Orando e jejuando como Jesus ensinou
A presente lição apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
A oração e o jejum são
disciplinas espirituais que potencializam sensivelmente a vida piedosa do
crente.
Oração é palavra-chave que outorga a compreensão
da presente lição e é necessário saber que:
A oração é, primeiramente,
uma forma de relacionamento. Quem ora quer se relacionar, conversar, ser
respondido, abrir o coração e levar suas percepções e anseios a Deus. Oração é
diálogo e troca; é uma ação que implica liberdade e aconchego com aquele a quem
nos dirigimos (TEDESCO, 2020, p.
9).
Sendo que a presente lição tem como objetivos
específicos: Conceituar a oração como um diálogo com o
Pai; Explicar a oração que Jesus ensinou; e, Relacionar oração e jejum.
I – A ORAÇÃO É
UM DIÁLOGO COM O PAI
A oração corresponde ao ato da adoração.
Logo, é de natureza espiritual e permite que o cristão demonstre maior
intimidade com o Senhor. Na oração o cristão glorifica a Deus, assim como faz
os pedidos conforme suas necessidades. As necessidades apresentadas pelo o
crente a Deus na oração correspondem com pedidos matérias, físicos e além de
tudo pedidos espirituais.
A oração é a comunicação entre o cristão,
filho de adoção, e o Pai, o Deus Único e Todo Poderoso. A oração proporciona ao
crente encorajamento, confiança e renovo.
O cristão é encorajado a tomar decisões após
a oração (At 10.23). É notório que os resultados são provenientes de escolhas e
não há melhor maneira para tomar decisões do que após consultar a vontade do
Senhor.
Ao ter uma vida de constante oração o cristão
revela que possui intimidade com Deus e também confia na ação miraculosa do
Senhor. Nota-se a confiança no Senhor presente nas palavras de Davi: Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não
temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam
(Sl 23.4). Portanto, quem ora confia em Deus.
Por fim, a oração proporciona renovo físico e
espiritual. O rei Ezequias estava enfermo com uma doença mortal e a palavra do
Senhor através do profeta Isaías para o monarca era: põe a tua
casa em ordem, porque morrerás e não viverás (Is 38.1). Porém, após a oração feita por Ezequias, a
palavra do Senhor veio como renovo físico: ouvi a tua oração e
vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos
(Is 38.5).
II – A ORAÇÃO
QUE JESUS ENSINOU
Tendo como base Mateus 6.5-9, compreende-se
que a oração deverará ser:
Diferente da ação dos fariseus que buscavam
aparecer diante da sociedade para assim obter o próprio galardão. E quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se
comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem
vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão (v.5).
Deveria ser discreta: Mas tu,
quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente (v.6). O que não significa que a oração em público é proibida.
Jesus questionou os fariseus por buscarem glória própria por meio da vida
piedosa.
A oração tem que ter propósito definidos não
pode ser pura repetição de palavras: E, orando, não useis
de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão
ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a
eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes
(vv 7,8).
Por fim, segue-se a instrução de Jesus referente
a oração modelo, isto é, a oração do Pai Nosso, pois a oração do Pai-Nosso é
altruísta, ou seja, ela direciona o cristão a amar o próximo e a olhar para a
coletividade e não para o individualismo. Também ensina o crente a ser
reciproco: perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós
perdoamos aos nossos devedores (Mt 6.12). E por último, conforme
o presente tópico compreende-se que a oração do Pai-Nosso conduz o crente a
confiar em Deus, pois Deus é quem livra o cristão de todo tipo de mal.
Lembremos: o nosso Mestre
amado nos revela que a vitória sobre as dificuldades sé é possível orando e
vigiando (Mt 26.41). Logo, façamos dessas práticas uma rotina diária de devoção
e permitamo-nos ser conduzidos pelo Santo Espírito (TEDESCO, 2020, p. 123).
III – ORAÇÃO E
JEJUM
O jejum significa abster-se de alimento por
determinado tempo. A abstinência poderá ser total ou parcial. O jejum tem como
objetivo aprimorar o exercício da oração e da meditação e como alvo primordial
aproximar o cristão de Deus.
Tipos de Jejum. O
jejum poderá ser parcial quando compreende apenas a abstinência de determinados
alimentos. Também poderá ser total quando o indivíduo abstém de todo tipo de
alimento com exceção de água. E por fim, um terceiro tipo de jejum é o absoluto
quando a abstinência compreende a todo tipo de alimento e também com a ausência
do consumo de água.
Jejum no Antigo Testamento. A prática do jejum
no Antigo Testamento é descrita com as seguintes razões: como expressão de
arrependimento (1 Sm 7.6), como desejo de vida (2 Sm 12.16), como precedente a
uma ação (Et 4.16), como meio a benevolência e proteção Divina (Ed 8. 21-23) e
como fortalecimento do espírito em meio aos desejos egoístas da alma (Sl
69.10).
Jejum no Novo Testamento. A
prática do jejum no Novo Testamento é descrita com as seguintes razões: como
forma de submissão e adoração ao Senhor (At 12.2), como forma de escolher e
enviar missionários (At 12.3) e como consagração ao Senhor tanto no orar por
pessoas (Mt 17.21), assim como no implantar igrejas (At 14.23).
O ensino de Jesus sobre o jejum. Jesus reprovou a atitude dos fariseus que
tinham como objetivo a aprovação e admiração dos homens. Nos ensinos de Cristo
o jejum é fruto da alegria (Mt 6.16), o jejum requer dedicação, pois é feito
para glória de Deus (Mt 6.17) e não é ato de penitência (Mt 6.18).
Referências
TEDESCO,
Marcos. Ensina-nos a orar: exemplos
de pessoas e orações que marcaram as escrituras. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
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