Não retribua pelos padrões humanos
A presente lição apresenta a seguinte
descrição na verdade prática:
O cristão não deve guardar
rancor e nem buscar a vingança. Antes, deve vencer o mal com o bem. Dessa forma,
ele demonstra que verdadeiramente teve o seu caráter transformado por Cristo.
Uma das palavras-chave para a compreensão da
presente lição é vingança que tem como significado revanche pessoal; e pode ser
agregado no sentido prático o seguinte teor significativo em ser um ato errado,
pois, a justiça tem de ser deixada nas mãos de
Deus ou com as autoridades que Ele escolheu (GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA, 2013, p. 816).
Sendo que a presente lição tem como objetivos
específicos: Avaliar que a vingança não é de natureza do
Reino. Validar que o amor é a expressão natural do Reino; e, Valorizar a busca
pela perfeição na perspectiva do Reino de Deus.
I – A VINGANÇA
NÃO É NATUREZA DO REINO
A Lei de Talião é historicamente conhecida
pela frase: olho por olho, dente por dente. Que tem como significado o que o
homem fizer colherá ou pagará com a mesma intensidade. Assim compreende que a Lei
de Talião era a prática da justiça e tinha como alvo impedir a vingança ou a prática
de ações injusta.
Porém, os fariseus interpretavam a Lei do
Talião para justificarem o uso da vingança, é válido citar que Deus proíbe em
sua Palavra de maneira intensa a prática da vingança pessoal.
Os escribas e fariseus [...]
só pensavam na execução, que revelava um espírito
legalista, sem qualquer ato de misericórdia para com o próximo. Jesus interpretava
de modo bem diferente e diz que seus seguidores não devem nunca agir dominados
pelo sentimento de ódio, vingança, pelo contrário, eles devem manifestar
atitudes que revelem um espírito cheio de amor, generosidade e compassividade
para com quem precisa (GOMES, 2022, p. 73).
Por fim, o presente tópico sintetiza que no coração
do cristão não pode haver sentimento de vingança; a vingança pertence a Deus; vença
o mal com o bem; e, o salvo prega e vive o amor.
II – O AMOR É
A EXPRESSÃO NATURAL DO REINO
As quatro ilustrações utilizadas por Jesus
que se referem com a prática do amor como expressão do Reino outorga como compreensão:
Virar a outra face; ou seja, usar não como
aos padrões do mundo, mas ser amoroso, perdoar, assim como usar de brandura e
tolerância.
Arrastar para o tribunal: ou seja, perdoe
antes que uma briga judiciária inicie.
Obrigar a fazer algo: ou seja, ao ser
obrigado a fazer algo duplique a ação com amor e misericórdia, isto é, caminhe
a segunda milha.
Fazer alguma coisa por alguém: ou seja, usar
de bondade com os que precisam deste ato.
Por fim, o amor tem efeitos impactantes.
Seguem-se alguns destes efeitos do amor:
a) O amor perdoa: o ódio
provoca brigas, mas o amor cobre todas as transgressões (Pv
10.12).
b) O amor edifica: o amor
que edifica requer abnegação, ou seja, limitação da própria liberdade para não
enfraquecer as convicções de outros cristãos (1 Co 8.1).
III – BUSCANDO
A PERFEIÇÃO DE CRISTO
O termo amor na língua grega tem três termos que
o explica categoricamente que são: ágape, philis e eros.
Ágape, amor de Deus. O termo amor do latim,
amorem, corresponde à dedicação afetiva. Deus doou o seu único filho para a
salvação da humanidade (Jo 3.16), não há em toda história da humanidade prova
maior de amor do que esta.
Dentre os atributos divinos o amor é
considerado um dos mais altos e mais sublimes. O amor é um dos atributos morais
de Deus. Deus é amor (1 Jo 4.8). Tal dedicação afetiva é altruísta, pois aceita
o mundo inteiro em meio à natureza pecadora da humanidade (Rm 5.8).
Philis, amor entre amigos. A amizade poderá
ser exercida entre pessoas de sexos diferentes, entre crianças, entre parentes
e assim por diante. Todavia, por mais que o cristão tenha inúmeros amigos o
amigo de fato se revelará no dia da angústia. O amigo será aquele que rejeitará
nossas emoções pecaminosas e conduzirá o próximo para mais perto de Deus. Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão
(Pv 17.17).
Eros, amor entre os cônjuges. Tipo de amor em
que há conotação sexual. Amor em que há submissão e dedicação (Ef 5.22-25).
Quando a esposa auxilia o esposo em tudo, tal entrega é possível pelo amor (Tt
2.4). Da mesma forma quando o esposo é presente, é amigo e é protetor isto
inclui o amor. Quando a submissão, a humildade, a mansidão, a paciência e a
tolerância são presentes em um lar, logo o amor é à base desta família.
Porém, para melhor compreensão o amor (eros)
é associado às conotações sexuais e o amor (storge) à conotação familiar.
Portanto, o amor de Deus é incondicional,
enquanto o amor entre amigos e entre familiares são condicionais. Logo, o amor
incondicional é a descrição exata do amor de Deus que é perfeito, e assim cabe
ao cristão ser perfeito como perfeito é o vosso Pai que está no céu (Mt 5.48).
Referências
GOMES,
Osiel. Os valores do Reino de Deus:
a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD,
2022.
GUIA CRISTÃO DE LEITURA DA BÍBLIA. Rio
de Janeiro: 2013.
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