O TERCEIRO SINAL: O PARALÍTICO DE BETESDA
Conforme a Síntese:
A cura do paralítico de
Betesda nos mostra que o Filho de Deus não tinha, e não tem, limitação de
qualquer natureza para realizar milagres.
Com base na descrição acima da verdade
prática, conclui-se que:
ü Jesus
é o Senhor dos milagres.
ü Não
há limitação para a operação de milagres ministrada por Jesus.
A
presente lição tem como objetivos:
Compreender porque João
registra várias viagens de Jesus a Jerusalém;
Mostrar que o paralítico
teve que esperar muito pelo seu milagre;
E, Conhecer o quadro
espiritual dos judeus no tempo do milagre relatado por João.
I – DE VOLTA A
JERUSALÉM
O capítulo inicia afirmando que Jesus subiu a
Jerusalém para uma festa dos judeus. Há interrogações sobre que festa seria
esta, pois os judeus comemoravam três festas, que eram: a festa da páscoa, a
festa de pentecostes e a festa dos tabernáculos. Porém, compreende na narrativa
joanina que Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam (Jo 1.11), o
evangelista mostra por meio das peregrinações de Jesus a Jerusalém a rejeição
destes ao ministério do Messias.
Betesda tem como significado casa de
misericórdia. O tanque de Betesda transmite a ideia de que Deus é misericordioso.
O tanque localizava próximo da porta das ovelhas, ou seja, a porta que tinha
como objetivo o acesso das ovelhas para o sacrifício. A porta é um tipo de
Cristo, Betesda corresponde a misericórdia, sendo assim, compreende-se que por
meio do sacrifício de Jesus na cruz somos conduzidos ao Pai.
Sobre o anjo agitar as águas percebe que:
[...] Essa narrativa de
João é objeto de muita discussão entre os estudiosos do Novo Testamento, que debatem
sobre o seu real significado, com alguns considerando que o anúncio milagroso
das águas era fruto de uma mera crença popular (QUEIROZ,
2022, p. 76).
II – UMA LONGA
ESPERA
O paralítico sofria há trinta e oito anos,
por ter problema físico correlacionado ao movimento. O paralítico achava-se
impossibilitado em movimentar para ser o primeiro a chegar-se no tangue quando
a água fosse movimentada. O tangue tem como significado casa de misericórdia,
assim sendo, chegou-se até o paralítico o Senhor de toda a misericórdia.
Os judeus questionaram a realização do
milagre no sábado, porém é necessário compreender que:
[...] uma vez que o sábado
foi feito para o homem, as duas principais exigências, o descanso e a adoração não
podem ser exigidas a ponto de se tornarem hostis ao bem-estar do homem, e de fato
prejudiciais para a pessoa, ou mutuamente destrutivas. A regra: “Descansarás”,
não deve ser aplicada de modo a excluir toda a ação e todo o trabalho; pois a
completa inércia não é descanso, e a completa abstinência de trabalho de toda
espécie seria, muitas vezes, prejudicial para o bem estar privado e público. Deve-se
deixar espaço para atos de “necessidade e misericórdia”; e uma legislação muito
categórica e minuciosa em relação ao que são ou não atos de qualquer dessas
espécies deve ser evitada, visto que esses assuntos podem variar para
diferentes pessoas, tempos e circunstâncias, e os homens podem realmente
diferir de opinião em detalhes que são perfeitamente fiéis aos princípios
gerais da consagração do sábado (BRUCE, 2007, p. 100, 101).
III – REVELANDO-SE
A UMA GERAÇÃO INÍQUA
O assunto central da instrução de Jesus para
com os judeus no capítulo cinco corresponde a “Jesus e o Pai”, assim sendo, o
nome que o identifica no capítulo é o Cristo, isto é, todo o judeu
compreenderia que o nome Cristo indica o ungido. A unção na Antiga Aliança era
ministrada a reis, profetas e sacerdotes.
A quem fosse ministrada a unção indicava que
este alguém desenvolveria um ministério. Sendo Jesus apresentado como o Cristo
indica que Ele seria a misericórdia personalizada de Deus por meio da obra da
cruz.
Por fim, a manifestação dos judeus em pleno
capítulo foi de incredulidade.
Referência
BRUCE,
A.B. O Treinamento dos Doze. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007.
QUEIROZ,
Silas. Jesus, o Filho de Deus: os
sinais e ensinos de Cristo no Evangelho de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
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