explicar a oração que Jesus ensinou; e, Relacionar oração e jejum.

I – A ORAÇÃO É UM DIÁLOGO COM O PAI

A oração corresponde ao ato da adoração. Logo, é de natureza espiritual e permite que o cristão demonstre maior intimidade com o Senhor. Na oração o cristão glorifica a Deus, assim como faz os pedidos conforme suas necessidades. As necessidades apresentadas pelo o crente a Deus na oração correspondem com pedidos matérias, físicos e além de tudo pedidos espirituais.

A oração é a comunicação entre o cristão, filho de adoção, e o Pai, o Deus Único e Todo Poderoso. A oração proporciona ao crente encorajamento, confiança e renovo.

O cristão é encorajado a tomar decisões após a oração (At 10.23). É notório que os resultados são provenientes de escolhas e não há melhor maneira para tomar decisões do que após consultar a vontade do Senhor.

Ao ter uma vida de constante oração o cristão revela que possui intimidade com Deus e também confia na ação miraculosa do Senhor. Nota-se a confiança no Senhor presente nas palavras de Davi: Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam (Sl 23.4). Portanto, quem ora confia em Deus.

Por fim, a oração proporciona renovo físico e espiritual. O rei Ezequias estava enfermo com uma doença mortal e a palavra do Senhor através do profeta Isaías para o monarca era: põe a tua casa em ordem, porque morrerás e não viverás (Is 38.1). Porém, após a oração feita por Ezequias, a palavra do Senhor veio como renovo físico: ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos (Is 38.5).

II – A ORAÇÃO QUE JESUS ENSINOU

Tendo como base Mateus 6.5-9, compreende-se que a oração deverará ser:

Diferente da ação dos fariseus que buscavam aparecer diante da sociedade para assim obter o próprio galardão. E quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão (v.5).

Deveria ser discreta: Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente (v.6). O que não significa que a oração em público é proibida. Jesus questionou os fariseus por buscarem glória própria por meio da vida piedosa.

A oração tem que ter propósito definidos não pode ser pura repetição de palavras: E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes (vv 7,8).

Por fim, segue-se a instrução de Jesus referente a oração modelo, isto é, a oração do Pai Nosso, pois a oração do Pai-Nosso é altruísta, ou seja, ela direciona o cristão a amar o próximo e a olhar para a coletividade e não para o individualismo. Também ensina o crente a ser reciproco: perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12). E por último, conforme o presente tópico compreende-se que a oração do Pai-Nosso conduz o crente a confiar em Deus, pois Deus é quem livra o cristão de todo tipo de mal.

 

Lembremos: o nosso Mestre amado nos revela que a vitória sobre as dificuldades sé é possível orando e vigiando (Mt 26.41). Logo, façamos dessas práticas uma rotina diária de devoção e permitamo-nos ser conduzidos pelo Santo Espírito (TEDESCO, 2020, p. 123).

III – ORAÇÃO E JEJUM

O jejum significa abster-se de alimento por determinado tempo. A abstinência poderá ser total ou parcial. O jejum tem como objetivo aprimorar o exercício da oração e da meditação e como alvo primordial aproximar o cristão de Deus.

Tipos de Jejum. O jejum poderá ser parcial quando compreende apenas a abstinência de determinados alimentos. Também poderá ser total quando o indivíduo abstém de todo tipo de alimento com exceção de água. E por fim, um terceiro tipo de jejum é o absoluto quando a abstinência compreende a todo tipo de alimento e também com a ausência do consumo de água.

Jejum no Antigo Testamento. A prática do jejum no Antigo Testamento é descrita com as seguintes razões: como expressão de arrependimento (1 Sm 7.6), como desejo de vida (2 Sm 12.16), como precedente a uma ação (Et 4.16), como meio a benevolência e proteção Divina (Ed 8. 21-23) e como fortalecimento do espírito em meio aos desejos egoístas da alma (Sl 69.10).

Jejum no Novo Testamento. A prática do jejum no Novo Testamento é descrita com as seguintes razões: como forma de submissão e adoração ao Senhor (At 12.2), como forma de escolher e enviar missionários (At 12.3) e como consagração ao Senhor tanto no orar por pessoas (Mt 17.21), assim como no implantar igrejas (At 14.23).

O ensino de Jesus sobre o jejum. Jesus reprovou a atitude dos fariseus que tinham como objetivo a aprovação e admiração dos homens. Nos ensinos de Cristo o jejum é fruto da alegria (Mt 6.16), o jejum requer dedicação, pois é feito para glória de Deus (Mt 6.17) e não é ato de penitência (Mt 6.18).

Referências

TEDESCO, Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

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